Fazendo Gênero 10 - Desafios atuais dos feminismos
Universidade Federal de Santa Catarina - 16 a 20 de Setembro de 2013
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Mesas-Redondas
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Mesas-Redondas

 

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17/09/2013

09:00 - 12:00

• A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR) e a Construção das Políticas para as Mulheres 

 Local: Auditório Guarapuvu, Centro de Cultura e Eventos

 

Albertina de Oliveira Costa (Fundação Carlos Chagas)

Lourdes Maria Bandeira (Secretaria de Política para as Mulheres/UnB)

Maria Betânia de Melo de Ávila (SOS Corpo)

Debatedor/a: Fernanda de Carvalho Papa (Secretaria-Geral da Presidência da República); Maria Lucia de Santana Braga (Conselho Nacional de Desenv. Científico e Tecnológico)

Coordenação: Hildete Pereira de Melo (Secretaria de Política para as Mulheres/UFF)

Esta mesa redonda tem como proposta realizar uma discussão entre o movimento feminista e de mulheres e as atuais formuladoras de políticas públicas para as questões das mulheres, Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. A teoria política enfatiza/destaca o quanto, os movimentos sociais se constituem impulsionadores da reflexão acadêmica e que esta aliada à demanda social são os agentes responsáveis pela ação do Estado. Este, produtor, por excelência, de políticas públicas. A área de políticas públicas surge /interage a partir das relações/articulações com o mundo acadêmico estabelecendo relações com as bases teóricas sobre o papel do Estado, ao mesmo tempo, articulada com os movimentos sociais, com ênfase sobre as ações dos Governos. O desenho da política desenvolvida pela SPM/PR tem sido construído a partir das demandas, dos acordos, princípios e diretrizes aprovadas pelas Conferências Nacionais convocadas pelo Estado brasileiro para traçar a linha mestra de suas ações no tocante as reivindicações sobre a condição feminina. O fio condutor destas políticas centra-se na observância aos princípios de igualdade e respeito à diversidade, autonomia das mulheres, laicidade do Estado e universalidade das políticas públicas, com ênfase na justiça social, e transparência dos atos públicos, participação e controle social. Com esta finalidade, esta mesa se inscreve dentro do espírito acadêmico e comprometido com as reivindicações/demandas femininas, pois reconhece a responsabilidade da SPM/PR com o desenvolvimento de políticas in-clusivas para populações femininas desfavorecidas. Este debate pretende a partir da exposição das políticas desenvolvidas pela SPM/PR confrontar estas ações com representantes do movimento feminista brasileiro.

 

• Estado, Políticas Queer e a cena pública contemporânea

Local: Auditório do CCJ, 2º Andar, Bl. F, Centro de Ciências Jurídicas (CCJ)

 

Camilo Braz (Universidade Federal de Goiás)

Fátima Lima (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Rafael Cáceres Feria (Universidad Pablo de Olavide)

Tatiana Lionço (Centro Universitário de Brasília)

Coordenação: Flavio Luiz Tarnovski (Universidade Federal de Mato Grosso)

Ao propor como temática de reflexão a articulação entre Estado e políticas queer, esta mesa-redonda pretende contribuir para o debate contemporâneo sobre movimentos sociais, modalidades de reconhecimento e políticas públicas no campo das sexualidades e das relações de gênero. A partir de uma perspectiva comparada, as contribuições desta mesa-redonda tem como objetivo central compreender as diferentes lógicas e os efeitos possíveis das múltiplas formas de politização de questões relacionadas à diversidade sexual e de gênero. Dentre os temas que serão discutidos, destacam-se: os conflitos em torno do reconhecimento de direitos sexuais e sua articulação com modos de subjetivação possíveis, a produção de normalizações e exclusões, os efeitos da politização da chamada "cultura LGBT" e as possibilidades de aplicação de políticas queer em diferentes contextos socioculturais.

 

• Gênero e gerações nos contextos atuais

Local: Auditório do CSE, Bl. A, Térreo, Centro Socioeconômico (CSE)

 

Alda Britto da Motta (Universidade Federal da Bahia)

Guita Grin Debert (Universidade Estadual de Campinas)

Júlio Assis Simões (Universidade de São Paulo)

Coordenação: Eulália Lima Azevedo (Universidade Salvador Laureate Universities)

Ao longo das últimas décadas, o debate sobre as interseções entre os distintos "eixos de subordinação" – gênero, classes sociais, e etnia - tem produzido avanços teóricos e políticos significativos no sentido de uma compreensão mais ampla das múltiplas diferenças não só entre homens e mulheres, mas entre os distintos segmentos de mulheres e de homens. Não obstante sua visível importância para pensar as diferenças, o conceito de gerações tem sido pouco contemplado, obscurecendo-se uma percepção mais crítica sobre as implicações etárias das discriminações. No intuito de contribuir para o aprofundamento das discussões, esta mesa focalizará alguns aspectos sócio-culturais ligados ao envelhecimento nos contextos atuais, através de uma perspectiva de gênero, atenta aos entrelaçamentos desses aspectos com a condição de classe, a dimensão étnica, as vulnerabilidades frente às violências e a sexualidade, entre outros.

 

• Gênero e Subjetividades no Campo PSI

Local: Auditório Prof. Dr. Paulo Fernando de Araujo Lago (Auditório do CFH), Térreo, Bl. B, Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)

 

Anna Paula Uziel (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Patricia Porchat Pereira da Silva Knudsen (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Sandra Maria da Mata Azeredo (Universidade Federal de Minas Gerais)

Wiliam Siqueira Peres (Universidade Estadual Paulista)

Coordenação: Eduardo Steindorf Saraiva (Universidade de Santa Cruz do Sul)

Com o alargamento do campo das Psicologias e o incremento de pesquisas, novas temáticas são incorporadas e velhos conceitos revistos e re-elaborados por saberes que vão se constituindo. Esta MR pretende discutir diferentes perspectivas teóricas sobre gênero e subjetividade, temas que atravessam cada vez mais as formulações do vasto e diverso campo psi. Os componentes da MR pretendem por em diálogo vozes da Psicanálise, da Esquizoanálise e de outras teorias da Psicologia Social, afetadas pelos estudos de gênero e sexualidades.

 

• Literatura e Pensamento Afro-Brasileiro em Questão

Local: Auditório da Reitoria

 

Conceição Evaristo (Escritora)

Florentina da Silva Souza (Universidade da Bahia)

Maria Nazareth Soares Fonseca (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)

Coordenação: Constância Lima Duarte (Universidade Federal de Minas Gerais)

Desde o período colonial, o trabalho dos afro-brasileiros se faz presente em praticamente todos os campos da atividade artística, mas nem sempre obtendo o reconhecimento devido. No caso da literatura, essa produção sofre, ao longo do tempo, impedimentos vários à sua divulgação, a começar pela própria materialização em livro. Quando não ficou inédita ou se perdeu nas prateleiras dos arquivos, circulou muitas vezes de forma restrita, em pequenas edições ou suportes alternativos. Em outros casos, existe o apagamento deliberado dos vínculos autorais e, mesmo, textuais, com a etnicidade africana ou com os modos e condições de existência dos afro-brasileiros, em função do processo de miscigenação branqueadora que perpassa a trajetória desta população. Esta mesa-redonda se propõe o estudo de parte dos percursos da memória afro-descendente no Brasil.

 

• Mídias, Discurso e Gênero

Local: Auditório do Centro de Ciências da Educação, Bl. A, Térreo, Centro de Ciências da Educação (CED)

 

Ana Cristina Ostermann (Universidade do Vale do Rio dos Sinos)

Iara Beleli (Universidade Estadual de Campinas)

Marie-Gabrielle Houbre (Université Paris Diderot)

Debatedor/a: Susana Bornéo Funck (Universidade Federal de Santa Catarina)

Coordenação: Carmen Rosa Caldas-Coulthard (Universidade Federal de Santa Catarina)

Esta mesa redonda abordará questões interacionais e de representação em espaços discursivos públicos como o da saúde, da mídia, da internet, e do cinema, onde gênero é uma tópico essencial. Nosso objetivo primordial é o de discutir como através de códigos semióticos, tanto orais (em conversas sobre a saúde da mulher), escritos (em textos mediáticos ou da internet), como visuais (no cinema), identidades são trazidas a tona e questões como moralidade, parceria afetiva, exclusão e discriminação, emergem em situações micro e macro discursivas. Nossas analises propõem uma reflexão sobre os limites do corpo e da palavra nas interações pessoais, on line, nas representações escritas e visuais. Discutiremos, portanto, como, a articulação de diferenças (gênero, raça/etnia, sexualidade, religião, localização, idade) regem as escolhas discursivas e são ao mesmo tempo regidas por elas.

 

19:00 - 22:00

 

• Mesa-Redonda Conjunta: Feminismos, Intersecções e Colonialidades

Local: Auditório Guarapuvu, Centro de Cultura e Eventos

 

Parte IIntersecções Raça/Etnia, Gênero e Classe: suas Faces Cotidianas e Teóricas

Angela Figueiredo (Universidade Federal da Bahia)

Jurema Werneck (Criola)

Sonia Maria Giacomini (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)

Coordenação: Matilde Ribeiro (Faculdade Paulista de Serviço Social)

A compreensão da vida das mulheres e homens, negros e brancos no Brasil passa pela necessidade de abordar as intersecções raça/etnia, gênero e classe suas faces cotidianas e teóricas. Deve-se considerar como de fundamental importância os processos organizativos dos movimentos feminista, negro e das mulheres negras como referencias de pensamentos e posicionamentos críticos às desigualdades fortemente presentes em nossa sociedade a partir do racismo e machismo; e, como contraponto as perspectivas de superação dessa realidade.

 

Parte II—Feminismos Latino-Americanos e os Debates Descoloniais: Possibilidades e Desafios

Julieta Elisa Paredes Carvajal (Feminismo Comunitário – Bolívia)

Karina Bidaseca (Universidad Nacional de San Martín)

Rita Laura Segato (Universidade de Brasília)

Debatedor/a: Sonia E. Alvarez (University of Massachusetts Amherst)

Coordenação: Claudia Junqueira de Lima Costa (Universidade Federal de Santa Catarina)

A proposta desta mesa redonda é explorar como gênero, raça e diferença sexual serviram de andaimes para a construção do mundo moderno/colonial. O feminismo descolonial, fluido e difuso, entendido tanto como prática quanto conjunto de ideias, não apenas se volta para o passado a fim de compreender os efeitos do legado colonial e neocolonial na construção das hierarquias entre os gêneros, raças e sexualidades, como também busca intervir de várias formas na realidade social para configurar outros futuros.

 

• Gênero em Contextos Rurais

Local: Auditório do CCJ, 2º Andar, Bl. F, Centro de Ciências Jurídicas (CCJ)

 

Elisete Schwade (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

Ellen Fensterseifer Woortmann (Universidade de Brasília)

Gema Galgani Silveira Leite Esmeraldo (Universidade Federal do Ceará)

Hélène Guetat Bernard (Ecole Nationale de Formation Agronomique de Toulouse)

Coordenação: Maria Ignez Silveira Paulilo (Universidade Federal de Santa Catarina)

A Mesa-Redonda propõe-se a dialogar com os estudos de gênero, feminismos, mulheres, classe, raça, etnia e geração e as novas territorialidades que se constroem e se afirmam, a partir de múltiplos desenhos familiares e de diferentes protagonismos de mulheres rurais. Pesquisas têm apontado mudanças e transformações significativas na configuração de contextos rurais no Brasil. Tais alterações estão relacionadas à intensificação de contatos com realidades exteriores, o que tem provocado deslocamentos de diferentes ordens, geográficos, sociais ou culturais, os quais têm impactos singulares no que se refere ao gênero. Nesse contexto um papel significativo vem sendo desempenhado por organizações que estimulam os papéis de gênero, o que pode ampliar as perspectivas das migrações bem como abrir novas questões e desafios aos movimentos sociais. Observa-se também que, em contextos contemporâneos, mulheres tem uma participação mais efetiva no gerenciamento de unidades produtivas, de forma autônoma, familiar e/ou coletiva; fortalecem saberes transmitidos geracionalmente; transformam conhecimentos pela observação cotidiana; produzem tecnologias sociais de base agroecológica; rompem com a dicotomia produção/reprodução; articulam os sistemas alimentares contribuindo para a biodiversidade e a segurança alimentar; adentram o mercado consumidor organizando-se em redes de economia com caráter solidário Assim, a mesa se propõe a refletir sobre as condições de inserção das mulheres rurais, nas suas diferentes posições identitárias, considerando também novas realidades no que diz respeito ao gênero e organizações sociais em contextos rurais, a participação na produção, aos diálogos das realidades locais com redes políticas nacionais e também internacionais, assim como os movimentos dos sujeitos que tem participação ativa e colocam novas questões sobre a vida de mulheres e homens no meio rural.

 

• Gênero, Geração, Pesca e Meio Ambiente

Local: Auditório do CSE, Bl. A, Térreo, Centro Socioeconômico (CSE)

 

Alex Giuliano Vailati (Universidade Federal de Santa Catarina)

Carlos Emanuel Manzolillo Sautchuk (Universidade de Brasília)

Maria do Rosário de Fátima Andrade Leitão (Univesidade Federal Rural de Pernambuco)

Temis Gomes Parente (Universidade Federal do Tocantins)

Coordenação: Mara Coelho de Souza Lago (Universidade Federal de Santa Catarina)

Pesquisas que envolvam questões que emergem na sociedade contemporânea observadas a partir da relação entre gênero e/ou geração, pesca artesanal e/ou meio ambiente. Estudos que visualizem as inter-relações entre subjetividades na construção de padrões de masculinidade e feminilidade, de juventude e envelhecimento, assim como o lugar dos sujeitos sociais no trabalho da pesca, no meio ambiente e nas relações de poder.

 

• O Circuito (Possível) dos Feminismos nos Entrelugares da Leitura

Local: Auditório Prof. Dr. Paulo Fernando de Araujo Lago (Auditório do CFH), Térreo, Bl. B, Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)

 

Carla Mühlhaus (Escritora)

Carla Rodrigues (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)

Zahidé Lupinacci Muzart (Universidade Federal de Santa Catarina)

Coordenação: Tânia Regina Oliveira Ramos (Universidade Federal de Santa Catarina)

Que rede é construída entre a produção literária feminina e as instâncias de poder: a crítica literária feminista, os espaços de publicação e a inserção acadêmica subjugadas ao poder econômico e ao cânone literário? Existe um sistema editorial feminista? Dar a voz à escritora, abrir o diálogo para a crítica literária, Editora Mulheres, Profa. Dra. Zahidé Muzart, compromissada com a publicação de autoras e do pensamento crítico feminista e a leitura institucional e acadêmica desse circuito pela Profa. Dra. Tânia Regina Oliveira Ramos é a proposta síntese da mesa. Para além da materialidade da leitura, as relações hierárquicas (ou contra elas) que aí se manifestam.

 

• Programa Bolsa Família - 10 Anos

Local: Auditório da Reitoria

 

Alessandro Pinzani (Universidade Federal de Santa Catarina)

Neuma Aguiar (Universidade Federal de Minas Gerais)

Rosana de Carvalho Martinelli Freitas (Univ. Federal do Rio de Janeiro / Univ. Federal de Santa Cat)

Sonia Marise Salles Carvalho (Universidade de Brasília)

Coordenação: Elizabeth Farias da Silva (Universidade Federal de Santa Catarina)

No dia 20 de outubro de 2003, o Programa Bolsa Família (PBF) foi lançado pelo presidente Lula sob expectativa de garantir que todos os brasileiros passassem a ter três refeições ao dia. Naquele momento integrado a outros programas federais, o Bolsa Família foi criado para apoiar as famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, garantindo a elas o direito à alimentação e o acesso à educação e à saúde por meio de transferência direta de renda, desde que cumprissem algumas condicionalidades, como a vacinação das crianças e a manutenção dos filhos na escola. O Programa priorizou as mulheres como titulares dos benefícios, utilizou o pagamento via cartão magnético, instrumento justificado para facilitar o controle, desburocratizar o Programa, tornar as relações impessoais e reduzir interferências políticas. O PBF, que atualmente atende mais de 13 milhões de famílias, tornou-se modelo e está entre os mais recomendados pela ONU, razão pela qual o Brasil passou a exportar "tecnologia social". Após 10 anos da criação, submetido a pesquisas, estudos e questionamentos, muitos mitos, preconceitos e dúvidas sobre o PBF foram paulatinamente desconstruídos, enquanto outros permanecem. Pretendemos promover o debate sobre diferentes questões, buscando refletir sobre intervenções políticas e institucionais comprometidas com a diminuição das desigualdades de classe, étnicas e de gênero.

 

19/09/2013
09:00 - 12:00

 

• Como Construir Epistemologias Contra-Hegemônicas? Os Desafios da Arte, a Educação, a Tecnologia e a Criatividade

Local: Sala Hassis, nº 005, Térreo, Bl. B, Centro de Comunicação e Expressão (CCE)

 

Ana Cecília Acioli Lima (Universidade Federal de Alagoas)

Eliana de Souza Ávila (Universidade Federal de Santa Catarina)

Luciana Gruppelli Loponte (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Yuderkys Espinosa-Miñoso (GLEFAS / Grupo Latinoamericano de Estudio, Formación y Acción Feminista)

Coordenação: Rosa Maria Blanca Cedillo (Universidade Feevale)

Nos últimos dez anos, a crítica dos estudos científicos vem apontando uma equação entre modernidade e ocidentalização, mostrando a existência de sexismo e eugenia dentro das comunidades científicas e fabricando a suposta neutralidade do cientificismo. Acreditamos que não basta a participação de mulheres em instituições científicas, pois esta estratégia por si só não é suficiente para intervir epistemicamente no conhecimento hegemônico custeado por programas institucionais que intensificam a hierarquia da epistemologia já legitimizada – ocidental, moderna, racional, objetiva, garantizada, civilizada, etc. – sobre a epistemologia bastarda – indígena, afro-descendente, feminina, irracional, subjetiva, selvagem e queer. Sem tal intervenção, não há como interromper a legitimação de dinâmicas neoliberais da reprodução do conhecimento mediante agências e políticas brancas públicas e heterosexistas, cuja consequência é a reprodução de minorias e da precariedade laboral, rural, doméstica e sexual. Urge, portanto, propor usos de linguagem aliada a espaços específicos mediante práticas criativas, artísticas e tecnológicas que concretizem epistemologias feministas. Considerando que a produção do conhecimento é uma gestão de linguagem, o objetivo desta mesa é trazer desafios artísticos, educativos, criativos e tecnológicos às epistemologias de racialização e subalternização tanto masculina quanto feminina bem como geopolítica e eugenista. Quais são os processos e experiências nos campos da arte, educação, ciência, indústria criativa e ativismo que interferem na epistemologia hegemônica? Pode a arte, a criatividade e a tecnologia intervir para modificar o paradigma da ciência e do conhecimento moderno?

 

• Crianças no Fazendo Gênero: Reflexões sobre o Lugar da Primeira Infância, da Família e da Creche

Local: Auditório do Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI), Térreo, Centro de Ciências da Educação (Fundos do Museu Universitário)

 

Ana Lucia Goulart de Faria (Universidade Estadual de Campinas)

Maria Eulina Pessoa de Carvalho (Universidade Federal da Paraíba)

Verena Wiggers (Universidade Federal de Santa Catarina)

Coordenação: Juliane Di Paula Queiroz Odinino (UDESC e Faculdade Municipal de Palhoça)

A proposta desta Mesa Redonda se articula ao Projeto Crianças no Fazendo Gênero, que a partir da última edição do evento surgiu com o objetivo de atender às crianças acompanhantes de responsáveis presentes nas atividades do referido seminário. Nesta segunda versão houve um amadurecimento do projeto tendo em vista repensar as práticas e o papel dos agentes envolvidos nesta relação, a saber, a família (que implica questões acerca da maternidade, da paternidade e de diferentes arranjos sociais), a instituição de educação infantil e a infância. A responsabilidade social na educação das crianças pequenas será discutida pelo viés das conquistas feministas aliada à participação das instituições de educação infantil públicas e privadas. Como desdobramento teremos uma reflexão sobre as práticas sociais e as expectativas em torno dessas instâncias de forma a compreender a tensão implícita na contraditória e complexa tarefa de educar as crianças pequenas, no sentido de entendê-las como atores sociais.

 

• Derechos Reproductivos, Ética y Violencia

Local: Auditório do CSE, Bl. A, Térreo, Centro Socioeconômico (CSE)

 

Laurence Tain (Centre Max Weber - Université Lumière Lyon 2)

Lourdes Enríquez (Universidad Nacional Autónoma de México)

Lucía del Carmen Raphael de la Madrid (Universidad Nacional Autónoma de México)

Lucia Melgar Palacios (Instituto Tecnológico Autónomo de México)

Coordenação: Teresa Kleba Lisboa (Universidade Federal de Santa Catarina)

Pese a importantes avances debidos al impulso del feminismo y organismos internacionales, la situación de las mujeres en América Latina sigue marcada por la desigualdad y la violencia. En México, el inicio de un nuevo siglo ha significado un paulatino retroceso de las libertades de las mujeres en términos de derechos sexuales y reproductivos; los efectos de la guerra contra el narcotráfico se han sumado a una violencia social e institucional contra las mujeres que se refleja en el fenómeno del feminicidio y en altas tasas de violencia doméstica. En esta mesa expondremos algunos aspectos de la violencia institucional y social que afecta a las mujeres mexicanas destacando por un lado las contradicciones legales y políticas que implica en relación con el discurso oficial en pro de la democracia y la equidad de género, y en términos éticos, y por otro lado, las violencias que afectan a las mujeres que tienen que cruzar el peligroso territorio mexicano rumbo al Norte.

 

• Feminismos e os Desafios Atuais do Pós-Colonial

Local: Auditório da Reitoria

 

Ana Gabriela Macedo (Universidade do Minho)

Cláudia Pons Cardoso (Universidade do Estado da Bahia)

Inocência Luciano dos Santos Mata (Universidade de Lisboa)

Coordenação: Simone Pereira Schmidt (Universidade Federal de Santa Catarina)

A perspectiva adotada nesta mesa dialoga com um conjunto de preocupações recentes sobre as manifestações pós-coloniais, compreendidas como formas de interpretação e de revisão crítica do período colonial e de seus desdobramentos, ou seja, os rastros deixados por essa avassaladora experiência histórica, vivida na pele por mulheres e homens submetidos, frequentemente, à condição de sujeitos subalternos, particularmente em suas vivências marcadas pelo gênero e pela raça. É possível rastrear a construção de uma memória, coletiva e individual, pública e privada, dessa experiência? É possível, ainda, interpretar "mapas" desenhados em corpos e territórios, assinalando percursos, rotas, lugares e espaços de conflitos, de enfrentamentos e exercícios de poder e violência? Para além dessas indagações, o debate pode nos auxiliar na tarefa de formulação de respostas e de formas de resistência. Mais do que isso, podemos avançar no sentido de identificar, além de respostas e resistências, a criação efetiva, por parte de sujeitos colonizados e pós-coloniais, de espaços alternativos à hegemonia colonial. Orientado por tais propósitos, este debate pretende contribuir para o amplo debate em curso, sobre as possibilidades de criação de um novo modo de examinar a experiência colonial, a partir de uma perspectiva histórica, estética e política descolonial.

 

• Feminismos Transnacionais e Trânsitos Contemporâneos

Local: Auditório Guarapuvu, Centro de Cultura e Eventos

 

Adriana Gracia Piscitelli (Universidade Estadual de Campinas)

Assumpta Sabuco Cantó (Universidad de Sevilla)

Beatriz Padilla (Instituto Universitário de Lisboa)

Coordenação: Gláucia de Oliveira Assis (Universidade do Estado de Santa Catarina)

O feminismo transnacional tem significado a busca de ampliar articulações dos feminismos transnacionais para além das organizações nos Estados Unidos e na Europa. Segundo Millie Thayer (2001) o acesso ao espaço social do feminismo transnacional foi financiado, a partir do início dos anos 80, por fundações com sede nos Estados Unidos ou na Europa, pressionadas pela sociedade civil em seus próprios países a dar apoio a iniciativas de organização de mulheres em outros países. Como podemos compreender essa circulação de teorias feministas na interpretação dos fluxos migratórios contemporâneo nos quais as mulheres se inserem significativamente enfrentando/vivenciando situações de desigualdade e preconceitos, mas também situações de luta por agencia e autonomia? Ao mesmo tempo a ampliação e a circulação de pessoas, bens e mercadorias tem inserido os migrantes em mercados de trabalho segmentados por gênero, classe e etnia colocando homens e mulheres em nichos específicos de mercado de trabalho . A proposta desta mesa é ampliar a discussão sobre os deslocamentos contemporâneos procurando compreender a partir desses deslocamentos como os feminismos transnacionais podem contribuir para a compreensão desses fluxos.

 

• TransFeminismos no Brasil

Local: Auditório Prof. Dr. Paulo Fernando de Araujo Lago (Auditório do CFH), Térreo, Bl. B, Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)

 

Anna Paula Vencato (Universidade Paulista)

Jaqueline Gomes de Jesus (Universidade de Brasília)

Paula Sandrine Machado (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Coordenação: Fátima Weiss de Jesus (Universidade Federal do Amazonas)

O transfeminismo é uma linha de pensamento em construção, que visa ao delineamento de ações voltadas à emancipação social e política de pessoas transgênero (particularmente travestis e transexuais). A mesa propõe um debate sobre noções de gênero engendradas não apenas no transfeminismo, mas entre diferentes protagonismos de complexos trânsitos de gênero (como o crossdressing e a intersexualidade) que trazem elementos fundamentais para colocar em perspectiva o feminismo na contemporaneidade.

 

19:00 - 22:00

 

• Desafios e Avanços sobre o Aborto no Brasil e na América Latina

Local: Auditório do CSE, Bl. A, Térreo, Centro Socioeconômico (CSE)

 

Flávia de Mattos Motta (Universidade do Estado de Santa Catarina)

Sonia Nussenzweig Hotimsky (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo)

Susana Rostagnol (Universidad de la República)

Coordenação: Rozeli Maria Porto (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

O aborto, tema cuja discussão envolve aspectos éticos, médicos, jurídicos, morais e religiosos, ocupa, neste momento, posição de destaque nas agendas políticas dos países do MERCOSUL, em especial no Brasil. Na academia, o tema tem sido objeto de investigação de vários campos disciplinares, notadamente nos estudos contemporâneos sobre a antropologia das relações de gênero e feminismo, numa interface com a saúde e o direito. Nesta mesa discutiremos o tema, considerando os avanços e os desafios a serem enfrentados na contemporaneidade, articulando dimensões do fenômeno que privilegiam alguns eixos temáticos, especialmente os que tratam de saúde e direitos reprodutivos, tecnologias reprodutivas, campo político, aspectos médicos, jurídicos, religiosos e bioéticos.

 

• Gênero e Diversidade na Escola: Experiências e Práticas Pedagógicas na Formação de professoras/es da Educação Básica

Local: Auditório Prof. Dr. Paulo Fernando de Araujo Lago (Auditório do CFH), Térreo, Bl. B, Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)

 

Carla Giovana Cabral (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

Fábio Meirelles Hardman de Castro (Coordenação-Geral de Direitos Humanos)

Larissa Pelucio (Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho)

Debatedor/a: Miriam Pillar Grossi (Universidade Federal de Santa Catarina)

Coordenação: Mareli Eliane Graupe (Universidade do Planalto Catarinense)

Esta mesa visa debater o processo de implementação do curso GDE e seus impasses enquanto política pública de formação de professoras. Também, busca refletir sobre os impactos que a formação no campo da diversidade de gênero e de sexualidade, tem exercido nas práticas educacionais no âmbito das escolas da rede pública de ensino.

 

• Laico e Religioso: a Construção das Fronteiras nos Debates sobre Políticas por Direitos Sexuais e Reprodutivos

Local: Auditório Guarapuvu, Centro de Cultura e Eventos

 

Marcelo Tavares Natividade (Universidade Federal do Ceará)

Mario Pecheny (Universidad de Buenos Aires)

Wanda Deifelt (Luther College)

Debatedor/a: Maria José Fontelas Rosado Nunes (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)

Coordenação: Maria Regina Azevedo Lisbôa (Universidade Federal de Santa Catarina)

A crescente presença de grupos religiosos no cenário político brasileiro tem colocado no debate público e acadêmico a questão da laicidade do Estado. As posições que estes grupos religiosos estabelecem, vão desde a rígida oposição entre laico e religioso, à defesa da ocupação religiosa do espaço público. Estas posições têm se acirrado, em especial, com relação aos direitos sexuais e reprodutivos, que estão entre as questões mais sensíveis nesse embate. Note-se que a atuação desses grupos religiosos, institucionalizados ou não como igrejas, dá-se não apenas no Parlamento, mas também por meio de ações organizadas de assistência social e formalizados muitas vezes em ONGs. Também os grupos laicos ou laicistas institucionalizam-se em vista de uma atuação política legitimada socialmente. A constatação desta conjuntura evidencia que os embates e alianças se colocam não só no campo da relação Estado - Religião, mas no interior de cada um deles, o que demonstra a importância de se ampliar o debate sobre o(s) significado(s) de 'laico' e 'religioso' que se constroem nestas relações e o que está em jogo na reafirmação destas categorias. Neste sentido, a proposta desta mesa redonda é refletir sobre os argumentos e os efeitos desse debate sobre o "princípio da laicidade" nas discussões sobre a formulação e implementação de políticas públicas, tomando por foco as lutas por direitos, particularmente nos campos da sexualidade e da reprodução humana.

 

• Movimentos de Mulheres e Feminismos no Cone Sul

Local: Auditório da Reitoria

 

Alejandra Oberti (Universidad de Buenos Aires)

Margarita Iglesias Saldaña (Universidad de Chile)

Rosa Luisa Ruiz Churruca (Universidad de la República Uruguay)

Debatedor/a: Sônia Malheiros Miguel (Secretaria de Política para as Mulheres)

Coordenação: Cristina Scheibe Wolff (Universidade Federal de Santa Catarina)

A mesa pretende discutir a emergência de movimentos de mulheres e feministas em países do Cone Sul, no período de 1970 a 1985, focalizando especialmente o Chile, o Brasil, o Uruguai e a Argentina. No contexto das ditaduras que se instalaram nestes países, muitas mulheres e alguns homens, que estiveram envolvidos na resistência a estas ditaduras e na luta pelo socialismo mudaram seu engajamento, envolvendo-se no movimento de mulheres e feministas. Muitas dessas mulheres tiveram inclusive participação em grupos armados e viveram a clandestinidade, a repressão política, a prisão e o exílio, experiências que foram muito importantes para as maneiras pelas quais se organizaram nos movimentos. Os limites e o contexto destes envolvimentos serão os principais focos desta mesa.

 

20/09/2013
09:00 - 12:00

 

• Feminismos e Infâncias: abordagens e perspectivas

Local: Auditório do CSE, Bl. A, Térreo, Centro Socioeconômico (CSE)

 

Ana Claudia D. C. Oliveira (Universidade do Vale de Itajaí)

Cecilia Alejandra Rustoyburu (Universidad Nacional de Mar del Plata)

Nilda Stecanela (Universidade de Caxias do Sul)

Coordenação: Silvia Maria Fávero Arend (Universidade do Estado de Santa Catarina)

As reflexões desta mesa redonda têm como foco a análise dos impactos provocados pelos discursos evocados pelo Movimento Feminista no universo infanto-juvenil nos últimos 30 anos no Brasil, em Portugal e na Argentina. Estes impactos podem ser observados com maior destaque no saber escolar, no campo do jurídico, nas produções das mídias e na formulação das políticas públicas. As reflexões caminharão em dois sentidos, a saber: os impasses epistemológicos presentes na transposição para o universo infanto-juvenil de abordagens voltadas para o mundo adulto; e a descrição dos êxitos e problemas das ações advindas deste movimento no campo do social.

 

• Formas de escrever a História das Mulheres

Local: Auditório Prof. Dr. Paulo Fernando de Araujo Lago (Auditório do CFH), Térreo, Bl. B, Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)

 

Carla Bassanezi Pinsky (Historiadora e Editora)

Mônica Raisa Schpun (CRBC/MASCIPO - UMR 8168, EHESS)

Rachel Soihet (UFF)

Coordenação: Joana Maria Pedro (Universidade Federal de Santa Catarina)

A escrita da história das mulheres tem uma trajetória que acompanha as próprias mudanças no campo historiográfico e o movimento de mulheres e feministas. Inicialmente a história monumental das "grandes mulheres" foi sucedida por outra historiografia que passou a folcalizar as mulheres de camadas populares: operárias, escravas, prostitutas, vendedoras, enfim, mulheres pobres urbanas. Esta forma de abordagem foi contemporânea da emergência de uma historiografia que dialogava de perto com a antropologia e a sociologia e também acompanhava a militância do movimento de mulheres que questionava a universalidade da categoria "Mulher". A publicação de livros síntese, voltados para públicos mais amplos, como a História das Mulheres no Ocidente, organizados por George Duby e Michelle Perrot foi sucesso editorial imitado em muitos países, inclusive no Brasil. Atualmente, a publicação de biografias de mulheres segue a abordagem historiográfica que centraliza na trajetória de pessoas – consideradas famosas. A mesa visa discutir sobre as várias maneiras de escrita da história das mulheres, articulando com as abordagens historiográficas e com a trajetória do movimento de mulheres e feministas.

 

• Migrações e Mobilidades Contemporâneas: Trajetórias, Processos Sociais e Gênero

Local: Auditório do CCJ, 2º Andar, Bl. F, Centro de Ciências Jurídicas (CCJ)

 

Ana Alcázar Campos (Universidad de Granada)

Ana Mallimaci Barral (Universidade de Buenos Aires)

Bela Feldman Bianco (Universidade Estadual de Campinas) 

Coordenação: Carmen Sílvia Rial (Universidade Federal de Santa Catarina)

No contexto contemporâneo, a circulação de bens, pessoas e símbolos tem colocado em relação diferentes contextos locais e globais, de pequenas médias cidades, partem jovens, homens e mulheres, buscando uma vida melhor em cidades globais, em geral grandes centros urbanos no país e/ou no exterior. Os estudos contemporâneos tem demonstrado que esses deslocamentos devem ser analisados como um projeto coletivo e de mobilidade social, articulado com redes familiares, muitas vezes familiar, e são escolhidos os indivíduos considerados mais capazes pelo grupo para tentar a aventura da migração. Enfim essa busca de oportunidades corre num mundo um pouco menor pelas facilidades de comunicação e transportes. No entanto, essa circulação nem sempre ocorre da mesma maneira, entre os turistas e homens de negócios e os migrantes, há formas diferentes de inserção nas sociedades de acolhimento. Essa mesa redonda pretende dar visibilidade a esses diferentes contextos de circulação no mundo contemporâneo. Nesse sentido, procuramos dar visibilidade, a partir de contextos diversos, sejam jogadores de futebol, mulheres migrantes, transexuais, e outros sujeitos que deslocam-se em migração interna ou internacional aos entrecruzamentos entre geração, classe, gênero, sexualidade, etnicidade e outras configurações identitárias que atravessam suas experiências migratórias. Portanto, procuramos analisar as características dessas mobilidades feitas a partir de locais diversos, cidades pequenas e de porte médio rumo aos centros urbanos no Brasil, na Europa ou EUA. Buscamos por fim, fortalecer a troca de experiências metodológicas e discussões teóricas que nos permitam compreender a complexidade desses contextos de mobilidade e de circulação contemporâneos.

 

• O Legado das Feministas que se foram: Bel, Cuca, Cristina, Heleieth e Karin

Local: Auditório Guarapuvu, Centro de Cultura e Eventos

 

Ana Paula Vosne Martins (Universidade Federal do Paraná)

Luzinete Simões Minella (Universidade Federal de Santa Catarina)

Maria Ignez Costa Moreira (Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais)

Mary Garcia Castro (Universidade Católica do Salvador)

Coordenação: Albertina de Oliveira Costa (Fundação Carlos Chagas)

Nos últimos cinco anos, lamentavelmente faleceram cinco feministas brasileiras que se destacaram pela sua significativa produção científica. Ao longo de décadas de trabalho árduo, esta produção se tornou parte das suas persistentes lutas pela equidade de gênero: Maria Isabel Baltar da Rocha em 2008; Heleieth Saffioti, Karen Ellen Von Smigay e Maria Lúcia Mott em 2011 e Cristina Bruschini, em 2012. O Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 – Desafios Atuais dos Feminismos, não poderia deixar de se pronunciar sobre este conjunto de perdas que afeta - direta ou indiretamente - tanto antigas quanto novas gerações de pesquisadoras e militantes do campo. Esta mesa pretende homenageá-las, relembrando momentos emblemáticos das suas trajetórias, assinalando a importância de suas obras e a vitalidade do seu legado, que sem dúvida sobreviverá ao tempo.

 

• Publicações Feministas no Cenário Internacional: Experiências da Militância Acadêmica

Local: Auditório Henrique Fontes, Bl. B, Centro de Comunicação e Expressão (CCE)

 

Claire G. Moses (University of Maryland)

Lucila Scavone (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Mara Coelho de Souza Lago (Universidade Federal de Santa Catarina)

María Luisa Femenías (Universidad Nacional de La Plata/Universidad de Buenos Aires)

Coordenação: Cristina Scheibe Wolff (Universidade Federal de Santa Catarina)

Esta mesa tem o objetivo de apresentar um panorama sobre as revistas feministas no cenário internacional atual, com aportes de pesquisadoras envolvidas com publicações feministas de vários países (Estados Unidos, França, Argentina e Brasil). Queremos comparar e debater experiências de publicar revistas acadêmicas com perspectivas feministas em várias partes do mundo, e pensar sobre a contribuição das revistas e outras publicações para a divulgação do conhecimento acadêmico. Mas, especialmente, pretendemos debater como as revistas têm enfrentado os desafios dos feminismos contemporâneos.

 

• Trans-Lesbo-Homofobia e os Movimentos LGBT Transnacionais

Local: Auditório da Reitoria

 

Felipe Bruno Martins Fernandes (Universidade Federal de Santa Catarina)

Jules Falquet (Universidade Paris Diderot)

Luma Nogueira de Andrade (10ª Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação)

Debatedor/a: Richard Miskolci (Universidade Federal de São Carlos)

Coordenação: Miriam Pillar Grossi (Universidade Federal de Santa Catarina)

Esta mesa visa refletir sobre como a temática das violências trans-lesbo-homofóbicas têm sido abordadas pelos movimentos LGBT no Brasil e no plano internacional.


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