Resumo: En los últimos años asistimos a un interés creciente por el estudio de las sexualidades por parte de las Ciencias sociales y de la Antropología social en particular. La influencia de la obra de Foucault y de trabajos de los años 80 como los de Jeffrey Weeks de 1981 “Sex, Politics and Society” o el de Gayle Rubin de 1984 “Thinking Sex: Notes for a radical Theory of Politics of Sexuality” han contribuido a desnaturalizar la sexualidad y a darle un lugar preeminente en la comprensión de las desigualdades sociales.
El feminismo sacó a la escena política la sexualidad como relación de poder (Millet 1969), la articulación entre género y sexualidad se ha venido planteando desde los años 80, siendo fundamentales las aportaciones desde el movimiento lésbico y en los últimos años el movimiento transexual, más recientes son las propuestas que se proponen articular la sexualidad y el género, con la raza y la etnicidad.
Entendemos la sexualidad como un campo de poder, son sus formas específicas de opresión, que se apoya en ideologías, valores, leyes, prácticas y significados desde los que se construyen cuerpos, espacios y tiempos. Y en este sentido, en este simposio lo que nos propondremos será reflexionar sobre la sexualidad a partir de nuestro acercamiento a lo liminar, fronterizo a lo que no se ajusta a la norma y a los límites prefijados por el sistema heteronormativo y patriarcal. Tendrán cabida en este simposio todas aquellas aportaciones teóricas y etnográficas que contribuyan a cuestionar la supuesta naturalidad de la sexualidad desvelando las prácticas de poder de género y sexual y las resistencias y subjetividades de los y las agentes. Así como aportaciones metodológicas que propicien la discusión sobre nuestras posiciones como investigadorxs en un campo como el de la sexualidad en el que nos enfrentamos con fronteras supuestamente infranqueables entre lo íntimo y lo público, lo corporal y descorporeizado, lo emocional y lo racional.
19/09 - Quinta-feira
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Fernanda Sardelich Nascimento-Gomes (Universidade Federal de Pernambuco), Rosineide de Lourdes Meira Cordeiro (Universidade Federal de Pernambuco)
Juventude, sexualidade e tecnologias de subjetivação
O presente trabalho objetiva analisar o discurso da psicologia do desenvolvimento na criação de dispositivos de juventude e sexualidade. Há um conjunto de técnicas, mecanismos e saberes provenientes dessa área disciplinar que buscam administrar, normatizar e regulamentar modos de existência e sexualidade na juventude. Desse modo, esse estudo se caracteriza como revisão crítica da literatura – a pesquisa foi feita na Scientific Electronic Library Online (SciELO), por assunto, utilizando o termo sexualidade, selecionando artigos de pesquisas com jovens e ou estudos de estado da arte das pesquisas realizadas no Brasil – e é parte de projeto de doutoramento em Psicologia. O que se observa é que, embora a sexualidade na juventude seja um assunto recorrentemente debatido nos estudos, o foco é principalmente no viés do problema social, partindo da lógica de que a sexualidade juvenil necessita de regulação e controle, ficando a dimensão da liberdade, prazer e autonomia juvenil fora do debate ou com menor visibilidade. Também foi percebido que há ênfase dos trabalhos na juventude urbana, quase não existem estudos sobre a juventude rural.
Palavras-chave: Sexualidade; Juventude; Regimes de verdade.
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Rodrigo Azócar (Universidade Federal de Goias)
Pagano: reflexiones sobre mercado y visibilidad gay en Valparaíso, Chile
A través de un trabajo etnográfico de observación participante y entrevistas semi estructuradas, junto al diálogo con los autores citados, se busca dar cuenta de la experiencia que los sujetos frecuentadores de la discoteca Pagano en la ciudad de Valparaíso, Chile, significan y cómo el mercado posibilita la existencia de lugares dónde las expresiones de diversidad sexual son vividas abiertamente (Gregori, 2003).
Estas manifestaciones están en relación con la tradición histórica del barrio Puerto, dónde está inserta esta discoteca. Estigmatizada por la violencia y la intolerancia sexual (Contardo, 2011), hoy da paso a la conformación de una mancha (Magnani, 2008) de espacios de diversión gay, en el contexto de implementación y concentración de locales y servicios en el paisaje urbano con concepciones itinerantes y flexibles de temporalidad. Con ello, la confluencia de un mercado orientado a personas gays, en un contexto de interacción de la ciudad y su historia, configuran un escenario de interesantes reflexiones desde las Ciencias Sociales.
Palavras-chave: Visibilidad gay; Mercado; Sexualidades; Valparaíso; Chile.
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Lira Turrer Dolabella (Instituto Universitário de Lisboa)
Sexo, cuidado e interesse: o papel da ajuda e o envolvimento entre dinheiro e intimidade no contexto das casas de alterne em Lisboa
A presente proposta é um recorte da pesquisa etnográfica que venho a desenvolver sobre o universo de experiências de brasileiras que trabalham em Casas de alterne em Lisboa – casas noturnas direcionadas ao público masculino onde o trabalho das mulheres é entreter e fazer companhia aos clientes.
As interações entre mulheres e clientes regulares geralmente se estendem para fora do espaço dos bares transformando-se em relacionamentos baseados na troca assimétrica entre a disponibilidade afetivo-sexual feminina e benefícios materiais e sociais diversos por parte dos homens. O investimento de afeto e outras subjetividades nesta relação pode ser visto como um esforço em colocar o sexo numa situação de normalidade na medida em que obscurece a dimensão comercial, ainda que interesses variados possam estar envolvidos.
Entre outras questões, busco refletir como a cultura do cuidado, que se expressa sobretudo em termos de “ajuda”, é evocada nos discursos e exerce um papel neutralizador dos conflitos morais que surgem do envolvimento entre dinheiro e intimidade. Considerar-se-á também as noções heteronormativas que influenciam nossas percepções sobre o que é relacionar-se afetiva e sexualmente e como as mesmas são profundamente marcadas por questões de alteridade no contexto migratório.
Palavras-chave: Sexualidade; Gênero; Mercado Sexual; Cuidado; Imigração brasileira.
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André Rocha Leite Haudenschild (Universidade Federal de Santa Catarina)
Cidade-mulher: as representações da sexualidade nas canções da Bossa Nova
Resumo: O trabalho pretende abordar as intrínsecas relações entre a evocação da paisagem natural da cidade do Rio de Janeiro e da beleza da mulher carioca. Através da escuta das representações da sexualidade nas canções da Bossa Nova – relevante movimento estético-musical da vida cultural brasileira, do final dos anos 50 e início dos anos 60 do século XX – iremos dialogar com uma poética capaz de diluir algumas das fronteiras de gênero em nome de um ideal de beleza, intimidade e sensualidade. Para tanto, recorreremos à mediação conceitual dos estudos culturais pós-coloniais.
Palavras-chave: Sexo; Canção popular brasileira; Rio de Janeiro; Bossa Nova.
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Ana Paula da Silva Santos (Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro), Ana Canen (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Não me chamem de Ana, sou Mariano!: quando a luta pelos direitos de viver a sexualidade interroga a prática pedagógica escolar
Nas mídias diversas (jornal, tv e internet), a sexualidade tem sido amplamente explorada. Elas refletem a ambiguidade de sexualidades, de corpos e de desejos também encontrados nas práticas sociais. A escola tem se tornado um espaço de lutas e enfrentamentos, onde a cada dia diversos/as alunos/as reinvidicam o direito de vivenciarem suas múltiplas sexualidades. Apesar da questão dos direitos humanos estar cada vez mais presente no campo educacional, ainda convivemos com fortes violações, múltiplas formas de violência, preconceitos e discriminações no cotidiano das relações sociais. Nesse contexto, o trabalho foi desenvolvido a partir da ótica dos direitos humanos, dos Estudos de gênero, Estudos culturais e Teoria queer. No diálogo com essas proposições, abordamos alguns modos com os quais uma jovem adolescente se constrói como lésbica e como esta (homo) sexualidade é vivenciada e negociada no ambiente escolar. Os principais instrumentos para geração de dados foram: as narrativas de (homo) sexualidade de uma estudante, a observação e as anotações de conversas informais consideradas significantes. Como descoberta relevante, constatou-se mudanças no cotidiano escolar fazendo com que as identidades LGBTTIQ fossem colocadas em questão.
Palavras-chave: (Homo)sexualidades; Escola; Educação em Direitos Humanos.
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Narcisa Castilho Melo (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
“E no fim... uma grande brincadeira?”
O presente trabalho apresenta-se como uma proposta de reflexão a respeito do grupo social identificado como Otaku que é composto por jovens que se interessam pela cultura pop japonesa e seus mais diferentes aspectos, tais como animês, mangás, cosplays (jovens que escolhem determinado personagem da cultura pop japonesa e caracterizam-se como tal para as convenções e eventos) e um conjunto de tecnologias. Quando voltamos nosso olhar de maneira mais atenta para o campo, questionamentos surgem, tais como: Quais as representações relacionadas à gênero e sexualidade são construídas neste universo? O que representam as performances encontradas tanto nos jovens quanto nos bonecos encontrados nos eventos? Existe alguma mobilidade de agência entre os atores sociais que delimitam este campo?
Dentro de um universo tão rico de personagens, alguns acabam sendo escolhidos pelos jovens cosplays para realização de performances durante eventos e essas escolhas são o que colocam o debate a respeito da configuração de gênero/sexualidade em questão. Sendo assim, numa tentativa de compreender melhor tais questões, este trabalho buscará explicitar as experiências vivenciadas no campo refletindo sobre as temáticas de gênero, sexualidade, dominação, submissão e agência.
Palavras-chave: Cosplay; Gênero; Sexualidade; Identidade; Performance.
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Fabíola Cordeiro Matheus dos Santos (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Relações de solidariedade e afeto e gestão da vida cotidiana na prisão: hierarquias, distinções e negociações
O presente trabalho busca analisar as articulações entre as relações de sociabilidade, de parentesco e de conjugalidade estabelecidas no contexto de uma prisão para mulheres na cidade do Rio de Janeiro. Essas relações são marcadas pela tensão cotidiana entre o mundo institucional e o exterior, bem como por limitações variadas impostas pelas condições de vida na penitenciária. Gênero e sexualidade revelam-se categorias fundamentais para a compreensão dos mecanismos de gestão da vida cotidiana, bem como dos variados níveis de significação que a produção dos corpos e das subjetividades neste universo engendra. Os dados discutidos foram coletados através de trabalho de campo na prisão, entre janeiro e março de 2010, e de entrevistas realizadas desde 2009 com 18 informantes – entre mulheres em condicional e regime aberto que passaram pela Talavera Bruce e internas entrevistadas durante o campo.
Palavras-chave: Gênero; Sexualidade; Sociabilidade; Conjugalidade; Sistema prisional.
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Andrea Borelli (Universidade Cruzeiro do Sul)
Mulheres que matam: algumas considerações sobre o caso Dorinha Duval
Uma multiplicidade de imagem vem a memória quando se pensa em Dorinha Duval: a vedete, uma das irmãs Cajazeiras da novela Bem Amado ou da atriz que interpretou a Cuca, no programa infantil Sitio do Pica-pau-Amarelo, de 1977.
No ano de 1980, seu nome voltou as manchetes e, desta vez, nas paginas policiais. Em 5 de outubro daquele ano, Dorinha matou o marido Paulo Sérgio Alcântara, com quem estava casada havia seis anos.
Dezesseis anos mais velha que Paulo, Dorinha afirmou que atirou no marido depois que ele a agrediu, chamando-a de “velha” e, que o crime fora “mas sem a menor consciência, disparei as balas do revólver até que enguiçou. Acho que, ali, matei a mim mesma, morri junto com ele...”. (Isto é Gente – 07/10/2002)
Como este caso foi repercutiu entre a grande imprensa? Que representações nascem sobre masculinidade e feminilidade neste caso de violência?
O objetivo desta apresentação é discutir estes elementos e ampliar as reflexões na temática das mulheres como autoras dos crimes passionais.
Palavras-chave: Violência; Crime passional; Adultério.
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Ana Alcázar Campos (Universidad de Granada), Carmen Gregorio Gil (Universidad de Granada)
Una mirada desde la etnografía feminista al Caribe hispanohablante
Nuestra comunicación se enmarca en el proyecto de investigación denominado “Laboratorio Iberoamericano para el Estudio sociohistórico de las Sexualidades” en el que nos proponemos indagar sobre el lugar qué han ocupado las relaciones de género, raza y sexualidad en la etnografía en el contexto caribeño. Nuestro interés surge de poner en común las vivencias de género, raza y extranjería experimentadas en la realización de nuestro trabajo de campo etnográfico en Cuba y en R. Dominicana y de observar el interés creciente despertado en las Ciencias Sociales en los últimos años en el contexto caribeño (Alcázar, 2010; Brennan, 2004; Cabezas, 2009; Fernández, 1999; Herold et al., 2001; Momsen, 1994; Mullings, 1999; Padilla, 2007; Pruitt y Lafont, 1995; Roland, 2006; Sierra, 2007) específicamente en su configuración como espacio significativamente racializado y sexualizado (Kempadoo, 2001).
Palavras-chave: Sexualidades; Caribe; Etnografía feminista.
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