Fazendo Gênero 10 - Desafios atuais dos feminismos
Universidade Federal de Santa Catarina - 16 a 20 de Setembro de 2013
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076. In Dreams Begin Responsibilities: The Consequences of Gay Rights Without Social Justice in the Transnational Sphere
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076. In Dreams Begin Responsibilities: The Consequences of Gay Rights Without Social Justice in the Transnational Sphere

Coordenadoras/es: Felipe Bruno Martins Fernandes (Doutor(a) - Universidade Federal de Santa Catarina), Sarah Schulman (Livre Docência - City University of New York/College of Staten Island)
Resumo: Historically, the Gay Liberation Movement emerged as a collective wish for social transformation regarding sexual practice, sex roles, gender prescriptions and the privitization/commodification of relationships. The movement was situated in a context of other movements for visionary social change regarding race, citizenship, women’s autonomy, children’s rights, national identity, regional self-determination and a revolution in the distribution of wealth. The AIDS crisis propelled a profound transformation of the LGBT community from a political movement to a consumer group. Abrupt changes in media representation, psychological consequences of the mass death experience, and the impact of widespread loss of generations and individuals in traumatic and sudden ways resulted in the grassroots Gay Liberation Movement fading into history, to be replaced by a Gay Rights Movement, controlled from the top down by national organizations with paid staff and LGBT individuals situated within ruling political parties, lobbying from within the cultural frameworks of those constructions. This confluence of Rights and Nation States, lead to what Rutgers Professor Jasbir Puar called “Homonationalism”, the granting of Gay Rights in the service of state interests rooted in supremacy ideology about race, gender, class and ethnicity. By definition, this unholy alliance only allows “Rights” to people who fit the dominant cultural national power structure. As a result we now see many examples in the world where white gay people, most often male but not always, who are within their nations’ religious profiles, lose their state of contradiction around homosexuality and join supremacy movements. This phenomena is most evident in Britain, The Netherlands, Germany and Israel. The United States, which does not have “gay rights” did trade the right to military service for LGBT identification with two wars against Muslims in Iraq and Afghanistan, in this way creating Homonationalism without having to create equality under the law. In a dynamic relationship, whose nature is still to be articulated, Queer movements have emerged in Latin America, the Arab World, China, Iran and Africa. Very different from their western counterparts, these movements are often in explicit reaction to religious supremacy, rooted in communities that immigrate to the west, resistant to Occupation, and part of popular movements for social change. In a sense, the International LGBT has split into two distinct and profoundly different political entities: The Homonationalist LGBT Rights Movement on one hand, and the Anti-Imperialist Queer Movement on the other. In fact these two movements are so different in their goals, methodologies and analysis that one could argue that they are entirely separate and should be so. In this Thematic Symposium for The 10th International Seminar Fazendo Gênero: Desafios Atuais dos Feminismos we, Felipe Bruno Martins Fernandes and Sarah Schulman, invite researchers from all over the globe and across fields of knowledge (with an emphasis on interdisciplinarity) to present works on the dynamics between Gay Rights and the Queer Movement, internationally, especially in the national and transnational spheres. This will be a multi-language Symposium accepting presentations and papers in Portuguese, English, Spanish and French (we recommend all PowerPoint presentations to be written in English).

Local

Sala 211, Bl. A, 2º Andar, Centro de Comunicação e Expressão (CCE)

Debatedores/Sessões

Não foram indicados debatedores.


Programação


19/09 - Quinta-feira
  • Felipe da Costa (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Estudos sobre masculinidades na mídia: uma lacuna nas pesquisas da área da Comunicação no Brasil
    Este artigo discute parte do estado da arte sobre os estudos realizadas na área da Comunicação no Brasil com foco nas pesquisas que abordam o consumo dos produtos midiáticos que articulam a problemática das relações de gênero, em particular, os trabalhos que tiveram como foco as discussões sobre masculinidades na mídia. Para tanto, realizamos uma pesquisa documental que compreende o decênio de 2000 a 2010 com foco nas teses e dissertações defendidas nos programas de pós graduação em comunicação no período. Os resultados apontam que certos conteúdos midiáticos ainda são entendidos como sendo produzidos para mulheres, caso por exemplo da telenovela uma vez que nenhum estudo analisa a recepção desse conteúdo com o público masculino. Como principal resultado, destacamos que a presença das discussões que articulam gênero e recepção midiática é ainda bastante limitada e, muitas vezes superficial, sem o devido aprofundamento teórico, além da praticamente ausência de estudos sobre masculinidades na recepção midiática.
    Palavras-chave: Relações de gênero; Consumo midiático; Estado da Arte; Masculinidades.

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  • Fabrício Santos Dias de Abreu (Universidade de Brasília)
    Sexualidade, escola e surdez: processos de escolarização de surdos homossexuais
    Os estudos acerca das vivências da sexualidade em pessoas surdas são escassos e muitas vezes não problematizam assuntos voltados para as orientações afetivo-sexuais destoantes do padrão hegemônico. No âmbito educacional, as raras iniciativas de tratamento do tema seguem a tendência de abordagem focada na dimensão biológica e preventiva, deixando de lado uma série de fatores também relacionados à amplitude conceitual de sexualidade. Essa pesquisa propõe discutir a homossexualidade em sujeitos surdos, focalizando como essa temática foi tratada durante os seus processos de escolarização. A partir de entrevistas com 03 surdos adultos homossexuais, pode-se evidenciar que essa condição ainda é pouco compreendida pelos entrevistados, pois há dúvidas, preconceitos e mitos acerca da homossexualidade. Eles revelam que: a) há uma desigualdade na qualidade informativa do material pedagógico apresentado para ouvintes e surdos; b) os conteúdos acerca da sexualidade são entendidos (por eles) de forma deturpada e c) a temática homossexualidade é negligenciada. Tais questões apontam para a necessidade de ampliação das investigações sobre sexualidade e surdez, bem como sua interface com as políticas públicas de assistência e formação tendo como plano de fundo a especificidade linguística.
    Palavras-chave: Surdez; Homossexualidade; Escola.

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  • Yara de Paula Picchetti (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Fernando Seffner (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
    Reiterações e Transgressões à Heteronormatividade na Escola
    Práticas e saberes acerca da sexualidade, implicados em processos de objetivação e subjetivação do indivíduo na Modernidade, têm constituído-se de modo a categorizar, hierarquizar e fixar identidades e práticas sexuais e de gênero. Na escola, normas que disciplinam e regulam corpos são essencializadas. Geralmente operam de modo silencioso e tal é sua naturalização que, quando nomeadas, por vezes adquirem caráter de obviedade. A partir do que Guacira Louro chamou de pedagogias da sexualidade, esta investigação propõe observar reiterações de normas sexuais e de gênero e seus efeitos, em especial a heteronormatividade, compreendendo-as como indissociáveis a outros atravessamentos como etnia, religião, corporalidade, etc. Esta pesquisa, em fase inicial, se vale de intensa etnografia dos espaços escolares para fazer falar a norma instaurada em sutis procedimentos, pequenos detalhes, regras não escritas, modos de ser e fazer já canonizados. A escola é instituição que desempenha papel fundamental no reconhecimento e produção da norma, além de uma das mais legitimadas de nossa época que atualmente vem sendo convocada a discutir sexualidade e relações de gênero, gerando possibilidades de tensionamentos da temática no campo da educação.
    Palavras-chave: Sexualidade; Relação de gênero; Norma; Escola.

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  • Paulo Roberto Souto Maior Júnior (Universidade Federal de Pernambuco), Fabio Ronaldo da Silva (Universidade Federal de Pernambuco)
    American way of life: a influência do movimento gay dos EUA no Brasil através do Lampião da Esquina
    Este artigo pretende analisar a chegada no Brasil de ideias homossexuais vindas do movimento gay norte-americano. Para enredar a trama lançamos mão do jornal Lampião da Esquina, periódico produzido e destinado em grande maioria para o público homossexual que circulou no Brasil entre 1978 1981, visando investigar alguns enunciados do jornal onde houvesse alusão à questão das minorias homossexuais nos Estados Unidos. Para isso, escolhemos uma entrevista concedida por Leyland, escritor norte-americano e diretor-editor do Gay Sunshine, abrangente periódico homossexual produzido desde 1970 nos EUA. Numa visita ao Brasil em 1978, Leyland concedeu uma entrevista ao Lampião da Esquina. Nessa entrevista é perguntado sobre o movimento nos Estados Unidos, produção literária e especialmente, partindo de Trevisan, sobre as implicações e os ganhos do assumir-se, verbo muito usado no Lampião e que implica assumir a homossexualidade. Eis o foco desse texto, investigar as influências do movimento gay dos Estados Unidos no Brasil tendo como inspiração o que foi publicado no jornal o Lampião da Esquina.
    Palavras-chave: Movimento Homossexual; Lampião da Esquina; Discurso.

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  • Osvaldo Francisco Ribas Lobos Fernandez (Universidade do Estado da Bahia')
    Bye Bye Brazil – histórias e narrativas de brasileiros LGBT refugiados em Nova Iorque/EUA
    Essa etnografia urbana buscou conhecer as motivações, as vivências e os relatos de LGBT refugiados brasileiros nos EUA. Em especial suas performances, alegações e justificativas na manipulação das representações de gênero/orientação sexual/nação frente os serviços de imigração. Foram empregados métodos e técnicas de abordagem qualitativa, como a etnografia, entrevistas e estudos de casos. Foram observados os estilos de vida e as condições de vida desses refugiados, principalmente o argumento apresentado relativo ao sentimento de medo e os eventos violentos sofridos no curso de suas vidas. Por parte dos serviços de imigração até a decisão de um juiz há todo um trabalho pericial que busca creditar que o candidato a ser refugiado comprove sua condição de homossexual e ateste situações e fatos que demonstrem a violação de seus direitos seu país de origem. Estima-se mais de uma centena de brasileiros LGBT refugiados morando nos EUA, reconhecidos como exilados políticos devido à homofobia brasileira. A política externa brasileira mostra-se aberta e propositiva pelo reconhecimento dos direitos LGBT, contudo internamente a sociedade brasileira tem resistência em reconhecer a homofobia como crime.
    Palavras-chave: LGBT; Refugiados; Direitos humanos.


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