Fazendo Gênero 10 - Desafios atuais dos feminismos
Universidade Federal de Santa Catarina - 16 a 20 de Setembro de 2013
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Mostra de Fotografias
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Mostra de Fotografias


Exposições aprovadas

Exposição: Corpos, imagens e máscaras

Expositor(a): Paulo César Lopes da Cruz Júnior (Fundação Armando Alvares Penteado)

Data de Realização: 30/03/2013

Local de Realização: São Paulo - SP

Resumo: A diversidade de aspectos nas fotografias de Paulo César Lima sobressalta impressões visuais eclodem a qualidade de um recorte pontual – de ângulos e enfoques. Os posicionamentos e as poses são muitos e necessitam de um (com)partilhar estratégico de enunciações enfáticas. Dos balões coloridos, em primeiro plano, à arquitetura da cidade, sob o fundo, emergem corpos numa (des)contrução identitário-sociocultural. Sua lente fotográfica registra (im)precisões poéticas que refinam a articulação da diversidade cultural/sexual contemporânea. Entre um flerte, um sorriso e/ou uma brincadeira, a máscara (re)configura a lógica sincrética entre o rapaz, a garota, o jovem, a criança, o adulto, e/ou a moçona. Drag queens, transformistas, caricatas, bichas, viados lésbicas, travestis, transexuais, bissexuais, pansexuais, simpatizantes fortalecem a caminhada festiva no coração da cidade. Essas fotografias demonstram brevidades, provisórias, capturas de territórios, personas e personagens que se divertem com a festividade consagrada no domingo à tarde. As minorias sexuais lutam contra a homofobia e a câmera, no seu enredo imagético, documenta o desenvolvimento do percurso. Eis que ressalta o andar... como ogum, com seus metais, abre camin

Exposição: Desencarnando o Gênero

Expositor(a): José Batista Loureiro de Oliveira (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro)

Data de Realização: 2002

Local de Realização: Bolonha - Italia

Resumo: A identidade de gênero não é propriedade de uma arquitetura genética, confinada, escravizada pela organicidade da carne. Ainda, e sempre as nefastas ideologias biológicas consternam, subjugam masculinidades, feminilidades ao insano, profano, nefasto essencialismo biológico. Esse axioma biológico é uma mera fábrica de machos e fêmeas, com funções bem delineadas, contornadas, onde a identidade sexual é puro e sínico sinônimo de órgãos sexuais reprodutivos. Homofobia, lesbofobia, transfobia e misoginia são partes inerentes da biologia – pois – tudo que ‘atrofia’ a biologia gera fobia. A desencarnação da identidade de gênero da biologia abre a pluralidade das vozes do gênero, onde homens e mulheres aprisionados, generificados em prisões essencialistas, libertam anseios e devaneios no leito da cultura e leitura do gênero em formas múltiplas de expressão, criação e relação , não mais entranhadas no reducionismo biológico hegemônico vigente.

Exposição: Indecidibilidade arborescente e o feminino

Expositor(a): Isabela Nascimento Frade (Universidade Estadual do Rio de Janeiro)

Data de Realização: 10 de novembro de 2010

Local de Realização: Parque das Ruínas - Santa Tereza/ RJ

Resumo: Na continuidade de seu processo de formação de artistas e visando o próprio fortalecimento, – no ensejo de contribuir para o empoderamento do feminino em sua força criadora –, o grupo de mulheres do O Círculo apresentou proposta de intervenção no espaço Parque das Ruínas por ocasião da mostra integrada ao I Encontro de Pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação em Artes do Estado do Rio de Janeiro em 2010. O local escolhido para essa ação fica na área externa do parque, em Santa Tereza, exatamente no corpo da grande árvore que entremeia a murada externa do casarão. O trabalho proposto vincula-se à série de esculturas que o grupo tem desenvolvido na exploração de corpos em grandes dimensões. Seus resquícios, registros da experiência de modelagem em diversas mãos e de sonhos e memórias compartilhadas sobre as fábulas dos monstros femininos (muitos relatos entremeados de medo e desejo de sermos grandes e poderosas!) ainda vibram e impulsionam esta proposta. Algumas projeções acompanham esta proposta em novo meio, as imagens em fotografia contemplam 10 momentos de projeção mulher/ árvore. O grupo iniciou as modelagens no dia 10 de novembro de 2010 e permaneceu ativo na obra em 60 dias de montagem, deixando sempre a obra parcialmente incompleta.

Exposição: Mostra Convidada – SQUAT

Expositor(a): Andrea Eichenberger (a)

Data de Realização: 2013

Local de Realização: Paris

Resumo: Squat é um termo inglês utilizado para designar a ocupação irregular de uma moradia vazia. Partindo desse conceito, esta proposta de livro de artista, no qual dialogam fotografias e textos, constituiu-se a partir da ocupação que a artista catarinense Andrea Eichenberger fez de um apartamento parisiense, no qual viveu a senhora que foi sua vizinha durante 5 anos, falecida aos 90 anos de idade. Trata-se de um proposição situada na fronteira entre arte e antropologia que permite levantar algumas questões universais como o caráter efêmero da existência humana, a morte, a vida, e sua relação dinâmica, a memória, a solidão característica das grandes cidades, o fato de ser velho nelas, os modos de habitá-las.

Exposição: Salamandra - onde os punhais ciganos se encontram

Expositor(a): Cleiton Machado Maia (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)

Data de Realização: 2012/2013

Local de Realização: Rio de Janeiro

Resumo: O objeto dessa mostra fotográfica é a Tenda Cigana Espiritualista Tzara Ramirez em Nova Iguaçu - Baixada Fluminense, onde um grupo de médiuns realiza trabalhos quinzenalmente, com o propósito de ajudar pacientes vindos da região com diferentes problemas e necessidades. Desde sua fundação, os médiuns dessa tenda – apesar de pertencimento duplo em diversos segmentos religiosos – só incorporam nesse local entidades de ciganos para desenvolver seus rituais e performances. Em minha primeira visita ao campo pude, em dois momentos, perceber os marcadores natureza/cultura e gênero/sexualidade fortes e definidores na ordem e ritual da tenda. E destacar uma analise do espetáculo/performance feito por essas médiuns na salamandra, local e ritual onde essa performance de masculinidade se dá com mais força – me levando a debater a hiper-representação desses sujeitos a seus observadores e pacientes, alimentando e fortificando o imaginário que os ciganos historicamente constroem trazendo de sua tradição cultural o que cria estereótipos heteronormativos, ditos e legitimados como necessários para ordem ritualística e traz como resultado a produção uma violência simbólica contra os próprios adeptos e adeptas.

Exposição: Transpondo Olhares

Expositor(a): Gilson Goulart Carrijo (Universidade Federal de Uberlândia)

Data de Realização: 2013

Local de Realização: Universidade Federal de Santa Catarina

Resumo: “Só vemos aquilo que olhamos. Olhar é um ato de escolha.” (John Berger) Esta exposição integra as atividades do programa em cima do salto: saúde, educação e cidadania e tem como objetivo promover o empoderamento de travestis e transexuais através da construção de estratégias para uma produção de outros olhares/discursos sobre elas. A fotografia com suas imagens composta por cenas, cenários e ruínas; seres, gestos, rostos, sorrisos e olhares não vale pela semelhança que mantêm com o referente, mas sim por aquilo que representa na teia de significações tramadas por quem fotografa, por quem se deixa fotografar e por quem vê as imagens. Não por aquilo que mostra, mas fundamentalmente por aquilo que oculta, sensibiliza, ou por aquilo que se entrevê nos interstícios e no fora de quadro da imagem. Portanto, é no invisível acessado pela imaginação diante da imagem fotográfica e na cumplicidade afetuosa e fantasiosa entre quem vê e fotografa e quem se dá a ver para ser fotografado que reside a importância dessas imagens organizadas nessa exposição. As imagens fotográficas aqui apresentadas constroem uma narrativa etnográfica, reflexionando sobre uma dada realidade e tendo como ferramenta a máquina e a linguagem fotográfica.

Exposição: Um olhar de gênero no cotidiano

Expositor(a): Vatsi Meneghel Danilevicz (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre)

Data de Realização: Março 2013

Local de Realização: Porto Alegre

Resumo: Esta exposição mostra mulheres e homens em atividades do cotidiano: trabalho, lazer, cuidado de filhos, tarefas domésticas, casamentos, rituais religiosos e festivos. São pessoas de diferentes faixas etárias, raças, etnias, geografias, performatizando diferentes modos de levar a vida. A ideia da exposição é a de agregar outras problematizações acerca das relações de gênero. Estas fotos foram tomadas em viagens pelo Oriente (China, Laos, Tailândia, Camboja, Vietnam, Mongólia), Leste Europeu, Europa Ocidental, Marrocos e alguns países da América Latina. As imagens procuraram capturar vulnerabilidades/fragilidades/desigualdades bem como resistências/poderes e potências nas marcas de gênero. São apresentadas fotos que traduzem similaridades e diferenças acerca de comportamentos generificados que atravessam as culturas e sociedades.


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