Fazendo Gênero 10 - Desafios atuais dos feminismos
Universidade Federal de Santa Catarina - 16 a 20 de Setembro de 2013
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Relação dos Pôsteres aprovados
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Relação dos Pôsteres aprovados

17/09/2013 - Hall do CCS

  • Armando Januário dos Santos (Universidade do Estado da Bahia),Marco Antonio Matos Martins (Universidade do Estado da Bahia)
    "Ma Vie En Rose" e as escolas brasileiras
  • Neide Célia Ferreira Barros (Universidade Federal de Goiás)
    A beleza e o corpo nas publicidades da Revista Feminina (1920-1930)
    Este artigo é parte da pesquisa de iniciação cientifica intitulada “Propagandas na Revista Feminina (1914-1936): embelezamento e corpo feminino no início do século XX” e parte da perspectiva da categoria gênero como uma organização social da relação entre os sexos. Este trabalho pretende trazer elementos para tais discussões, demonstrando através de um breve relatório acerca das publicidades da Revista Feminina, importante periódico paulista circulante na Primeira República, os vestígios das construções de corpo e do feminino. Com recorte sobre a década de 1920-1930, pretendemos demonstrar através da história a construção social que há em torno do biológico, desabonando assim o determinismo naturalizante.
    Palavras-chave: Gênero; Revista Feminina; Corpo; Beleza.
  • Camila Bourguignon de Lima (Universidade Estadual de Ponta Grossa)
    A condição feminina expressada nas artes visuais pelas artistas nos séculos XX e XXI
    Resultado da iniciação científica promovida pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, este trabalho mostra as diferentes artistas mulheres das Artes Visuais em seus contextos sociais nos séculos XX e XXI e as condições que as motivam a produzirem artisticamente sobre a temática da mulher. A investigação desenvolve-se por meio de uma pesquisa bibliográfica sobre gênero, artes visuais e condição feminina, seguida também de leitura de imagens, ou seja, da análise dos dados visuais das obras de arte, para entender a expressão destas produções. As artistas pesquisadas são: Annette Message, Cindy Sherman, Guerrilla Girls, Mónica Mayer, Nair Benedicto, Sarah Lucas, Shirin Neshat, Valie Export, Vanessa Beecroft e Sylvie Fleury. São apresentadas a poética principal e as marcas das diferenças de gênero impostas pela sociedade presentes nas obras desde 1940 até a atualidade. Até agora, a pesquisa atesta que estas artistas, independente da nacionalidade, representam a temática do feminino, da mulher como objeto, da sexualidade, bem como dos padrões de beleza impostos pela sociedade a elas. Além de expressarem a própria condição de artista mulher que conquista aos poucos, desde a década de 1960, espaços em museus e no discurso da história da arte, até então dominada pelos homens.
    Palavras-chave: Gênero; Artes Visuais; Condição Feminina.
  • Natália Nuñez Silva (Universidade de Brasília)
    A contribuição do feminismo radical na reflexão sobre a violência contra as mulheres
    Este trabalho pretende recuperar teóricas do pensamento feminista radical e suas críticas para pensar a violência contra as mulheres e, assim, contribuir com as discussões teóricas e reflexões acerca desse tema. Monique Wittig, em seu clássico trabalho Straight Mind (1992), contribui para a compreensão da sociedade como estruturada a partir do pensamento hetero. Das muitas implicações disso, ressalto sua economia simbólica e material que produz e mantém muitas/os “Outros” - aquelas/es que não compartilham de seus termos - aos quais coloniza. É nessa sociedade que as mulheres estão, como “outras” do homem, cercadas de discursos e materialidades que as exclui e violenta. Catharine Mackinnon (1987) expõe como erotizamos as relações violentas de dominação/submissão, como ainda usamos uma compreensão de violência que privilegia o ponto de vista masculino e propõe unificar aquilo que, às custas das vidas e da saúde de muitas mulheres, tem sido graduado e mantido institucionalmente, teoricamente e na prática cotidiana dessa sociedade. Denise Thompson (2001) define o feminismo radical, onde assinalo dentre vários pontos cruciais, a contribuição de localizar o sexo como central para a opressão das mulheres.
    Palavras-chave: Feminismo radical; Violência contra as mulheres; Teoria feminista.
  • Marina Lis Wassmansdorf (Universidade do Estado de Santa Catarina)
    A criança na Folha de São Paulo: representações sociais da infância no período da redemocratização (1980–1990)
  • Amanda Resende Corrêa (Universidade Federal de Ouro Preto),José Arlindo Nascimento (Universidade Federal de Ouro Preto)
    A identidade da mulher dentro da sociedade de classes
  • Luara Paula Vieira Baia (Universidade Estadual de Maringá),Eduardo Oliveira de Almeida (Universidade Estadual de Maringá)
    A mulher negra por suas impressões: reflexões acerca da cor da pele nas relações afetivos-sexuais
    Contemporaneamente o Brasil apresenta um alto índice de celibato entre as mulheres negras, quando comparadas às brancas e até mesmo em relação aos homens que compõe o mesmo grupo étnico. Este trabalho propõe uma reflexão sobre os possíveis motivos que interferem nos relacionamentos afetivos-sexuais dessas mulheres, especificamente, de universitárias negras da Universidade Estadual de Maringá – UEM. Nesse sentido, a partir de suas próprias impressões sobre o lugar que sua cor ocupa nesses relacionamentos, problematiza-se a influência da cor da pele nessas escolhas. Dessa forma, confrontam-se nesse trabalho suas perspectivas da realidade com outros pontos de vista, isto é, parte-se do princípio de que as representações de suas respectivas situações nesse cenário compõem parte da construção da realidade. Assim, problematizam-se os relacionamentos eróticos – afetivos ou não; questiona-se até que ponto tais relações são pautadas em escolhas permeadas por padrões construídos socialmente, isto é, quais os limites objetivos – problematizando inclusive a sua existência – que estruturam essas relações.
    Palavras-chave: Mulheres negras; Relacionamentos afetivos-sexuais; Escolhas objetivas.
  • Bruna Rafaela de Lima (Universidade Federal de Campina Grande),Tatianne Ellen Cavalcante Silva (Universidade Federal de Campina Grande)
    As grandes esposas reais: funções sociais das divinas adoradas de Amon no Egito Faraônico
    Os inúmeros papéis exercidos pelas figuras femininas na sociedade do Egito Antigo despertam até hoje fascínio e questionamentos. De deusas cultuadas ao longo dos séculos até artesãs, encontramos referências a estas personagens – anônimas ou de renome – nas inscrições da época e no trabalho de diversos autores que tratam deste período histórico. Entretanto, abordaremos neste trabalho a função específica atribuída às mulheres como Divinas Adoradoras de Amon ou Esposas do Deus, com o objetivo de analisar quais as funções religiosas que estas desempenharam durante as dinastias faraônicas e suas implicações políticas. Com base nos estudos de (NOBLECOURT), (DAVID) e outros autores colocaremos em questão também se este papel social fazia do Egito uma sociedade, em questão de gênero, igualitária.
    Palavras-chave: Egito faraônico; Divinas adoradoras de Amon; Relações de gênero.
  • Bruno de Freitas (Universidade Federal de Uberlândia)
    Cidade, consumo e identidade de gênero: perfil dos frequentadores de eventos LGBT em Ituiutaba (Minas Gerais/Brasil)
  • Andressa Porto Pereira (Universidade Federal de Pelotas),Renata Menasche (Universidade Federal de Pelotas)
    Compra e gênero: reflexões de anúncios para rádio na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, no começo dos anos 60
  • Paula Hosana Silveira Biazus (Faculdade Integrada de Santa Maria)
    Construcionismo Social versus autonomia: questões a serem pensadas sobre a atuação do psicólogo frente à violência de gênero
  • Júlia Marinho Ferreira (Universidade Federal de Minas Gerais),Gustavo Fortunato Duarte (Universidade Federal de Minas Gerais)
    Desafios da desconstrução da noção de identidade na formação de professores
  • João Agbriel Maracci Cardoso (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul),Cristiano Hamann (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul),Adolfo Pizzinato (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
    Em casa que mulher manda, até galo canta fino: análise da construção midiática da personagem Dilma Rousseff
    Os estudos sobre gênero têm sido amplamente realizados através da analise de conteúdos veiculados nas diversas mídias. Neste artigo, analisa-se a construção de uma personagem, a Presidenta Dilma Rousseff, em uma revista mensal brasileira. Discute-se o papel das relações de gênero na representação política, através da mídia e do marco cultural que a engloba. O corpus selecionado para a análise abrange 17 edições da coluna Diário da Dilma, presente na Revista Piauí. O método utilizado se vale das tradições da Análise Crítica do Discurso e a Análise da Narrativa. Percebe-se que a reprodução dos padrões de diminuição do papel da mulher na política permanece, principalmente quando vinculados à expressões humorísticas, de futilidade, irresponsabilidade e instabilidade, apesar da ascensão política das mulheres brasileiras desde o final do século XIX.
    Palavras-chave: Papéis de Gênero; Política; Mídia.
  • Daiana da Silva (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
    Gênero e Educação Infantil: como o gênero se faz presente nas práticas da educação?
  • Felipe Alves Melo (Universidade Federal de Pernambuco),Túlio Romério Lopes Quirino (Universidade Federal de Pernambuco),Benedito Medrado (Universidade Federal de Pernambuco)
    Homens, gênero e trabalho: saberes e práticas de saúde da população masculina trabalhadora da região de SUAPE/PE
  • Arly da Costa Silva (Universidade Potiguar),Liliane Taise Tavares (Universidade Potiguar)
    Jenny: um diário sem segredos
  • Ana Cláudia Mauer dos Santos (Faculdade de Direito de Ribeirão Preto),Fabiana Cristina Severi (Universidade de São Paulo)
    Justiça de gênero e direitos humanos das mulheres: percepções sobre feminismo em decisões dos tribunais de justiça do país
    A presente pesquisa tem como problemática as assimetrias de gênero no acesso à justiça e as dificuldades de efetivação de direitos humanos das mulheres. O objetivo principal é analisar um conjunto de decisões proferidas por Tribunais de Justiça estaduais do país que apresentem em seu conteúdo termos como “feminismo” ou “feminista” para se apreender os sentidos e significados de mulher, do feminino e do feminismo neles presentes, de modo a subsidiar as discussões jurídicas e normativas sobre os direitos humanos das mulheres e sobre a constituição de uma justiça de gênero. O referencial teórico são as Teorias Críticas Feministas e os estudos de direito sob uma perspectiva de gênero. O objeto de investigação são as decisões proferidas pelos Tribunais de Justiça estaduais do país que mencionam termos relacionados ao feminismo. Em termos metodológicos, adota-se a abordagem da Análise de Conteúdo, como uma nova proposta metodológica de estudo jurisprudencial. Espera-se que a pesquisa possa fornecer subsídios para que os Tribunais de Justiça melhor compreendam suas práticas e busquem a redefinição de aspectos organizacionais e conteúdos decisórios, incorporando o enfoque de gênero na prestação jurisdicional.
    Palavras-chave: Relações de gênero; Direito constitucional; Acesso a justiça; Teorias feministas.
  • Fábio Santos Oliveira (Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho")
    Literatura marginal: o estético da periferia brasileira e a voz da mulher que não se cala
  • Kariane Camargo Svarcz (Universidade Estadual do Centro Oeste)
    Mulheres na ciência: uma análise histórica acerca do ingresso e formação de mulheres em cursos de Engenharia da Unicentro/Parana
    Trata-se de uma pesquisa de Iniciação Científica em desenvolvimento cujo objetivo é analisar e discutir historicamente o ingresso, permanência e graduação de mulheres nos cursos de Engenharia da UNICENTRO. Parte-se de uma perspectiva histórica de Gênero e Ciência, tendo que a ciência e a tecnologia constroem o gênero podendo transformar o papel tradicional de homens e mulheres através de tensões sociais e científicas. Foram coletados dados quantitativos de fontes seriais referentes à inserção e formação de mulheres nos cursos de engenharia, nos campus universitário de Irati e CEDETEG, em Guarapuava, no período de 2001 a 2011. Os dados revelaram um ingresso significativo de mulheres nos cursos de Engenharia de Alimentos e de Ambiental. Mas, no curso de Engenharia Florestal o porcentual de ingressão feminina é menos expressivo. O porcentual de conclusão feminina em Engenharia de Alimentos pode ser considerado baixo, estando em média numa faixa de 47%. Considera-se razoável a taxa de conclusão feminina em Engenharia Ambiental e Florestal, sendo superior a 60% em alguns casos. O objetivo desse pôster é problematizar tais constatações.
    Palavras-chave: História; Mulheres; Gênero e Ciência; Paraná.
  • Karen Ambrozi Kaercher (Universidade Federal de Santa Maria),Debora Santos Londero (Universidade Federal de Santa Maria)
    Notas sobre as minhas putas tristes
  • Aline Soares Alves (Universidade Federal do Ceará),Phelipe Bezerra Braga (Universidade Federal do Ceará)
    O Estado em ação: políticas públicas em segurança pública e a promoção da diversidade no Ceará
    Em fevereiro de 2011 foi criado o Grupo de Trabalho da Guarda Municipal e Defesa Civil no âmbito do estado do Ceará. Formado por um representante da instituição Guarda Municipal, representantes das coordenadorias de defesa civil, diversidade sexual, a ONG Grupo de Resistência Asa Branca (GRAB) e pela secretaria de segurança pública e defesa social, o Grupo estabelece o objetivo de diagnosticar, elaborar e avaliar a promoção das políticas públicas de segurança pública para a população LGBT. Em 2012 criou-se através do GT, a "I Capacitação de Direitos Humanos LGBT para Operadores de Segurança Pública" que contava com a participação de policiais militares, civis e guardas municipais. Nesta capacitação eram revistas situações de abordagens ao público LGBT consideradas corretas ou incorretas. Havia um material específico composto por uma cartilha que indicava ao operador a maneira correta de proceder nas abordagens e dúvidas frequentes em relação aos conceitos e termos utilizados. A partir do acompanhamento dos próximos processos de formação desses sujeitos, faz-se necessário perceber como são apreendidas e perpassadas as questões de diversidade dentro das coorporações e de que modo impactam a ação desses profissionais de segurança pública.
    Palavras-chave: Grupo de trabalho; Segurança pública; Políticas públicas; Diversidade; Formação.
  • Vitor França Netto Chiodi (Universidade Federal de Minas Gerais),Érica Renata de Souza (Universidade Federal de Minas Gerais),Ivens Reis Reyner (Universidade Federal de Minas Gerais)
    O paradoxo de Trinity e o mito do Ciborgue: possibilidades para uma representação crítica da mulher nas narrativas de ficção científica
    O presente trabalho tem por objetivo retomar a discussão que Stacy Gills (2011) levanta sobre a representação das mulheres na trilogia Matrix, em específico da personagem Trinity. A autora sugere que Trinity funciona como um paradoxo de duas figuras conflitantes, o que sustenta o aspecto subversivo de sua representação enquanto mulher. Por um lado evocando a figura da femme fatale dos filmes noir – caracterizada como sedutora e perigosa, um símbolo do medo dos homens em perder poder para mulheres – e por outro a figura tipicamente masculinizada do herói de ação holywoodiana, e também negando ambos ocasionalmente. A partir da discussão da autora sobre o tema, pretendemos analisar em que medida figurações não tradicionais das mulheres nas narrativas de ficção científica podem contribuir para uma representação contemporânea mais crítica das mulheres no cinema comercial. Para tanto, sugerimos que o mito político do ciborgue de Donna Haraway (2009) pode funcionar como uma metáfora apropriada para uma representação das mulheres politicamente engajada, que tenha por base uma crítica feminista que problematize os binarismos e suas supostas essências.
    Palavras-chave: Matrix; Trinity; Sci-fi; Ciborgue; Feminismo.
  • Diogo França Machado (Universidade do Planalto Catarinense)
    O processo de transformação de sujeitos transgêneros: transgressão da norma sexo/gênero/desejo
    São chamados transgêneros sujeitos que transitam entre os gêneros, sujeitos que tem seus corpos transformados, moldados para adequarem ao seu bem estar físico e emocional, desta forma esses sujeitos que transgridem a ordem comum do sexo/gênero, são discriminados pela sociedade que estranham, agridem física e verbalmente. A subversão do gênero desses sujeitos, as imagens corporais que não se encaixam em nenhum desses gêneros ficam fora do humano, constituem a rigor o domínio do desumanizado e do abjeto, desta forma ao possuir um gênero “desviante”, as maneiras de interpretar o corpo sexuado tornam-se dificultosa para a norma sexo/gênero/desejo. Assim, o presente estudo busca compreender o processo de transformação de sujeitos trasgêneros em suas nuances biopsicossocias, através da pesquisa qualitativa serão entrevistados 3 sujeitos transgêneros, submetendo a analise de conteudo. Espera-se encontrar dados que possibilitem uma maior compreensão sobre como a transformação de um sujeito transgênero acarreta em sua constituição biopsicossocial, como também afirmar a teoria de Judith Butler e Guacira Lopes Louro no que diz respeito a desconstrução de padrões heteronormativos, de forma que possibilite uma maior visibilidade aos sujeitos transgêneros da região serrana de Santa Catarina.
    Palavras-chave: Transgênero; Heteronormatividade; Psicologia; Transgressão.
  • Lilian da Silva Cortez (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
    O Serviço Social na luta por uma sociedade emancipada
    Resultado de pesquisa documental e bibliográfica, o presente artigo analisa os trabalhos publicados no XIII Encontro Nacional de Estudantes em Serviço Social (ENPESS), realizado em Juiz de Fora/MG de 05 a 09 de novembro de 2012. Teve como objetivo identificar quais os profissionais que discutem gênero, que temas estão sendo estudados a partir desta perspectiva e a centralidade da temática em relação às demais produções do Serviço Social. A pesquisa analisou os trabalhos a partir do CD e do caderno de programação entregues aos participantes do evento, publicados no eixo temático “Serviço Social, relações de exploração/opressão de gênero, raça/etnia, sexualidades”, especificamente nas seções orais, oficinas de projetos e posters, com destaque aos trabalhos classificados com ênfase na categoria de gênero. Foram publicados ao todo cento e vinte e oito trabalhos, destes setenta e oito foram apresentações orais, vinte e cinco foram posters e os outros vinte e cinco foram oficinas de projetos. As publicações e os estudos demonstram a relevância do estudo da categoria gênero para a superação da assimetria entre homens e mulheres, na implementação dos princípios do Projeto Ético Político do Serviço Social (PEPPSS) e para a construção de uma nova realidade material e espiritual.
    Palavras-chave: Serviço Social; Gênero; Ideologia.
  • Gabriela Santetti Celestino (Universidade Federal de Santa Catarina)
    O silêncio das pautas de mulheres nos movimentos de resistência às ditaduras no Brasil e Argentina
  • Treyce Ellen Silva Goulart (Fundação Universidade do Rio Grande),Claudia Penalvo (Universidade Federal do Rio Grande)
    Pautas que se cruzam no corpo: docência feminina e negritude na efetividade da Lei 10.639/2003
  • Laudicéia Lourenço de Araújo (Universidade Federal de Goiás)
    Reestruturação produtiva e a feminização no mundo do trabalho: reflexões no contexto da terceirização em Catalão (Goiás)
    O texto tem como objetivo compreender a feminização no mundo do trabalho no contexto da terceirização diante da reestruturação produtiva do capital, (HARVEY, 2007). A pesquisa baseia-se na revisão bibliográfica e nos pressupostos do materialismo histórico dialético, (CISNE, 2012). A empresa pesquisada Prest John absorve grande parte da mão-de-obra feminina exercendo atividades na limpeza e alimentação. Essas questões justificam a ligação entre gênero e a divisão sexual e social do trabalho no cenário da terceirização, sendo inerente a realização dessa pesquisa.
    Palavras-chave: Reestruturação produtiva; Terceirizadas; Mulher.
  • Bruno Coimbra de Queiroz (Universidade Federal Fluminense),Débora Santos Clarkson (Universidade Federal Fluminense),Lucas Monteiro Gomes (Universidade Federal Fluminense)
    Saúde do homem: um desafio a ser vencido
    Esta pesquisa teve por objetivo avaliar o estado nutricional de idosos (>60 anos) de ambos os sexos, cadastrados no programa Hiperdia (hipertensão e diabetes mellitus) da Policlínica Dr. Guilherme March, situada no município de Niteroi/RJ. Os dados foram coletados nos prontuários dos pacientes que realizaram 1 ou mais consultas nos meses de janeiro e fevereiro de 2013. A amostra contou com 109 indivíduos sendo 81 mulheres e 28 homens. A inserção de pacientes homens nos serviços de saúde tem sido um grande desafio para as políticas públicas. Esta realidade é ainda mais evidente na atenção primária, pois muitos homens não reconhecem a necessidade e a importância da prevenção de doenças. Nossa experiência mostra que não há diferença significativa na prevalência e incidência da hipertensão arterial e a diabetes mellitus no que se refere a questão de gênero. No entanto após levantamento dos dados coletados observou-se uma maior presença de usuárias do sexo feminino em aproximadamente 3 vezes mais que o número de usuários do sexo masculino. Além de alguns teóricos da área de saúde, usamos Bourdieu como referencial teórico.
    Palavras-chave: Saúde Básica; Saúde do homem; Hipertensão.
  • Sinara Inácia de Melo Santana (Universidade Federal do Vale do São Francisco)
    Ser homem profissional do sexo: narrativa de mulheres em situação de prostituição no município de Juazeiro, Bahia, Brasil
  • Júlia Karolyne Costa do Nascimento (Universidade Federal do Pará),Maiara Brandão Simões (Universidade Federal do Pará)
    Significados atribuídos à maternidade por mulheres que vivem em Belém
  • Flora Silvia Alves (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro),Sissi A. Martins Pereira (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
    Trabalhando as relações de gênero nas aulas de Educação Física
    Até o final da década de 70 e início dos anos 80, as aulas de Educação Física eram separadas por sexo, meninos para um lado e meninas para o outro, assim como as brincadeiras e os esportes. Tendo em vista esta divisão, Kunz (1994) ressalta a importância de problematizar em sala de aula o papel “sexual cultural”, destacando desta forma as diferenças culturais que homens e mulheres desenvolveram ao longo da história e seus possíveis estereótipos. O presente estudo tem por objetivo relatar a aplicação de uma Oficina de Gênero, em uma escola pública do Município de Seropédica, em turmas do 6° ao 9° ano. A oficina se desenvolveu, inicialmente coma caracterização de um menino e uma menina utilizando-se de brincos, blusas de time, raquete, paletó de terno, pasta de executivo, avental, entre outros. Pedimos para que os alunos caracterizassem com acessórios o menino e a menina. Após isto, fizemos uma discussão sobre o lugar da mulher na sociedade nos dias atuais e sua independência. Vimos através das falas dos alunos, que a sociedade ainda é bastante machista e os alunos reproduzem estes conceitos. A Oficina deu oportunidade para discutirmos com os discentes as relações de gênero na sociedade, haja vista a falta de espaços nas aulas para abordar o tema.
    Palavras-chave: Estereótipo; Gênero; Oficina.
  • Suelen Aires Gonçalves (Universidade Federal de Santa Maria)
    Violência contra a mulher: uma análise sociológica sobre dados acerca das ocorrências de homicídios contra mulheres em Santa Maria/Rio Grande do Sul
  • Fabiana Oliveira Leite (Universidade Estadual de Montes Claros)
    “Minha Esposa é uma Puta!” Representação da emancipação sexual feminina no longa-metragem nacional "A Dama do Lotação" (1978)
    Este trabalho almeja analisar a partir da compreensão teórica feminista, no que tange as discussões de gênero, sexualidade, cinema e história, a representação da mulher sexualmente liberada por meio das práticas sexuais extraconjugais, personificada pela personagem Solange no longa-metragem nacional “A Dama do Lotação(1978)”. Partindo de um contexto político nacional militar, destaca-se a atuação deste na produção cinematográfica a partir das leis de incentivo á cultura nacional e posteriormente a criação da EMBRAFILME. Entretanto, observa-se que a cinematografia brasileira produzida no período, recebera influências não somente de sua instância produtora, bem como, de um contexto marcado pela popularização da pílula anticoncepcional que, nos anos 1970, abriu as portas para a liberação sexual. A variação representativa da personagem protagonista, que se desloca entre os extremos de “esposa leal/feminina” e “adúltera/ bestializada”, é o objetivo deste trabalho, cuja atuação do contexto e das ideologias presentes, no momento da produção do longa-metragem A Dama do Lotação, influíram nos moldes para a construção da representação e (re) produção do estereótipo da emancipação sexual feminina.
    Palavras-chave: Gênero; Cinema; Liberação sexual.
  • Elson da Silva Pereira Brasil (Universidade Federal de Campina Grande)
    “Urge libertarmos a mulher”: memórias e escritos femininos na Paraíba 1920-1930
    Resultado da Pesquisa “Cenas de (des) ordem práticas saberes disciplinares em Campina Grande-PB, 1900-1940” desenvolvida desde 2012 dentro das atividades do PET-História da UFCG, o presente trabalho pretende fazer uma analise histórica da trajetória de mulheres que atuaram como professoras em uma instituição de ensino na cidade de Campina Grande-PB entre os anos de 1920-1930. Priorizamos como fontes neste trabalho periódicas produzidas por professores e professoras . Nestes, elas (es) escreviam expondo seus ideais. Metodologicamente utilizaremos o método de analise do discurso, partindo do pensamento do filosofo Michel Foucault. Analisaremos os discursos das mulheres professoras e escritoras, buscando perceber sua importância para formulação de um novo modelo de educação na cidade, como a defesa do ensino de ginástica para meninas.
    Palavras-chave: Revista Evolução; Educação; História.

17/09/2013 - Hall do CFH

  • Ana Rita da Silva Rodrigues (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
    (Homo) sexualidades femininas e ginecologia: uma reflexão sobre corpo, gênero e saúde
    O comportamento homoerótico feminino tendeu historicamente à invisibilidade no discurso médico-ginecológico e acadêmico. O fenômeno de feminilização da AIDS observada nos últimos anos veio denunciar um despreparo dos serviços públicos de saúde e, consequentemente, de seus profissionais no que diz respeito à atenção à saúde sexual das mulheres. Esse fato ainda é mais grave no caso de mulheres com práticas homoeróticas que, muitas vezes, nem chegam ao serviço de saúde. Dessa forma, procuro entender as razões que levam mulheres com práticas homoeróticas a acessar com menor frequência o serviço de saúde ginecológico. A fim de responder a tal questão, analiso três aspectos: a lesbianidade como uma vulnerabilidade social, a invisibilidade da lesbianidade na área da saúde e como concepções de corpo e gênero afetam tal questão. Como metodologia, além da revisão bibliográfica de trabalhos na área das (homo)sexualidades femininas, utilizo entrevistas semiestruturadas com mulheres que tiveram ou que tenham relações homoeróticas em Porto Alegre. Até o momento foram realizadas duas entrevistas semiestruturadas com total de 40 minutos e 27 segundos de áudio realizadas entre setembro e novembro de 2011.
    Palavras-chave: Homossexualidade feminina; Sexualidade; Saúde sexual.
  • Ana Jéssika de Medeiros (Universidade Federal do Ceará),Kárithas Shelly Luz Alves (Universidade Federal do Ceará)
    A construção das relações de gênero na infância
  • Sofia Barreto Souza (Universidade do Estado do Rio de Janeiro),Clarice Araujo Imbuzeiro (Universidade do Estado do Rio de Janeiro),Mohabiana Jacuru Theonilo (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
    A descriminalização do aborto e os discursos políticos na eleição presidencial e no julgamento do STF
    O aborto é um tema tabu no Brasil e apesar da luta do movimento feminista, poucos avanços aconteceram. Desde 1940 o Código Penal permite a interrupção da gravidez nos casos de estupro ou risco de morte para a mulher. Entretanto, em 2012 houve um avanço quando o STF permitiu o aborto em caso de fetos com anencefalia. Contraditoriamente, no ano anterior, as eleições presidenciais foram marcadas pela polarização em torno do aborto. Sobre esses dois pontos que o presente trabalho irá refletir. Nas eleições de 2010 o aborto foi o tema que mais repercutiu. Candidatos afirmavam que a candidata Dilma seria favorável a legalização do aborto, a mesma negava que alteraria a lei. O tema polarizou o final da campanha, porém não foi discutido como questão de direitos humanos e saúde pública, ao contrário, a sua criminalização foi defendida como estratégia eleitoral. Em 2004 a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, ajuizou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 54, defendendo a descriminalização da antecipação do parto no caso de anencefalia. Neste ano, o ministro Marco Aurélio concedeu uma liminar autorizando essa antecipação, mas que logo foi cassada pelo plenário. Apenas no em abril de 2012, o STF aprovou, por oito votos a dois, tal arguição.
    Palavras-chave: Aborto; Interrupção da gravidez; Direitos; Brasil.
  • Leilane Samary de Proença Silva (Universidade Federal Fluminense),Camila Canário Pires Xavier (Universidade Federal Fluminense)
    A ética do cirurgião dentista no atendimento a pacientes LGBT
    Este trabalho foi desenvolvido no Programa PET Saúde da UFF em Niterói (RJ), que tem como um dos objetivos a formação de acadêmic@s de Saúde. A experiência relatada foi desenvolvida em uma Policlínica. Considerando que muit@s profissionais da saúde não estão preparados para prestar um atendimento adequado aos pacientes LGBT, sobretudo pelo preconceito, resolvemos desenvolver uma cartilha informativa visando orientar estes/as. Tendo como base o Código de Ética Odontológica (CEO), que orienta os odontólogos a seguirem uma conduta ética recomendável e estabelece punições aos/as infratores/as de suas normas. Alguns dos preceitos contemplados no CEO e que nos orientaram neste trabalho são: exercer a profissão sem discriminação de qualquer forma ou pretexto; zelar pela saúde e dignidade d@ paciente, entendendo-se saúde no seu senso lato, não restrito aos aspectos odontológicos. Tais aspectos vão ao encontro da constituição brasileira, que preconiza que todos têm direito adquirido e inalienável à saúde. Desta forma buscamos com o material desenvolvido que estes/as profissionais da saúde, que devem dar ao/a paciente um atendimento atencioso e respeitoso, em local digno e adequado, independente do gênero e orientação sexual. Como referencial teórico além do CEO usamos Guacira Louro.
    Palavras-chave: Odontologia; Formação Continuada; LGBT.
  • Marina Alves de Oliveira (Universidade Estadual de Ponta Grossa)
    A feminização do Jornalismo em Ponta Grossa: um olhar preliminar sobre as redações dos impressos "Diário dos Campos" e "Jornal da Manhã"
    O trabalho traz resultados preliminares da pesquisa de Iniciação Científica A feminização da carreira de Jornalismo em Ponta Grossa, realizada junto ao Grupo de Estudos Jornalismo e Gênero da UEPG, em especial, uma reflexão sobre as relações de gênero dentro das redações dos dois impressos de Ponta Grossa: Diário dos Campos (DC) e Jornal da Manhã (JM). Ao compará-los percebe-se uma inversão do cenário das redações e do cargo de chefia. O DC conta com sete repórteres, seis mulheres e um homem, além de dois fotógrafos homens e a chefia de redação é ocupada por uma mulher. O JM conta com cinco repórteres, quatro homens e uma mulher, dois fotógrafos e a chefia de redação é exercida por um homem. Outra constatação é que as redações estão ocupadas por jovens profissionais. Todos os repórteres de ambos os jornais são formados em Jornalismo ou pela UEPG, ou pela Secal, sediadas em Ponta Grossa. Apenas um fotógrafo do DC não tem graduação. Pode-se considerar que os cursos de Jornalismo de Ponta Grossa alimentam o mercado da cidade.
    Palavras-chave: Jornalismo; Gênero; Impressos; Mulheres; Repórteres.
  • Isabelle Brambilla Honorato (Universidade Federal do Amazonas)
    Abuso sexual contra crianças e adolescentes em Manaus: discursos sobre gênero, família, moralidades e sexualidades
    Este trabalho pretende colaborar nos debates atuais dos feminismos, a partir de análises dos discursos proferidos nas esferas públicas em que são atendidas crianças e adolescentes que sofreram abuso sexual, buscando apontar como se configuram as falas tanto das famílias afligidas pelo abuso sexual, quanto de profissionais que atendem essas famílias. O local da pesquisa é o Centro de Referência Especializado em Assistência Social de Manaus. Onde são atendidas famílias da capital e do interior do Amazonas. Este lócus de pesquisa é privilegiado, uma vez que é possível perceber que as falas sobre a violência sexual contra criança-menina e contra criança-menino estão ancoradas em discursos sociais marcados por noções de gênero, família, moralidades, e sexualidades, que refletem nas condutas e medidas tomadas nas instâncias públicas de combate e auxílio às vítimas de abuso sexual. Pretendemos responder às questões do tipo: Como são construídos os ditos e os não-ditos sobre a violência sofrida, tendo como pano de fundo o gênero da criança e adolescentes afetadas com o abuso sexual? De que modo os construtos discursivos imprimem e/ou legitimam regras sociais que aprisionam famílias inteiras no silêncio, na vergonha, e tantas outras mazelas afligidas, principalmente, à nossas meninas?
    Palavras-chave: Abuso sexual contra crianças e adolescentes; Gênero; Discursos; Esferas públicas.
  • Geni Daniela Núñez Longhini (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Aspectos relativos ao perfil da psicóloga no Brasil
  • Josiane Ferreira (Universidade Federal de Mato Grosso),Moisés Alessandro de Souza Lopes (Universidade Federal do Mato Grosso)
    Ativismo LGBT na Baixada Cuiabana
  • Jessica Caroline Zanella (Universidade Estadual do Centro Oeste)
    Boa moça ou pecadora: representações das atrizes de Hollywood na revista "O Cruzeiro" (1953-1962)
    Este pôster apresenta a pesquisa de iniciação científica “Entre Audrey Hepburn e Marilyn Monroe: representações femininas do cinema norte-americano na revista O Cruzeiro (1953-1962)”. A proposta é analisar de que maneira a cultura imagética brasileira utilizou as imagens das atrizes Audrey Hepburn e Marilyn Monroe no que tange as questões de feminilidade, sexualidade e como se deu a construção dos corpos sedutores, visto que são apropriados de formas diferentes. Audrey Hepburn como o estereótipo de “boa moça” e Marilyn Monroe de “pecadora”, a partir da revista O Cruzeiro. A revista foi na década de 1950, um dos principais veículos de difusão e de divulgação de padrões do que, na época, entendia-se como “ser moderno” no país. Trabalhos recentes tem colocado a importância das duas atrizes na construção do “ser mulher moderna”, mesmo que algumas opiniões recorrentes as colocavam em lugares antagônicos no que se refere à representação de suas imagens na cultura midiática. Esta pesquisa busca investigar as construções históricas acerca das atrizes na cultura de mídia, procurando assim desconstruir, da percepção dos estudos de Gênero e História, as imagens que foram atreladas a elas no Brasil. Para isso, utilizo as revistas “O Cruzeiro” e as biografias das atrizes.
    Palavras-chave: Gênero; Sexualidade; Revista; Cinema.
  • Juliana Pelluso Fernandes da Cunha (Universidade Federal Fluminense),Fabiano Pries Devide (Universidade Federal Fluminense)
    Conteúdos de ensino e identidades de gênero: um estudo na Fundação Municipal de Esporte-Niterói/Rio de Janeiro
  • Eduardo Jose Bordignon Benedetti (Universidade Federal de Pelotas)
    Diversidade sexual e reconhecimento: o direito a diferença no discurso do judiciário
  • Bruna Kocsis Dorés (Universidade Estadual de Campinas)
    Encontros à luz de pixels: narrativas de amor na Internet
    Esta pesquisa propõe uma reflexão sobre os encontros amorosos que se iniciaram na Internet, perguntando se esse novo espaço de sociabilidade promove uma (re)invenção das relações amorosas. A pesquisa foi realizada no site de relacionamentos Par Perfeito (www.parperfeito.com.br), colocando em diálogo as “Histórias de Sucesso” – relatos de usuários/as que iniciaram parcerias online - e os “Artigos sobre namoro e relacionamento” – conselhos de psicólogas/os acerca de comportamento e sexualidade publicados no site. Nesta reflexão, particular atenção é dada às noções de amor que aparecem nos dois corpus, percebendo como gênero e outros marcadores da diferença operam na escolha do par que se constituirá em uma “história de sucesso”. Das 514 narrativas mapeadas, foram selecionadas 102 histórias, a partir dos diferentes significados atribuídos ao “sucesso” de uma relação amorosa, entre eles a ênfase nas parcerias heterossexuais, gostos similares e, em alguns casos, mesma crença religiosa. Os 156 “Artigos sobre namoro e relacionamento” mapeados dialogam diretamente com as “Histórias de Sucesso”, trazendo noções de comportamento, sexualidade e de relacionamentos considerados “bem-sucedidos”.
    Palavras-chave: Internet; Gênero; Sexualidade; Amor.
  • Marianna Guimarães Alves (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
    Escrita como degeneração em Carolina Maria de Jesus
    Este pôster integra um projeto de pesquisa mais amplo intitulado Risco e Rabisco: para anunciar o feminino. Endereça a escrita feminina, especificamente, a da mulher negra, na autoconfiguração dos papeis de gênero. Na escrita confessional ou na dos diários a pena feminina cria um espaço de linguagem onde se apresenta, arriscadamente, como resistência e aposta no engendramento de sua experiência. Este trabalho articula resultados parciais da transcrição dos manuscritos não publicados de Carolina Maria de Jesus, integrantes da coleção Vera Eunice da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, com seu primeiro diário publicado, Quarto de despejo- diário de uma favelada. Sobretudo, articula questões de gênero e raça como subversivas de um cenário hegemônico, dominado por categorias de homem, branco, heterossexual, culto e de classe média. E, nesse contexto, colocam-se em discussão aspectos do corpus nos quais a escrita se apresenta como forma de (sobre)vivência. Como aporte teórico, o trabalho enfoca reflexões de Walter Benjamin referentes à história e à memória e incorpora uma análise estilística (no sentido amplo da palavra), com base em Joel Rufino dos Santos em Carolina Maria de Jesus: uma escritora improvável.
    Palavras-chave: Carolina Maria de Jesus; Autoria feminina; Escrita documental; Memória.
  • Tânia Peres de Oliveira (Universidade Estadual de Maringá)
    Família homoafetiva e espaço urbano: narrativas sobre espaços de conflito na cidade de Maringá, PR, Brasil
    A apresentação do espaço urbano se faz através da materialidade e conjunto de práticas sociais, onde as ações dos grupos e/ou indivíduos são integrantes do processo de produção e da apropriação do espaço. Entre as formas possíveis desta apropriação está a dinâmica entre o deslocamento diário de pessoas e os mais diversos locais do espaço urbano, porém, esta interação nem sempre ocorre de maneira pacífica. A condição homossexual, considerada um desvio social, impossibilitou que pessoas orientadas para o mesmo sexo pudessem expressar de maneira pública sua afetividade. Ao assumirem a afetividade, principalmente com o intuito de formar uma família, esses indivíduos passam a vivenciar experiências fora da zona de conforto. O objetivo dessa pesquisa de iniciação científica foi identificar os espaços de maior conflito para as famílias homoafetivas na cidade de Maringá, além de descrevê-los, interpretá-los e compreender seu significado. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas realizadas com quatro casais homoafetivos que, após assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, tiveram os diálogos gravados e transcritos. Os dados foram analisados tendo-se como perspectiva compreender a vasta negociação constante entre corpos e lugares.
    Palavras-chave: Família homoafetiva; Espaço urbano; Interdições.
  • Anna Carolina Neves de Anchieta (Universidade Federal Fluminense),Yasmin Freitas Abrantes (Universidade Federal Fluminense),Jane Lucy do Amaral Moura (Universidade Federal Fluminense)
    Futebol como lazer para homens gays
    Esta é uma pesquisa desenvolvida no Instituto de Educação Física da Universidade Federal Fluminense. Nele realizamos uma análise social e antropológica, com um grupo de homens gays que jogam futebol como forma de lazer e socialização. A idéia de um homem gay gostar de futebol não é concebida pelo senso comum, pois afinal a virilidade acompanha o prazer pelo futebol. O que fazer quando se é gay e o futebol é uma das suas paixões? Esses peladeiros encontraram uma solução, a formação de um grupo que se reunisse semanalmente para jogar bola. O que agrega estes homens é o Futebol e a identidade de gênero. Este Trabalho tem relevância acadêmica e social para melhor compreendermos os múltiplos atores que constroem e formatam a sociedade. O que diferencia este estudo específico de tantos outros sobre futebol, com certeza é o grupo estudado. Ao pensarmos na forma como o futebol se constrói na nossa sociedade, naturalizado como uma prática masculina, entendida como sinônimo de heterossexualidade. Para melhor compreensão deste fenômeno usamos Bourdieu, Ferrari e Louro como referenciais teóricos, para a análise de gênero e Melo para as questões de lazer.
    Palavras-chave: Futebol; Homossexualidades; Masculinidades.
  • Flávia Belmont de Oliveira (Universidade Federal da Paraíba)
    Gênero e agenda internacional: o movimento de mulheres e o caminho para a Institucionalização da ONU Mulheres
  • Brendhon Andrade Oliveira (Universidade Federal do Tocantins),Bruna Andrade Irineu (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
    Gênero e Diversidade na Escola: uma análise sobre o perfil das/os cursistas do GDE e da realidade escolar no estado do Tocantins
    O presente trabalho aborda a execução do curso de extensão Gênero e Diversidade na Escola (GDE), da Rede Educação para a Diversidade, financiado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) no ano de 2013, que na Universidade Federal do Tocantins (UFT) está sob a coordenação do Núcleo de Pesquisas, Estudos e Extensão em Sexualidade, Corporalidades e Direitos. Este curso visa realizar a formação continuada semi-presencial em gênero e diversidade na escola para com profissionais da educação. Sabe-se que há hierarquias e desigualdades sexuais, étnico-raciais e de gêneros, e combater a discriminação, preconceito e violência em ambiente escolar se torna imprescindível. Neste sentido, pretende-se refletir acerca do perfil d@s cursistas do GDE e sobre a realidade escolar que vivenciam, buscando identificar os suportes didáticos que possuem para atuar com gênero e diversidade em sala de aula e as ações de promoção da diversidade que desenvolvem em suas escolas. Para tanto, analisaremos os formulários de coleta de dados e as experiências compartilhadas no ambiente virtual e presencial durante o curso.
    Palavras-chave: Educação; Gênero; Diversidade.
  • Paula Nunes Chaves (Universidade Federal do Rio Grande do Norte),Allyson Carvalho de Araújo (Universidade Federal do Rio Grande do Norte),Mayara Cristina Mendes Maia (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
    Gênero e esporte: apontamentos sobre "Menina de Ouro"
    O trabalho caracteriza-se como um estudo exploratório a partir da pesquisa “Gênero, sexualidade e esporte: descentramentos da virilidade no cinema.” O recorte do texto centraliza a análise no filme Menina de Ouro (2005), e objetiva destacar e discutir elementos que generificam a prática do boxe na produção em tela. Atrelado a este objetivo central, operacionalizam-se outros objetivos específicos, a saber: a) elencar cenas e/ou momentos do filme que retratem a generificação do boxe e; b) discutir como a representação pode reforçar e questionar a compreensão sexista no esporte. A pesquisa tem caráter descritivo e abordagem qualitativa, adotando como recurso metodológico a descrição da experiência estética das imagens do cinema a partir de Gumbrecht (2006). Identifica-se e discute-se na análise os seguintes pontos: o processo de virilização da protagonista, por meio da gradativa mudança no regime de visibilidade de seu corpo; a superação da dor como negação da fragilidade atrelada ao feminino e; a não preocupação da personagem em cultivar elementos da cultura feminina. Portanto, o filme quebra com o arquétipo da mulher frágil e do homem viril, apontando que as novas demandas sociais desconstroem esse modelo binário, que já não mais se sustenta no âmbito esportivo.
    Palavras-chave: Gênero; Esporte; Cinema.
  • Camilla de Almeida Silva (Universidade Federal do Vale do São Francisco)
    Gênero e Trabalho: sindicalismo rural no Vale do São Francisco
  • Tatiana Regina de Andrade Soares (Universidade do Estado do Rio de Janeiro),Luiz Fellipe Dias da Rocha (Universidade do Estado do Rio de Janeiro),Maria Theresa da Costa Barros (Universidade Estadual do Rio de Janeiro)
    Gravidez na adolescência: perspectivas socioculturais e de gênero
    A problemática da gravidez na adolescência apresenta atravessamentos socioeconômicos e culturais em uma realidade permeada por questões de gênero. No que concerne às perspectivas de vida escolar e profissional das mães adolescentes abrigadas, observa-se que não há qualquer indício de que estas conseguirão obter condições de autonomia. Analisando-se o contexto social em que há uma maior incidência da gravidez precoce, pode-se constatar que a expressão da sexualidade nas camadas populares, acontece precocemente, não havendo internalização de orientações adequadas sobre métodos contraceptivos e prevenção de DSTs. Percebe-se que para as populações jovens femininas segregadas, a maternidade apresenta-se como uma forma de visibilidade social caminhando em direção oposta aos atuais movimentos feministas que excluem a maternidade como destino da feminilidade. A experiência da gravidez na adolescência torna-se ainda mais difícil considerando-se todo o contexto de precariedade e desamparo das mães adolescentes abrigadas, cenário este onde há falta de referências familiares, carência de recursos financeiros mínimos, e ainda históricos de abuso sexual muitas vezes praticados por aqueles que representam suas únicas referências.
    Palavras-chave: Gravidez na adolescência; Abrigamento; Gênero.
  • Bruno Silva Kauss (Universidade Federal de Pelotas),Letícia Baron (Universidade Federal de Pelotas)
    Intersecções entre justiça e gênero: a participação feminina no judiciário brasileiro
    A despeito de a população feminina constituir maioria na população brasileira, as mulheres são, ainda, minoria das servidoras do poder judiciário. Segundo Relatório divulgado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SEPM/PR), em 2010, embora as mulheres possuam maior nível de escolaridade e representem quase 50% da população economicamente ativa, não chegam a 20% nos cargos de nível hierárquico no Poder Judiciário, Poder Executivo, empresas, entre outros cargos de chefia. Neste cenário, presente pesquisa objetiva identificar a realidade quantitativa (número de servidoras, cargos ocupados, tempo de trabalho no Judiciário, salários destes cargos) e qualitativa (grau de hierarquia e decisão, coleta de relatos sobre dificuldades pessoais e profissionais relacionadas ao acesso e à progressão funcional) da parcela feminina do Judiciário Federal brasileiro atual. Os dados serão colhidos a partir de consulta dos sítios dos tribunais e juizados federais do Brasil, além de sindicatos e associações do Poder Judiciário Federal, jornais e boletins do judiciário, fontes jornalísticas e portal da transparência.
    Palavras-chave: Gênero; Mulher; Trabalho; Poder Judiciário.
  • Dandara Rossoni (Universidade Federal da Grande Dourados)
    Mães indígenas encarceiradas no sul do Mato Grosso do Sul
    A proposta da pesquisa MÃES INDIGENAS ENCARCERADAS NO SUL DO MS, aqui disposta em formato de pôster, é parte do programa de projetos, PROEXT 2013, fomentado pelo MEC e intitulado: “NPAJ/FADIR/UFGD: Centro de Excelência em Direitos Humanos”, no qual sou bolsista. O objetivo principal centra-se na análise qualitativa (etnografia e análise do discurso) da situação dos encarcerados indígenas do sul do Mato Grosso do Sul; vez que se depara com a seguinte situação: três etnias foram compulsoriamente reservadas em espaço de aproximados 1300ha desde o processo de colonização do estado, culminado em violenta expropriação de indígenas dos seus territórios de origem. Ainda assim, o MS é a segunda maior população indígena no país e a primeira, em termos populacionais, de indígenas encarcerados. Baseada na coleta de dados até então realizada, debruçar-me-ei sobre a situação específica de mães indígenas aprisionadas que, como menciona – Goffman (1982), sujeitam-se a um somatório de estigmas. O material analisado trará ao palco das discussões, entrevistas realizadas com detentas do estabelecimento penal feminino de Rio Brilhante-(EPFRB). Assim, o material de entrevistas serve para problematizar crimes recorrentes aos quais mulheres indígenas sul matogrossenses respondem no contexto judicial.
    Palavras-chave: Indígenas; Mães; Encarceradas; MS.
  • Dyjane dos Passos (Universidade Federal de Viçosa),Rafânya Mareza Silva de Carvalho (Universidade Federal de Viçosa),Paula Dias Bevilacqua (Universidade Federal de Viçosa)
    Novas feminilidades e o enfrentamento da violência contra a mulher
    Esse trabalho resulta de reflexões realizadas no desenvolvimento de um trabalho de extensão-pesquisa sobre violência de gênero e enfrentamento da violência contra a mulher. Durante as atividades, envolvendo moradoras de localidades/bairros de Viçosa-MG, percebemos, a paulatina participação das mulheres frequentemente relatatando histórias de vida marcadas pela violência doméstica. Apesar da maioria das mulheres ser trabalhadora e chefe de família, ainda co-existem relações de poder, pois a autoridade de seus compaheiros nao é desligitimada, sendo essa a particularidade da identidade dessas mulheres, que chamaremos “novas Amélias”. São mulheres comuns, cujas possibilidades de rupturas se dão em casa, no bairro onde moram, na mercearia que frequentam, ou seja, lugares do cotidiano, frequentemente considerados como lugares não políticos ou de transformação. Muitas são lideranças na localidade e (re)ordenam o modo de vida dos/as que as rodeiam. Embora nao tenham refinamento teórico, têm percepção sobre as transformações cotidianas resultantes de lutas e tensionamento. São mulheres que não buscam aprovação de suas práticas, sendo essas acordadas muitas vezes entre “troca de olhares” onde delegam e/ou autorizam o poder a seus companheiros sem que isso as coloquem em lugar de submissão.
    Palavras-chave: Relações de gênero; Emponderamento; Cotidiano.
  • Michelle Clizette Barbosa Leite Timotheo (Universidade Federal da Paraíba)
    O enfrentamento à violência contra a mulher e o aspecto socioeducativo da Lei Maria da Penha
  • Guilherme Fernando Schnekenberg (Universidade Estadual de Ponta Grossa)
    O que se diz sobre as mulheres na conquista do poder: candidaturas femininas no jornal Gazeta do Povo
  • Sarah Rossetti Machado (Universidade Estadual de Campinas),Regina Facchini (Universidade Estadual de Campinas)
    O Seminário Internacional Fazendo Gênero: apontamentos para a recuperação de uma trajetória
    O presente estudo tem como objetivo colaborar para a recuperação da trajetória recente dos estudos de gênero e sexualidade no Brasil, por meio da investigação e análise do principal congresso específico desse campo de estudos, o Seminário Internacional Fazendo Gênero, com realização bienal, desde 1994, na Universidade Federal de Santa Catarina. Para tanto, considerou-se a importância dos congressos científicos como instâncias de consagração e espaços onde ocorre a legitimação da ciência. A metodologia incluiu análise documental dos anais eletrônicos do congresso e a elaboração de um banco de dados com informações sobre os coordenadores (distribuição regional e disciplinar) e temas abordados nos Simpósios Temáticos das edições disponíveis (2000-2010). O período estudado inclui seis edições do Fazendo Gênero, sendo possível identificar dois períodos distintos nessa trajetória: entre 2002-2004 (média de 50 ST) e entre 2006-2010 (média de 75 ST), sendo 2006 o ano a partir do qual o Fazendo Gênero ganha caráter internacional e passa a contar com maior aporte de apoios financeiros. O trabalho completo inclui informações sobre a distribuição regional e disciplinar da rede de coordenadores de ST nesse período e a análise dos temas dos ST em cada uma das edições.
    Palavras-chave: Gênero; Sexualidade; Campo científico; Congressos científicos.
  • Henrique Campagnollo D´Ávila Fernandes (Centro Universitário de Brasília)
    O sexo invisível: considerações sobre o lugar social de pessoas intersexo
    Este artigo se baseia em estudos sobre a intersexualidade, caracaterizados pela crítica à medicalização. A normalização do sexo no cuidado em saúde de pessoas intersexo vulnerabiliza o sujeito e cria espaços de exclusão, prejudicando seu desenvolvimento psicossocial e sua inclusão nos mais diversos ambientes em que circulam. Para a problematização do fenômeno, foi realizada uma entrevista com um sujeito que passou pelo processo normalizador de correção cirúrgica, e utilizados registros empíricos de outras pesquisas sobre o tema, através do método qualitativo de pesquisa. Constatou-se que as experiências vivenciadas pelos sujeitos corroboram as produções teóricas existentes, destacando-se a questão do estigma como constituinte da subjetividade, e a invisibilidade como estratégia de enfrentamento. Verifica-se a necessidade de mobilização das pessoas intersexo em grupos políticos, a fim de terem o princípio da equidade assegurado, bem como de diretrizes éticas e técnicas formais de âmbito nacional na rede de assistência à saúde pública, para que a diretriz da integralidade em saúde seja atendida, e a condição de intersexualidade possa ganhar o devido reconhecimento e o lugar social da igualdade junto aos que se adequam dentro da lógica binária de gênero.
    Palavras-chave: Intersexualidade; Normalização no cuidado; Invisibilidade; Estigma; Assistência à saúde.
  • Camilla Resende Silva (Universidade Federal de Uberlândia),Emerson Fernando Rasera (Universidade Federal de Uberlândia)
    Os paradoxos da inserção social das travestis
    Em um contexto marcado pela carência de políticas públicas específicas, o movimento social travesti tem lutado pela garantia de direitos básicos no sistema de saúde, ensino e trabalho. Alguns direitos mínimos já foram conquistados, mas há dificuldades para a efetivação dos mesmos. O objetivo do trabalho é analisar as diversas tensões geradas pelo processo de inserção social de um grupo de travestis de uma cidade mineira. Metodologicamente, realizou-se a observação participante junto à comunidade travesti, no período 2012/2013, a partir das atividades realizadas por um programa de extensão da Universidade local. Selecionamos dois indicadores que apontam para os desafios da inclusão social: 1) o nome social: apesar de este legitimar oficialmente o gênero travesti, ele promove uma restrição ao caráter lúdico, criativo e flexível de autonomeação; 2) o trabalho: a busca de validar o trabalho de oficineira das travestis por meio da remuneração demanda a apresentação de documentos como RG, CPF, PIS e conta bancária, os quais muitas delas não possuem. Consideramos que esses mecanismos de inserção social apresentam o paradoxo de contribuir para o reconhecimento social das travestis e, ao mesmo tempo, exigir a transformação de características tradicionais do modo de vida travesti.
    Palavras-chave: Travesti; Inserção social; Nome social; Trabalho.
  • Mariana Vasconcelos Sousa (Universidade Estadual do Ceará),Kelyane Silva de Sousa (Universidade Estadual do Ceará),Raquel Vasconcelos Rodrigues (Universidade Estadual do Ceará)
    Pesquisar para intervir: uma experiência do observatório de violência contra a mulher – OBSERVEM
    No ano de 2012, de acordo com os dados do Observatório da Violência contra a Mulher (Observem), foram registrados 6.112 casos de violência contra a mulher em Fortaleza-CE. Nesse contexto, a Messejana e seus bairros adjacentes destacaram-se por apresentar o maior índice numérico de ocorrências, totalizando 477 casos. Tal realidade evidencia a necessidade de campanhas em prol das denúncias, como também de se repensar as relações de gênero, investindo em ações preventivas. Nesse sentido, o Observem, em parceria com o Tribunal de Justiça e Ministério Público, formularam uma proposta de intervenção no referido bairro, tendo como lócus de execução os equipamentos sociais – escolas, igrejas, centros comunitários e hospitais – além de intensa mobilização em espaços públicos, como praças, feiras e terminais rodoviários com a finalidade de sensibilizar a população local acerca desta problemática. As atividades ocorreram durante oito dias, contabilizando 40h/a para a facilitação das oficinas, palestras e exposições, que resultaram na participação e disposição da comunidade local para reduzir o elevado índice de violência. Assim, firmou-se uma proposta de continuidade deste evento, no corrente ano, visando a prática pedagógica e reflexiva acerca das relações de gênero.
    Palavras-chave: Violência; Gênero; Intervenção; Observem.
  • Leonardo Pereira Bezerra (Universidade Federal da Paraíba),Maíra Ívze Bezerra Alves (Universidade Federal da Paraíba)
    Políticas públicas e empoderamento feminino no Estado da Paraíba
    Esta pesquisa teve como objetivo analisar as políticas públicas referentes à assistência social e emprego das mulheres em execução no Estado da Paraíba, a fim de avaliar se as políticas estaduais dirigidas ao empoderamento feminino tem sido eficazes nos seus propósitos. Para tanto, operou-se a revisão da literatura pertinente, foram estudados documentos coletados em sítios eletrônicos e junto à Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana. No Estado da Paraíba, está em execução o Programa Empreender Mulher, que incentiva a geração de ocupação e renda para empreendedoras populares, pautando-se na sustentabilidade. Entretanto, a falta de transversalidade do programa com outras políticas e a ausência de adequação às necessidades do mercado causam dificuldades à efetivação do programa. Ademais, a despeito de a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres do Governo Federal desde 2010 ter assumido a autonomia feminina como principal linha de ação, o elevadíssimo número de violência doméstica na Paraíba influencia o foco do orçamento estadual no enfrentamento à violência contra as mulheres, em detrimento dos investimentos na geração de emprego e renda.
    Palavras-chave: Violência doméstica; Empoderamento feminino; Políticas públicas.
  • Henrique Araujo Aragusuku (Universidade Federal do Mato Grosso),Moisés Alessandro de Souza Lopes (Universidade Federal do Mato Grosso)
    Políticas públicas para a população LGBT e a atuação do centro de referência em direitos humanos de Cuiabá-MT
    Essa pesquisa tem como objetivo a análise da atuação do Centro de Referência em Direitos Humanos, de 2008 a 2012, no combate à homofobia e na defesa dos direitos da população LGBT em Cuiabá-MT, e relacionar tal atuação às políticas governamentais, como o Programa Brasil Sem Homofobia (2004) e o Programa Nacional de Direitos Humanos III (2010). Para o desenvolvimento dessa análise foi utilizado tanto o levantamento de documentos e artigos, quanto o trabalho de campo. Foram levantados os documentos dos programas e planos do Governo Federal, os documentos das políticas estaduais e artigos que apresentassem acúmulo sobre o histórico e a atuação do CRDH de Cuiabá. Foi realizado o trabalho de campo, com visitas ao CRDH, para se compreender o cotidiano da instituição e a obtenção de documentos e relatos sobre seu funcionamento.
    Palavras-chave: Políticas Públicas; Cuiabá, LGBT.
  • Lucélia de Fátima Rodrigues (Universidade Estadual de Ponta Grossa),Tamires Regina Aguiar de Oliveira Cesar (Universidade Estadual de Ponta Grossa)
    Produtividade científica feminina na geografia brasileira: sistema Qualis-Capes, Estrato B3
    A presente reflexão evidencia as relações de gênero como elemento da produção científica geográfica no Brasil. Nossa fonte de reflexão refere-se ao banco de dados elaborado pelo Grupo de Estudos Territoriais, relacionado às publicações em periódicos científicos da área da Geografia (estratos A1, A2, B1, B2 e B3 [10.038 artigos]). Visando as publicações geográficas relacionadas ao estrato B3 (31,22% do total de artigos). Os dados coletados evidenciam que em relação a cada estrato existe uma diferença percentual de publicação das mulheres em relação aos homens, diferença que diminui do estrato mais qualificado para o menos qualificado: A1: 66,6% homens / 33,4% mulheres; A2: 63,6% homens / 36,4% mulheres; B1: 64,2% homens / 35,8% mulheres; B2: 56,9% homens / 43,1% mulheres; B3: 59,4% homens / 40,6% mulheres. Se a diferença percentual entre homens e mulheres no estrato A1 é de 33,2%, e no estrato B3 de 18,9%, existe uma diminuição da diferença percentual de 56,9%. Todavia, os homens possuem preponderância em relação às mulheres. As geógrafas são ativas na produção científica geográfica no Brasil, sem, no entanto, alcançar o mérito científico de geógrafos do sexo masculino. Estes dados evidenciam que a produção geográfica não é meramente científica, mas também histórica e sociológica.
    Palavras-chave: Geografia; Produção Científica; Gênero.
  • Patrícia Ribeiro Bastos (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul),Cristiane dos Santos Schleiniger (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
    Questões de gênero na produção midiática de brinquedos infantis
    Neste estudo analisamos o discurso na publicidade de dois brinquedos da empresa Homeplay – Lava Lava (uma máquina de lavar roupas) e Acqua Rápido (um lava rápido de carros). Ao apresentar alguns recortes sobre a construção midiática destes brinquedos, buscamos problematizar o campo discursivo em que se inserem tais produções e investigar como ocorre a organização do ethos na publicidade destes dois brinquedos, segundo os pressupostos de Dominique Maingueneau (2008, 2010) e a perspectiva dos Estudos de Gênero. Identificamos que no discurso de cada uma das produções midiáticas dos dois brinquedos, o corpo imaginário dos produtos ancora-se no campo discursivo das relações de gênero. Os papéis de gênero são apresentados às crianças antes mesmo de seu nascimento, quando os pais e as pessoas que a cercam constroem seu primeiro ambiente – o quarto. Assim, supõe-se que não há um fracasso neste discurso publicitário, pois os destinatários destes produtos, famílias e crianças, identificam-se com tais ethos, apoiados em um conjunto de representações sociais, de estereótipos de gênero que a enunciação reforça, legitima e confirma. Famílias e crianças incorporam tal ethos, consumindo tais brinquedos ou assistindo tais discursos midiáticos com pouca ou sem nenhuma crítica.
    Palavras-chave: Infância; Gênero; Brinquedos; Produção midiática.
  • Giseli Origuela Umbelino (Universidade Federal de Mato Grosso)
    Representações de mulheres em livros didáticos de História
    O livro didático é instrumento consagrado no cotidiano do professor. O estudo realizado por Décio Gatti Júnior (2004) em livros didáticos publicados entre os anos 1970-1990 apresenta as mudanças ocorridas neste período, nas formas de abordagem dos conteúdos, que passaram a agregar uma historiografia de base econômica, bem como os temas da História Cultural. Suely Gomes Costa (2003) destaca que “repetir antigos modos de ensinar história nos torna participantes da propagação de preconceitos, base de discriminações de vários feitios”, e que o ambiente escolar reproduz muitas das “apartações sociais” a exemplo “normas disciplinadoras de corpos” que aludem ao “papel social de homens e mulheres”. A proposta deste trabalho é observar como livros didáticos selecionados através da Portaria n. 907 do PNLEM (Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio) abordaram as questões de gênero, principalmente ao indagar qual o “lugar” reservado às mulheres na narrativa histórica.
    Palavras-chave: Gênero; Livros Didáticos; Ensino de História; Ensino Médio.

17/09/2013 - Hall do CSE

  • Carina Rocha de Macedo (Universidade Federal do Rio Grande do Sul),Gabriela Fischer Armani (Universidade Federal do Rio Grande do Sul),Janaína Freitas (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
    (Des)Construção da noção de papel de gênero no CASEF: imagem, expressão e diálogo
    Existe um único centro de atendimento sócio-educativo feminino no Rio Grande do Sul, o CASEF. Esse centro faz parte da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul, que é responsável pela execução das Medidas Sócio-Educativas de Internação e de Semiliberdade a adolescentes autores de ato infracional. Dentro do SAJU (serviço de assessoria jurídica universitária) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, há um projeto de extensão com as meninas detidas nesse centro. Esse projeto visa a entender o funcionamento dessa instituição e seus mecanismos . Além disso, pensar a relação e a representação desta na sociedade. Dentro da realidade da instituição, é necessário também atentar às garantias de direitos humanos básicos no CASEF, principalmente no que tange aos direitos sexuais e reprodutivos. A partir dessa premissa de direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal de 1988, a pesquisa objetiva problematizar as questões dos estereótipos ligados ao gênero dentro de uma instituição total. Portanto, o projeto tem a pretensão de mapear as questões de gênero na instituição, como elas se expressam, em que momentos e por que meios. Nesse contexto, objetiva, também, ouvir as diferentes vozes sobre essas questões nesse contexto de internação.
    Palavras-chave: Adolescentes; Estereótipo; Instituições totais; Gênero; Medidas sócio-educativas.
  • Kênia Araújo Pires (Universidade Federal de Viçosa),Clara Cazarini Trotta (Universidade Federal de Minas Gerais)
    A construção do sexo e do gênero no filme "A Pele Que Habito"
    Pedro Almodóvar, renomado cineasta espanhol, é conhecido por abordar a temática de gênero e sexualidade em seus filmes, tendo seu longa-metragem "A pele que habito" (La Piel que Habito, 2011, Espanha) um caráter provocador e impactante devido aos processos violentos expostos ao longo da trama. Nesse contexto, o presente trabalho tem por objetivo empreender uma análise acerca dos processos de construção do corpo e do gênero da personagem Vicente/Vera, que passa por um processo de mudança de sexo forçado, sob a luz do conceito de performatividade e da idéia de Judith Butler sobre a matriz do imperativo heterossexual. Toda a modificação corporal e performática de Vicente/Vera é resultado de um processo de reiteração de normas e discursos no qual o objetivo seria alocar esse sujeito dentro da linearidade da matriz heteronormativa, pois aquele que está fora torna-se ininteligível, abjeto, não humano. O desfecho do filme nos proporciona uma desnaturalização da ordem dicotômica do mundo e uma reflexão acerca da dissolução das categorias identitárias, colocando em questão nossa própria condição como seres generificados.
    Palavras-chave: Sexo; Gênero; Cinema; Pedro Almódovar.
  • Gabriela Oliveira de Figueiredo (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia),Joabson Silva Santos (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia)
    A desvalorização do sexo entre duas mulheres e seus tabus
    A virgindade da mulher é pautada no rompimento do hímen pelo órgão genital do homem. No caso de duas mulheres os indivíduos tendem a reprovar o ato sexual delas sendo necessária a presença do membro masculino. Sousa Filho afirma que a visão do mundo é produto da ordem social que pertencemos, tendo como normal apenas relações heterossexuais ordenado pelo lugar social do homem e da mulher. Quando uma lésbica inicia suas relações sexuais, a maioria interroga quando ela perderá a virgindade com um homem. Dentro da sociedade machista, o sexo é tido a partir de parâmetros de uma relação heterossexual. Aliado a isso vem o preconceito com o uso do dildo. O corpo social não entende quando uma lésbica o utiliza no momento da transa, achando por isso, que ela poderia também ter relações com um homem. Entretanto, é preciso desconstruir esse pensamento afirmando que o uso ou desuso desse objeto cabe como forma do desejo sexual. Não existe qualquer relação do dildo com o falo uma vez que a atração está relacionado por toda uma conjuntura física e psíquica de perceber o outro como igual, não tendo portanto, nada a ver com órgãos genitais. O pensamento moralista de que o sexo é apenas a penetração do membro na vulva deve desaparecer dando espaço para aceitação de diferentes modos do ato sexual.
    Palavras-chave: Despadronização; Mulher; Lésbica; Sexo.
  • Viviane Melquiades de Souza (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
    A experiência de uma estagiária de Serviço Social na elaboração e execução de um curso de Gênero e Sexualidade
    O presente trabalho visa abordar a experiência de uma estagiária de Serviço Social na elaboração e execução de um curso de Gênero e Sexualidade com adolescentes e jovens. Falar de um assunto que você nunca parou para questionar, embora faça parte do currículo do Assistente Social é uma experiência e tanto. Quando fui convidada para fazer parte da Equipe de Gênero e Sexualidade da Associação Luta Pela Paz confesso que fiquei assustada. Porém com a implantação do curso no primeiro ano comecei a ficar mais íntima do assunto. No entanto, somente com a turma de 2012 pude perceber o quanto cresci profissionalmente e hoje o tema gênero faz parte de minha pesquisa para a conclusão do curso de Bacharel em Serviço Social, além ter feito parte da elaboração e execução do curso principalmente do ano de 2012, auxiliei na confecção de um Manual de Gênero, fruto das aulas aplicadas e que fará parte da didática da próxima turma prevista para iniciar em abril de 2013.
    Palavras-chave: Gênero; Sexualidade; Experiência.
  • Natália Cristina Luciano (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul)
    A família contemporânea e suas implicações sobre a vida das mulheres
    A família é uma das instituições essenciais das sociedades de classes. Antes de estas serem dividas em classes sociais, podia-se viver em comunidades nas quais produzia-se o necessário para a sobrevivência coletiva. Com o estabelecimento do modo de produção capitalista, baseado na exploração do humano pelo humano e no acúmulo de riquezas pela classe dominante, a família passa a ter um papel crucial neste período. Emerge neste período histórico a necessidade da burguesia de proliferar sua riqueza. Casam-se os filhos dos detentores dos meios de produção como estratégia para a manutenção e ampliação da propriedade privada. Eis a primeira função da família como instituição. Com a união exclusivamente firmada por interesses, o poder também se torna uma função exercida pela e na família. O amor sexuado não existe nesta união, o que faz o homem procurar sexo fora desta por meio da prostituição. À classe trabalhadora, resta a submissão ao trabalho explorado para a sobrevivência. Nesta parcela da sociedade há a possibilidade de existir o amor sexuado, porém a relação de poder se mantém. O presente trabalho tem como apresentar e debater criticamente, partindo dos pressupostos do marxismo, a história e as tendências atuais da instituição familiar e seu impacto sobre a vida das mulheres.
    Palavras-chave: Família; Relações de poder; Luta de classes.
  • Camila Cararo Tonkelski (Universidade Paranaense)
    A importância do pensamento feminista na busca pela liberdade sexual: uma análise em relação a aspectos dos mercados de sexo existentes no Brasil
    Este ensaio propõe uma análise acerca do feminismo e sua relação com os mercados de sexo. O feminismo tem grande importância na busca de igualdade, liberdade e respeito dentro das relações sociais, na medida em que questiona o papel da mulher na sociedade, no trabalho e na família. Percebemos que alguns padrões morais vigentes na sociedade patriarcal, há muito tempo, impedem as mulheres de terem uma liberdade plena e fazem com que as mesmas sintam vergonha ou sintam-se reprimidas na hora de encarar a si mesmas como integrantes do mercado de sexo. Analisando alguns aspectos relacionados a prostituição no Brasil verifica-se que há um duplo discurso que hora “vitimiza” a mulher que se prostitui, hora “culpabiliza” sua suposta predileção para tal atividade. Desconsidera-se o fato de algumas mulheres exercerem a inserção no mercado de sexo como opção pessoal. Busca-se, a partir da bibliografia sobre a temática do feminismo e dos mercados do sexo, discutir a problemática da profissionalização das prostitutas, as consequências da falta de legislação que as amparem, o preconceito sofrido pelas mesmas – decorrente dos pressupostos morais vigentes na sociedade ocidental – e a realidade vivida pelas integrantes dos mercados de sexo no Brasil.
    Palavras-chave: Feminismo; Prostituição; Mercados de sexo.
  • José Wander de Paula (Universidade Estadual de Ponta Grossa),Marly Catarina Soares (Universidade Estadual de Ponta Grossa)
    A narrativa e o direito de falar
    Este trabalho pretende analisar a obra de Marion Zimmer Bradley, "As brumas de Avalon" volume 1, na qual a autora confere a voz narrativa a um grupo que por muito tempo não teve participação política direta na construção dos fatos ao longo da História. Nesse livro, o lendário reinado do rei Arthur surge com outra faceta, a partir da perspectiva daquelas, que são denominadas pelo livro de, mulheres. O objetivo desse trabalho é uma análise crítica feminista, bem como uma análise crítica literária da obra. No primeiro caso, no que se refere ao silêncio imposto às mulheres pelos discursos e no caso da crítica literária de que modo é estruturado esse livro. Para refletir nessa condição de silêncio da mulher a qual ela foi submetida ao longo da História, adotamos como referencial teórico o livro de Gayatri Chakravorty Spivak, Pode o Subalterno Falar? e o livro "Seis Passeios pelos bosques da ficção" de Umberto Eco, e a partir deste podemos pensar sobre a estrutura literária. Até que ponto esse direito de falar conferido pela narrativa funciona são os resultados esperados por meio dessa pesquisa.
    Palavras-chave: Narrativa; Crítica; Mulher; Silêncio.
  • Ananda Andrade do Nascimento Santos (Universidade Federal do Ceará)
    As Minas dos Muros: trajetória feminina no grafite em Fortaleza
    Caminhar pelas ruas de Fortaleza e encarar seus muros, telefones públicos, placas e outros elementos da cenografia citadina, é como adentrar num museu a céu aberto. Os rastros de intervenções urbanas vem de encontro aos nossos sentidos e sensações através dos grafites. A inserção da mulher nesse pedaço é algo ainda não explorado pelas pesquisas desenvolvidas em Ciências Sociais no Ceará. Dessa maneira, essa pesquisa consiste em uma imersão na trajetória de três grafiteiras que atuam na cidade de Fortaleza, aplicando um esforço etnográfico no sentido de apreender as construções subjetivas e as narrativas visuais da cidade a partir da história de vida dessas mulheres. Trata-se de pensar a cidade à luz dos percursos e experiências das grafiteiras, que se inserem como duplamente transgressoras: transgridem um espaço que não foi, originalmente, projetado como lugar praticado pelo grafite e, também, transgridem um pedaço predominantemente masculino.
    Palavras-chave: Cidade; Grafite; Mulheres; Intervenção urbana.
  • Gabriella Souza e Silva (Universidade Federal do Mato Grosso)
    As relações de gênero e o Poder Judiciário em Cuiabá - MT
    O gênero no âmbito das Ciências Sociais refere-se à construção social do sexo anatômico, ou seja, biológico. Apesar disso, já está arraigado na sociedade uma expectativa em relação ao comportamento de cada gênero. Este artigo produzido a partir de entrevistas realizadas para o projeto de pesquisa GÊNERO/FEMINISMO E PODER: A MULHER NO JUDICIÁRIO EM CUIABÁ -MT, que ainda está em andamento, propõe algumas reflexões acerca da atuação das mulheres no poder judiciário, visto esse espaço ser há pouco tempo eminentemente masculino, o que ocasionava distinções e desigualdades entre homens e mulheres. Para tal, após denso estudo bibliográfico, analisou-se e interpretou-se, através de entrevistas semi-estruturadas e da observação participante, os sentidos atribuídos pelas mulheres nesse ambiente de trabalho. Buscou-se compreender como se dá a construção social do gênero nesse ambiente, em que isso reflete na ação da mulher enquanto membro dessa instituição e como se estabelece a relação das magistradas com os demais colegas de trabalho. Espera-se que esta pesquisa possa vir a contribuir com a sociedade mais ampla e a comunidade acadêmica na compreensão do sistema de representação da participação feminina no Poder Judiciário de Cuiabá – MT.
    Palavras-chave: Gênero; Poder; Feminismo; Poder Judiciário.
  • Franciele Castilho dos Reis (Universidade Estadual Paulista),Julia de Castro Campos (Universidade Estadual Paulista),Walter Elias Mazzer (Universidade Estadual Paulista)
    Coral da diversidade: Vozes que se atravessam por um mundo diferente
    O “Coral da Diversidade” é uma atividade ligada ao Projeto de Estágio e Extensão, Clinic@rte, financiado pela PROEX. A proposta deste Coral é reagir contra toda e qualquer forma de opressão, discriminação e submissão de pessoas que, por conta de alguma diferença (gênero, sexual, racial, étnica, física, mental, social, linguística) sejam ou se sintam discriminadas. A partir da música e da educação, buscamos mostrar que a diferença não apenas deva ser respeitada mas, sobretudo, estimulada, motivada, acreditada. O coral é uma iniciativa militante que tem como objetivo principal lutar contra qualquer tipo de discriminação por meio da arte, do canto, da voz a partir de músicas que possibilitem pensar a diferença. É um grupo aberto para a participação de toda a comunidade intra e extra campus. Atualmente, o coral conta com cerca de 20 pessoas, estando elas na condição de discentes, docentes ou servidores técnicos e administrativos. Sendo assim, o coletivo conta com pessoas em diferentes etnias, condições sociais e faixas etárias. Os encontros acontecem duas vezes por semana nas segundas e quartas-feiras, com duas horas de duração. O repertório conta com músicas de diferentes culturas que problematizam a discriminação e afirmam as diferenças.
    Palavras-chave: Arte; Coral; Diversidade; Subjetividade; Gênero.
  • Bruna Dedavid da Rocha (Universidade Federal de Santa Maria)
    Dia Internacional da Mulher: dia de luta e empoderamento das mulheres
  • Cesar Vinicius de Souza Barbato (Escola Superior de Teologia)
    Entre a fidelidade religiosa e a afetividade maternal e paternal: a tensa biografia de pais e mães de homossexuais
  • Rubens Mascarenhas Neto (Universidade Estadual de Campinas),Regina Facchini (Universidade Estadual de Campinas)
    Estudos sobre mulheres, gênero e sexualidade no Brasil: os Encontros Anuais da ANPOCS (1979-2012)
    Esta apresentação baseia-se em pesquisa que visa contribuir para a recuperação da trajetória dos estudos sobre mulheres, gênero e sexualidade nas Ciências Sociais no Brasil. O material analisado provém dos anais dos Encontros Anuais da ANPOCS, atualmente na sua 37ª edição. Fundada em 1977, a ANPOCS congrega pesquisadores, centros e núcleos de pesquisa, e programas de pós-graduação em Antropologia, Sociologia e Ciência Política. A metodologia integra técnicas qualitativas e quantitativas de pesquisa a partir da análise dos anais eletrônicos disponibilizados pela ANPOCS na internet. O foco analítico recai sobre as mudanças ao longo do tempo de existência desses encontros com relação a: a) distribuição quantitativa; b) a distribuição geográfica (por unidade da federação e região do país); c) origem institucional; d) distribuição de temas; e) inserção dos diferentes temas em grupos de trabalho (GTs) voltados especificamente ou não aos temas mulher, gênero ou sexualidade. Os resultados indicam que os grupos de trabalho da ANPOCS acompanham pari passu tanto os processos intelectuais no campo das ciências sociais no Brasil, quanto os processos sociais e políticos presentes na sociedade brasileira.
    Palavras-chave: Gênero; Sexualidade; Campo científico; Estudos feministas; Ciências Sociais (Brasil).
  • Rafânya Mareza Silva de Carvalho (Universidade Federal de Viçosa),Dyjane dos Passos (Universidade Federal de Viçosa),Paula Dias Bevilacqua (Universidade Federal de Viçosa)
    Formação e mobilização de atores sociais para o enfrentamento da violência doméstica: o conceito de intelectuais orgânicos revisitado
    Partimos da reflexão sobre as atividades de formação e mobilização popular envolvendo o enfrentamento da violência contra a mulher inseridas no Projeto Casa das Mulheres, no município de Viçosa-MG. As atividades de formação/mobilização foram desenvolvidas de forma dialógica e construtiva, viabilizando meios e estratégias em rede para enfrentamento da violência contra a mulher, em especial as violências ocorridas no âmbito doméstico. Inspiramos-nos no conceito de intelectual orgânico de Antônio Gramisc, que considera que há sabedoria e articulação do conhecimento nas práticas cotidianas corriqueiras, sendo as pessoas invisibilizadas por não dominarem um discurso de ordem técnica/formal. As atividades de formação trataram de temas como patriarcado, ciclo da violência, tipos de violência e Lei Maria da Penha e envolveram pessoas da comunidade (lideranças ou não), sendo denominados agentes comunitários de enfrentamento da violência contra a mulher, permitindo tecer uma identidade em torno desse grupo. Entendemos que o enfrentamento da violência contra a mulher parte de uma corrente contra hegemônica de desconstrução do senso comum e das práticas reproduzidas culturalmente que reforçam o direito do homem sobre a mulher, que legitima a agressão como se tal fosse por si só explicada.
    Palavras-chave: Emponderamento; Patriarcado; Relações de poder.
  • Renata Karolyne de Souza (Universidade Federal da Grande Dourados),Camila da Silva Dezinho (Universidade Federal da Grande Dourados)
    Formação em Direito e demandas indígenas
    O presente pôster é parte do programa de projetos, PROEXT 2013, fomentado pelo Ministério da Educação (MEC) e intitulado: “NPAJ/FADIR/UFGD”, no qualsomos bolsistas.Oobjetivo principal do programa centra-se na análise qualitativa (etnográfica e de análise de discurso) da situação dosencarceradosindígenasdo Mato Grosso do Sul, visto que o estado possui a segunda maior população indígena no país.Nossa pesquisa visa, especificamente, analisar fichas de triagem relativas a 38 indígenas da comunidade utilizadas por estagiários formandos em Direito na UFGD como princípio básico para iniciar processos jurídicos. A partir delas analisamos quais critérios são elencados para elaboração da ficha destacando se realmente comtemplam as especificidades indígenas; bem como o grau de atenção às quantidades e qualidades das demandas reclamadas no ato do preenchimento por parte dos estagiários e orientadores. Ambos os pontos se verificam como determinantes para se compreender – questões de “acesso à justiça” e “pluralismo jurídico”. Em paralelo, a pesquisa ainda possibilita visualizar, sob o aspecto aqui observado, o comprimento formal dos referidos acadêmicos da UFGD-MS, cuja região é uma das maiores em conflitos interétnicos.
    Palavras-chave: NPAJ; MS; Indígenas; Acesso à justiça.
  • Alexandre Henrique do Nascimento Freitas (Universidade Federal de Pernambuco),Joanna Ferrão dos Santos (Universidade Federal de Pernambuco),Karla Galvão Adrião (Universidade Federal de Pernambuco)
    Gênero e cinema: uma análise crítica dos discursos sobre “ser” mulher no filme “As Horas”
    Esse trabalho objetiva compreender os sentidos construídos sobre “a mulher” evidenciados nos discursos do filme “As Horas” de Stephen Daldry; o qual retrata um dia na vida de três mulheres em diferentes décadas do século XX; relacionadas pelo livro da, também personagem, Virginia Woolf – Mrs. Dalloway. A partir disso, pretendemos identificar com o auxilio da Análise Crítica do Discurso de Fairclough, as cenas, diálogos, gestos, discursos, etc. que revelam a noção de mulher presente na década de 50; verificando a existência de um “mal-estar” já revelado em teorias feministas (Beth Friedan), com relação aos esperados lugares de “mãe”, “rainha do lar”, entre outros. Objetivamos refletir sobre de que modo e até que ponto essas mulheres ocupam tais lugares, reproduzem-nos e/ou transgridem o esperado. Desejamos desvelar como esta mulher “torna-se mulher” a seu próprio modo perante a coerção de mecanismos ideológicos, assumindo novas escolhas estético-ético-políticas e criando para si novos modos de estar no mundo. Entendendo os discursos como prática ideológica, debruçarmo-nos sobre a mulher da década de 50, auxilia a pensar criticamente os discursos e ideologia vigentes, os quais sofrem influência do passado; possibilitando assim, pensar novas formas de expressividade e subjetivação.
    Palavras-chave: Mulher; Gênero; Cinema; Discurso; Subjetividade.
  • Thayane Sampaio Martins (Universidade Federal de Ouro Preto)
    Gênero e público nos museus de Ouro Preto
  • Wanderson Batista Silva (Universidade Federal de Mato Grosso),Silvana Maria Bitencourt (Universidade Federal de Mato Grosso)
    Gênero e sexualidades: o que aprendem os discentes do Ensino Médio de Cuiabá-MT?
  • Lilian Bazzi (Universidade Federal de Mato Grosso)
    Homens aprisionados pela Lei 11.340: a experiência etnográfica entre os muros do Centro de Ressocialização de Cuiabá
  • Ísis Maurício Coelho (Universidade Federal de Pernambuco)
    Interseccionalidade: gênero, loucura, juventudes e autonomia
    Este trabalho se propõe a refletir sobre a análise de um estudo realizado em 2012 que teve como objetivo compreender como mulheres e homens jovens usuários/as de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da região metropolitana do Recife-PE desenvolvem o conceito de autonomia em seus discursos, através de espaços de trabalho com grupo. A análise foi realizada a partir de quatro encontros realizados no CAPS. Participaram desse trabalho sete mulheres e três homens usuários/as do CAPS, cuja faixa etária variou de 13 a 18 anos. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, que se utilizou da análise crítica do discurso de Fairclough, a partir de um referencial feminista pós-estruturalista. A análise foi realizada de modo interseccional, ou seja, sem divisão por categorias, uma vez que se acredita que estas estão entrelaçadas, sem sobreposição e subjetivando as pessoas. Assim, no contexto desta pesquisa, gênero precisa ser trabalhado na interface com juventude, autonomia, condições sócio-econômicas, saúde mental e com a noção de territorialidade. Por fim, ressalta-se que esse trabalho não pretende objetivar verdades, nem responder questões, e sim, viabilizar as reflexões discursivas sobre os temas referidos acima.
    Palavras-chave: Gênero; Saúde Mental; Autonomia; Juventudes e Interseccionalidade.
  • Isabella Caroline Sotocorno (Universidade de São Paulo)
    Islã, mulheres: uma etnografia com as comunidades de Barretos e Colina, do interior de São Paulo
    Esta pesquisa está em andamento e tem como proposta investigar as vivências religiosas de mulheres das comunidades muçulmanas de Barretos e Colina, do interior de São Paulo; A questão norteadora atém-se às maneiras como elas vivenciam e constroem suas identidades de gênero e religião minoritária na sociedade em que se inserem. As identidades de cada pessoa são contraditórias e conduzem-na a diferentes direções, provocando contínuos deslocamentos de identificações (Hall, 2006). Em um sistema social como o que se apresenta, é necessário levar em consideração homens, mulheres e a relação entre eles. Os papéis masculinos e femininos não são os mesmos; entretanto, são complementares (Abu-Lughod, 1986). O objetivo desta pesquisa tem sido realizar uma etnografia com as mulheres mencionadas, aprofundando reflexões referentes à formação de suas identidades pelo duplo viés pertencimento-exclusão, verificando o que acarreta carregar os estigmas de religião e gênero e apreendendo o significado, para elas, de ser mulher e muçulmana e viver na sociedade e cidade em que vivem. Sabe-se que falar do Islã é falar de vários Islãs, coerentes ou não, mas especialmente falar de um único Islã, com seu modo peculiar de transformar o cotidiano, a vida e o corpo de seus seguidores (Ferreira, 2007).
    Palavras-chave: Islã; Gênero; Interior; Identidades
  • Mariana Chaves Petersen (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
    Libertação de figuras opressoras e autodefinição na poética de Sylvia Plath
    Este estudo trata dos rompimentos ocorridos na poética de Sylvia Plath para que o eu poético de ‘Ariel’ fosse possível – focando em ‘Ariel: The Restored Edition’ (2004). Para isso, discute o conceito proposto por Gilbert (1977) de dois eus presentes no “self-defining confessional genre”, sendo o primeiro social, e o segundo, sobrenatural. Uma vez que a escrita serve como válvula de escape para as mulheres, sendo necessária para suas necessidades de autoexpressão (SHOWALTER, 1992), e que a ansiedade da constituição do eu se dá entre ele e um outro, este trabalho discute como isso se mostra na libertação de figuras opressoras principalmente masculinas, ligadas à sombra – uma das “images of incapacity” estudadas por Axelrod (1985), bem exemplificada em “The Colossus”. Expõe, então, como o eu poético consegue matá-las, de acordo com a necessidade da mulher escritora apontada por Woolf (1941), por meio de uma vingança libertadora, observada de forma crescente e cronológica em poemas como “Daddy”, “Medusa” e “The Jailor”. Mostra, finalmente, como essa libertação permite que o eu sobrenatural subjugue o social, levando à autodefinição em seguida, em “Fever 103º”, “Ariel” e “Lady Lazarus”.
    Palavras-chave: Sylvia Plath; Ariel; Eu poético; Libertação de figuras opressoras; Autodefinição.
  • Silvia Batista Nunes (Universidade Estadual Paulista)
    Mulher e revolução: mulheres guerrilheiras na Revolução Cubana
  • Maria Alice Barata dos Santos Figueira (Universidade Federal de Pernambuco),Patricia Vitória Bezerra Caetano Lopes (Universidade Federal de Pernambuco),Jorge Lyra (Universidade Federal de Pernambuco)
    O lugar do exercício da paternidade nos serviços de saúde e no meio doméstico
    É comum e socialmente “institucionalizado” o comportamento materno para atender as demandas do filho e da casa, além de muitas vezes a mãe também trabalhar fora de casa, havendo, assim, uma dupla jornada de trabalho. O pai, normalmente, alheio a essas atividades – e principalmente nos cuidados com os filhos - mesmo que queira desempenhar tais funções sofrerá não apenas preconceito por parte de amigos e familiares, como também não terá apoio das instituições que tratam diretamente com acompanhamento gestacional e de parto como é o caso de hospitais e postos de saúde. Nossa pesquisa foi realizada na cidade de Cabo de Santo Agostinho, região bastante impactada socialmente pelas transformações do complexo portuário de SUAPE/ Pernambuco, onde foram feitas entrevistas semiestruturadas com 07 (sete) pais e 110 (cento e dez) mães adolescentes. Buscou-se levantar informações acerca de cuidados infantis, afazeres domésticos e acesso aos serviços de saúde de atenção básica para que - junto com outras pesquisas - forneça subsídios para elaboração e promoção de políticas e ações sociais de apoio e incentivo aos pais nas atividades que, geralmente, ficam só com as mães, além de estimular a presença dos mesmos nos serviços de saúde.
    Palavras-chave: Paternidade; Gravidez na adolescência; Cuidado paterno; Serviços de atenção básica à saúde.
  • Beatriz Demboski Búrigo (Universidade Federal de Santa Catarina),Jéssica Daminelli Eugênio (Universidade do Extremo Sul Catarinense)
    O poder do rosa: a influência do consumo de produtos infantis nas representações de gênero na infância e juventude
  • Matheus Gonçalves França (Universidade Federal de Goiânia)
    Políticas Culturais LGBT: algumas considerações socioantropológicas
    Este trabalho é fruto de uma investigação de iniciação científica realizada no Ser-Tão, Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade, da UFG, e tem como objetivo analisar as políticas culturais voltadas para a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) no Brasil contemporâneo. Minha intenção aqui é divulgar resultados parciais do mapeamento das propostas de ações que envolvem a chamada “cultura LGBT”, realizado por meio da análise de documentos governamentais relativos a políticas públicas para tal população. A partir desses dados, pretendo tecer algumas considerações socioantropológicas a respeito do que é discursivamente produzido na atualidade como “cultura LGBT” e, assim, interpretar os efeitos desse processo no que diz respeito à produção cultural de identidades sexuais.
    Palavras-chave: Políticas culturais; LGBT; Cultura LGBT.
  • Juliana Goldfarb de Oliveira (Universidade Federal da Paraíba)
    Pornografia em dois tempos: estudo comparativo em poemas de Gregório de Matos e Glauco Mattoso
  • Alessandra Prado Rezende (Universidade Federal de Minas Gerais)
    Prostitutas de Belo Horizonte
  • Aryadne Castelo Branco Correia Lins (Universidade Federal de Pernambuco),Eynat Kelly Heliodoro de Morais (Universidade Federal de Pernambuco)
    Relações sociais de gênero: uma análise sobre as condições de vida das mulheres agricultoras do território rural da Mata Sul de Pernambuco
    A dinâmica do território na Mata Sul de Pernambuco é estabelecida pela cultura da cana-de-açúcar, ainda no Brasil Colônia, que moldou sua sociedade. As transformações ocorridas nos Séculos XX e XXI modificaram não apenas a produção de cana-de-açúcar, mas, também, as demais atividades produtivas existentes no território rural. Desenrola-se, neste território, uma série de intervenções estatais que visam não somente atividades agropecuárias, como também o desenvolvimento de ramos da economia, como o industrial e o turístico. No que se refere ás relações sociais de gênero na agricultura, é salientado o papel culturalmente atribuído à mulher, como mãe e esposa; “responsabilizada” pelas atividades domésticas, em contraste à ideia de simples “ajudante” nas atividades ditas produtivas, muitas vezes compreendidas como prolongamento das atividades domésticas. As mulheres produtoras rurais sempre trabalharam de forma intensa nas atividades agropecuárias. De acordo com alguns autores o trabalho feminino possui características peculiares, ser polivalente, ter seu tempo adaptado segundo as necessidades do momento, inclusive, ultrapassa, até mesmo a barreira da tradicional divisão sexual do trabalho.
    Palavras-chave: Gênero; Território; Agricultura familiar.
  • Mariana Martines Tozzi Moreira (Universidade Federal da Grande Dourados),Luan Fernando Schwinn Santos (Universidade Federal da Grande Dourados)
    Relatos da disciplina de “Orientação Sexual” através do PIBID: O que os(as) jovens pensam sobre isso?
    O trabalho a ser apresentado consiste no relato de experiência das aulas dadas através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) de Psicologia sobre o tema de “Orientação Sexual” para o 6° ano do Ensino Fundamental da E. E. Floriano Viegas Machado em Dourados – MS. As aulas foram baseadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais, com foco no tema transversal “Orientação Sexual”. O relato a ser apresentado tem como objetivo apresentar as experiências obtidas através dessa disciplina, os resultados observados, e as dificuldades encontradas, isto é, demonstrar de uma forma geral, como foi tratar desse assunto, que ainda na atualidade é encarado como tabu, com os (as) jovens do Ensino Fundamental. E, além disso, pretende-se mostrar os temas que enfatizamos ao longo da disciplina, tais como, a aceitação do corpo como ele é de fato, em detrimento dos modismos utópicos de corpos perfeitos, relações e papéis de gênero, diversidade sexual, dentre outros, bem como, a postura dos (as) alunos (as) diante de uma visão crítica sobre os conceitos já padronizados socialmente.
    Palavras-chave: Psicologia; Orientação sexual; Relações de gênero.
  • Caroline Gonçalves Nascimento (Centro Universitário La Salle)
    Representações sociais e gênero: reflexões acerca do pensamento social de internautas sobre a Marcha das Vadias
    Ainda que a Marcha das Vadias tenha surgido em 2011 no Canadá, é em 2012 que ela ganha visibilidade nas ruas e na mídia brasileira, em especial em sites de notícias e redes sociais. A Marcha procura denunciar a violência contra as mulheres e lutar pela igualdade de gênero nos diferentes espaços sociais. Mesmo que sejam reivindicações aparentemente aceitas socialmente, tal movimento tem se defrontado com inúmeros preconceitos e resistências. A internet, neste sentido, tem servido como suporte midiático de propagação e debate em torno de tal temática. Este artigo pretende identificar e compreender a representação social da Marcha das Vadias expressada a partir dos comentários de internautas às reportagens digitais que fizeram a cobertura do movimento no Brasil. Para isto, foram captadas quatro matérias sobre a Marcha, do período de março a junho de 2012, em um importante portal de conteúdos variados, sendo que o material selecionado para análise foram 500 comentários de internautas referentes a tais matérias. Para a organização do material e análise dos dados, nos baseamos na Hermenêutica de Profundidade de John Thompson que enfatiza, sobretudo, o processo interpretativo e crítico frente à propagação de formas simbólicas ideológicas no campo midiático.
    Palavras-chave: Marcha das vadias; Feminismos; Teoria das representações sociais.
  • Patrícia Vilanova Becker (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
    Semelhanças e diferenças no marco legislativo de combate à violência de gênero contra as mulheres: uma análise da produção de identidade a partir das leis de Proteção no Brasil e Espanha
    A partir de uma perspectiva interdisciplinar que combina os campos do direito e da psicologia social, sustentada nos conceitos produzidos no campo dos estudos pós-estruturalistas e queer, este estudo pretende compreender como o gênero se constitui no interior do discurso jurídico a partir da categoria “violência doméstica contra as mulheres” na realidade brasileira e espanhola. O corpus de análise foi estabelecido pela Lei Maria da Penha (11.340/2006), legislação brasileira para coibir a violência contra as mulheres, em um estudo comparado em face da Ley Integral (L.O. 1/2004, de 28 de diciembre), legislação espanhola de proteção à mulher. Como ferramenta metodológica foi feito uso da análise do discurso foucaultiana em busca de a) investigar como a lei tem sido eficaz, ou não, em sua finalidade jurídica e social; b) investigar os efeitos que se produzem pela lei no âmbito legal com respeito às relações de gênero. Embora as referidas legislações sejam consideradas em ambos os países uma vitória do movimento feminista no combate à violência contra a mulher, o estudo sustenta que também são produtoras de verdade no campo normativo de gênero, necessitando uma análise desde o ponto de vista do discurso performativo que produz a (in)viabilidade dos corpos e dos sujeitos.
    Palavras-chave: Direito; Gênero; Mulheres; Performatividade; Normatividade.
  • Gabriela Almeida Moreira Lamounier (Universidade Federal de Minas Gerais),Adriano Beiras (Universidade Federal de Santa Catarina)
    “De mulher pra mulher, Machista”: um estudo sobre a campanha “Números”
    Esta comunicação pretende analisar o machismo presente nas campanhas midiáticas brasileiras, em especial na peça publicitária “Números”, que abre a coleção primavera-verão de uma grande loja de varejo especializada em moda feminina, temporada 2012-2013. Foram trabalhados os conceitos de “sexismo” e “heteronormatividade”, a fim de mostrar como a propaganda, além de restringir a liberdade da mulher limitando todo e qualquer objetivo feminino à união com um companheiro, não representa as mulheres lésbicas. A invisibilidade das mulheres não-heterossexuais é um fenômeno comum. Quando elas são retratadas raramente é para empoderá-las, pelo contrário, servem à dominação fetichista masculina. A análise do vídeo também aponta que o machismo atinge até mesmo população masculina, evidenciando que no anúncio os homens que fogem da performance esperada são desqualificados da “batalha amorosa-sexual”.
    Palavras-chave: Sexismo; Heteronormatividade; Lésbicas; Invisibilidade.
  • Giovanni Carús Brochado (Universidade Federal de Santa Catarina)
    “Quem é TIJUCO?” - O dito e o interdito na materialidade do acervo de Harry Laus
    Minha proposta se inscreve no nuLime – núcleo Literatura e Memória, na pesquisa financiada pelo PRONEX Programa Núcleos de Excelência CNPq/FAPESC. A organização digital de acervos de intelectuais catarinenses levou-me a contactar a materialidade do arquivo pessoal de Harry Laus, crítico de arte e escritor. Entre cartas, recortes de jornais e documentos editoriais, chamaram-me a atenção em seu Diário de Corumbá e Último Diário, os registros pessoais sobre a sua orientação sexual e a sua literatura marcada pela questão (tanto literária quanto filosófica) sobre a marginalidade e preconceito com relação ao indivíduo homossexual, um debate que ainda se mantém atual. Através disso, faço um ponto de reflexão sobre os percalços da vida de um intelectual que deixa claro o seu engajamento pela causa homossexual em toda sua literatura. As indagações de gênero tocam sua vida inerentemente e transformam sua escrita num instrumento político, fragmentando a si próprio em personagens que possuem os mesmos conflitos e prazeres, numa forma subjetiva de reafirmar a postura de Harry perante o “mundo real”. Um dos focos centrais do que pretendo mostrar é a interdição desse discurso em seus diários e como a ficção é líber(t)adora dessa fala interditada.
    Palavras-chave: Harry Laus; Homossexualidade; Gênero; PRONEX.

17/09/2013 - Hall do CTC

  • Ana Giulia de Araújo Conte (Universidade de Brasília)
    "Eu Devia Estar Amando Isto" – perspectivas sócio-históricas do mito do amor materno na análise do livro "Precisamos Falar sobre o Kevin"
    Fazer uma análise sócio-histórica da maternidade, tida como papel central na vida da mulher e finalidade de sua existência, é o objetivo do estudo, tendo como foco o questionamento do caráter instintual associado ao amor materno. A obra de Elizabeth Badinter, "Um amor conquistado – o mito do amor materno", é utilizada como base teórica, na qual a autora questiona o sentimento materno como inato e afirma que ele não é parte da natureza feminina, e sim fruto de uma construção histórica, social e econômica. Para fins de ilustração, é feito um exame da obra de ficção Precisamos Falar Sobre o Kevin, de Lionel Shriver, no qual a personagem Eva relata, de forma lúcida e livre de censura, todo o sofrimento associado à maternidade. Cedendo a diversas pressões, o resultado é uma criança indesejada e rejeitada, Kevin, que, aos 16 anos, é autor de uma chacina que matou nove pessoas em seu colégio. A história, desenrolada em torno desse evento, tem, nos relatos de Eva, interessantes ocasiões de análise do amor materno e de suas implicações, retratadas em conjunto com uma visão geral da construção de tal concepção.
    Palavras-chave: Amor materno; Papeis de gênero; Instinto.
  • Cássia Correa Pereira (Universidade Federal do Rio Grande)
    A narrativa de Nadine Labaki: a importância do papel feminino no cinema contemporâneo
  • Tiane França Menezes (Universidade Federal de Santa Maria)
    A participação e representação feminina no legislativo de Santa Maria
    A participação feminina em diversos setores da sociedade vem aumentando a cada ano; lugares que antes eram ocupados quase que unicamente por homens, vem sendo preenchidos também pelas decisões femininas. Quando falamos em participação político-eleitoral no Brasil, e mais especificamente em Santa Maria/RS, percebemos um quadro predominantemente masculino. Mesmo com uma diferença significativa, a participação feminina vem ganhando destaque e força entre os partidos. Esse estudo propõe-se então, a verificar quais os fatores que explicam a baixa representação feminina na Câmara de Vereadores, levando em consideração os principais motivos e perfis dessas mulheres que participam do processo político-eleitoral municipal. Ainda, propõe-se compreender o papel que ocupam na Câmara de Vereadores, além de conhecer o comportamento masculino frente à participação feminina nas decisões políticas municipais
    Palavras-chave: Mulheres; Gênero; Participação e representação feminina; Política eleitoral.
  • Andrea Moreira Streva (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
    A violência contra a mulher no espaço público
  • Gabriela Souza Antunes (Universidade Federal do Rio Grande do Sul),Laura Machado Hoscheidt (Universidade Federal do Rio Grande do Sul),Daniel Paulo Caye (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
    A violência sexual como crime de guerra: avanços e limitações
    A violência sexual, no contexto de conflitos, vem sendo utilizada como forma de humilhar e dominar grupos adversários, estando presente desde a batalha de independência de Bangladeche, com o estupro de cerca de 200.000 mulheres, até as violações realizadas pelas milícias em Darfur e os horrores da ex-Iugoslávia e Ruanda. A violência sexual durante conflitos armados representa diferentes formas de agressão ao adversário: humilhação de uma população, o fim de uma etnia, etc. O reconhecimento de tal violência como crime contra a humanidade por diversos documentos internacionais vem sendo aclamado pela comunidade internacional, principalmente por permitir que tais crimes estejam sujeitos à jurisdição internacional, como ocorreu nos casos dos Tribunais “Ad Hoc” da ex-Iugoslávia e Ruanda, e mais recentemente na Republica Democrática do Congo, que aguarda sentença do Tribunal Penal Internacional. Entretanto críticas também vêm sendo expostas com relação ao que se tem considerado uma visão reducionista da violência sexual, agora vista apenas como uma arma de guerra, ignorando-se a multiplicidade de fatores envolvidos. Este trabalho busca analisar as consequências do reconhecimento da violência sexual como crime contra humanidade, questionando os avanços atingidos e suas limitações.
    Palavras-chave: Violência sexual; Conflitos; Direito humanitário.
  • Lucilayne Maria da Silva Muniz (Faculdade Frassinetti do Recife)
    A vivência transexual: uma perspectiva psicanalítica
  • Maria Eduarda Nascimento dos Santos (Universidade do Estado do Rio de Janeiro),Leandro Ribas de Almeida (Universidade do Estado do Rio de Janeiro),Maria Theresa da Costa Barros (Universidade Estadual do Rio de Janeiro)
    Abrigo, adolescência e maternidade: concepções sobre o que é ser mãe e mulher
    Diante da problemática dos altos índices de concentração de pobreza e violência associada às altas taxas de natalidade nas favelas do Rio de Janeiro, surgem novos desafios a respeito das concepções de gênero e do cuidado da mulher. Há nove meses viemos desenvolvendo uma metodologia de grupos operativos com mães-adolescentes abrigadas, de forma construtiva e flexível, sendo elaborada de acordo com a demanda apresentada, onde percebemos através das falas, comportamentos, trabalhos de colagens, em geral, as diferentes concepções do que é ser ‘mulher e mãe adolescente’. Tais concepções são diretamente atravessadas pela realidade socioeconômica em que estão inseridas. É possível perceber momentos da vida que ficaram marcados de forma tão intensa nessas jovens, sendo expressos durante as atividades. Pensando assim, nosso propósito é discutir como tal realidade afeta a forma como essas adolescentes se veem e construir um diálogo que possibilite a elas a atribuição de novos sentidos a sua percepção de serem mulher e mãe adolescente, incentivando o cuidado de si.
    Palavras-chave: Abrigo; Maternidade; Adolescência; Gênero.
  • Isabel Silva de Freitas (Universidade Paulista)
    Aplicação da Lei Maria da Penha e os CRAS. A ausência dos serviços previstos na lei, e o impacto na vida das mulheres: o caso da Cidade Estrutural/DF
    Em 2007, a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República lançou um Pacto de Enfrentamento a Violência contra as Mulheres, cujo principal objetivo é: Enfrentar todas as formas de violência contra as mulheres a partir de uma visão integral deste fenômeno. O Eixo II deste Pacto conceitua a rede de atendimento as mulheres, constrói uma hierarquia de importância nos serviços. Este trabalho a partir do Pacto analisa a situação das mulheres em situação de violência na Cidade Estrutural (DF), que não possuí os serviços especializados previstos na Lei e no Pacto. Esta localidade tem cerca de 25 mil habitantes, foi fundada nos anos 1960, famílias vieram atraídas pela construção da nova Capital. Até os dias atuais esta localidade é caracterizada como pobre e onde impera a desigualdade social. Pobreza e desigualdade potencializam a violência, particularmente contra as mulheres. Esta pesquisa avalia a ausência dos serviços especializados neste local a partir da fala com as mulheres, dos movimentos sociais e dos procedimentos dos serviços não especializados que atuam no local e constata que a ausência destes serviços propicia a continuidade da violação dos direitos humanos das mulheres.
    Palavras-chave: Violência doméstica; Lei Maria da Penha; Relações de gênero; Ausência de serviços especializados.
  • Aline Fernandes Marques (Universidade do Extremo Sul Catarinense)
    Aspectos destacados do perfil da reincidência criminal feminina em Criciúma-SC: uma leitura de gênero sobre as carreiras criminais, sob o enfoque dos Direitos Humanos das Mulheres
    A importância de se estudar os dados da reincidência criminal reside em diversos aspectos: verificar a eficácia dos instrumentos de controle social penal, tais como a pena privativa de liberdade e sua metodologia de aplicação nos estabelecimentos prisionais; direcionar políticas públicas na seara criminal e levantar outras hipóteses sobre o real funcionamento do sistema penal no país. A inovação dessa investigação residiu em verificar os aspectos ligados a reincidência não apenas pelo âmbito das já conhecidas análises teóricas, que levantam diversas hipóteses, mas examinando dados coletados diretamente com os atores envolvidos nessa questão.. O principal resultado que se pretende alcançar com a pesquisa é verificar se a reincidência feminina apresenta algum plus de fatores em relação à reincidência masculina, tendo em vista que a prisão provoca nas mulheres efeitos mais severos e estigmatizadores do que nos homens. Isso revelaria a necessidade de políticas públicas específicas para essas mulheres.
    Palavras-chave: Reincidência criminal; Gênero; Reincidência feminina.
  • Amanda Trajano Batista (Universidade Federal da Paraíba),Ana Alayde Werba Saldanha Pichelli (Universidade Federal da Paraíba),Juliana Rodrigues de Albuquerque (Universidade Federal da Paraíba)
    Autoconceito masculino e padrão de autocuidado em saúde
    Esse estudo tem por objetivo, identificar o autoconceito dos homens, avaliando os esquemas de gênero associado ao padrão de autocuidado em saúde. A amostra foi composta de 400 homens na faixa etária de 24 a 59 anos, residentes em João Pessoa-PB. Utilizou-se um questionário sócio-demográfico, e o Bem Sex-Role Inventory (BSRI), que avalia o gênero. A análise dos dados se deu por estatística descritiva e categorização de sujeitos em papéis sexuais (andróginos, tipificados e indiferenciados). Em relação ao perfil dos participantes verificou-se que a maioria possuía o ensino médio completo (50 %), renda mensal entre 1 e 3 salários mínimos (48,8%), informou ingerir bebida alcoólica algumas vezes (71,5%), e declaram não fazer uso do fumo (85,5%). No BSRI, 115 participantes ajustaram-se a categoria andrógina, 104 indiferenciados, 61 femininos e 54 masculinos. Tais dados contribuem para um maior entendimento de como o autoconceito influencia no auto cuidado em saúde, pois a concepção acerca do modelo hegemônico de masculinidade, no qual, certos atributos característicos desses agentes sociais favoreciam uma percepção de invulnerabilidade do corpo masculino resultando em comportamentos que predispõem a doenças e mortes, vem sendo desconstruído e um novo homem vem sendo gestado.
    Palavras-chave: Autoconceito; Autocuidado; Saúde do homem; Gênero.
  • Heloísia Nunes dos Santos (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Brasil, Bolívia e Paraguai: a conquista de espaço pelas mulheres indígenas (1960-2008)
    O presente trabalho pretende realizar um estudo comparado, entre as distintas realidades em que vivem e se constituem as mulheres indígenas do Brasil, Bolívia e Paraguai. A busca dessas mulheres por espaço as leva, em alguns casos, a organizarem-se de forma independente em associações, organizações e movimento de mulheres indígenas, ou também formarem departamentos dentro das organizações do movimento indígena, que abrem espaços para suas demandas. A Confederación Nacional de Mujeres Indígenas de Bolivia (CNAMIB) é uma das organizações estudadas, já que o movimento indígena boliviano tem se caracterizado pela forte presença de lideranças femininas, que desempenham importante papel no cenário político atual. Observamos, nas narrativas, a maneira, como se deu o processo de participação política, suas estratégias para reivindicações perante o Estado e principalmente o protagonismo das novas organizações e a constituição de espaços de mulheres. Este trabalho pretende dialogar com relações de gênero e identidade étnica na interface com memória, poder e participação política.
    Palavras-chave: Mulheres indígenas; Identidade étnica; Participação e gênero.
  • Cristina Diógenes Souza Bezerra (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
    Brechas, buracos e nossos desejos: vieses de uma Revolução Trans-Molecular
    O seguinte trabalho parte da análise bibliográfica das revisões do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), para revelar a formulação da categoria patológica da “Transexualidade” ao longo das últimas quatro décadas. O objetivo deste é problematizar as ordens normativas do desejo impostas pelo discurso das ciências psi e ressaltar as desterritorializações do corpo, sexualidade e subjetividade vivenciadas que fogem da lógica do sofrimento, medicalização e completa identificação com o “gênero oposto”. Alguns movimentos e grupos de referência são: Stop Trans Patologization, as Ludditas Sexxxuales, Hija de Perra. Como referencial teórico utiliza produções de Bento (2006), Butler (2006), Guattari (1981), Hocquenghem (2000), Missé y Coll-Planas (2010), Preciado (2008) que colaboram na percepção da atualidade das experiências trans, possibilitadas pelo avanço das cirurgias e hormônios do processo transexualizador, concomitante à imposição do título de transtornado mental. Admite-se aqui que só é possível conhecer o limite do corpo após a experiência, e que tal categorização dificulta e estigmatiza as diversas possibilidades dos sujeitos-desejos em nosso contexto heterocapitalista.
    Palavras-chave: Transexualidade; Medicalização; Corpos; Desejo; Desterreritorializações.
  • Camila Carolina Hildebrand Galetti (Universidade Estadual de Maringá)
    Cinema brasileiro novo e feminismo: uma análise da representação no filme "Os cafajestes" (1962)
    A imagem da mulher “construída” pelos diferentes meios de representação, mais especificamente, pelo cinema, tornou-se objeto de discussão na sociologia a partir do início do século XX. Essas representações vêm sendo estudadas por feministas, intelectuais do mundo inteiro e sendo analisadas. A década de 1960 é marcada por feministas e acadêmico/a/s como o início da “segunda onda” do feminismo. Esse período se refere às ideias e ações conexas com os movimentos de liberação feminina, que lutavam pela igualdade legal e social para as mulheres, e questionam ideais do período anterior.A partir das produções cinematográficas brasileiras de 1958-1965, analisamos como as mulheres são representadas no longa-metragem “Os cafajestes” (1962), dirigido por Ruy Guerra, fazendo um paralelo com a situação dessas na sociedade, no espaço público e privado, de forma a entender como a sociedade via as mulheres e o que esperava delas. Por intermédio de livros escrito por mulheres que analisam a representação do feminino no cinema, dos estudos feministas, buscamos entender a relação das mulheres com o cinema, lembrando que o início do século XX foi um período marcado por diversas mudanças sociais, culturais e políticas.
    Palavras-chave: Cinema; Feministas; Gênero; Representações.
  • Isadora Quintão Tavares (Universidade Federal de Mato Grosso)
    Diálogos possíveis entre o Direito e a Antropologia para o alcance de isonomias étnico-raciais e de gênero
  • Natália Lidia Garcia de Carvalho (Universidade Federal do Ceará)
    Gênero e direitos humanos: fortalecendo a cidadania de jovens e de mulheres
  • Cíntia Peixoto Galego (Universidade Federal de Santa Catarina),Clarícia Otto (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Gênero na história ensinada: um olhar além do (in)visível
    Este trabalho está vinculado ao projeto de pesquisa “História e Educação: investigações sobre a apropriação do conhecimento histórico – Parte II”, o qual conta com bolsa de iniciação científica, PIBIC/CNPq – BIP/UFSC. O objetivo principal é apresentar como as professoras de anos iniciais do ensino fundamental, relacionam gênero e ensino de história. Desse modo, suas práticas docentes contribuem para a formação de uma sociedade não sexista. Tal análise resulta de trabalho de campo que consistiu em observação de aulas em turmas de anos iniciais, no segundo semestre de 2012. Dessas observações, selecionamos uma atividade, desenvolvida em sala de aula, com base no primeiro capítulo das “Reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato (1964). Essa atividade indica como a literatura dita infantil pode ser um caminho para se ensinar história e introduzir a noção de gênero, haja vista que pretendeu levar a compreender que as relações entre homens e mulheres são construídas histórica e culturalmente.
    Palavras-chave: História ensinada; Literatura; Noção de gênero.
  • Maisa Cardozo Fidalgo Ramos (Universidade Estadual de Campinas)
    Gênero, erotismo e sexualidades no Clube de Mulheres
    A partir de um trabalho etnográfico realizado no “Clube de Mulheres” busco perceber de que forma a ascensão de um erotismo “politicamente correto” pauta um novo escopo de práticas sexuais para mulheres heterossexuais, de modo a contribuir com as concepções plurais de sexualidades e feminilidades. O Clube de Mulheres é uma festa voltada para público exclusivamente feminino, cuja principal atração são shows de gogo boys - rapazes musculosos que se despem e realizam performances percebidas como sensuais pelas frequentadoras. Em campo realizado na cidade de Campinas, vislumbrei trânsitos e trajetórias de sujeitos relacionados à festa, preconizando as frequentadoras e percebendo como gênero e sexualidade aparecem em práticas e discursos. Inserido num circuito de consumo erótico, o Clube parece incentivar a busca de satisfação e prazer sexuais, em contraposição a visões recorrentes em variadas mídias e nas literaturas de autoajuda que concebem a mulher como singular, alocada na meiguice, no amor e na passividade. Contudo, há referências nos mesmos discursos a processos de fortalecimento da autoestima e benefícios à saúde associados a um exercício sexual satisfatório.
    Palavras-chave: Gênero; Sexualidades; Feminilidades; Clube de Mulheres.
  • Ana Beatriz Mello Santiago de Andrade (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Maura de Senna Pereira: em fatos & fotos
    O acervo de Maura de Senna Pereira, intelectual catarinense (1904-1992), foi recuperado e digitalizado pelo núcleo de pesquisa do qual faço parte: núcleo Literatura e Memória – nuLIME, coordenado pela Profª Drª Tânia Regina Oliveira Ramos. O projeto é financiado pelo PRONEX- Programa Núcleos de Excelência FAPESC e CNPq. A sua obra completa foi digitalizada pelo NUPILL, coordenado pelo Prof. Dr. Alckmar Luís dos Santos. Como etapa da pesquisa pretendo nessa apresentação mostrar como se pode projetar na organização desse acervo um além do pacto (auto)biográfico e fazer uma leitura dos fatos e fotos, especialmente dos registros fotográficos, organizadas pela própria escritora em álbuns, como construção de uma subjetividade feminina e feminista. O vasto acervo de Maura é composto por mais de 7.000 documentos, disponíveis em portalcatarina.ufsc.br. Entre esses muitos documentos deixados por Maura, são encontrados além dos álbuns de fotografias, cartas, manuscritos e crônicas publicadas em jornais, os quais permitem que se leia, através da sua materialidade, o modo como vivia, com quem convivia, a vida social e o meio intelectual brasileiro, majoritariamente masculino seja em Florianópolis, seja no Rio de Janeiro, para onde mudou a pós a separação de seu primeiro marido.
    Palavras-chave: Maura de Senna Pereira; PRONEX; Fotografia; Autobiografia; Literatura catarinense.
  • Luiza Monteiro (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
    Mulheres e Monstros: construção da identidade feminina em Angela Carter
    O projeto busca compreender a construção da identidade política feminina a partir da reinterpretação da narrativa tradicional dos contos de fada. Para isso, o trabalho tem seu foco no livro The Bloody Chamber and Other Stories, de Angela Carter, onde histórias de tradição popular são recriadas de um ponto de vista que destaca as personagens femininas. As análises partem principalmente do conto "The Tiger's Bride". Utilizar a própria sedução que os contos oferecem para lhes reatribuir sentido e acrescentar vozes à letra muda não é possível a menos que se reconheça o legado das histórias originárias. Frente a sua posição de exiladas, as mulheres-monstros carterianas precisam transformar sua marginalidade em um isolamento voluntário, que siga suas próprias regras, ou ser aniquiladas diante de seu desejo de "tornar-se humanas". Ao mesmo tempo, elas precisam relembrar os old wive's tales de uma maneira diferente, precisam reconhecer que tinham a ameaça de devoração como inerente aos abraços amorosos, e pela primeira vez perceber o medo da aniquilação como uma ficção, como uma construção, assim como a punição bíblica de Eva.
    Palavras-chave: Mulher na Literatura; Segunda onda feminista; Contos de fadas; Política e literatura; Contos de fadas e feminismo.
  • Natália Oliveira Borges Alves da Silva (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais)
    Mulheres, homossexualidade e violência: uma análise da violência contra mulheres lésbicas
    Este trabalho tem por objetivo analisar as situações de violência contra mulheres lésbicas. Buscaremos privilegiar as experiências de violências vivenciadas por essas mulheres nos âmbitos socioeconômicos, judicial e pessoal. O trabalho se baseia em entrevistas realizadas com mulheres lésbicas de diferentes faixas de idade, classe social e cor. Trata-se de um estudo exploratório de um tema ainda pouco trabalhado pelo conjunto das ciências sociais. Ainda que a violência contra a mulher tenha ganhado projeção nos últimos anos – sobretudo em função da Lei Maria da Penha -, pouco se sabe sobre as violências que se organizam a partir da articulação das experiências de ser mulher e lésbica. Visando a contribuir para a diminuição dessa invisibilidade, este trabalho pretende analisar as principais características desse tipo de violência e os seus impactos nas trajetórias de vida dessas mulheres. Pretendemos ainda compreender como esse tipo de violência impõe novos desafios ao entendimento das violências contras as mulheres, principalmente no que se relaciona a sua punição e enfretamento.
    Palavras-chave: Lésbicas; Violência; Impacto.
  • Lorena Sales de Almeida (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)
    O fenômeno invisível: mulheres violentadas em uma cidade da Bahia
  • Letícia Cedro Siqueira (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
    Para Celie com amor: escritas de si para si no Engendramento do Feminino
  • Mariana de Araújo Cunha (Universidade Federal de Minas Gerais)
    Perfil sócio-demográfico da maternidade precoce e tardia: um estudo de coorte para o Brasil em 2006
    Esse estudo buscou descrever e comparar o perfil sócio-demográfico de mulheres que tiveram o primeiro filho até os 19 anos com aquelas mulheres que tiveram o primeiro filho após os 30 anos a fim de identificar possíveis conseqüências de uma maternidade precoce ou tardia para a vida estudantil e profissional dessas mulheres. Para isso o estudo utilizou-se os dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) de 2006. Foram selecionadas mulheres que possuíam entre 30 e 49 anos de idade em 2006. As variáveis selecionadas para análise foram: macrorregião, cor/raça autodeclarada, escolaridade, se possui carteira de trabalho assinada, número de filhos desejados por toda a vida, idade a começar a viver com companheiro, repercussões de ter tido o primeiro filho após os 30 anos e motivos de não ter engravidado até os 30 anos. Entre os principais resultados, observa-se que as variáveis que mais apresentaram diferença foram as relacionadas à escolaridade e ao trabalho, confirmando a influência do momento da maternidade nesses dois aspectos da vida da mulher. Mulheres que tinham filhos mais tardiamente tenderam a ter ocupações mais qualificadas e escolaridade mais elevada quando comparadas àquelas que vivenciaram uma maternidade precoce.
    Palavras-chave: Maternidade precoce; Maternidade tardia; Conseqüências para a vida adulta.
  • Wellton da Silva de Fatima (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
    Práticas discursivas: variantes linguísticas enquanto identificadoras do papel de gênero - A flexão verbal na fala carioca
  • Magda Maria de Aquino (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
    Práticas pedagógicas sexistas e formação da identidade de gênero um estudo em uma escola pública da cidade do Cabo de Santo Agostinho PE
  • Priscila Pereira Francisco (Universidade Federal Fluminense),Sabrina Pinto Ruback (Universidade Federal Fluminense)
    Promoção à saúde de mulheres de classes populares
    Este trabalho foi desenvolvido no Programa PRO/PET Saúde da UFF. Trata-se de uma pesquisa usando o método sombra onde acompanhamos quatro seis mulheres entre 30 a 40 anos, mães e trabalhadoras, formais ou não, durante o período dos meses de outubro, novembro e dezembro de 2012 em seus atendimentos na Rede de atenção básica a saúde no município de Niterói. As usuárias foram voluntárias escolhidas entre mulheres atendidas pelo Programa Saúde da Família localizado em um bairro de classe popular. Como objetivos, estabelecemos o funcionamento da Rede, problemas e funcionalidade; Freqüência das usuárias aos procedimentos considerando as questões relativas ao gênero e seus papéis sociais estabelecidos, como a maternidade, disponibilidade quanto ao seus trabalhos entre outras. Os resultados da pesquisa corroboraram algumas questões já esperadas por nós, principalmente nas questões relativas a Rede de Atenção Básica, mas também mostrou novas perspectivas de pensarmos as questões de gênero, principalmente no que diz respeito ao Programa Saúde da Mulher e sua efetividade a realidade social. Como referencial teórico, usamos Ana Abrahão e Guacira Louro.
    Palavras-chave: Atenção básica; Saúde da mulher; Classes populares.
  • Evelynne Katriny Silva de Sousa Miranda (Instituto Federal de Brasília),Fernando Luiz Conceição Alves (Instituto Federal de Brasília),André Gondim do Rego (Instituto Federal de Brasília)
    Questões de gênero na trajetória acadêmico-profissional de mulheres na área de Química: o caso do Instituto Federal de Brasília
    Diante das transformações socioculturais motivadas pelas ações e questionamentos do movimento feminista nas últimas décadas, mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço em campos de formação acadêmica e atuação profissional outrora assumidos como “masculinos”. Este é o caso de várias áreas científicas, entre elas, a da Química. No Brasil, estudos mostram que cursos e pesquisas nesta área têm contado com uma participação crescente de mulheres. Contudo, tal participação continua a ser seletiva, como é possível depreender do pequeno número destas profissionais em ramos como o da engenharia química. Embora o senso comum sobre a questão trate estas diferenças como mera questão de “preferências pessoais”, cabe se perguntar até que ponto estas “preferências” não respondem a preconceitos e constrangimentos estruturais dentro da própria área científica em questão. O objetivo desta pesquisa é discutir, a partir das experiências adquiridas na trajetória acadêmico-profissional de mulheres formadas em química que atuam no Instituto Federal de Brasília, o sentido de tal seletividade, bem como possíveis formas persistentes (ainda que não explícitas) de discriminação e exclusão de gênero no universo de atuação da profissão de químico.
    Palavras-chave: Gênero; Química; Trajetória acadêmico-profissional.
  • Mariane Brusque Radke (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul),Cristiane dos Santos Schleiniger (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul),Marlene Neves Strey (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
    Relações de gênero: o pano de fundo da violência nas relações afetivo-sexuais de adolescentes
    A violência nas relações afetivo-sexuais entre adolescentes vem sendo vista como um crescente problema social e de saúde pública, porém o tema ainda é pouco destacado nos estudos sobre a adolescência de modo geral. No Brasil, a violência nas relações afetivo-sexuais é cometida e sofrida por rapazes e moças das escolas públicas e privadas e pode ter várias consequências negativas na saúde. O estudo desta pesquisa propõe um aprofundamento dos conhecimentos no campo dos Estudos de Gênero. É um estudo de caráter qualitativo, em que quatro moças e quatro rapazes de 15 a 19 anos, participaram de três encontros de Grupo Focal, com duração de 2 horas cada. A análise dos dados se deu através da Análise Crítica do Discurso, em que a linguagem é considerada uma prática social (Fairclough, 2001; Van Dijk, 2010). Os resultados iniciais indicam que a cultura do machismo encontra eco em jovens de ambos os sexos entrevistados, criando situações favoráveis para o surgimento da violência nas relações afetivo-sexuais entre adolescentes. Apesar de os/as adolescentes utilizarem um código de relacionamento atual, moças e rapazes estão subordinados a um sistema de gênero, que justifica a violência dos rapazes e contribui para a invisibilidade da violência praticada pelas moças e sofrida pelos rapazes.
    Palavras-chave: Adolescência; Gênero; Violência; Relações afetivo-sexuais.
  • Gessica Aline Silva (Universidade Estadual do Paraná),Cristina Satie de Oliveira Pataro (Universidade Estadual do Paraná)
    Representações da mulher veiculadas no jornal Folha do Norte do Paraná (1964/1965)
    A pesquisa tem por objetivo analisar as representações da mulher presentes no jornal impresso vinculado à Igreja Católica da diocese de Maringá, no período de 1964 a 1965. Trata-se do Jornal Folha do Norte do Paraná, que esteve em circulação nas décadas de sessenta e setenta, abrangendo boa parte da região norte do Paraná. Para a pesquisa, as edições do jornal referente ao período foram organizadas e, posteriormente, foi feita a leitura e identificação das matérias - editoriais, notícias, imagens, anúncios etc. – que traziam representações sobre a mulher. Foram extraídas informações das matérias como título, data, seção, resumo e descrição de imagens, quando houvesse. Finalmente, após conhecer as matérias veiculadas nos anos de 1964 a 1965, foi possível sistematizar e analisar o conteúdo. Pode-se destacar que os noticiários, anúncios publicitários, notas relacionadas a conflitos e trabalho, expressam a presença cada vez mais constante da mulher em espaços predominantemente masculinos, mesmo que cercada de preconceitos. Vale também destacar as colunas 'Folha Feminina' e 'Reconstruir o Mundo', que ratificam um discurso de reafirmação e fundamentação da mulher como esposa e mãe cristã, cercada pela missão de cuidar do lar e zelar pelo bem estar da família.
    Palavras-chave: Gênero; Religião; Jornal.
  • Ivens Reis Reyner (Universidade Federal de Minas Gerais),Vitor França Netto Chiodi (Universidade Federal de Minas Gerais)
    Thelma & Louise: a dominação masculina
    Este trabalho tem a proposta de analisar as representações de gênero no filme Thelma & Louise (1991, EUA), de Ridley Scott, focando como a dominação masculina é tematizada na trama. A construção das personagens e de suas ações ilumina as relações de dominação presentes no filme – e que também estão presentes em nossas práticas sociais. O filme nos oferece situações que nos permitem refletir sobre como opera a dominação masculina no cotidiano, em especial no que concerne à relação entre violência física e simbólica. Partindo do esforço teórico de Bourdieu, de tentar definir o que é e como opera a dominação masculina, pretendemos levantar algumas questões que são importantes para a teoria e prática feminista. As ações das protagonistas podem ser compreendidas a partir do conceito de habitus desenvolvido pelo autor. É a partir desse entendimento que podemos utilizar as proposições de Preciado (2002) em seu Manifesto-Contra Sexual. A autora nos desafia a romper com a naturalização do gênero e da sexualidade, tendo a percepção de que a divisão binária é uma ferramenta de manutenção desse sistema. Assim, Preciado propõe que a mudança seja a partir da desconstrução das práticas sexuais e sistemas de gênero, acompanhada do reconhecimento de corpos falantes equivalentes.
    Palavras-chave: Dominação masculina; Thelma e Louise; Preciado; Bourdieu; Habitus.
  • Lucas Masiêro Araujo (Universidade Federal Fluminense),Amanda Vilas Calheiros (Universidade Federal Fluminense)
    Um estudo de gênero no atendimento à saúde básica
    Este trabalho foi desenvolvido no Programa PRO/PET Saúde da UFF em Niterói (RJ), focado no Programa Nacional de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus – Hiperdia, do Ministério da Saúde, que tem como fim tratar de duas das mais comuns patologias que acometem @s brasileir@s e que são fatores de risco para agravos de elevado prejuízo à qualidade de vida do paciente. Partindo da literatura especializada em confluência com dois teóricos de estudos de Gênero (Bordieu e Louro) e no levantamento e assistência durante um período de seis meses, percebemos que a participação de pacientes mulheres no referido programa sobrepõe demasiadamente à participação de homens. Assim, esta pesquisa procurou investigar alguns determinantes desta discrepância. Para tanto, através da formulação de um questionário fechado, buscou-se avaliar as causas deste fato em uma Unidade Básica de Saúde da rede pública de Niterói participante do programa a fim de se obter os determinantes do processo.
    Palavras-chave: Gênero; Hiperdia; Saúde básica.
  • Tatiani Müller Kohls (Universidade Federal de Pelotas)
    Um estudo sobre igualdade de gênero e casamento homoafetivo na sociedade e na Igreja Luterana na Suécia
    Esta pesquisa analisa a igualdade de gênero dentro da sociedade e da religião na Suécia e mostra como se dão essas relações na teoria e na prática. A Suécia considera-se um país igualitário na sociedade e na religião luterana, onde 68% da população pertence a esta instituição religiosa. As pessoas entrevistadas colocam que na teoria o país é igualitário, tanto na sociedade, quando na religião, onde homem e mulher são vistos da mesma forma, mas que na prática ainda há algumas diferenças. Na pesquisa ainda apresento algumas discussões em torno da paternidade, da qual é obrigatória no país e a discussão do gênero neutro utilizado dentro da sociedade e na igreja sueca, onde tentam quebrar as diferenças culturais dos gêneros. Sobre o casamento homo afetivo, a maior parte dos entrevistados apoiam dizendo que se há amor entre as pessoas, a união entre elas deve ser então aceita e respeitada. A Suécia é um país que busca a igualdade de gênero em sua sociedade e também no meio religioso, trazendo discussões e debates em torno de questões polêmicas como o casamento homo afetivo e a criação de um gênero neutro. Mesmo que essa igualdade ainda seja um pouco diferente na prática do país, percebe-se claramente, que a Suécia é sim um país igualitário e busca ainda mais igualdade de gênero.
    Palavras-chave: Igualdade; Gênero; Sociedade; Religião; Suécia.
  • Marcos Mariano Viana da Silva (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
    “Mãe, sou trans!”: um estudo sobre relações familiares e a experiência trans
  • Natasha Gomes Oliveira (Universidade de São Paulo)
    “Tudo Sobre Minha Mãe”: imagem e gênero em uma abordagem antropológica

18/09/2013 - Hall do CCS

  • Danielli Katherine Pascoal da Silva (Universidade Federal de Mato Grosso)
    "A força da mulher é diferente do homem". Para uma antropologia das relações de gênero em uma comunidade Quilombola
    O artigo 68 do Ato de Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição de 1988 reconhece às “comunidades remanescentes de quilombos” - coletivos socialmente organizados que se auto-atribuem, nas fronteiras étnicas, como quilombolas - o direito aos títulos definitivos de seus territórios. Temos um processo de ressignificação em que se identifica a atuação de lideranças políticas femininas para a efetivação de direitos. A pesquisa, ainda preliminar, desenvolve-se na comunidade quilombola de Lagoinha de Cima em Chapada dos Guimarães (MT). Há um processo de (re) organização da Associação Negra Rural Quilombola Lagoinha de Cima que antes se identificava como “pequenos produtores rurais” e nos últimos anos, ressemantiza-se autodefinindo-se como “comunidade negra quilombola”. À frente deste coletivo, destaca-se uma liderança feminina, mediando relações internas e externas da comunidade. Questionamentos sobre sua condição de mulher em posição de liderança, no sentido de que “quer ser como homem” expressam possíveis diferenças de expectativas às posições assumidas por homens e mulheres na comunidade e como estas são (re) formuladas mediante os desafios de efetivar os direitos adquiridos por esta nova condição de sujeitos políticos.
    Palavras-chave: Quilombolas; Liderança feminina; Política.
  • André de Morais (Universidade Estadual de Ponta Grossa)
    A instituição de territórios da prostituição segundo relações entre travestis e moradores na cidade de Ponta Grossa – Brasil
    A presente reflexão evidencia a instituição de territórios de prostituição a partir da relação entre travestis e moradores, em Ponta Grossa, Brasil. O espaço urbano é reflexo e condição das relações sociais. Sob este prisma, uma realidade social com traços de homofobia produz interdições de vivências espaciais aos sujeitos que subvertem a linearidade entre sexo, gênero e desejo. A condição social de abjeção vivenciada pelas travestis é constituída por situações de exclusão sócio espacial. Uma das estratégias escolhidas pelas travestis é a prática do comércio sexual, que se materializa em determinados recortes espaciais urbanos. Estas áreas de prostituição são constituídas por relações que envolvem as travestis, seus clientes, mas também pessoas que habitam ou ainda trabalham nesta localidade. A multifuncionalidade de uma área urbana, que se estabelece pelos diferentes interesses de grupos produz paradoxos, constituídos por conflitos e alianças entre os diferentes grupos. Neste sentido, evidenciamos a especificidade da relação entre travestis e moradores, a partir de alianças e/ou afrontamentos buscando assim a produção de uma Geografia “Emancipatória”.
    Palavras-chave: Território; Travestilidade; Prostituição; Sexualidade; Identidade.
  • Mayara Cristina Mendes Maia (Universidade Federal do Rio Grande do Norte),Allyson Carvalho de Araújo (Universidade Federal do Rio Grande do Norte),Paula Nunes Chaves (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
    A mulher do mundo esportivo: análise da obra Offside
    O trabalho é caracterizado como primeira aproximação com a temática a partir da pesquisa “Gênero, sexualidade e esporte: descentramentos da virilidade no cinema.”. A pesquisa tem caráter descritivo e abordagem qualitativa. O recurso metodológico utilizado foi a descrição das imagens do esporte a partir análise da obra Offside (2006) atrelado a reportagens que enfatizam a realidade atual do futebol feminino iraniano. Objetiva apresentar e compreender as representações de gênero centralizadas na mulher em meio ao espaço esportivo, dialogando, para tanto, o cinema contemporâneo e alguns discursos jornalísticos. O texto destaca e discute os pontos sobre a realidade mundial do futebol feminino e, sobretudo, a realidade do Irã. Apresenta os motivos representados que levam muitas mulheres correrem grandes riscos por sua paixão pelo futebol, além de uma caracterização do perfil dessas mulheres. A análise apresenta discussões sobre representações que ferem a liberdade de expressão feminina e descentram as visões patriarcais e machistas a respeito do gênero nas práticas corporais, revelando cada vez mais a abertura para demandas sociais que apontem para igualdade de gêneros na prática esportiva.
    Palavras-chave: Gênero; Mulher; Cinema; Esporte.
  • Luana Carolina Braz de Lima (Universidade Federal do Ceará),Antonio Cristian Saraiva Paiva (Universidade Federal do Ceará),Ismênia de Oliveira Holanda (Universidade Federal do Ceará)
    A produção de pesquisas de gênero e feminismo nas Ciências Sociais do Ceará
    A presente pesquisa mapeou a produção de pesquisas sobre gênero, corpo e sexualidade nas Ciências Sociais no Estado do Ceará. Utilizamos, na pesquisa, a produção de trabalhos acadêmicos na forma de monografias, dissertações e teses defendidos e aprovados em Universidades cearenses sediadas em Fortaleza (UFC, UECE, UNIFOR). A partir de uma pesquisa exploratória preliminar, fizemos um recorte de produções que se depararam com estudos de gênero, feministas. Foram utilizados, assim, os seguintes procedimentos metodológicos: análise de documentos, levantamento bibliográfico e análise de conteúdo. Os objetivos da pesquisa foram os de mapear a produção de pesquisas e identificar o papel desses estudos e em que meio ele se formava. Essa pesquisa é fruto de investigações oriundas do projeto “A produção das Ciências Sociais no Ceará sobre gênero, corpo e sexualidade”, financiada pela CNPq e UFC, vinculada ao NUSS (Núcleo de Pesquisa sobre Sexualidade, Gênero e Subjetividade).
    Palavras-chave: Produção de Conhecimento; Gênero; Feminismo.
  • Raquel Santiago de Souza (Universidade Federal de Juiz de Fora)
    A questão de gênero dentro dos movimentos sociais: um olhar específico para o EIV-MG
    Esse artigo traz a experiência de construção e consolidação do Estágio interdisciplinar de vivência do Estado de Minas Gerais em área de reforma agraria e atingido por barragens. a partir da experiência pretende-se analisar como é feita a discussão de gênero com o movimento estudantil e como esse debate chega aos movimentos sociais do campo através dos estagiários .Quais são os desafios para transformar o discurso em prática? Como lidar com situações que expressam claramente o machismo com a base dos movimentos camponeses? O feminismo vem sendo construído junto com as outras pautas dos movimentos sociais como a reforma agraria? Todas essas questões são pontos a serem discutidos e não negligenciados.
    Palavras-chave: Feminismo; Movimento Social; Estagiários; Comissão organizadora; Gênero.
  • Lorena Bernardes Oliveira (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)
    A saúde reprodutiva na seção Ciência&Vida do Jornal A Tarde
    O presente artigo tem como principal objetivo analisar como o jornalismo científico é praticado na seção Ciência e Vida do Jornal A Tarde, mais especificamente sobre a divulgação de informações relacionadas à saúde reprodutiva, tema que abrange os problemas da reprodução humana. Trata-se de uma pesquisa que faz parte de um projeto maior “Ciência& Vida do Jornal A Tarde da Bahia”, desenvolvido pelo Grupo de Estudo e Pesquisa Cultura Científica, Gênero e Jornalismo, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Com a finalidade de refletir sobre o desenvolvimento da cultura científica, sob a perspectiva de gênero, foi realizado um estudo quantitativo e qualitativo das matérias sobre saúde reprodutiva, publicadas durante o ano de 2012. Dentre os pontos que foram identificados, destacam-se: os gêneros jornalísticos, a procedência das notícias, os assuntos abordados, os jornalistas responsáveis e as fontes consultadas. Apoiado em pesquisas bibliográficas sobre o jornalismo científico, cultura científica, gênero e saúde reprodutiva, este trabalho pretende contribuir com uma discussão crítica sobre a função social do jornalismo na divulgação científica, que consiste em possibilitar ao público em geral a participação nas discussões políticas na área de ciência e tecnologia.
    Palavras-chave: Jornalismo Científico; Ciência&Vida; Saúde Reprodutiva; Gênero; Bahia.
  • Vanessa Christina do Nascimento (Universidade Potiguar),Larissa Pereira Soares (Universidade Potiguar)
    A sexualidade feminina na revista GLOSS
  • Manoela de Jesus Sousa Argolo (Universidade Federal da Bahia),Izaura Santiago da Cruz (Universidade Federal da Bahia)
    Abordagem sobre as relações de gênero e sexualidade com adolescentes: uma experiência do PIBID de Ciências Naturais da UFBA
    O presente trabalho tem como objetivo relatar uma experiência acerca do desenvolvimento de oficinas de sexualidade em turmas do 6º ao 9º ano de uma escola pública de Salvador/Bahia. As atividades de educação sexual desenvolvidos pelos/as bolsistas e supervisoras do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência de Ciências Naturais, vem contribuindo para a implementação das discussões sugeridas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais os quais propõem “uma educação para cidadania, que requer a abordagem de temas como “Ética, Meio Ambiente, pluralidade cultural, Saúde, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo”. A educação sexual é parte importante da formação de adolescentes e jovens, e é também uma atribuição da escola, contribuindo para proporcionar ao estudante um desenvolvimento mais equilibrado. Trabalhar com sexualidade se faz pertinente para além das leis que garantem isso para os estudantes, é uma necessidade na sua formação. Para atender a esses objetivos foram desenvolvidas oficinas de sexualidade em turmas do Ensino Fundamental II de uma escola localizada no subúrbio de Salvador, que atende alunos oriundos da Ilha de Maré. Foram usadas metodologias variadas, tais como a exibição de vídeos, música, construção de cartazes e debates sobre o tema.
    Palavras-chave: Formação docente; Sexualidade; Gênero; Educação sexual.
  • Fabiana Damasceno Galvão (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
    Aborto e biopoder: uma experiência sociológica e etnográfica em uma maternidade de Natal/RN
    Explana questões sobre o aborto a partir de dados extraídos do trabalho “Direito de morte e poder sobre a vida”: uma narrativa sobre o atendimento ao aborto na Maternidade Escola Januário Cicco Natal/ RN, apresentado para obtenção do título de bacharel em Ciências Sociais pela UFRN, sob a orientação do profº Drº Alexsandro Galeno A. Dantas, em 2010. Esboça a proibição do aborto como um evento político exercido a partir das transformações de sistemas culturais de dominação, como, a Igreja, o Direito e a Medicina, que atualmente reforçam a culpabilização da mulher em relação a essa prática. Faz-se uma abordagem sobre o Aborto aliando literatura feminista, teoria sociológica e direitos humanos, explorando o exercício dos profissionais da área médica e o ambiente hospitalar destinado ao serviço de curetagem e aborto legal. Metodologicamente, foram utilizadas entrevistas estruturadas, pesquisa bibliográfica sobre o tema e observação participante. A pesquisa revela que no ano de 2010 foram realizados mensalmente em torno de 400 procedimentos relacionados ao aborto/pós-aborto nas maternidades de Natal, dos quais cerca de 250 ocorrem na Maternidade Escola Januário Cicco; 100 na maternidade do Hospital Santa Catarina e 50 na Maternidade Leide Moraes.
    Palavras-chave: Aborto – Aspectos Sociais; Bio-política; Feminismo.
  • Katiane Ferreira (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)
    Análise dos questionários e entrevistas aplicados a professoras e professores de Naviraí /MS: percepções de gênero, sexualidade e corporalidade
    Nossa pesquisa baseia-se na análise de questionários abertos e entrevistas concedidas por professoras do Município de Naviraí participantes do Projeto de Extensão Formação de Professores em Gênero e Sexualidade no ano de 2010. Estes dados problematizam gênero e sexualidade. Nosso trabalho é de investigação documental e foi viabilizado por meio de uma análise qualitativa. A educação pautada nos binarismos de gênero ainda é presente no sistema de ensino, reproduzindo os limites sociais das dimensões do feminino e do masculino. Hierarquias sociais são estabelecidas e concedem ao masculino a primazia normalizadora. Vê-se isso, inclusive, na expressão corporal e nos comportamentos dos alunos, pois estes são os elementos mais importantes para professoras identificar a sexualidade de seus alunos, seja ela parte da norma (heterossexual) ou à margem (homossexual). Em suma, buscamos identificar traços de homofobia dentro do ambiente escolar como resultado de questões mais amplas que envolvem espaços e dimensões que extrapolam a escola.
    Palavras-chave: Gênero; Sexualidade; Corpo; Educação; Homofobia.
  • Gabriela Rondon Rossi Louzada (Universidade de Brasília)
    As mulheres da Lei Maria da Penha: reflexões sobre o sujeito do feminismo e a violência de gênero
  • Carlos Gesley Lima dos Santos (Fundação Universidade Federal do Rio Grande),Caroline Farias Dias (Universidade Federal do Rio Grande)
    Buscando a diversidade e enfrentando a intolerância: a homossexualidade no ambiente escolar
    O presente resumo do pôster desenvolveu-se com base no projeto de intervenção “BUSCANDO A DIVERSIDADE E ENFRENTANDO A INTOLERÂNCIA: a homossexualidade no ambiente escolar” de estudantes1 de graduação do curso de Artes Visuais Licenciatura e Bacharelado da Universidade Federal do Rio Grande, onde ocorreu o curso denominado “Sexualidade na Escola”, no ano de 2012, com orientação da Profª Drª Paula Regina. O objetivo central do projeto é a fomentação da diversidade. Para que haja a conscientização da igualdade dentro da escola, promovendo propostas pedagógicas e sociopolíticas que criem uma novo paradigma de afetividade para com as diferenças, fazendo com que os alunos intuam que não pode haver educação e formação de qualidade convivendo com o preconceito no ambiente escolar. O grande intuito de participar ativamente, junto com outr@s professor@s, dessa imersão de temas não programáticos no cotidiano das escolas se dá na pretensão de uma educação mais justa, em busca de um país que estabeleça por base a diversidade de sexualidade, gênero e étnica, onde grupos sociais não serão marginalizados, não havendo homofobia, machismo ou racismo na sociedade.
    Palavras-chave: Diversidade; Educação; Homofobia; Sexismo.
  • Mayã Polo de Campos (Universidade Estadual de Ponta Grossa),Marcio Jose Ornat (Universidade Estadual de Ponta Grossa)
    Casos de estupro na cidade de Ponta Grossa/PR: algumas considerações
    A presente pesquisa tem por objetivo compreender as relações entre espaço e casos de estupro no espaço urbano da cidade de Ponta Grossa – PR, tendo por recorte temporal o ano de 2011. Os dados foram coletados no Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa. O caso de estupro é conceituado pela lei Nº 12.015/2009 Art. 213 como constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, sendo avaliado como crime, podendo resultar ao criminoso uma reclusão de 6 a 30 anos, dependendo da idade da vítima e se a violência conduziu ou não a vítima à morte. Os dados coletados evidenciam a preponderância dos casos que ocorrem no espaço privado, em uma faixa etária de 11 a 17 anos, todos do sexo feminino. Em relação aos agressores, as preponderâncias relacionam-se a pessoas muito próximas da convivência espacial da vítima, como pai e padrasto. Assim, se coloca como de grande importância à discussão desta específica geografia, produzindo elementos tanto à elaboração de políticas públicas quanto à produção de inteligibilidade no tocante ao que somos enquanto sociedade, a partir de nossas possibilidades espaciais.
    Palavras-chave: Gênero; Espaço; Estupro.
  • Luna Campos Gurgel de Andrade (Universidade de Brasília)
    Criminalidade e gênero: diferentes expressões de crime e violência em homens e mulheres
    Os estudos relacionados à criminologia negligenciam com frequência a participação de mulheres em atividades criminosas ou violentas, por “naturalmente” designarem o crime e a agressão ao gênero masculino. Assim, mulheres que cometem crimes violentos, como assassinatos em série, são constantemente incompreendidas e mal-interpretadas devido à falta de atenção dedicada a como estes traços culturalmente atribuídos a homens se expressam em mulheres. O objetivo do presente artigo é demonstrar como questões de gênero, bem como questões sexuais, culturais e psicopatológicas, afetam as manifestações de violência em ambos os gêneros, tomando como exemplo dois notórios serial killers, Aileen Wuornos e Ted Bundy. Os casos dos dois indivíduos foram analisados a partir das diferenças na manifestação da psicopatia e sexualidade, além do papel exercido por ambos na mídia.
    Palavras-chave: Criminalidade; Gênero; Violência; Homicídios em série.
  • Jéssica Emanuelli Pereira da Cunha (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
    De mulher à Perra: por outros sujeitos do feminismo
  • Lívia Campos e Silva (Universidade de Brasília)
    Envelhecimento, gênero e saúde mental
  • Makson Matheus Germano Freitas (Universidade Potiguar),Fernanda Gabriela Pereira Câmara (Universidade Potiguar)
    Florbela Espanca e Gilka Machado: diálogos poéticos
  • Maria Paula de Souza (Universidade Estadual Paulista),Danielle Davanço (Universidade Estadual Paulista)
    Gêneros e sexualidades na escola: narrativas de jovens e educadores
    O objetivo deste trabalho é investigar as narrativas de jovens e educadores sobre a diversidade de gênero e sexual em espaços educativos. Utilizamos como base de investigação a proposta de pesquisa-intervenção em diálogo com os estudos queer e abordagem narrativa numa perspectiva sociocultural. Desenvolvemos um conjunto de atividades problematizadoras (seminários, oficinas, cinema) sobre o tema gênero e sexualidade que fomentassem a construção de relações éticas e democráticas entre jovens e entre educadores. Os participantes da pesquisa são professores e alunos de escolas públicas e de uma universidade. As atividades ocorreram no espaço escolar e na universidade por meio de debates públicos. Os dados são videogravados e sua análise consiste em definir discursos em cenas e diálogos que podem indicar narrativas construídas sobre a diversidade de gênero e sexualidades no cotidiano desses espaços educativos. Os resultados preliminares demonstraram que os professores expressam dificuldade em lidar com a diferença no âmbito escolar, produzindo práticas e discursos que reforçam a heteronormatividade e o sexismo na escola. Para eles, o tema ainda é difícil e polêmico. Os alunos não aceitam a diferença e a excluem, relatando diversas situações de violência e discriminação.
    Palavras-chave: Gênero; Sexualidade; Educação; Diversidade.
  • Franscielle Ribas de Araujo (Universidade Estadual do Centro Oeste)
    Instituição escolar: espaço de produção de subjetividades normatizadas
    A Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) promove os direitos da cidadania a todo e qualquer cidadão, porém, a garantia desses direitos nem sempre atinge toda a população. A todo momento as pessoas estão vulneráveis aos processos de exclusão social devido a vários fatores, dentre eles a diferença de gênero e sexualidade. Partindo do pressuposto de que a escola se configura como uma das instituições mais importantes para a subjetivação das normas e regras sociais, esta pesquisa teve por objetivo compreender como se dá esse processo normatizador através do discurso de professores da rede pública do município de Irati no Paraná. Para a coleta dos dados de pesquisa foram realizadas entrevistas semi estruturadas com Profissionais da Educação do estado do Paraná, sendo que estes foram escolhidos aleatoriamente no município. Tais entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra e, posteriormente, construíram-se as categorias que orientaram a análise. Os dados obtidos foram analisados sob a ótica da Análise do Discurso. Conclui-se que os/as profissionais parecem estar rompendo – ou ao menos desejando romper - com o discurso (hetero)normativo na escola, porém, ainda há uma lacuna tanto na formação destes(as), quanto no próprio plano de ensino que não aborda a temática.
    Palavras-chave: Normatização; Direitos humanos; Sexualidade; Gênero; Exclusão.
  • Karoline Teixeira da Silva (Universidade Federal do Ceará),Amanda Rodrigues Leal (Universidade Federal do Ceará)
    Interrelações entre gênero e consumo na percepção dos jovens
  • Alex Silva Ferrari (Universidade Federal do Espírito Santo)
    Masculinidade: desemprego e a violência contra a mulher, em Vitória/ES no ano 2010
    A violência contra a mulher vem sendo estudada desde a sua exposição como problema social na década de 1980 pelos movimentos feministas. Desde então, a ambientação e as circunstâncias que levam ao ato de violência contra a mulher vem sendo discutidas e desmistificadas. Essa relação de poder que o homem exerce sobre a mulher e a construção de uma sociedade machista se insere no contexto desses estudos. Ao explorarmos as causas do ato de violência doméstica, o desemprego masculino figura como um dos maiores motivadores. Neste subprojeto buscaremos fazer a analise e a discussão da relação do desemprego masculino com a violência contra a mulher, tendo como espaço físico e temporal a cidade de Vitória no ano de 2010.
    Palavras-chave: Gênero; Mulher; Violência; Desemprego.
  • Danielly Coletti Duarte (Universidade Geral da Grande Dourados)
    Movimentos Globais: a IV Conferência Mundial sobre a Mulher e o Feminismo sob a ótica das Relações Internacionais
  • Andrea Marcia de Souza (Faculdade de Ciencias e Letras de Campo Mourão),Tatiane Alves da Silva (Universidade Estadual do Paraná),Eva Simone de Oliveira (Faculdade Estadual de Ciência e Letras Campo Mourão)
    Mulheres e fotografia: práticas e representações sociais em Ubiratã na década de 1960
    O presente painel visa analisar através de imagens, principalmente fotografias, a participação das mulheres no contexto de colonização do município de Ubiratã-Pr, na década de 1960. A imagem fotográfica se constitui em um recurso importante para a história, uma vez que permite armazenamento e visualização de traços de um determinado período. Dessa forma, o objetivo desse estudo, é resgatar a atuação feminina na sociedade, os papéis desempenhados por elas no referido contexto, espaços e práticas sociais. Além disso, abordaremos como a imagem feminina foi construída pela mídia fotográfica durante o processo de colonização da cidade, buscando compreender as representações sociais, os estereótipos forjados, e também como as mulheres foram retratadas e quais aspectos socioculturais podem ser identificados no uso das imagens.
    Palavras-chave: Mulheres; Imagens; Práticas; Representações.
  • Marília Marques Nunes (Universidade Federal de São Paulo),Suellen Abreu (Universidade Federal de São Paulo)
    O gênero na formação e intervenção do Serviço Social
    A forma de organização do capital aliada ao patriarcalismo tem firmado, historicamente, as relações de exploração e de opressão étnica/racial, etária e de gênero. Essa última vem expressar de forma direta a situação das mulheres brasileiras, que recebem salários inferiores aos dos homens para funções equivalentes, sofrem violências de todo tipo, exploração sexual, inclusive na infância e adolescência, assim como o assédio e humilhações no ambiente de trabalho, como não possuem acompanhamento e orientação médica. Este contexto expressa os reflexos da questão social e o Serviço Social não pode deixar de se posicionar frente a estas problemáticas. O objetivo de nosso trabalho é apresentar os primeiros resultados de duas pesquisas em desenvolvimento. Uma tende a compreender a presença/ausência dos estudos de gênero na formação curricular do curso de Serviço Social nas universidades federais, uma vez que tanto as profissionais da área como o público usuário dos serviços são predominantemente do sexo feminino.A outra pesquisa, consiste em examinar a pratica profissional dos assistentes sociais nos serviços da assistência social, no que diz respeito à construção do gênero, suas manifestações e transversalidade nas questões sociais e as respostas das politicas sociais da ultima década.
    Palavras-chave: Serviço Social; Gênero; Prática profissional; Formação.
  • Dannilo Carneiro Lima (Universidade Federal de Pernambuco)
    O trabalho das pescadoras artesanais no trecho do Submédio Rio São Francisco
  • Talita Amaral dos Santos (Instituto Federal do Espírito Santo),Edna Graça Scopel (Universidade Federal do Espírito Santo)
    Olhares acerca da implantação do programa nacional Mulheres Mil no IFES
    Essa pesquisa compõe as ações empreendidas pelo Grupo de Pesquisa e Estudos em Educação Profissional – GEPEP, do Ifes Campus Vitória. A proposta de estudo objetiva problematizar a implantação do Programa Nacional Mulheres Mil no Campus Vitória acerca do atendimento às concepções propostas do referido Programa no que concerne ao fomento à equidade de gênero, à emancipação e ao empoderamento das mulheres pelo acesso à educação e ao mundo do trabalho. Utiliza-se a abordagem qualitativa com o apoio da pesquisa ação conforme defende Thiollent (1996). Os instrumentos para a produção dos dados consistem em roteiros para a observação das participantes e de entrevistas com as educandas do Programa. Os intercessores teóricos apóiam-se na discussão de Gênero e do mundo do trabalho. Os resultados obtidos vão subsidiar a avaliação da implantação do Programa no referido Instituto e contribuir para sua efetivação como Política pública afirmativa de inclusão social e de equidade de gênero.
    Palavras-chave: Programa Mulheres Mil; Relações de gênero; Mundo do trabalho.
  • Leonardo Augusto Dias Nascimento (Universidade Federal de Uberlândia),Cristina Apparecida dos Santos Crovato (Universidade Federal de Uberlândia),Júnia Rodrigues de Araújo (Universidade Federal de Uberlândia)
    Posso cuidar de/com você?! A relação entre a demanda de cuidado e a “emergência” no Ambulatório Saúde das Travestis e Transexuais
    Iniciado no ano de 2006, o Projeto de Extensão intitulado “Em Cima do Salto: Saúde, Educação e Cidadania” se consolidou como um espaço de atenção às demandas das travestis na cidade de Uberlândia. A implantação do ambulatório “Saúde das Travestis”, em 2007, possibilitou o acesso aos serviços de saúde que se constituía num entrave para a integralização da assistência. Nossa proposta é um relato desta experiência, que reúne uma primeira sistematização de nossas descobertas e desafios frente a uma organização do cuidado centrada na autonomia do sujeito e no acolhimento de suas percepções sobre o processo saúde-doença. Conciliar as expectativas e contradições na oferta de um serviço que se pretende de continuidade, onde o vinculo é a diretriz do trabalho com a demanda das travestis por um atendimento de “pronto socorro”, que deve ser acessado somente em situações que elas consideram como emergências, mas que ao mesmo tempo deve também ser acolhedor, respeitoso e resolutivo. Essa demanda das travestis pelo ambulatório como porta de entrada para o Pronto Socorro ou como seu substitutivo ainda que reafirme a confiança no trabalho desenvolvido se configura como desafio na consolidação de nossas ações e, principalmente, na descoberta de um caminho que possibilite o “cuidar de si”.
    Palavras-chave: Travestis; Saúde; Cuidado integral.
  • Marina Lacerda e Silva (Universidade de Brasília)
    Quem é o réu de assassinato de mulheres em contexto de violência doméstica e familiar?
  • Carlos Bueno da Silva (Universidade Comunitaria da Região de Chapecó)
    Representações sociais do consumo de álcool e da sua masculinidade em universitários
  • Ana Paula Jardim Martins (Universidade Estadual de Montes Claros)
    Sobre a "Má Educação": as práticas que escapam e as identidades de gênero em Má Educação (2004) de Pedro Almodóvar
    O Cinema, por tempos, foi desprezado pelos historiadores e pela sociedade e a História, com sua enorme capacidade flexível de tocar as demandas de cada tempo, bem como do social, passa por transformações que direcionam seu olhar às temáticas e grupos sociais antes marginalizados, que possibilita a integração do Cinema como representante da modernidade. Este trabalho objetiva analisar a película La mala educacion (2004), estabelecendo a relação entre o processo de construção das identidades de gênero e das diversas práticas sexuais apresentadas, já que se entende que não são apenas os atributos sexuais dos indivíduos, mas as várias maneiras de representar, reinventar ou valorizar as características do feminino e do masculino dentro de um determinado período histórico. Para a metodologia, selecionamos Marc Ferro em seus estudos sobre Cinema e História (2010) e Guacira Lopes Louro (1997) para nos elucidar à respeito dos estudos sobre gênero e sexualidade, em que ela atenta para as questões das identidades sociais e como estas se constituem.
    Palavras-chave: História; Cinema; Identidades de gênero; Má Educação; Pedro Almodóvar.
  • Daiane Toebe (Universidade Federal de Santa Maria),Marta Cocco da Costa (Universidade Federal de Santa Maria)
    Violência contra mulheres rurais: reflexões na perspectiva de gênero e no campo da saúde
    A violência contra as mulheres esta atrelada ao poder e as desigualdades de gênero, em que os atos se agravam em frequência e intensidade. A violência de gênero é marcada historicamente por desigualdades econômicas, sociais e políticas, na qual a mulher ocupa posição inferior, sendo esse agravo problema de saúde e de saúde pública. As mulheres rurais apresentam-se em situação de vulnerabilidade, associada à falta de informação, ao precário acesso e acessibilidade aos serviços. Frente ao aumento da violência, da sua “invisibilidade” no rural e da sua magnitude enquanto problema de saúde propõe-se uma reflexão acerca da violência contra as mulheres rurais na perspectiva de gênero e no campo da saúde. Os poucos estudos sobre a temática apontam para o desconhecimento da situação das mulheres rurais, e que os profissionais da saúde têm dificuldades em visualizar essa problemática. Constata-se que as políticas públicas precisam reconhecer o meio rural como espaço de cuidado que demanda intervenções específicas e multisetoriais para a construção de estratégias de prevenção. Nesse sentido, o setor saúde compõe a rede de enfrentamento à violência, por estar próximo e poder acolher as mulheres estabelecendo vínculos e empoderando-as.
    Palavras-chave: Violência contra a mulher; Gênero e saúde da população rural.
  • Luana de Amorim Machado (Universidade do Sul de Santa Catarina)
    “As Brasileiras”: misto de linguagens na busca de uma identidade
    A teledramaturgia transformou a forma de contarmos e ouvirmos histórias, por tratar-se de uma das formas de lazer mais comuns da família brasileira. Realizada em parceria entre a Rede Globo e a Lereby, a minissérie “As Brasileiras” foi veiculada na televisão com a peculiaridade de ter sido produzida por uma equipe de cinema. Este estudo realiza uma reflexão em torno da influência da teledramaturgia na receptividade da estrutura narrativa da série, bem como da identificação do público com as brasileiras de cada um dos episódios e em como a linguagem cinematográfica diferencia este processo.
    Palavras-chave: Teledramaturgia; Identidade de gênero; Estudos culturais; Cinema.
  • Thaíza Alves dos Santos (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
    “Homem não chora?”: um estudo sobre as diferenças de gênero e emoções
    Este trabalho tem por objetivo analisar as diferenças de gênero no que concerne às manifestações de emoções. Aparentemente, homens e mulheres apresentam comportamentos e justificativas diferentes na forma de lidar com as emoções. Sendo assim, desejamos compreender como as emoções compõem os diferentes papéis sexuais a serem desempenhados na sociedade. Para isso, faremos um estudo buscando privilegiar a interface entre gênero, geração e emoção na construção das emoções. Através de questionário aplicado com mulheres e homens iniciamos nossa investigação sobre o tema. O que desejamos revelar aqui é a influência da cultura no processo de aprendizagem dos papéis sexuais. Em nossa cultura, o choro é muito mais vinculado ao feminino do que ao masculino, pois demonstra fraqueza, que é associada à mulher. Portanto, palavras como - "controle”, “emoção”, “racional”, “sensível”, “frágil” etc. - são expostas nos discursos dos entrevistados. Para entendermos o que é ser homem e mulher em nossa sociedade, a masculinidade e as diferentes formas de expressar os sentimentos de acordo com o gênero é fundamental verificarmos o que homens e mulheres dizem sobre as emoções.
    Palavras-chave: Emoção; Gênero; Controle; Choro; Riso.

18/09/2013 - Hall do CFH

  • Laura Moukachar Ramos de Oliveira (Universidade Federal de Uberlândia),Flavia do Bonsucesso Teixeira (Universidade Federal de Uberlândia),Jacqueline Gonçalves Paiva (Universidade Federal de Uberlândia)
    "Quero deixar a rua, mas”...: problematizando o discurso sobre a prostituição entre as travestis e suas interfaces com o posicionamento da rede brasileira de prostitutas
    Enfatizando a problemática equação estabelecida entre ser travesti e ser prostituta ou que a prostituição seria naturalmente um atributo da identidade travesti, compartilhamos com outros pesquisadores a percepção de que as calçadas são significativos espaços de sociabilidade. Embora a maioria das travestis, cerca de 97%, vivencie a prostituição como trabalho - conforme dados obtidos durante I Consulta Nacional sobre DST/Aids, Direitos Humanos e Prostituição que ocorreu em Brasília entre 26 e 28 de fevereiro de 2008 – a pauta sobre a regulamentação da profissão ainda não foi incorporada nas bandeiras de luta da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). É nosso interesse discutir como os discursos “sobre deixar a rua” são produzidos pelas travestis que trabalham em Uberlândia/MG e oscilam entre o abolicionismo e o regulamentarismo performando aproximações e distanciamento com a Rede Brasileira de Prostitutas.
    Palavras-chave: Travestis; Prostituição; Regulamentação da profissão.
  • Laura Lovato Pires de Lemos (Universidade Federal de Minas Gerais),Adelina Bengtsson Bernardes (Universidade Federal de Minas Gerais)
    A identidade intersexual e a autonomia da vontade
    A identidade sexual, como determinação biológica, rígida e dualística, marginaliza os intersexuais, seres humanos portadores de genitália considerada ambígua. A cultura ocidental adentrou a chamada “era cirúrgica” no século XX, introduzindo a interferência médica a fim de conformar esses indivíduos a um modelo estanque de gênero (SPINOLA-CASTRO). A imposição de cirurgias corretivas frequentemente se deu logo após o nascimento de intersexuais, sem que se pudesse sequer falar em consentimento. Com isso, pode-se dizer que foram institucionalizadas violações ao direito fundamental de livre manipulação do próprio corpo, restringindo a livre expressão da autonomia da vontade dessas pessoas (STANCIOLI). O paciente, então, é reduzido à condição de objeto de pesquisas e intervenções protagonizadas pelo médico, ignorando-se a necessidade de um diálogo em que sejam intercambiadas informações para a tomada de decisões autônomas sobre o corpo. Mais além, é preciso superar o modelo identitário tradicional, em que a intersexualidade é considerada patologia por fugir ao padrão dualista homem-mulher, demandando, portanto, uma imposição cirúrgica. O modelo estreito de identidade de gênero não deve ser imposto à revelia da autonomia humana para a autoconstrução e a busca pessoal de vida digna.
    Palavras-chave: Intersexual; Direitos fundamentais; Identidade de gênero; Autonomia; Relacionamento médico-paciente.
  • Adriana Gelinski (Universidade Estadual de Ponta Grossa)
    A instituição do gênero feminino na prática religiosa de meninas jovens da Igreja Evangélica Reformada Nova Holanda, Carambeí – PR
    A presente reflexão tem por objetivo evidenciar as formas através das quais o gênero é instituído na prática religiosa de mulheres jovens da Igreja Evangélica Reformada Nova Holanda (IERNH) Carambeí, PR. Os caminhos estabelecidos de reflexão buscaram compreender o conjunto de idéias estabelecidas em relação ao que é ser mulher a partir da vivência cotidiana na IERNH, o perfil do grupo de jovens mulheres que participam da comunidade religiosa IERNH e as maneiras pelas quais as vivências cotidianas femininas são mediadas pela representação ideal de gênero da Igreja. Tais questões foram estabelecidas por um processo pessoal de vivência da autora deste trabalho. A fonte destas reflexões refere-se à realização de 10 entrevistas com a comunidade religiosa. A vivência evidenciou que as mulheres se constituem como ‘pilar’ de sustentação das práticas religiosas de sua família, bem como exercem ações de limpeza e secretariado na Igreja. Porém, não recebem predominantemente o reconhecimento da comunidade religiosa e de seus familiares. A pesquisa aponta que o conjunto de idéias que esta cultura específica constrói em relação ao que é ser mulher está estruturado por um conjunto de comportamentos que não devem escandalizar a comunidade religiosa, referente aos modos de se vestir, falar etc.
    Palavras-chave: Geografia; Gênero; Protestantísmo
  • Paloma Caetano Nativo (Universidade Federal Rural de Pernambuco),Josineide Maria de Oliveira (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
    A sexualidade e o brincar: brincadeiras infantis sob a ótica familiar
    Por meio do brinquedo e brincar a criança se desenvolve cognitiva, emocional e culturalmente e interiorizam comportamentos através de significados atribuídos as atividades lúdicas e ao objeto lúdico. O objetivo deste estudo foi analisar na perspectiva dos/as responsáveis legais quais brinquedos infantis podem ser utilizados nas atividades lúdicas com meninos e meninas no espaço privado e na instituição de educação infantil. O trabalho foi fundamentado na metodologia qualitativa. Foram entrevistadas/os responsáveis legais pelas crianças que frequentavam uma instituição de educação infantil no município de Recife-PE. Os resultados apontaram que as meninas podiam brincar com bola e carrinho enquanto os meninos não deveriam nos momentos de brincadeiras pegarem em bonecas, uma vez que esse brinquedo é um símbolo relacionado ainda do cuidado feminino com sua prole no espaço privado. Com isso a maioria dos adultos entrevistados informou ser inapropriado o menino brincar de boneca ou outro símbolo que estivesse relacionado às atividades domésticas, porque isso poderia diminuir a masculinidade e ser motivo de chacota para o sexo masculino na comunidade local.
    Palavras-chave: Brincadeiras; Gênero; Papéis sociais.
  • Luciano Marques da Silva (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
    Amores Rabiscados: diário de uma favelada
    Este pôster integra um projeto de pesquisa mais amplo intitulado Risco e Rabisco: para anunciar o feminino. Endereça a escrita feminina, especificamente, a da mulher negra, na autoconfiguração dos papéis de gênero. Seja a escrita confessional dos diários, seja o gênero epistolar, seja o cenário dialógico de entrevistas, a pena feminina cria um espaço de linguagem e pela linguagem que se oferece, arriscadamente, como resistência e aposta no engendramento de sua experiência. Este pôster se ocupa de trechos de escritos não publicados de Carolina Maria de Jesus, sob a guarda da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Em “Quarto de despejo: diário de uma favelada", Carolina referencia experiências amorosas, na favela do Canindé, entremeadas com a certeza de que a escrita feminina é incompatível com os papéis tradicionais de gênero. Ao se distanciar do sujeito negro, favelado, bêbado e violento, Carolina ficcionaliza a relação com os homens "de fora", revelando, por exemplo, sua "adoração pelo Audálio". Com base na perspectiva dialógica bakhtiniana (1981;2006), o trabalho aponta as oscilações de linguagem nos diários carolinianos em que narrativa e diálogo sugerem a cena erótica no corpo (textual) presente: " Porque eu queria dormir com você, sendo assim, não da jeito.
    Palavras-chave: Carolina Maria de Jesus; Bakhtin; Erotismo; Corpo; Autoria feminina.
  • Thais Oliveira Pinheiro (Universidade Federal do Pará)
    Ana Julia Carepa: o percurso político da primeira governadora do Estado do Pará
  • Gabriela Machado da Silva (Universidade Federal de Santa Maria)
    Análise de vida e trabalho de mulheres empregadas na Construção Civil em Santa Maria
    O mercado da construção civil tornou-se na última década um dos setores que mais impulsionaram o desenvolvimento econômico do Brasil. Com grande demanda por trabalhadores qualificados e poucos profissionais do ramo disponíveis, a solução passa, necessariamente, por mais investimentos em qualificação e formação profissional. A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, observando as oportunidades de emprego para as mulheres, criou o projeto Mulheres Construindo Autonomia na Construção Civil que age na qualificação e formação de mulheres para sua inserção no mercado da construção civil. O presente estudo analisa o perfil das mulheres que inseriram neste projeto em 2012 e posteriormente no mercado de trabalho da construção civil, hora antes historicamente masculino, em Santa Maria/RS. Este trabalho, através de uma pesquisa qualitativa, busca também identificar motivos dessa inserção, possibilidades de mobilidade social com o trabalho e dificuldades nesta ocupação, que, apesar de ser um espaço a mais de trabalho para a mulher, é marcada também pela precariedade e as desigualdades de gênero.
    Palavras-chave: Mulher; Gênero; Construção civil.
  • Bruna Stroisch (Universidade do Estado de Santa Catarina),Gabriela Martini (Universidade do Estado de Santa Catarina),Ariella Cappellari Nunes (Universidade do Estado de Santa Catarina)
    As condições de gênero na bibliografia dos cursos superiores de Moda no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina
    O pôster consistirá na apresentação dos resultados de uma pesquisa em andamento, sobre os planos de ensino das disciplinas de História oferecidas nos cursos de Design de Moda, de instituições públicas e privadas dos Estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A pesquisa analisa, entre outros aspectos, as bibliografias indicadas nos diferentes planos de ensino coletados, nos dois estados. Esse corpus documental propiciou a discussão, entre outras abordagens, da questão do gênero. Os distintos livros de história da moda, recorrentes nas bibliografias, foram analisados historiograficamente e conforme os resultados do estudo desenvolvido constatou-se escassa relativização das condições de gênero na produção e consumo do produto de moda. A partir de uma abordagem quantitativa e analítica a comunicação dos resultados parciais da pesquisa proporciona interessante debate sobre as imposições historiográficas que relacionam o feminino e a moda.
    Palavras-chave: Planos de ensino; Bibliografia; Gênero; História da moda.
  • Sândala Cristina Fernandes Silveira (Universidade Federal de Uberlândia),Flavia do Bonsucesso Teixeira (Universidade Federal de Uberlândia),Ricardo Soares Sucena (Universidade Federal de Uberlândia)
    As famílias que não cabem nos formulários: as travestis e suas (re)configurações familiares
    As Portarias do Ministério da Saúde que regulamentaram o Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde, em 2008, contribuíram para que as discussões sobre o acesso e a qualidade da cirurgia de transgenitalização ganhassem o cenário nacional e se tornassem temas únicos quando se referem à assistência transexual. Sem desmerecer a relevância desta temática, queremos apresentar outros elementos que compõem a cena. A partir da nossa atuação no Ambulatório Saúde das Travestis e Transexuais na Universidade Federal de Uberlândia, queremos discutir desafios identificados em instrumentos comumente utilizados para o cadastro, anamnese e outros impressos que materializam as normas de gênero e (re)afirmam a lógica heterossexista que organiza a sociedade e, por conseqüência, os serviços de saúde. As relações afetivas das travestis e transexuais e suas combinações trouxeram para o espaço da consulta a possibilidade de compartilhar o estranhamento provocado quando a linguagem é insuficiente para determinar/posicionar as travestis e seus(suas) companheiros(as) a partir de uma aparente simples questão: sua relação afetiva atual é heterossexual ou homossexual? Um riso constrangido, uma gargalhada ou mesmo um sonoro não sei, foram respostas suficientes para dizer que temos muito a caminhar.
    Palavras-chave: Travestis; Conjugalidades; Assistência em saúde.
  • Aline Barbosa da Silva (Universidade de Brasília),Raquel Raíssa de Sousa Silva (Universidade de Brasília)
    As implicações das relações de gênero na vivência do sobrepeso: um estudo sobre um grupo de emagrecimento
    Os sentidos da vivência do sobrepeso parecem estar atrelados a ideais culturais engendrados. Este trabalho teve como escopo pesquisar as diferenças e as especificidades acerca das vivências do sobrepeso dentre homens e mulheres participantes de um grupo de emagrecimento em Brasília. Foram aplicados questionários em 18 pessoas, 15 mulheres e 3 homens. As respostas foram analisadas com o auxilio do software SPSS. Dentre as diferenças encontradas, pode-se destacar: o principal motivo apontado para o emagrecimento, dentre as mulheres, foi o ideal estético; já dentre os homens, sobressaiu a preocupação com a produtividade e, também, a amenização de problemas de saúde. Em relação a limitações ressentidas em certas atividades, devido ao sobrepeso, houve diferença de frequência: nas queixas masculinas ocorreu maior ênfase no trabalho, enquanto que nas femininas, a ênfase foi relacionada às atividades domésticas. Limitações na atividade sexual foram evocadas por um participante do sexo masculino e por nenhuma do sexo feminino. Os dados sugerem uma mediação gendrada da vivência do corpo, cujas especificidades deveriam ser levadas em consideração na compreensão da vivência do sobrepeso.
    Palavras-chave: Sobrepeso; Gênero; Vivência corporal.
  • Josineide Maria de Oliveira (Universidade Federal Rural de Pernambuco),Paloma Caetano Nativo (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
    Auxiliares de desenvolvimento infantil: tabu x perspectivas de gênero para os anos que hão de vir
    Este artigo tem por finalidade analisar percepções de responsáveis legais sobre quem seria o adulto ideal entre os/as auxiliares de desenvolvimento infantil (ADI) do sexo masculino e feminino que deveria se responsabilizar pela realização de atividades relacionadas ao cuidado e educação da criança no espaço de educação formal. Foram entrevistadas/os responsáveis legais pelas crianças que frequentavam uma instituição de educação infantil no município de Recife-PE. Os resultados apontaram que a responsabilidade pelas atividades de cuidado como alimentação e repouso poderiam ser desenvolvidas por ADIs do sexo masculino, enquanto o banho e a troca de roupas deveria ser exclusivamente de responsabilidade das ADIs do sexo feminino. Embora ainda exista uma divisão sexual do trabalho na instituição de educação infantil as famílias começam a reconhecer que algumas atividades de cuidado que culturalmente foram exclusivas para serem desempenhadas pelo sexo feminino podem ser compartilhadas e desenvolvidas também pelo sexo masculino. Diante do exposto acima podemos concluir que deve existir um trabalho de sensibilização com as famílias para que se possa alcançar a equidade de gênero no âmbito da instituição de educação infantil e no espaço privado
    Palavras-chave: Criança; Gênero; Educação.
  • Danielle Mariana Maia Rosa (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro),Elisa Maria Silva Coutinho (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
    Conceição Evaristo: a "escrevivência" em "Insubmissas Lágrimas de Mulheres"
    Este painel/poster integra um projeto de pesquisa mais amplo intitulado Risco e Rabisco: para anunciar o feminino. Endereça a escrita feminina, especificamente, a da mulher negra, na auto-configuração dos papeis de gênero. Seja a escrita confessional dos diários, seja o gênero epistolar, seja o cenário dialógico de entrevistas, a pena feminina cria um espaço de linguagem e pela linguagem que se oferece, arriscadamente, como resistência e aposta no engendramento de sua experiência. Insubmissas lágrimas de mulheres (2011), de Conceição Evaristo, se volta para temas que imbricam memória e identidades raciais e de gênero. A narradora de primeira pessoa interage com treze entrevistadas, resistentes e insubmissas. Contar e ouvir histórias se expressa pela mistura de documento e ficção, assim como por vozes que se confundem em textos e gêneros múltiplos. Nos termos da autora, a “escrevivência” é um espaço da linguagem, no interior do qual a experiência de gênero é, risco e rasura, criada. Categorias benjaminianas como "O narrador" (1994) embasam a elaboração do painel.
    Palavras-chave: Conceição Evaristo; Autoria feminina; Walter Benjamin; história; Estudos de gêneros.
  • Marta Soares Ferreira (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul)
    Considerações sobre mulheres Kaiowa e Guarani em Amambai, Mato Grosso do Sul
    Em meio às ruas, escolas, universidades, comércios da cidade de Amambai, no estado do Mato Grosso do Sul, percebe-se uma presença, de certa maneira tímida, circulando por este município. Mulheres indígenas Kaiowa e Guarani marcadas pelo sofrimento, indiferença, discriminação, mulheres que trazem a expressão sufocada pela diferença social que vivenciam por serem mulheres e mulheres indígenas. Desta maneira, propõe-se para este texto uma reflexão embrionária acerca da circulação destas mulheres Kaiowa e Guarani e a imagem feminina indígena percebida e que muitas vezes, nesta cidade, os moradores não conseguem ou fingem não ver. Nestas considerações destacarei, a partir de minhas observações, a circulação delas enquanto consumidoras pelo/no comercio, quando estão descansando com suas famílias extensas nas sombras da cidade, sentadas nas calçadas e de suas presenças nas salas de aulas de uma escola ou de uma universidade. Sugiro neste trabalho que a sociedade amambaiense tenta esconder e sufocar a face feminina indígena que não se deixar abater e tem buscado manter o seu lugar, atualizando os seus costumes e reafirmando a dinamicidade cultural do cenário etnográfico em que estão envolvidas.
    Palavras-chave: Mulheres Kaiowa e Guarani; Gênero; Etnologia Indígena.
  • Marcelle Moraes de Francisco (Universidade do Estado de Santa Catarina),Miraira Noal Manfroi (Universidade Federal de Santa Catarina),Juliana de Paula Figueiredo (Universidade do Estado de Santa Catarina)
    Entre esmaltes e batons, a magia da bola de futebol
    Esmaltes. Batons. De repente, a bola de futebol. Liberdade. Magia. A menina sorri, transgressora e, feminina, corre, dribla, chuta. Ficção? Apresento um recorte da pesquisa Corpo e religião: as aulas de Educação Física em escolas religiosas de Campo Grande/MS (2011), com o objetivo de analisar restrições de dogmas religiosos com relação à participação das meninas nas aulas de Educação Física. A coleta de dados usou entrevistas, e em uma das etapas havia a apresentação de fotos de meninas em práticas corporais diversificadas para observar a reação dos professores e representantes das religiões mantenedoras das escolas. Ficou evidente que esses adultos estranham imagens de meninas jogando futebol, sendo possível verificar que há preconceito com relação ao que pode e quer um corpo feminino, mas de maneira velada, parte do currículo oculto, dificultando o enfrentamento. O feminino é complexo e singular, cabendo a cada menina o direito de viver a corporeidade com liberdade, escolhas, batons e chuteiras, rebolados e dribles. E as religiões? E as escolas confessionais? E as aulas de Educação Física? Que tenham campos, salas de ginástica, espelhos. Que deixem a bola rolar entre esmaltes e batons. Meninas e meninos. Encontros. Vida.
    Palavras-chave: Corporeidade feminina; Educação Física escolar; Gênero.
  • Vivien Merciel Veríssimo de Suarez (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
    Flag Man: os homens do pole dance male
  • Luana Alcantara Fialho (Universidade de Brasília)
    Gênero e dependência afetivo-sexual: descobrindo suas interfaces a partir de um grupo DASA
    A dependência afetivo-sexual é definida por relações obcecadas com o objeto amado/desejado, acopladas a descontroles emocionais e comportamentos submissos. Considerando a importância de conhecer os papéis de gênero que permeiam essas relações, essa pesquisa teve como escopo conhecer e comparar as múltiplas vivências desse transtorno a partir da participação em um grupo DASA – Dependentes de Amor e Sexo Anônimos. O presente estudo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do IH/UnB, coletou informações durante onze meses. Utilizou-se o método etnográfico, que consiste em observação participante, e um diário de campo para anotações sobre gestos, falas e comportamentos. Os resultados foram: predominância de dependência de amor em mulheres e de sexo em homens; muita masturbação e traição masculina, e nenhum caso feminino; somente homens já participaram dos Neuróticos e Alcoólicos Anônimos, e apenas mulheres relataram utilizar remédios psiquiátricos; os homens almejavam um casamento estável porque gostariam de cuidados e as mulheres para que consigam cuidar dos filhos. Percebemos nesses relatos que a internalização heteronormativa apresenta-se de forma tão enraizada que chega a definir vivências, comportamentos e escolhas, mesmo que patológicas.
    Palavras-chave: Gênero; Dependência; DASA; Amor; Sexo.
  • Alexandra Régia Nobre Monteiro Nunes (Universidade Federal do Ceará)
    Identidades em Trânsito
    A presente pesquisa, ainda em estado embrionário, se propõe a investigar as relações das mudanças corporais de sujeitos transgêneros, refletindo em torno da construção de identidades, entendidas como não fixas e fluidas. A partir de entrevistas, com perguntas abertas, realizadas com algumas travestis da cidade de Fortaleza, pretendemos perceber de que modo as transformações do corpo, somadas ao ato de “se montar”, atribuem sentido à produção de identidades de gênero. As entrevistas focam nas análises das fronteiras identitárias, através da percepção do processo de mudança do corpo, projetando-se sobre os estudos das relações de gênero. Entendemos o corpo como receptáculo maior da busca pela construção da identidade, na medida em que se atribuem significados culturais ao que é tido como um dado natural. Nosso objeto é a trajetória das mudanças, o corpo sendo transformado, este também sendo encarado como não fixo. A intersecção entre as discussões sobre gênero, corpo e identidade é a área onde esta pesquisa se concentra.
    Palavras-chave: Gênero; Transformações Corporais; Identidade.
  • Luiza Mattheis Cruz Caixeta (Universidade Federal de Juiz de Fora),Paolla Jenevain Braga (Universidade Federal de Juiz de Fora)
    Lei Maria da Penha: uma análise etnográfica de audiências de conciliação na cidade de Juiz de Fora
    O presente trabalho tem o intuito de compreender o uso do instituto da conciliação como meio alternativo de administração de conflitos marcados por dissimetrias de poder relacionadas a gênero, notadamente aqueles que envolvem crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher nos termos da Lei Maria da Penha. Interessa, em especial, perceber a dinâmica das audiências de conciliação na 2ª Vara Criminal de Justiça Comum de Juiz de Fora – MG realizadas no âmbito dessa Lei e como nessas conciliações essas dissimetrias de poder são ou não administradas. A pesquisa de campo, de caráter etnográfico, aponta que a noção de “conciliação”, preponderante entre os operadores do Direito na referida vara, é diferente daquela comumente utilizada na prática jurídica, em que as partes chegam a um acordo que põe fim ao problema, gerando o arquivamento do processo judicial. O objetivo da audiência parece ser a explicação às partes acerca da aplicação das medidas protetivas existentes na Lei Maria da Penha, bem como as consequências de seu descumprimento. Nesse processo chamado de conciliatório, percebe-se que há por parte dos operadores dessa Lei, uma reificação das posições hierárquicas de gênero nos casos de violência tratados.
    Palavras-chave: Conciliação; Gênero; Violência doméstica; Lei Maria da Penha.
  • Gerferson Damasceno Costa (Universidade Estadual de Montes Claros)
    Mães solteiras e estratégias de sociabilidade: o apadrinhamento de ilegítimos em Paracatu entre o final do século XVIII e a primeira metade XIX
    Os códigos jurídicos e morais que vigoravam em Portugal no Antigo Regime foram transpostos para suas possessões do ultramar, inclusive na América, estabelecendo hierarquias de sexo, condição, filiação e cor. Nesta sociedade a bastardia se constituía como um fenômeno sócio-cultural, desonroso e imoral. Não obstante a perseguição da Igreja e do Estado às relações que poderiam gerar tais frutos, os filhos ilegítimos estavam presentes em todas as camadas sociais, manifestando de forma mais acentuada na prole das mulheres mais pobres, principalmente escravas e forras. Neste trabalho pretende-se analisar como as mães solteiras procuravam garantir a sociabilidades dos filhos por meio da escolha dos padrinhos, explorando os registros de batismos da Paróquia de Santo Antonio de Paracatu entre o final do século XVIII e a primeira metade XIX, mapeando sócio-numericamente o bastardo, bem como seus padrinhos. O compadrio revela-se como uma oportunidade capaz de amenizar os efeitos produzidos pelo estigma da ilegitimidade possibilitando a sociabilidade e a proteção dos filhos na sociedade, no caso dos escravos e forros, as redes de solidariedade tecidas por suas mães se mostram como uma forma encontrada para ultrapassar os limites da senzala e amenizar os efeitos de um sistema tão perverso.
    Palavras-chave: Bastardia; Mães solteiras e Compadrio.
  • Rebecca Barahona Cantreva (Universidade Federal Fluminense),Fabiano Pries Devide (Universidade Federal Fluminense)
    Mulheres e futebol: memórias de licenciandas em Educação Física
    Este estudo de caso discute a participação das mulheres no futebol no contexto escolar e universitário. Interpreta o futebol como uma área de reserva masculina ao longo da história, constituindo-se em conquista recente das mulheres enquanto prática esportiva. O objetivo da pesquisa é reconstruir as memórias de estudantes universitárias sobre sua inserção e permanência na prática do futebol na escola e na universidade. A partir de uma abordagem qualitativa e descritiva, a pesquisa utilizará uma entrevista semi-estrutura para a coleta de dados, a ser aplicada num grupo de informantes praticantes do futebol universitário no âmbito da Universidade Federal Fluminense. Para a análise dos dados, serão utilizados os referenciais teórico-metodológicos dos Estudos de Gênero e da Análise de Conteúdo.
    Palavras-chave: Futebol; Mulheres; Gênero; Educação Física escolar.
  • Gabriela Regina Silva Cordeiro (Universidade Federal de Pernambuco),Jorge Lyra (Universidade Federal de Pernambuco),Benedito Medrado (Universidade Federal de Pernambuco)
    Mulheres jovens inseridas em espaços políticos no Cabo de Santo Agostinho/PE: Narrativas em torno das relações de gênero e geração
    A partir da adoção da perspectiva feminista de gênero busquei analisar narrativas de processos de participação política de mulheres jovens em processos organizativos do movimento de mulheres local, sobretudo em um contexto social que traz novas demandas pelo acelerado crescimento da região de Suape/ Pernambuco. As atividades que foram realizadas no âmbito do projeto de pesquisa-ação “Mulher e Educação para cidadania”, realizei entrevistas com as mulheres participantes e observações do cotidiano, e pude pelas narrativas das mesmas analisar como vem sendo vivenciadas as relações de gênero e geração e situações de violência. Sendo uma proposta da disciplina Prática de Pesquisa, do Departamento de Psicologia da UFPE, também se relaciona com a minha atuação como estagiária no programa “Diálogos para o Desenvolvimento Social de Suape/PE”, no projeto “Mulheres e Educação para a Cidadania”. Nesse projeto o GEMA-UFPE, Núcleo de Pesquisas em Gênero e Masculinidades, do qual integro, vem realizando o monitoramento e avaliação das ações executadas pela ONG feminista Centro das Mulheres do Cabo. Essas atividades abordam temáticas que pretendem reduzir a desigualdade entre homens e mulheres, visam à promoção de saúde e qualidade de vida e a redução da violência contra a mulher na região.
    Palavras-chave: Jovens; Narrativas; Espaços políticos; Desigualdade de gênero.
  • Marcos Silva Marinho (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia)
    O direito à diferença sexual no ordenamento jurídico brasileiro
  • Dalilia Maranhão Cardoso (Universidade Federal do Ceará)
    O papel da mulher no processo de tomada de decisões na família
    O papel da mulher na sociedade vem mudando através dos séculos, mas apesar das mudanças a mulher continua sendo a principal responsável pelo trabalho doméstico, além de hoje assumir também o papel de provedora da família. Esse contexto nos leva a indagar sobre o papel da mulher na tomada de decisões no espaço doméstico. Para tal foi realizada uma pesquisa por estudantes do curso de Economia Doméstica da Universidade Federal do Ceará com o público de freqüentadores de um posto de saúde em um bairro de Fortaleza, Ceará. Os dados coletados mostraram que em 74% dos casos a mulher é quem toma as principais decisões da família, porém 62% dos entrevistados dizem haver uma diferença entre as decisões tomadas pelo pai e as tomada pela mãe, sendo a mulher responsável por 26% das decisões com relação aos afazeres domésticos e o homem é responsável em 17% das decisões com relação à renda da família. Desta forma, concluiu-se que, apesar da mulher ser hoje uma provedora do lar juntamente com o homem, e ter uma maior participação nas tomadas de decisões da família, as decisões com relação ao trabalho doméstico ainda é, na maioria dos casos, papel da mulher, ficando o homem com as decisões financeiras da família, o que mostra a resistência do patriarquismo em algumas famílias.
    Palavras-chave: Mulher; Família; Tomada de decisões.
  • Beatrice Tavora (Universidade Federal de Santa Catarina),Ismael Cabrera Martin (Universidade Federal de Santa Catarina),Andréa Cesco (Universidade Federal de Santa Catarina)
    O retrato da mulher espanhola do século XVII nas obras Satíricas de Quevedo
    Este pôster tem por objetivo apresentar o retrato da mulher espanhola do século XVII nas obras satíricas Los Sueños e Discurso de Todos los Diablos, de Francisco de Quevedo y Villegas. E na galeria de personagens, caricaturas de uma sociedade decadente, surgem as viúvas, que possuem lugar de destaque e conjugam elementos denunciadores de uma realidade social que agrega vários aspectos, como a idade avançada, a condição de guarda de honra das damas, de hipócrita, invejosa, corruptora de costumes, organizadora de amores adúlteros, deixando evidente que por trás da aparência frágil da anciã, escondia-se a mulher que concentrava uma série de vícios morais e cuja prática de encobrir e facilitar relações amorosas ilícitas era considerado um ofício. Também aparecem a mulher adúltera, ardilosa e traidora que, com suas artimanhas, abala os alicerces do casamento e a “mulher tapada”, que é descrita como ser anônimo, criador de rumores, espiã e delatora. Assim, através do olhar masculino, desfilam inúmeros personagens femininos, enaltecidos em seus vícios e que retratam de forma pitoresca, sarcástica e original detalhes de uma época revelada através da literatura, que merecem ser desvelados na atualidade por permitirem uma melhor compreensão da sociedade espanhola do século de ouro.
    Palavras-chave: Mulher; sátira; Quevedo.
  • Schaiene Martinez Brandolt (Universidade Federal do Rio Grande),Patricia Moraes Bicca (Universidade Federal do Rio Grande)
    Oficinas sobre adolescência, sexualidade e gênero: uma estratégia de intervenção potencializadora
    Apresentaremos a experiência de oficinas sobre adolescência, sexualidade e gênero desenvolvidas pelo Centro de Referência em Direitos Humanos, na Escola CAIC situada no campus universitário da FURG. As oficinas mostraram-se como possibilidades de intervenções potencializadoras à medida que visam à formação de indivíduos autônomos. A ação consistiu na atuação da equipe junto aos adolescentes, promovendo discussão e reflexão sobre alguns aspectos envolvidos na sexualidade, como relações de gênero e o uso de métodos contraceptivos, com vista a contribuir para a emancipação dos sujeitos em relação a seus direitos. As oficinas foram realizadas por acadêmic@s do curso de Psicologia e Direito em turmas do 5º ao 7º ano do Ensino Fundamental. Ao final desse processo, percebemos um aumento no nível de informações dos participantes. Proporcionar um espaço para que os jovens possam (re) pensar suas concepções de gênero, facilita o processo de socialização no qual o indivíduo toma consciência de si e dos outros viabilizando seu desenvolvimento e sua inserção em determinada sociedade. Nesse sentido, pretendeu-se contribuir para a emancipação dos sujeitos no campo dos direitos sexuais e reprodutivos.
    Palavras-chave: Adolescência; Sexualidade; Gênero.
  • Ellen Vieira (Universidade de São Paulo)
    Práticas tecnocráticas do modelo biomédico de assistência ao parto e nascimento
    O parto e nascimento saíram do âmbito doméstico para o hospitalar, formando parte do controle dos corpos das mulheres através do biopoder, dentro da lógica tecnocrática do parto medicalizado. A metáfora do corpo como uma máquina foi peça fundamental na formação da obstetrícia moderna, para a exclusão da parteira e o aumento da medicalização e controle das mulheres e partos. Neste modelo, o corpo das mulheres é visto como máquinas a serem controladas, o bebê como um produto e o hospital como uma fábrica. Parto e o nascimento são acontecimentos biosociais, o que significa dizer que não são meramente acontecimentos biológicos, mas também construídos pelos costumes da cultura que se insere. Os efeitos da conceituação do que é o evento do parto e nascimento, as características dos processos de gravidez e nascimento e as práticas realizadas durante este, são significativos na construção da experiência das parturientes, das famílias, e dos indivíduos em geral de cada organização social. Este trabalho pretende trazer uma reflexão de como o patriarcado atua neste conceito de parto, que a partir do medo socialmente construído do parto, propicia um maior distanciamento das mulheres de seus processos fisiológicos e corpos, deixando para o domínio médico o cuidado e responsabilidade.
    Palavras-chave: Parto; Nascimento; Patriarcado; Biosocial.
  • Cecília Bertuol (Univeridade do Estado de Santa Catarina),Priscila Mari dos Santos (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Qualidade de vida de idosos de um programa de extensão universitária: reflexões acerca da participação feminina
  • Maria Rita Neves Ramos (Universidade Federal de Juiz de Fora),Daniela Auad (Universidade Estadual de Campinas)
    Relações de gênero e Educação Infantil: o antigo e não esgotado debate da formação docente nos Cursos de Pedagogia
    O presente texto debate a visibilidade das relações de gênero nas disciplinas que abordam a Educação Infantil, especialmente no Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF/MG). A idéia central do estudo é discutir os modos como são naturalizadas as posturas que reforçam a diferenciação hierarquizada entre o masculino e o feminino, no interior das disciplinas. Tal processo de naturalização tem comumente se traduzido em reforço das relações de gênero tradicionais e desiguais. Diante dessa conjuntura, debater a Formação nos Cursos de Pedagogia é tarefa não completada, apesar da aparente antiguidade do tema Gênero e Educação. Nesse sentido, o presente estudo, concorre para debater a formação docente e as práticas pedagógicas, como maneira de estimular a criação e implantação de estratégias que contemplem a socialização com igual valorização das masculinidades e feminilidades em ação na escola e fora dela. A análise contará com subsídios colhidos nas ementas e em entrevistas semi-estruturadas com as docentes das disciplinas de Fundamentos da Educação Infantil. As ementas e entrevistas serão debatidas com bibliografia de referência e com o estudo de aproximações e distanciamentos entre os dados coletados e a proposta pedagógica do “Crianças no Fazendo Gênero”.
    Palavras-chave: Relações de gênero; Formação de professores/as; Pedagogia; Educação Infantil; Fazendo Gênero.
  • Aline Gonçalves Ferreira (Universidade Federal de Minas Gerais),Francielle Alves Vargas (Universidade Federal de Minas Gerais),Shirlei Rezende Sales (Universidade Federal de Minas Gerais)
    Relações de gênero e sexualidades no Ciberespaço
    O ciberespaço não possibilita apenas a expansão das relações sociais no espaço-tempo, mas também minimiza a distância geográfica entre as pessoas e os lugares, potencializando o compartilhamento de saberes, conhecimentos, além de, construir novas formas de sociabilidade e ampliar as possibilidades de interconexão global. Novas formas de vivenciar as relações de gênero e sexualidades emergem neste processo. Os/as jovens encontram-se cada vez mais imersos nessa nova linguagem que possibilita a construção de outras formas de existência. Há nesse espaço a complexização do processo de construção de identidades de gênero e sexualidades. Essa discussão é alvo de debate promovido por diversas comunidades e redes sociais no ciberespaço, uma delas é a comunidade Sexualidade para garot@s, do Portal EMdiálogo [www.emdialogo.uff.br]. O Portal é uma iniciativa dos Observatórios Jovem da UFF e da Juventude da UFMG, cuja proposta é propiciar a reflexão e o diálogo sobre temáticas diversificadas que envolvem questões do universo juvenil.
    Palavras-chave: Juventudes; Relações de gênero e sexualidade; Ciberespaço.
  • Cássia Helena Dantas Sousa (Universidade Federal do Rio Grande do Norte),Rozeli Maria Porto (Universidade Federal do Rio Grande do Norte),Dhara Rhaquell Gsquiwaze Santos de Carvalho (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
    Representações dos profissionais de saúde sobre a interrupção voluntária da gravidez em hospital público em Natal/RN
    Esta pesquisa trata-se de uma investigação sobre as representações de profissionais de saúde sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez na Maternidade Escola Januário Cicco, situada em Natal-RN. O objetivo deste trabalho é alcançar uma reflexão sobre as relações estabelecidas por estes profissionais com as mulheres que chegam a este hospital em situações de aborto considerando os elementos presentes em suas crenças, discursos sobre a relação da maternidade com o conceito de feminino, além de práticas e experiências . A investigação foi feita através da observação participante, entrevistas semi-estruturadas e abertas, conversas informais e pesquisa em referências teóricas e em outros trabalhos sobre o assunto.
    Palavras-chave: Aborto; Profissionais de saúde; Feminino; Maternidade.
  • Leonardo Alves de Oliveira (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)
    Representações sociais, estágio e pedagogia: experiências de um estagiário homem na Educação Infantil
    Num território predominantemente feminino, poucos são os homens que buscam um espaço na educação infantil. Grande parte das representações sociais do senso comum (Moscovici, Jodelet) aponta que a educação, nesse nível, é uma função melhor desempenhada por mulheres, o que acaba por gerar preconceitos. O trabalho busca analisar as experiências de um graduando do curso de Pedagogia a respeito de sua atividade de estágio realizado na Educação Infantil e suas representações sobre a presença do educador homem nesta etapa da educação. Nesse contexto, a partir de uma pesquisa de natureza qualitativa, realizada através de entrevista semiestruturada com o referido acadêmico, foi constatado que há uma limitação quanto às atividades que o estagiário pode desenvolver, não podendo, por exemplo, dar banho em crianças. E quanto às suas representações, notou-se uma visão consideravelmente transformada após fazer o curso de Pedagogia. A formação profissional do sujeito pesquisado, fator essencial para essa transformação, o permitiu compreender que independente do sexo de um indivíduo, o mesmo pode exercer uma profissão desde que tenha formação para tal.
    Palavras-chave: Homem; Representações Sociais; Educação Infantil; Formação.
  • Camila Deufel (Universidade de Santa Cruz do Sul),Letícia Maísa Eichherr (Universidade de Santa Cruz do Sul)
    Subjetivação e experiência: análise de ações dirigidas à redução da homofobia e do heterossexismo na educação
    A pesquisa está dividida em três frentes: a) Mapeamento e análise de experiências locais nas escolas estaduais de ensino médio da 6ª CRE (6ª Coordenadoria Regional de Educação do Rio Grande do Sul); b) Análise dos materiais pedagógicos produzidos pela aliança entre as distintas esferas do governo (municipal, estadual e federal) e as ONGs e que são distribuídos/disponibilizados às escolas; c) Criação de um instrumento para avaliar o preconceito contra orientação sexual a fim de dimensionar o impacto das ações pedagógicas na formação dos professores. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) que realiza a mesma pesquisa na região metropolitana de Porto Alegre, o que possibilitará, na sua conclusão, a comparação entre os dados do interior e da capital do estado. Neste momento, o projeto está em fase de coleta de dados junto às coordenações pedagógicas das escolas da região, apontando apenas resultados parciais da pesquisa. Estes dados iniciais revelam o número reduzido de escolas que possuem trabalhos enfocando a diversidade sexual. O instrumento destinado a avaliar o preconceito contra orientação sexual está em processo de validação, a partir de aplicações pilotos na capital e no interior do estado do Rio Grade do Sul.
    Palavras-chave: Homofobia; Heterossexismo; Educação.
  • Danieli Aparecida Lima (Universidade Estadual do Centro Oeste)
    Violência contra a mulher na mídia impressa paranaense: um estudo de gênero e História
    Esta pesquisa pretende discutir a violência contra as mulheres na região de Guarapuava/PR, a partir de uma leitura histórica de dados colhidos na imprensa escrita local. Esta é uma pesquisa que parte da problematização do tema “violência contra a mulher”, das relações entre gênero e história, bem como entre história e imprensa, patriarcado, violência e feminicídio. A pesquisa justifica-se em função dos dados preocupantes de violência contra a mulher no Paraná (3º colocado em número de ocorrências no Brasil), e pela maneira como vem sendo noticiados os casos em narrativas de boletins policiais, isso só depois da ocorrência do fato. Dessa maneira é fundamental analisarmos historicamente essas representações dadas pela mídia, onde percebemos algumas características das próprias denúncias e da aplicabilidade da Lei Maria da Penha nº 11.340/06, assim como a própria visão que essas mulheres tem de seu lugar na sociedade.
    Palavras-chave: Gênero e História; Violência; Imprensa.

18/09/2013 - Hall do CSE

  • Taritha Cristina Figueiredo da Silva (Universidade Federal do Pará),Adelma do Socorro Gonçalves Pimentel (Universidade Federal do Pará)
    A identificação de casos de violência sofrida por adolescentes grávidas negras na UBS – Pedreira no ano de 2012
  • Anna Carolina Queiroz Chillemi (Universidade Estadual de Campinas)
    A mulher em "Figth Club e Querelle"
  • Luna Cassel Trott (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Aproximações e diferenças nas representações de gênero através do uso de objetos lúdicos midiáticos numa brinquedoteca escolar: um estudo de caso
    Objetivamos destacar as aproximações e as diferenças que meninos e meninas estabeleceram nas representações de gênero através de objetos lúdicos presentes numa brinquedoteca escolar. As informações foram obtidas via filmagens em situações de brincar de uma turma de 1° ano do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação da UFSC, em 2011 e analisadas a partir da análise de indícios (Ginzburg, 1980) e de discurso (Bakthin/Volochínov, 1999). Para isto, dois episódios foram selecionados contendo uma mesma atividade, no mesmo espaço e com os mesmos objetos lúdicos, ou seja: TV, controles de videogame e teclados de computadores. Apesar dos meninos trazerem as bonecas para a brincadeira e as meninas as loucinhas, destacamos: 1) rituais cotidianos tais como hábitos de jogar e alimentar-se ao mesmo tempo e 2) namoros e modos de relacionar-se via online, reproduzindo o apelo à sexualidade presente nas diferentes mídias. Acreditamos que os enunciados dos seus discursos são constituídos pelas falas dos personagens através da imaginação e dos elementos advindos do seu contexto. Eles exprimem novas formas de comunicação e de relação provenientes do mundo cibernético presentes na cultura lúdica infantil (Kline, 2008), independente do sexo e da representação de gênero dos sujeitos envolvidos.
    Palavras-chave: Gênero; Brincar; Brinquedoteca.
  • Juliana Surimã Bastos Magalhães (Universidade Federal do Amazonas),Nayana Tallita Pereira Julho (Universidade Federal do Amazonas)
    Articulação da rede de proteção de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual em Manaus
  • Débora Pimentel Ibanez (Universidade Federal de Mato Grosso),Silvana Maria Bitencourt (Universidade Federal de Mato Grosso)
    As relações de gênero entre estudantes e professores (as) de uma escola Militar de Cuiabá (MT)
  • Renata de Carvalho Nardelli (Universidade Federal Fluminense),Rodrigo Lontra Lopes de Oliveira (Universidade Federal Fluminense),Gustavo Patury Sangreman (Universidade Federal Fluminense)
    Bulter: para além do binarismo de gênero
    A partir dos estudos de Judith Butler e suas considerações sobre a busca por uma desconstrução das configurações de identidades de gênero, a pensadora pós-feminista nos indica uma incapacidade de coerência da identidade de gênero que, se pensada em uma estrutura binária e linear pressupõe uma necessidade de ajuste à norma por parte daqueles que não se enquadram em tais estruturas. O esforço da autora irá justificar-se, contudo, na tentativa de ruir com o absolutismo de uma subjetividade auto-centrada, de uma subjetividade anterior, isenta de história, com vistas a elaboração de uma outra forma de reconhecer o ser. Para tanto, Butler (2012) elucida considerações a respeito do que entende sobre gênero, uma vez que este se apresenta como um ato intencional, um gesto performativo que produz significado; tornando-se a “estilização repetida do corpo”. Sob esse aspecto, a autora ressalta o caráter social do termo gênero, o entendendo mais como uma construção social de papeis do que como algo determinado biologicamente. Caracterizando nosso percurso teórico sobre suas obras e apontamentos, lança-se, portanto, um desafio: entender como são extensas e múltiplas as possibilidades de expressão do corpo estando à luz das problemáticas sobre gênero.
    Palavras-chave: Gênero; Subjetividade; Performance; Corpo; Relacionalidade.
  • Yasmin Freitas Abrantes (Universidade Federal Fluminense),Anna Carolina Neves de Anchieta (Universidade Federal Fluminense),Jane Lucy do Amaral Moura (Universidade Federal Fluminense)
    Cinema como proposta pedagógica na luta pela equidade de gêneros
    Este trabalho foi desenvolvido como um dos resultados da disciplina Gênero e Sexualidade na Escola, disciplina obrigatória do curso de Educação Física da UFF. Neste apresentamos uma análise do filme Transamérica (Duncan Tucker) e o seu uso pedagógico em espaços de educação formal. No filme Bree (Felicity Huffman) é uma transsexual que as vésperas de realizar sua cirurgia de adequação sexual descobre que tem um filho. O adolescente, Toby (Kevin Zegers), é problemático e sonha encontrar o pai que nunca conheceu. Os dois se conhecem e partem em uma viagem de imprevistos. Na primeira parte do trabalho discutimos questões relativas as identidades sexuais, papéis normatizados e o conceito de novas estruturas familiares. Para melhor tratarmos dessas reflexões fizemos uso de Louro e Ferrari. Em uma segunda etapa, estaremos apresentando e refletindo sobre possibilidades de propostas pedagógicas, que podem ser desenvolvidas em turmas de Ensino Médio como tema transversal, buscando exercitar com este público um debate sobre diversidade e respeito às diferenças, procurando contribuir na luta pela equidade de gêneros e suas representações na sociedade.
    Palavras-chave: Gênero; Transexualidade; Escola.
  • Giovanna Garcia Ticianelli (Universidade Estadual de Campinas)
    Corrida de Rua e Gênero em uma revista para mulheres corredoras
    Nos últimos anos, cresceu o número de corredoras e corredores de rua. Essa prática tornou-se popular, contando com inúmeros percursos competitivos e não competitivos, de distâncias variadas em diferentes locais do mundo. Igualmente grande é o número de produtos a ela associados. Dentre eles, destacam-se as revistas. A W Run é uma revista sobre corrida direcionada a mulheres. O objetivo dessa pesquisa é analisar, ao longo de um ano, seu conteúdo a partir de uma perspectiva de gênero. Pretende-se investigar como as mulheres corredoras são apresentadas nesta revista, tanto no que se refere ao discurso construído sobre elas, quanto às imagens. Interessa-nos ver se elas são representadas como atletas, ligadas ao mundo esportivo, ou se a corrida é abordada a partir de outros benefícios, como qualidade de vida, saúde, emagrecimento, estética, socialização, turismo etc. Também serão analisados como e em que aspectos, a corrida é abordada como algo positivo na vida das mulheres, ampliando suas possíveis experiências de vida.
    Palavras-chave: Gênero; Corridas de rua; Mulheres; Revistas.
  • Bruna Thais Dantas Serra (Faculdade de Direito de Ribeirão Preto),Marcio Henrique Pereira Ponzialacqua (Universidade de São Paulo)
    Direito e Praxis : a proteção Sócio-Jurídica às vítimas de agressão sexual e/ou violência doméstica
    O trabalho tem como escopo apresentar um projeto de extensão universitária, focado na perspectiva crítica do direito, em abordagem sociológica, práxica e institucional. Visa a elucidar a relação entre ciência do direito, violência doméstica e agressão sexual e os desafios para implantação de medidas protetivas a vítimas e indivíduos vulneráveis. Realiza-se orientação e encaminhamentos para assistência jurídica das vítimas. Comporta, entre os vários procedimentos metodológicos, investigação doutrinária e teórica sobre a aplicação da legislação atinente ao tema, assistência direta ao público vulnerável em associação com uma rede de entidades protetivas, preparação e realização de oficinas nas regiões de maior incidência e produção de material de divulgação. Os resultados obtidos apontam para intervenção positiva no meio em que se insere, em busca de emancipação sócio-jurídica dos destinatários. Ressalte-se a conexão com a dimensão dos fatos e o intuito de imprimir eficácia à legislação e discussão doutrinária acerca dos direitos dos vulneráveis. Assim, os elementos axiais do projeto são: extensão universitária, assessoria jurídica para proteção de vítimas de violência doméstica e sexual e atuação junto aos movimentos sociais relacionados ao tema.
    Palavras-chave: Extensão universitária; Assessoria jurídica; Proteção das vítimas de violência doméstica e sexual.
  • Jane Lucy do Amaral Moura (Universidade Federal Fluminense),Anna Carolina Neves de Anchieta (Universidade Federal Fluminense),Yasmin Freitas Abrantes (Universidade Federal Fluminense)
    Direitos humanos e direitos sexuais
    Este trabalho apresenta um Projeto de Extensão coordenado pelo Prof Sérgio Aboud da UFF, relatando algumas das experiências e reflexões deste. O mesmo é fruto de várias atividades desenvolvidas na UFF e se construiu da necessidade da comunidade de jovens LGBT, que fazem parte da comunidade interna e, externamente na parceria com o Grupo Diversidade Niterói. Crescer em uma sociedade que nos torna invisíveis e que desde cedo normatiza o que é certo e errado, é difícil. Desta forma temos nos dedicado a partilhar a voz com estes jovens, para que os mesmos defendam seus direitos. Metodologicamente trabalhamos semanalmente com reuniões de vivências, participando dos movimentos organizados na luta pela cidadania, pela criminalização da homofobia. Acreditamos que o processo @s tornam sujeitos da sua própria história, aprendendo a defender-se da violência física e simbólica. E que este leve ao desenvolvimento da auto-estima dos indivíduos e dos grupos onde estão inseridos, considerando que as leis e direitos devem servir para tod@s. Nossos principais referenciais teóricos são Freire, Louro, Bourdieu e Butler.
    Palavras-chave: Direitos Humanos; LGBT; Juventude; Direitos Sexuais.
  • Vanessa Pereira de Lima (Universidade do Estado do Rio de Janeiro),Vanessa de Andrade da Costa (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
    Do outro lado do muro: como as identidades de gênero são construídas no contexto prisional e de que maneira elas se articulam com as formas de carências intra e extramuros
    Ouvir mulheres privadas de liberdade e como suas relações se interpõe com a vida intra e extramuros é fundamental para pensarmos as identidades de gênero e como elas são construídas a partir da perspectiva de liberdade. O presente trabalho é um recorte de uma pesquisa ainda em andamento sobre "Conjugalidade entre mulheres nos sistema penitenciário no Estado do Rio de Janeiro". A partir desse recorte, é possível pensarmos como se dão os pares nesse contexto cheio de pluralidades e se a carência por estarem privadas de liberdade é um disparador para essas relações e para as construções de identidade de gênero, como elas mesmas afirmam. Fundamentação teórica: Noções como gênero e identidade foram problematizados a partir das reflexões de Judith Butler, Michel Focault, Peter Fry e Maria Luiza Heilborn que também são interlocutores nas discussões sobre sexualidade. Resultados/discussão: Na análise da fala das internas, percebemos reprodução dos estereótipos heteronormativos, seja no jeito masculinizado de se vestirem seja nas relações que são estabelecidas entre quem representa o homem (sapatão) e a mulher (lésbica), marcada pelas tradicionais assimetrias de gênero e violência.
    Palavras-chave: Identidade de gênero; Sexualidade; Prisão; Carência; Vida intra e extramuros.
  • Pâmela Karoline Soares (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)
    Educação Infantil e Ensino Fundamental: um repensar sobre as questões de gênero
    A presente pesquisa tem como objetivo investigar a percepção de um Secretário de Educação de uma cidade do interior do Mato Grosso do Sul, em relação à atuação de homens professores como docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A abordagem teórica baseia-se nos estudos de Hipólito (1997), Louro (2007) e Gonçalves (2009) em que evidenciam que historicamente o magistério passou a ser visto como “profissão feminina” especialmente no que se refere ao trabalho educativo desenvolvido com crianças. A pesquisa de natureza qualitativa, realizada por meio de entrevista semi-estruturada abordou a percepção do Secretário que, mesmo não tendo trabalhado com esse nível da Educação Básica, demonstrou ter conhecimento de suas necessidades educacionais. Nesse contexto, foi constatado que o pesquisado tem conhecimento em relação ao processo conhecido como “feminização do magistério” e acredita que para as mulheres o trabalho com crianças se torna mais fácil por apresentarem a sensibilidade inerente à maternidade. Entretanto, reconhece que o paradigma de que homens não podem trabalhar com crianças deve ser rompido, e enfatiza que o gênero não deve estar como prioridade na educação, mas sim a capacidade e a qualidade do profissional atuante.
    Palavras-chave: Educação; Magistério; Gênero.
  • José Valber Vieira dos Santos (Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo)
    Educação Infantil: um olhar sobre a construção das relações de gênero entre meninas e meninos durante a vivência de brincadeiras
    A intenção desse estudo, advém da preocupação com a forma de como tem se dado a construção das relações de gênero entre as crianças que frequentam as instituições de Educação Infantil. Freqüentemente meninas e meninos aparecem sempre juntos, entretanto, é possível questionar essa suposta harmonia visualizada na convivência entre eles/elas. Desta maneira, temos como objetivo investigar a perspectiva do gênero nas vivências das brincadeiras pelas crianças, buscando compreender como são construídas as relações de gênero entre elas. O projeto foi realizado em uma instituição de educação infantil, com turmas que compreende a faixa etária de 4 a 6 anos. Durante a pesquisa de campo utilizamos a observação e entrevistas semi-estruturadas como técnica de coleta de dados. Os resultados encontrados estão de acordo com os estudos produzidos na área e apontam que as brincadeiras trazem consigo certos significados e códigos que representam o que a sociedade espera da criança, assim como o fato de que, por meio da brincadeira, a criança constrói uma pré-concepção dos papéis de ser-menino ou ser-menina.
    Palavras-chave: Educação Infantil; Relações de gênero; Brincadeiras.
  • Alan Pereira Ribeiro (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul),Guilherme Rodrigues Passamani (Universidade Estadual de Campinas)
    Entre a delimitação dos espaços e a negociação das categorias de gênero e sexualidade contidas na narrativa cinematográfica almodovariana
    Ao longo das últimas décadas, no ocidente, o cinema tem se tornado importante instrumento de representação e visibilidade para grupos antes excluídos e colocados à margem das sociedades contemporâneas. O gênero e a sexualidade, através dos mais variados discursos, foram aprisionados e controlados. Após o surgimento dos movimentos LGBTs, na segunda metade do século XX, profundas transformações ocorreram contribuindo para a reafirmação identitária e conquista de espaços. Nesse sentido, considerando a importância da sétima arte e sua capacidade de apropriação, negociação e re-significação dos espaços/tempos históricos, sociais e culturais, pretendemos analisar o filme Má Educação (2004), de Pedro Almodóvar, fundamentando-nos em estudos realizados pelas Ciências Sociais. Objetivamos enfocar e problematizar o submundo trans expresso na obra cinematográfica almodovariana, que aborda sexo, gênero, ressignificação dos corpos, violências físicas e simbólicas como elementos desestabilizadores do binarismo homem/pênis e mulher/vagina.
    Palavras-chave: Cinema; Gênero; Sexualidade; Submundo trans.
  • Jonatan Jackson Sacramento (Universidade Estadual de Campinas)
    Escritas de afetos: discursos sobre si e sobre o outro em sites de relacionamento
    O objetivo dessa pesquisa é perceber quais os argumentos mobilizados na construção das imagens construídas sobre si e sobre o “outro” potencialmente “ideal” em perfis de usuários de sites de relacionamento. A pesquisa foi realizada em dois sites: G Encontros (voltado ao público LGBT) e Divino Amor (dirigido ao público evangélico), ambos “filiais” do Par Perfeito, considerado um dos maiores sites de relacionamentos no Brasil. . Partindo de um referencial dos estudos de gênero, pergunto em que medida a segmentação dos sites de relacionamento facilita a escolha de parcerias amorosas/afetivas/sexuais e como os argumentos mobilizados na construção dos perfis se adequam à determinadas noções de religiosidade e de sexualidade. Foram analisados 50 perfis de usuários/as de ambos os sites, entre 18 e 39 anos, residentes em Campinas e na cidade de São Paulo, privilegiando as auto-descrições e descrições de quem se busca e as fotos postadas nos perfis.
    Palavras-chave: Gênero; Sexualidade; Religião; Sites de relacionamento.
  • Gabriel Henrique Pereira de Figueiredo (Universidade Federal de Mato Grosso)
    Estudo em violência de gênero: compreendendo aspectos da homofobia e violência psicológica
    O presente trabalho apresenta a pesquisa qualitativa do tipo descritivo-experimental “Violência de Gênero: Aspectos da Homofobia e Violência Psicológica”, que será realizada no Centro de Referencia em Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos do Estado de Mato Grosso, localizado na cidade de Cuiabá, capital do Estado, como atividade da disciplina “Prática Orientada de Pesquisa” do curso de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso. A pesquisa tem como objetivo compreender os significados e sentidos atribuídos ao conceito de homofobia, compartilhado socialmente pelos participantes da pesquisa, bem como as influencias dos aspectos socioeconômicos, políticos e culturais. Além do mais, a investigação privilegia os processos que caracterizam a violência psicológica contida nas vivencias e descreve qualitativamente o grau de vulnerabilidade da população LGBT na cidade de Cuiabá. A pesquisa será composta por uma amostra de 10 sujeitos assistidos pelo Centro de Referência, auto-declarados homossexuais, maiores de 18 anos e do gênero masculino que vivenciaram situações homofóbicas. A metodologia de coleta de dados será o grupo focal na perspectiva de Gatti e a metodologia de análise de conteúdo de Bardin.
    Palavras-chave: Gênero; Homofobia; Violência psicológica.
  • Michele Cristina Cartelli (Universidade Estadual do Centro-Oeste)
    Feminicídios no Brasil
    Neste trabalho estão sendo historicizados os feminicídios no Brasil. Levantamento recente mostra que entre 1980 e 2010 houve 92 mil assassinatos de mulheres no país, sendo que a taxa de feminicídios tem aumentado, especialmente na última década. Trata-se de uma estatística que pode ter relação com uma cultura ainda patriarcal, baseada na violência de gênero. Para que se tenha uma queda no feminicídio no país é necessário que as políticas públicas proponham uma revisão dos modelos que a sociabilidade envolvendo a sociedade desde cedo no combate à violência contra as mulheres, tanto em espaços privados como públicos.
    Palavras-chave: Agressão; Gênero; Patriarcado.
  • Ana Cláudia Pilon (Universidade Estadual de Campinas),Regina Facchini (Universidade Estadual de Campinas)
    Grupos de pesquisa em gênero e sexualidade no Brasil: perfil e mudanças na distribuição regional e disciplinar
    Este trabalho é fruto de pesquisa de iniciação científica cujo objetivo é colaborar para compreender o processo de desenvolvimento do campo interdisciplinar de estudos de gênero e sexualidade no Brasil. Para tanto, foi mapeada a totalidade de grupos de pesquisa que continham um conjunto ampliado de termos ligados a gênero ou sexualidade em seus títulos, ementas ou palavras-chave no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. O recorte escolhido para a elaboração deste trabalho traça um perfil da variação regional e disciplinar desses grupos enfatizando as variações ao longo do tempo. Explora, ainda, tendências teóricas na abordagem de gênero e sexualidade nesses grupos e sua relação com áreas disciplinares. Os resultados indicam uma concentração considerável de grupos de pesquisa em universidades públicas e sua distribuição regional acompanha de perto o modo como estão distribuídos os programas de pós-graduação no Brasil. A distribuição por áreas do conhecimento mostra predomínio das Ciências Humanas, da Saúde e Sociais Aplicadas. Pouco mais de 1/3 dos grupos explicitavam a adoção de perspectivas que tomam gênero como categoria de análise e/ou sexualidade a partir de uma abordagem que considera os sentidos e as relações sociais e políticas em que se inserem.
    Palavras-chave: Gênero; Sexualidade; Campo científico; Grupos de pesquisa.
  • Nathália Pereira de Oliveira (Universidade de Brasília),Luísa Vianna Baiocchi (Universidade de Brasília)
    Homossexualidade e homofobia: o que os(as) alunos(as) pensam a respeito?
  • Bárbara Machado Alexandre (Universidade Estadual do Paraná)
    Lei Maria da Penha: a efetividade no município de Maringá
  • Gabriela Moura Maximo (Universidade Federal da Paraíba),Luidjia Básia Silva Lacerda (Universidade Federal da Paraíba)
    Lei, moral e bons costumes: influências e desafios para a legalização do Aborto no Brasil
  • Haydée Fiorino Soula (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)
    Lélia Gonzalez: a incorporação das demandas das mulheres negras no movimento negro brasileiro na década de 80 e os Direitos Humanos das mulheres negras
    Neste trabalho, traçaremos um exame da situação específica das mulheres negras na sociedade contemporânea como consequência direta do processo de exploração escravocrata no Brasil, assentado sobre a égide da perversa ideologia racista, ainda dominante. Nossa pretensão é, pois, resgatar a força, história e resistência da atuação política das mulheres negras no Brasil no período da Ditadura Civil-Militar e no período da recente democracia no país, a partir da análise da trajetória de vida de Lélia Gonzalez, mulher negra, militante e intelectual do movimento negro e movimento feminista na década de oitenta e noventa. A partir desse panorama geral, os próximos capítulos expõem os percalços do movimento negro brasileiro durante a ditadura e suas evoluções até chegar nos dias de hoje. Por fim, dando corpo às demandas concretas de justiça e reparação histórica por parte do movimento negro brasileiro e também pelo movimento de mulheres negras, analisamos as positivações do Sistema de Proteção dos Direitos Humanos Internacional, atentando para o que as convenções e tratados dizem sobre o tema, e qual o alcance das proteções que normatizam.
    Palavras-chave: Mulheres negras; Direitos humanos; Movimento Negro; Lélia Gonzalez.
  • Thiago de Sales Silva (Universidade Federal do Ceará)
    Manifestações da sociedade civil: Ditadura Civil-Militar, censura e gênero
    A presente pesquisa se propõe a estudar a intersecção entre a ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), a censura à televisão e manifestações da sociedade civil favoráveis ao regime, tecendo como fio condutor as relações de gênero, especificamente no que tange ao comportamento e a sexualidade. A partir da análise de uma série de cartas enviadas por civis ao órgão de censura, Divisão de Censura e Diversões Públicas (DCDP), pretendemos investigar modo pelo qual os missivistas se posicionam quanto aos perfis masculinos e femininos veiculados pelas programações televisivas. O foco deste trabalho gira em torno das mobilizações de gênero, no que corresponde ao modo como as identidades masculinas e femininas foram sendo pensadas, fortemente evidenciadas nas cartas enviadas à censura, na medida em que os discursos veiculados ali corroboravam com os anseios do próprio regime no que se refere ao comportamento. As denúncias realizadas por membros de comunidades religiosas, líderes de associações familiares, ou simplesmente pais e mães de família possuem forte preocupação com as questões em torno da moral, sobretudo com o advento e popularização da televisão como veículo de comunicação no país, tais elementos são fundamentais nesta pesquisa.
    Palavras-chave: Gênero; Sociedade civil; Ditadura militar.
  • Jonas Henrique Guedes (Faculdade Nordeste),Edilson Brasil de Souza Júnior (Faculdade Nordeste)
    No, no, no: para pensar a relação entre as músicas de Amy Winehouse e a construção do self na contemporaneidade
  • Lidia Queila Lucas Coelho Silva (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro),Karina Souza de Freitas (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
    Percepção e satisfação da imagem corporal de universitárias
  • Anna Laura Mendes de Oliveira (Universidade Federal de Viçosa)
    Políticas de reorganização do sistema prisional feminino: uma análise antropológica
  • Vitória Gomes Almeida (Universidade Federal do Ceará)
    Políticas Públicas no combate à violência contra a mulher: desafios no sul do Ceará
  • Roberta de Kássia Ricardo Rodrigues (Universidade Federal de Pernambuco),Jaileila de Araujo Menezes (Universidade Federal de Pernambuco)
    Rap(ensando) questões de gênero no movimento Hip Hop de Caruaru
    O presente trabalho apresenta os resultados parciais da pesquisa “Relações de gênero nas letras de Rap: o movimento hip hop de Caruaru”, que integra o projeto “Juventude e Gênero no Contexto do Movimento Hip Hop”. A escolha pelo Rap deu-se em função da localização de uma cena musical significativa na cidade, com a projeção nacional de uma banda que tematiza signos da cultura nordestina e denuncia o cenário de desigualdade social que limita as condições de vida de jovens pobres. Partindo de aspectos que tem historicamente comprometido a participação das jovens em movimentos hegemonicamente masculinos, estabelecemos como questões norteadoras da pesquisa: Como as relações de Gênero são presentificadas nas letras de Rap produzidas por jovens homens e mulheres vinculados/as ao movimento hip hop da cidade de Caruaru? Como essa presentificação ou mesmo sua ausência dialogam com os códigos morais de gênero e sexualidade do movimento hip hop na cidade? Através do mapeamento dos grupos de Rap não localizamos jovens mulheres e nas letras analisadas até então predominam heróis masculinos, com forte referência ao atributo virilidade. Nas letras não se faz menção às mulheres e a participação delas nos eventos de hip hop ocorre na condição de público e geralmente acompanhadas dos namorados.
    Palavras-chave: Rap; Genêro; Códigos morais.
  • Arytanna Zuitá Barbosa Ferreira (Universidade de Brasília)
    Relações de gênero nas Escritas Latrinárias
  • Renata Cristina de Faria Gonçalves Costa (Universidade de Brasília)
    Representações sociais da violência de gênero no Poder Judiciário
  • Vanessa Oliveira Alminhana (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul),Marcelo Moreira Cezar (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
    Ruralidade e gênero em narrativas autobiográficas de meninas do Rio Grande do Sul
    A análise da construção das identidades e suas relações com a alteridade no âmbito da juventude é relevante para entendimento das dificuldades que surgem nos processos de significação e produção de relações sociais, em contextos de pluralidade de referenciais culturais. Nesta perspectiva, o presente estudo analisou os discursos de meninas estudantes moradoras da área rural de diferentes municípios gaúchos, contemplando integrantes das metades norte e sul do estado. A análise das narrativas destas jovens suscitou a discussão, através dos discursos sobre suas trajetórias educacionais e projetos vitais/ocupacionais, de como construções culturais de relações de gênero intercambiam-se com as narrativas autobiográficas destas meninas na organização relacional/dialógica do seu eu. Com o intuito de contemplar temáticas mais abstratas e promover discussões sobre o contexto sócio cultural no qual se encontram, foi proposta uma produção autofotográfica, seguindo temáticas norteadoras como: concepção de mulher, de homem, trabalho e estudo. Simultaneamente, foram realizadas entrevistas de caráter narrativo, que passaram por processo de transcrição e foram analisadas com auxílio do software Atlas/ti, valendo-se da Análise Crítica do Discurso como operador teórico.
    Palavras-chave: Ruralidade; Gênero; Narrativas; Identidade.
  • Aline Mello Fernandes (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
    Sexualidade e gênero nas reportagens de divulgação científica da revista "Veja"
  • Amanda Mello Andrade de Araújo (Universidade Federal de Santa Catarina),Jaison José Bassani (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Sobre Veteranas e Fisiculturistas : notas acerca de um estudo sobre mulheres praticantes de Bodybuilding
    Para muitas mulheres, impregnar-se de músculos parece ter se tornado o mais novo artifício a agregar-se aos rituais de embelezamento, constituindo a possibilidade de emergência de novos imaginários sociais de beleza feminina.No presente estudo, que investigou a relação entre a prática de modificação corporal e a construção identitária em mulheres praticantes de bodybuilding na cidade de Brasília, entrevistamos sete mulheres com idade entre 21 e 44 anos, sendo seis delas atletas de fisiculturismoe uma não atleta, denominada de “veterana”. Nossos resultados revelam que as modificações extremas do corpo, tanto no caso das atletas quando no da veterana, são resultado de uma tentativa de fazer da aparência um importante descritor de si. Por outro lado, encontramos diferenças, para além do volume muscular,nos modos como ambos os tipos se relacionam com a musculação enquanto prática de modelação corporal. Enquanto que para a veterana a frequência à academia e o treinamento muscular intenso estão relacionadosà “socialidade” e à tentativa de aproximar-se aos padrões vigentes de corpo feminino,no caso das fisiculturistas, o que parece estar em jogo é aconstrução de uma “competência esportiva” e profissional.
    Palavras-chave: Modelação corporal; Bodybuilding; Identidades femininas.
  • Raíra Bohrer dos Santos (Universidade Federal de Santa Maria)
    Um estudo sobre práticas de dominação feminina no universo 3D Second Life
    Este trabalho se baseia em uma pesquisa sobre BDSM no ciberespaço, mais especificamente no mundo virtual 3D Second Life (SL), no qual temos contato com diversas práticas, dentre as quais o Femdom (Female Domination), descrito por seus praticantes como dominação feminina e feminização do homem. O Femdom é qualificado como BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo), pois pressupõe dominação, e pode envolver as práticas supracitadas na sigla BDSM. O contato com os adeptos desta prática tem sido importante para a pesquisa sobre regras e práticas do BDSM online, e também aguçou o interesse por questões de sexualidade e gênero neste ambiente de sociabilidade virtual. Em meio às nossas pesquisas sobre BDSM, desenvolvemos este estudo focado em Femdom com o objetivo de compreender os aspectos que permeiam estas relações, como se desenvolvem e qual a percepção dos adeptos sobre as mesmas.
    Palavras-chave: Femdom; Second Life; Sexualidade; Gênero; Práticas.

18/09/2013 - Hall do CTC

  • Achiles Silveira Neto (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia)
    A escola e a "heterossexualização" dos corpos: o autocontrole dos sujeitos não heterossexuais com base na teoria do processo civilizador de Norbert Elias
  • Tais Pires de Oliveira (Universidade Estadual de Maringá),Tânia Peres de Oliveira (Universidade Estadual de Maringá),Patrícia Lessa (Universidade Federal Fluminense)
    A homossexualidade no espaço escolar: análises preliminares sobre a temática em uma escola pública da cidade de Maringá, PR
    O espaço escolar reproduz uma sociedade plural que abarca uma série de relações sociais. Destas relações surgem variadas situações, inclusive a discriminação. A discriminação quanto à orientação sexual, devido à hegemonia da heterossexualidade, interfere no bem estar físico e emocional dos jovens. Tendo em vista a dificuldade de se trabalhar o tema diversidade sexual nas escolas, notamos a necessidade de entender como este tema está sendo abordado no processo de ensino aprendizagem da escola básica. O objetivo desse trabalho pesquisa foi analisar como está sendo abordado o tema homossexualidade na escola. Foi realizada uma pesquisa de campo em uma escola pública da cidade de Maringá, PR. Esta pesquisa foi composta de dois questionários: um com perguntas abertas, direcionado para professores/as, e outro contendo questões fechadas e duas abertas, para os alunos/as de uma turma de oitavo ano. As questões abertas foram transcritas, enquanto as fechadas, tabuladas e apresentadas em gráficos. Os resultados preliminares indicam que, mesmo sendo sugeridas no PCN, as discussões acerca da orientação sexual não são contextualizadas nas disciplinas e, quando o são, estão vinculadas à heteronormatividade.
    Palavras-chave: Homossexualidade; Escola; Orientação sexual.
  • Rayssa Schneider (Universidade Estadual de Ponta Grossa),Marilhane Clotilde Gomes de Lima (Universidade Estadual de Ponta Grossa),Marly Catarina Soares (Universidade Estadual de Ponta Grossa)
    A Mulher como subalterna
    Este trabalho visa analisar a Mulher subalterna na literatura de diferentes períodos através de uma análise comparativa entre as obras: Moça com Brinco de Pérola de Tracy Chevalier e A Megera Domada de William Shakespeare. Essas obras apresentam a mesma problemática: da mulher subalterna que se casa com relutância, como forma de “salvação”. Em: “Moça com Brinco de Pérola”, Tracy Chevalier narra à história de Griet. Após um acidente com seu pai, Griet, foi trabalhar como criada, e então passa a viver situações de conflito por ser mulher e por ser criada. E em A Megera Domada, Catarina, personagem principal da peça shakespeariana, é vista como uma Megera por dizer o que pensa. Catarina precisa se casar primeiro para que sua irmã possa se casar, mas nenhum homem quer se casar com ela. Porém acaba cedendo, tornando-se submissa. Em Pode o Subalterno Falar? (2010) Spivak apresenta a subalternidade da mulher como algo ideológico, e essa construção ideológica é que mantém o homem como ser dominante. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é o de analisar essa subalternidade feminina, e a partir dessa comparação espera-se criar possibilidades de reflexão sobre a identidade feminina e sua representação.
    Palavras-chave: Subalternidade; Casamento; Comparação.
  • Ana Lúcia Dacome Bueno (Universidade Estadual de Maringá),Patrícia Lessa (Universidade Federal Fluminense)
    A produção do sexismo na linguagem: para uma análise dos dicionários
    Nossa pesquisa analisa, a partir das discussões de gênero e de sexismo lingüístico, as práticas discursivas que invisibilizam na linguagem escrita as mulheres e, em casos extremos, reproduzem a violência da dominação patriarcal. Utilizamos as teorias feministas contemporâneas como fundamentação teórica destacando a categoria gênero como uma perspectiva "desnaturalizadora" e desconstrutora dos discursos que no senso comum, fazem a associação do feminino com a fragilidade e/ou a submissão. Nossos procedimentos metodológicos prevêem um estudo documental, por entender que dicionários de idiomas fixam representações e valores, expressos em discursos normatizadores e estigmatizadores. Como procedimento para a análise das fontes utilizamos a perspectiva foucaultiana de análise de discurso. Nosso objetivo geral é analisar nos dicionários categorias e termos usados pelos feminismos e confrontar com os estudos sobre a produção do sexismo linguístico. Entendemos que os dicionários se dizem neutros, mas, sua autoria e conteúdo possuem especificidades de cor, raça, gênero, posição social e partilham de uma linguagem hegemônica.
    Palavras-chave: Sexismo, Linguagem, Estudos Feministas.
  • Clara Flores Seixas de Oliveira (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia),Marília Flores Seixas de Oliveira (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia)
    Aborto legal e seguro: direito da mulher, dever do Estado
    Apesar de considerado crime contra a vida (art.124 e 125 do Código Civil), o aborto voluntário é praticado anualmente por mais de 1 milhão de mulheres no Brasil. A clandestinidade decorrente da ilegalidade expõe as mulheres (sobretudo as mais pobres) a meios arriscados e até rudimentares, levando mais de 240 mil brasileiras à hospitalização, com hemorragias, infecções e outras decorrências (lesões internas, esterilidade, incontinência urinária, morte), tornando o aborto a 3a causa de morte materna no Brasil. A legalização ou descriminalização do aborto é tema deste trabalho, que discute a luta pela legalização do aborto no Brasil e no mundo numa perspectiva que afirma o direito das mulheres ao exercício pleno e autônomo de sua vida sexual, compreendendo que direitos sexuais e reprodutivos devem incluir a autonomia para decidir sobre as questões relativas a sexualidade e reprodução, sem sujeições a intervenção, coação ou discriminação. Aborda, ainda, o confronto argumentativo e político entre diversos atores sociais, tomando como base autores e conceitos de referência, bem como os textos resultantes de conferências nacionais e internacionais e outros instrumentos de direito internacional, analisando também experiências diferenciadas de regulamentação desta prática em outros países
    Palavras-chave: Aborto; Feminismo; Direitos sexuais e reprodutivos.
  • Jacson Gross (Centro Universitário La Salle),Paula Pinhal de Carlos (Centro Universitário La Salle)
    Adoção por homossexuais e a legitimação da homoparentalidade pelo poder judiciário
    O presente trabalho faz uma análise da forma como é feita a legitimação da homoparentalidade pelo Poder Judiciário brasileiro, através das decisões proferidas em segunda instância que tratam de demandas relativas à adoção por indivíduos ou casais homossexuais. A apreciação é estruturada a partir dos acórdãos dos Tribunais de Justiça estaduais, fazendo uma análise quantitativa e qualitativa dos dados encontrados. Busca-se, então, a estratificação desses dados, a fim de identificar o volume de demandas propostas, quem é a figura no pólo ativo da ação (o casal formado por pessoas do mesmo sexo ou o indivíduo homossexual) e os resultados dessas proposituras, se deferido ou não o pedido de adoção, nos diferentes Estados da Federação no período dos últimos cinco anos.
    Palavras-chave: Adoção; Família; Homoparentalidade; Poder Judiciário.
  • José Elias Mendes Neto (Universidade Federal de Uberlândia),Raquel Discini de Campos (Universidade Federal de Uberlândia)
    Bela enquanto jovem: uma análise do "Correio da Manhã" (1901-1974) como instrumento da educação feminina
  • Stefany Rettore Garbin (Universidade de Caxias do Sul)
    Gênero e trabalho: trajetória das mulheres na indústria metalúrgica e no sindicalismo de Caxias do Sul nos anos 2000 a 2010
    A pesquisa propõe questionar os impactos do crescimento da mão de obra metalúrgica feminina na organização das pautas sindicais. Faz-se uso de dados quantitativos da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS/ MTE), buscando verificar o percurso das trabalhadoras nesse setor. Utiliza-se ainda as relações de associados e atas de dissídio coletivo, pertencentes ao acervo do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul. Essas fontes são analisadas para caracterizar a participação sindical das mulheres no período, bem como as reais conquistas da categoria nos acordos de dissídios. Os referencias teóricos da pesquisa se situam dentro dos estudos de gênero e história, articulados aos estudos sobre a dominação masculina de BOURDIEU (2011) e sobre classe operária de THOMPSON (1987). A título de resultados, foi possível evidenciar um aumento de mão de obra feminina, bem como um aumento na sindicalização das mulheres. Todavia, mesmo com a conquista de algumas pautas voltadas especificamente para as trabalhadoras, essas possuem uma característica de regulamentação da legislação e não foram necessariamente acompanhadas de um aumento real do salário da categoria. Esses fatores demonstram as complexas relações de gênero, classe e poder dentro do movimento sindical.
    Palavras-chave: Gênero; Trabalho; Sindicato.
  • Guilherme Freitas Henderson (Universidade de Brasília)
    Gênero, saúde mental e envelhecimento: levantamento de pesquisas realizadas nos últimos 10 anos
    A realização de pesquisas em saúde mental e gênero são incipientes, e se tornam ainda mais escassas quando o público-alvo se restringe a população de idosos. O presente trabalho teve como objetivo fazer um levantamento e um mapeamento do que vem sendo publicado acerca deste tema na plataforma Scielo nos últimos 10 anos. Para tanto, foram usados 147 descritores, tais como: Idosos e Saúde Mental, Envelhecimento e Psicopatologia. Foi realizada uma análise de conteúdo dos resumos dos artigos, excluindo aqueles que não abordavam efetivamente o tema. Ao todo, restaram 108 artigos, classificados nas seguintes categorias: Pessoa do idoso (83%), Cuidadores (15%) e Sociedade (2%). Na categoria “Pessoa do idoso”, a subcategoria doença orgânica (64%) foi a que mais se destacou, além de aspectos emocionais (29%) e drogas lícitas (7%). Os dados apontam para uma prevalência das produções centradas no adoecimento e degeneração orgânica em função do envelhecimento e das dificuldades psíquicas dai decorrentes. Poucos estudos têm sido realizados sobre a especificidade das questões afetivas e sociais relativas aos papéis e valores de gênero na velhice e seus impactos na saúde mental. Este levantamento evidencia a necessidade de pesquisas que qualifiquem esta temática.
    Palavras-chave: Gênero; Saúde mental; Envelhecimento.
  • André Filipe dos Santos Leite (Universidade Federal de Sergipe)
    Geografias de gênero em um currículo da Medicina: demarcando lugares e inscrevendo sujeitos
    Educação médica como ambiente comprometido com as normas e categorias de gênero. Currículo médico como espaço estratégico na construção e moldura de tipos específicos de sujeitos mulheres. O que está em jogo neste trabalho é o lugar da mulher médica, o foco de sua escrita são as estratégias curriculares que esculpem, forjam e criam tipos específicos de mulheres médicas e locais determinados para sua atuação. Locais, espaços, lugares e geografias permitidos nos quais elas podem (e devem) atuar, transitar, habitar e existir, mas jamais transgredir. Observações participantes realizadas em um currículo médico serviram de recurso metodológico somadas a uma linha de ação inspirada na analítica do discurso de Michel Foucault. Na primeira situação, assinalamos como são vedados as mulheres médicas, por conta de sua constituição anatômica, alguns espaços da carreira médica à medida que outros são colocados como escolhas e destinos naturais. Na segunda situação, expressamos como os corpos dos sujeitos médicos e médicas são relacionados, hierarquizados e valorados, tomando-se por base características construídas culturalmente de forma arbitrária, estabelecendo entre eles capacidades cognitivas diferentes e atribuindo ao feminino o lugar do cuidado.
    Palavras-chave: Currículo; Relações de Gênero; Mulher.
  • Talita Rodrigues da Silva (Universidade Federal de Pernambuco),Jorge Lyra (Universidade Federal de Pernambuco)
    Indagações feministas a partir do monitoramento e avaliação participativa de um projeto social: tecendo redes entre a universidade e a sociedade civil para o enfrentamento da violência contra mulheres
    Esse trabalho é realizado pelo Núcleo de Pesquisas em Gênero e Masculinidades (GEMA/UFPE), que adota a perspectiva feminista no desenvolvimento de um processo de Monitoramento e Avaliação (M&A) de um projeto social situado no marco do Programa Diálogos para o Desenvolvimento Social de Suape/PE, mais especificamente a ação “Mulheres e Educação para a Cidadania”, executada pela ONG feminista Centro das Mulheres do Cabo. Partindo dos pressupostos feministas, compreendemos a pesquisa como uma prática social, o conhecimento produzido como conhecimento situado e as relações entre academia e movimentos sociais (nesse caso o movimento de mulheres e feminista), a partir de uma perspectiva horizontal. Sem desconsiderar, as relações de poder e tensões existentes nessa relação, as quais tendem a ser identificadas, trabalhadas e (re)significadas no desenvolvimento das ações. Nessa perspectiva as atividades do projeto também são uma estratégia política de obtenção de equidade de gênero e de justiça social, entendendo o M&A de projetos sociais e de políticas públicas como uma forma produtiva de criar/fortalecer parcerias junto a diversos segmentos da sociedade em prol de um horizonte político convergente por abrir canais de diálogo e reflexão crítica dos processos envolvidos na sua realização.
    Palavras-chave: Gênero; Pesquisa; Monitoramento e avaliação participativa; Violência contra as mulheres.
  • Alessandra Noronha Dias (Universidade Estadual de Montes Claros)
    Liberte-se: movimento RIOT GRRRL no Brasil na década de 1990
    Este trabalho tem como objetivo a analise do movimento RIOT GRRRL, e a divulgação da cultura punk feminista no Brasil da década de 1990. O movimento intitulado RIOT GRRL começou nos EUA e ganha força no Brasil nos anos 1990 e tem como finalidade a contestação da produção de músicas de rock com discurso machista, além do protesto contra o ideal de comportamento que era imposto as mulheres. No Brasil a umas das ferramentas fundamentais foi a Internet para a propagação não somente das músicas, mas o protesto e a luta pela libertação de um estereótipo feminino. A discussão traz em si a importância das mulheres em um movimento declarado feminista, onde não atuavam e atuam como personagens secundários, mas sim como as que detinham a palavra pela contestação. Cabe ainda a este trabalho o aprofundamento na analise desses discursos feministas no punk por meio da leitura das músicas das bandas que integravam o movimento.
    Palavras-chave: RIO TGRRlL; Feminismos; Música.
  • Nathália Gonçalves da Barra (Universidade Federal Fluminense),Maíra Rangel Campos (Universidade Federal Fluminense),Nivia Valença Barros (Universidade Federal Fluminense)
    Mães, negligentes ou negligenciadas?
    Este trabalho busca traçar os perfis das mães que vivem em um impasse, pois, ao mesmo tempo em que tem a necessidade de trabalhar para sustentar seus filhos compondo a renda familiar, elas se deparam com a falta de vagas nas creches, muito das vezes, são criminalizadas e encaminhadas ao Conselho Tutelar “acusadas” de negligentes. Os dados aqui apresentados derivam-se dos estudos desenvolvida pelo projeto Violência Silenciada- Criança e Adolescente, que tem como campo de pesquisa e estudo o I Conselho Tutelar de Niterói - RJ. A proposta deste estudo é além de analisar os perfis das mães a procura de vagas em creche nesta cidade, pesquisar se elas são negligentes ou negligenciadas, ou seja, esta mulher se torna negligente ao deixar seus filhos em casa para trabalhar, ou são negligenciadas pela falta desse tipo de Políticas Públicas? E por fim, através desta pesquisa será estudado o impacto da ausência dessas políticas, contribuindo de alguma maneira para melhoria da qualidade de vida dos seus agentes em questão.
    Palavras-chave: Mães; Creche; Negligência.
  • Silvia Regina Centeno (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
    Maternidade e saúde da criança na perspectiva da Pastoral da Criança: uma abordagem de gênero
    O presente estudo inscreve-se no campo teórico dos Estudos Culturais e de Gênero e procurou ao longo da pesquisa investigar como são posicionadas as mulheres-mães sobre a relação entre maternidade e saúde da criança, nos textos dos materiais impressos do organismo de ação social, a Pastoral da Criança. Os objetos escolhidos para a realização da análise foram o “Guia da Pastoral da Criança”, que serve como ferramenta principal nos cursos de capacitação ministrados às líderes da Pastoral e também o conjunto de cartelas de nome “Laços de Amor”, utilizado pelas líderes durante suas visitas domiciliares às mulheres gestantes da comunidade atendida e, posteriormente, no acompanhamento dos recém nascidos, até completarem o 5º mês de vida. Tanto o “Guia da Pastoral da Criança” quanto o conjunto de cartelas “Laços de Amor” contêm ensinamentos de como ser uma ‘boa mãe’ e, por esta razão, foram tratados nesta pesquisa como sendo artefatos culturais pedagógicos. A metodologia utilizada foi a análise textual, sob a ótica dos Estudos Culturais, fazendo emergir saberes que naturalizam representações de maternidade naquele contexto da Pastoral, posicionando e normatizando as mulheres-mães como as principais responsáveis pela saúde da criança.
    Palavras-chave: Maternidade; Representação; Gênero; Pastoral da criança.
  • Ana Carolina de Morais Colombaroli (Universidade Estadual Paulista)
    Movimento social de mulheres e Ativismo Jurídico no Brasil: o direito como instrumento de luta
    Historicamente, diferenças entre homens e mulheres representaram, também, profunda desigualdade no tratamento legal. No entanto, a partir de reflexão mais criteriosa, percebe-se que o mundo atual passa por intensas transformações. Vivencia-se um importante período de transição histórica, marcado por mudanças frenéticas, capazes de reestruturar profundamente nosso modo de vida, estendendo-se por praticamente todas as áreas do globo. Uma das mais importantes transformações é a que afeta o âmbito pessoal, que diz respeito à família, à sexualidade, aos relacionamentos. As mulheres, em processo histórico de lutas, têm alcançado importantes conquista e, para tanto, vêm recorrendo sistematicamente ao judiciário. A legalidade mostra-se uma das principais vias de luta e importante fonte de conquista de direitos e reconhecimento das diferenças. Embora possa parecer paradoxal, o Direito – instrumento, a priori, hegemônico e androcêntrico – tem papel de destaque no enfrentamento da violência de gênero, e representa uma das basilares armas contra a desigualdade, opressão e dominação das mulheres. O presente trabalho investiga as conquistas de gênero conduzidas pelo ativismo judicial no Brasil, demonstrando o Direito, no atual momento histórico, como instrumento de dialética da mudança social.
    Palavras-chave: Ativismo jurídico; Gênero; Mudança social; Conquistas das mulheres; Sociologia do direito.
  • Viviane Pereira Monteiro (Universidade Federal Fluminense),Natalia Buginga Ramos da Costa (Universidade Federal Fluminense),Daniela Beatriz dos Santos Ferreira (Universidade Federal Fluminense)
    Núcleo de estudos e pesquisas sobre identidades de gênero
    Este trabalho tem como proposta aprofundar o debate sobre a relação desigual de gênero no âmbito familiar, espaço privado, e do trabalho, espaço público, questão de grande importância para a sociedade contemporânea. Ao longo da história um padrão marca a relação de gênero por uma hierarquia entre os sujeitos, em que o homem assume posição dominante com atividades conduzidas na vida pública, sendo mais valorizadas, e bem remuneradas e as mulheres ficam responsáveis pela reprodução e pelas tarefas domésticas, esferas menos valorizadas. Através de lutas e manifestações feministas as mulheres conquistaram direitos legais, inserção no espaço público, notadamente no mundo do trabalho, mesmo com consideráveis alterações que ocorreram na esfera privada as mulheres ainda continuam sendo as grandes responsáveis pelos afazeres domésticos. Apesar das mulheres terem se inserido e crescido no mercado de trabalho não ocorrem práticas igualitárias, pois seguem ganhando menos que os homens e acumulando tarefas no âmbito do lar. Essa divisão sexual do trabalho não só cria a subordinação e a desigualdade da mulher no mercado de trabalho, mas reproduz essa relação em outras esferas do social, gerando, a dupla jornada e a conseqüente sobrecarga de trabalho, causando danos à sua qualidade de vida.
    Palavras-chave: Gênero; Desigualdade e trabalho.
  • Caio Cesar Klein (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
    O direito, a produção da verdade do sexo e a subversão do Binarismo de Gênero no discurso jurídico
    A presente pesquisa pretende refletir acerca da dicotomia de gênero e do discurso de normalização do sujeito a partir de uma proposta de ruptura do modelo hegemônico de se pensar a questão do gênero no horizonte jurídico. A partir da perspectiva desconstrucionista de Jacques Derrida, visando à subversão da lógica de opostos binários, o estudo tem como objetivo analisar como se opera o controle de corpos sexuados pelo discurso jurídico enquanto instância de poder e de construção da verdade. Propondo uma hermenêutica que se valha dos direitos humanos como paradigma de reconhecimento das sexualidades insubmissas, se aspira à crítica desse instituto histórico como instrumento emancipador, e não como aparato homogeneizador do sujeito.
    Palavras-chave: Direitos humanos; Gênero; Desconstrução.
  • Izabel Cristina Soares (Universidade Estadual do Centro Oeste)
    O discurso feminino sobre a não maternidade por opção
    O conceito atual de maternidade ainda é visto como fator biológico natural, altamente incentivado e até mesmo cobrado socialmente, mostrando que a ideia de sociedade patriarcal, mesmo depois de tanto tempo, ainda está enraizada na contemporaneidade. A luta feminista numa época pós-guerra foi essencial para o início da desconstrução deste conceito que supervalorizava a maternidade e a tornava quase obrigatória para as mulheres, enquanto a paternidade não era vista como fator biológico no homem e, sim, social. Sendo este tema uma das pautas atuais do feminismo, interligado com a luta pela legalização do aborto e pílulas contraceptivas gratuitas, este trabalho/pesquisa pretende compreender como se promove discursivamente a quebra deste constructo social denominado “instinto materno”. Assim, estão sendo analisados discursos produzidos por mulheres, a partir de depoimentos disponibilizados em ambientes virtuais. Desse modo, trabalharemos com a fala de mulheres que se recusaram a seguir esta imposição e decidiram não gerar, nem criar filhos. O trabalho ainda está em andamento e parte de algumas teorias de gênero (Badinter, 1985; Scott, 2002) e da Análise de Discurso de linha francesa (Pêcheux, 1997; Orlandi, 2009).
    Palavras-chave: Maternidade; Não maternidade; Feminismo; Discurso.
  • Mariana da Silva Vieira (Universidade Federal Fluminense),Viviane Pereira Monteiro (Universidade Federal Fluminense)
    Observatório de violência contra a mulher
    Observando que a violência são formas de controle construídos historicamente, aprendidos e confirmados nas relações da sociedade apresentamos os resultados do estudo sobre a violência contra mulheres em Niterói/RJ, tendo como fonte, 512 prontuários da Coordenadoria dos Direitos da Mulher/CODIM. A partir de leituras de textos clássicos, foi possível refletir a respeito da violência contra mulheres e ter dimensões das lutas empreendidas e do processo de formação de políticas de apoio as vítimas. Para o estudo foi organizado um banco de dados, contendo variáveis socioeconômicas, tanto da vítima quanto do suposto perpetrador da violência. Constatamos que em 65,5% dos prontuários as mulheres sofreram violência física e, em, 26,2% essa violência foi acompanhada da violência psicológica. O grupo de mulheres até os 40 anos, com nível fundamental incompleto (33,2%), se destaca entre as vitimas; a casa aparece, 65,8%, como o local de maior incidência. O marido ou o parceiro representam 77,5% dos supostos perpetradores e o bairro do Fonseca é indicado com 14,5% entre os casos. As análises sugerem políticas de combate e enfrentamento a esse tipo de violência, envolvendo o interesse político, organização e consolidação de uma rede de atendimento para as mulheres vítimas de violência.
    Palavras-chave: Violência; Mapeamento; Política pública.
  • Hisadora Beatriz Gonçalves Lemes (Universidade Federal da Grande Dourados)
    Olhares em torno do judiciário Sul-Matogrossense: análise do caso do “Matador de Travestis” Paulo Sérgio de Oliveira
  • Adriana Horta de Faria (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul),Amanda Francisco da Silva (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)
    Os pais e mães aceitariam professores homens na Educação Infantil?
    Este estudo busca investigar a aceitação dos pais e mães de crianças da Educação Infantil acerca a atuação de homens como professores nesta etapa da Educação Básica. A abordagem teórica se baseou em Scott (1989), que conceitua gênero como uma questão cultural e Hipólito (1997) por afirmar que a profissão de professor historicamente passou a ser vista como feminina. Nesse contexto, foram feitas entrevistas semi-estruturadas com três pais e três mães de crianças com idade entre 0-5 anos, matriculadas em instituições de Educação Infantil. Através das respostas, percebe-se que os pais compreendem que a função do professor da Educação Infantil está intrinsecamente ligada ao papel maternal e que há um receio de abuso sexual quando se trata de um homem atuando com crianças desta faixa de idade. Entre os pais entrevistados, nenhum aceitaria um homem como professor cuidador, principalmente quando se trata de meninas. Entre as mães existe uma aceitação parcial, já que duas delas aceitariam um homem atuando como professor e uma não aceitaria devido ao receio de pedofilia. Percebe-se que professor de educação infantil é visto pelos entrevistados mais como um cuidador de crianças do que um professor educador.
    Palavras-chave: Educação Infantil; Homens; Pais.
  • Lidia Schneider Bristot (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Outro olhar sobe a novembrada: a resistência através da atuação das mulheres no Movimento Estudantil
    A Novembrada foi um evento marcante para Florianópolis e o fim da ditadura civil-militar no Brasil em 1979. O protesto, que teve enorme apoio popular e se tornou símbolo do descontentamento dos cidadãos para com a situação política, econômica e social do país, foi organizado pelos estudantes do Diretório Central de Estudantes da UFSC. Através de entrevistas busco compreender como foi possível a entrada das mulheres no movimento estudantil de Florianópolis e como elas se perceberam enquanto sujeitos ativos desse movimento. Utilizando como metodologia a história oral e o gênero como categoria de análise é possível perceber as subjetividades e as relações de gênero envolvidas em um episódio tão marcante quanto a Novembrada e na militância cotidiana do movimento estudantil.
    Palavras-chave: Resistências; Novembrada; Movimento estudantil; Mulheres.
  • Luana Karina Dallposso (Universidade de Brasília)
    Prisão e loucura: uma narrativa de mulheres em medida de segurança no Distrito Federal
  • Ludmila Ribeiro Pedrosa (Universidade Federal de Uberlândia),Denise Vieira Santos (Universidade Federal de Uberlândia),Flavia do Bonsucesso Teixeira (Universidade Federal de Uberlândia)
    Projeto adesão e as travestis: não se "trata" do diagnóstico...
    A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais está ancorada no reconhecimento dos efeitos da discriminação e da exclusão no processo de saúde-doença da população LGBT. Regulamentada em dezembro de 2011 e publicada durante a 14ª Conferencia Nacional de Saúde representa um avanço na compreensão de que as pessoas que integram o segmento LGBT possuíam necessidades em saúde para além dos limites do que poderia ser proposto pela Política Nacional de Enfrentamento da Aids. Reconhecer a integralidade da assistência, no entanto, é também reconhecer que não superamos uma questão ainda fundamental no campo da aids: a adesão das travestis e mulheres transexuais ao tratamento. Nossa proposta é apresentar o projeto de extensão desenvolvido na Universidade Federal de Uberlândia que tem como objetivo sensibilizar as travestis e transexuais para os cuidados em saúde e, particularmente, identificar com elas estratégias para o enfrentamento da não aderência ou não adesão ao tratamento para a aids, considerando que esta é a principal variável na qual os serviços de saúde podem intervir não só para aumentar a eficácia da medicação, mas também para diminuir a chance do surgimento de resistência do HIV às drogas anti-retrovirais.
    Palavras-chave: Travestis; Transexuais; Aids; Anti-retrovirais; Adesão.
  • Joseana Priscila Carvalho Azevedo (Universidade Estadual do Maranhão)
    Prostituição feminina em São Luis: uma análise acerca das manifestações de violência contra mulheres profissionais do sexo
    Nosso trabalho visa discutir algumas manifestações de violência sofridas por mulheres inseridas no âmbito da prostituição feminina em São Luis, Maranhão. Temos como objeto de estudo a região do Oscar Frota, área de bares, feira e mercados no centro comercial e histórico da cidade. A partir de pesquisa realizada nos locais de atuação dessas mulheres e tendo como base os debates de gênero, classe e raça/etnia, o nosso intuito é perceber como as situações de violência interferem no seu cotidiano e se entrelaça a algumas dessas categorias analíticas. Falamos de mulheres em sua maioria negras, advindas de bairros periféricos, com baixa escolaridade e que neste caso acrescentamos às violências sofridas, a violência racial. Durante nossa pesquisa de campo e através da realização de oficinas, foi possível focar e melhor problematizar as condições de trabalho em que essas mulheres atuam, uso da sexualidade, saúde mental e física da mulher, além dos tipos de violência a que estão submetidas. Pudemos perceber que estas são problemáticas que marcam a sua vivencia como prostitutas, mãe-mulher-trabalhadora.
    Palavras-chave: Violência; Mulheres; Prostituição.
  • Ericka Daniela González Santana (Universidade Federal de Uberlândia),Lais Castro (Universidade Federal de Uberlândia),Emerson Fernando Rasera (Universidade Federal de Uberlândia)
    Que visibilidade é essa? Política e participação na comunidade travesti
    O movimento social LGBT iniciou-se no Brasil na década de 70 com a emergência de grupos que lutavam pelos direitos dessa população. Apesar do crescente fortalecimento desse movimento, a organização das travestis é recente e apresenta alguns desafios. As demandas iniciais deste grupo estavam pautadas na prevenção das DST/Aids, e, com o tempo, se consolidou com a busca de reconhecimento social e de novos direitos. Este trabalho tem o objetivo de analisar as várias formas de participação social e política de um grupo de travestis de uma cidade do interior de Minas Gerais. Metodologicamente, realizou-se a observação participante junto à comunidade travesti, no período 2012/2013, a partir das atividades realizadas por um programa de extensão da Universidade local. Essa observação permitiu identificar que as formas de participação social foram: adesão às paradas (Dia da Visibilidade Trans, Parada Gay, Marcha das Vadias), exibição fotográfica, distribuição de folders e reuniões coletivas. Consideramos que tais formas de participação têm privilegiado a visibilidade e a aceitação social. A reflexão sobre os impactos dessa opção e seus efeitos na conquista de direitos, talvez, abra espaço para imaginar a ampliação da participação para além da visibilidade.
    Palavras-chave: Travesti; Participação política; Visibilidade; Movimento social.
  • Emerson Flores Gracia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul),Ana Rita da Silva Rodrigues (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
    Questões de diversidade sexual no Ensino Médio politécnico no Rio Grande do Sul
    A sexualidade se manifesta desde a infância devendo, portanto, a educação sexual iniciar juntamente. A sexualidade está na escola porque ela faz parte dos sujeitos, ela não é algo que possa ser desligado ou algo do qual alguém possa se“despir”. O fascículo sobre o tema transversal Orientação Sexual, publicado em 1997, consolidou definitivamente a escolarização de uma educação do sexo. O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro inicou em 2011 um plano para modificação do ensino médio do estado, justificando a necessidade de tal mudança pelos péssimos índices de desempenho desse nível de ensino no estado. Será que a proposta da politecnia tem espaço para as questões de diversidade sexual, que aparecem no cotidiano escolar? Tal pesquisa tem como objetivo compreender os processos de mudança ocorridos nos planos e nas práticas pedagógicas das escolas e professores e como o tema da diversidade sexual está sendo trabalhado nesse novo contexto de politecnia. Para alcançar tais objetivos, pretendemos analisar o plano pedagógico de duas escolas de ensino médio estadual. Após essa análise, iniciaremos entrevistas semi-estruturadas com os/as professores/as das mencionadas escolas buscando os objetivos mencionados.
    Palavras-chave: Diversidade sexual; Ensino médio; Politécnico.
  • Aristides Ariel Bernardo (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul)
    Questões de gênero e representações sociais de professoras sobre a atuação de homens com crianças de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental
  • Igor Pedrosa Saffier (Universidade Federal Fluminense),Maíra Oliveira Moraes (Universidade Federal Fluminense),Larissa Ramos Ferreira (Universidade Federal Fluminense)
    Questões de masculinidade e saúde básica
    Este trabalho foi desenvolvido no Programa PRO/PET Saúde da UFF em Niterói (RJ). Muitos homens pela construção social e histórica de masculinidade consideram a doença como um símbolo de fragilidade. Por não aceitarem o adoecimento como inerente a sua condição biológica, julgam-se invulneráveis expondo-se a condições de risco e buscando menos o auxílio médico. Com o processo de transformação sociocultural ocorrido nos últimos anos, houve a necessidade do desenvolvimento de uma política de atenção á saúde masculina, já que essa população é mais suscetível a condições severas e crônicas de saúde em relação às mulheres. Pensando nisso, em março de 2008, foi criada no Brasil a Política Nacional de Atenção Integral á Saúde do Homem (PNAISH) que tem como um de seus desafios fortalecer a atenção primária, visto que a população masculina acessa a rede de saúde pelo serviço especializado, se opondo as mulheres que o fazem em maior número pela atenção primária. Diante desse contexto, buscamos comparar o número de atendimentos médicos realizados no ano de 2012 em uma unidade de atenção primária no município de Niterói-RJ por homens e mulheres a fim de verificar se tal realidade condiz com a proposta inicial da pesquisa. Como referencial teórico de masculinidade usamos Bourdieu e Ferrari.
    Palavras-chave: Masculinidade; Promoção à Saúde; Programa saúde do homem.
  • Larissa Mayara Pinto Rodrigues (Universidade de Brasília),Gabriela Fiúza de Almeida Santos (Universidade de Brasília),Valeska Zanello (Universidade de Brasilia)
    Saúde mental e gênero: pouca produtividade acadêmica, invisibilidade de especificidades
    Os avanços e mudanças politicas e sociais referentes ao gênero que estão ocorrendo no mundo atual parece não se refletir nas publicações em revistas e periódicos científicos, notando-se que é uma área de conhecimento pouco pesquisada mesmo havendo uma demanda para o conhecimento em gênero. O presente artigo visou obter conhecimento relativo às publicações realizadas em que a temática em questão fosse saúde mental e gênero. Para isso foi realizado um levantamento bibliográfico nos sites Scielo e Lilacs das produções bibliográficas dos últimos dez anos referentes ao tema. Na pesquisa inicial foram encontrados 475 artigos, que passaram por uma análise de conteúdo a partir dos títulos e resumos, após essa análise inicial, a não contemplação das temáticas de saúde mental ou gênero nos artigos, acarretou na exclusão do artigo, restando apenas 29 artigos que mostraram explorar os temas em conjunto. Os 29 artigos restantes passaram por uma análise de conteúdo para se obter um conhecimento da forma em que saúde mental e gênero são tratados em tais artigos.
    Palavras-chave: Gênero; Saúde mental; Levantamento bibliográfico.
  • Mateus Alves Pontes (Universidade do Estado do Rio de Janeiro),Josué Ferreira de Souza (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
    Sociabilidades juvenis em uma comunidade em processo de pacificação: diferenciais de gênero e raça/etnia nas narrativas dos jovens sobre seus itinerários e trajetórias
  • Mariana Amaral de Queiroz (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Travestilidades, abjeção e resistências
    O debate em torno das travestilidades tem ganhado força no cenário das discussões de gênero e dos feminismos. Historicamente essa população aparece nos debates acadêmicos associada às temáticas de doenças sexualmente transmissíveis, prostituição, drogadição e violência. No entanto, como aponta Amaral (2012) outros vetores de análise vem sendo propostos e utilizados na academia nos últimos anos A pesquisa Gênero, Sexo e Corpo: Abjeções e devires, desenvolvido pelo Núcleo Margens, do Departamento de Psicologia da UFSC, teve como um dos seus objetivos, problematizar a produção das subjetividades contemporâneas tendo como foco as sexualidades desviantes da heteronorma. Abjeção, segundo Judith Butler, designa zonas de exclusão implicadas na produção de inteligibilidade que circunda o que se considera humano. Em um contexto político articulado pela heterossexualidade compulsória , essa zona de exclusão é habita pelos sujeitos e corpos que se subjetivam a partir de lógicas outras que não a heteronormativa. As discussões produzidas no processo de pesquisa intervenção nos apontam para as travestilidades como um campo heterogêneo e múltiplo, no qual as pessoas lançam mão de diferentes estratégias e recursos para se constituírem e produzirem seus corpos e alçarem o lugar de sujeito.
    Palavras-chave: Travestilidades; Heteronormatividade; Abjeção.
  • Tâmara Aguiar Souza dos Santos (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Usos linguísticos e sentidos identitários na fala de mulheres de Florianópolis
    Este trabalho vincula-se ao projeto de pesquisa “Mulheres, Linguagem e Poder: Estudos de gênero na Sociolinguística Brasileira” (CNPq, 404932/2012-6) e pretende apresentar alguns traços linguístico-discursivos presentes nas falas de mulheres açorianas nascidas e crescidas em Florianópolis e tomados como lugares de anexação de significados identitários femininos e tradicionais/locais. Para tanto, o corpus da pesquisa compreenderá narrativas e entrevistas feitas com mulheres consideradas “manezinhas da ilha” e que advogam ter um vínculo afetivo e de tradição com a ilha. Algumas de tais entrevistas serão selecionadas do banco de dados do projeto Varsul/UFSC; outras serão levantadas a partir de depoimentos, narrativas e entrevistas que foram midiatizadas e que estão disponíveis na Internet, como no formato de vídeos do youtube; além disso, serão também consideradas novas entrevistas e conversas informais gravadas e registradas seguindo uma metodologia etnográfica de coleta de dados. Tomando-se comparativamente os dados identificados nessas três formas de registro, pretende-se elencar usos sociolinguísticos e discursivos que possam ser considerados como índices de anexação de significado identitário feminino-tradicional.
    Palavras-chave: Mulheres; Linguagem; Gênero.
  • Humberto Soares Costa (Universidade de Brasília)
    Violência de gênero e reafirmação patriarcal na Síndrome de Alienação Parental
    Em agosto de 2010 passou a vigorar no Brasil a Lei nº 12.318, que versa sobre a síndrome de alienação parental – SAP. A nova Lei define o que é alienação parental e estabelece sanções ao genitor que cometer atos típicos de alienação parental. Desde sua criação em meados dos anos 80 pelo psiquiatra americano Richard Gardner, a SAP tem conquistado rápida aceitação no mundo jurídico e entre os profissionais psi do ocidente. A maioria dos trabalhos publicados sobre a SAP corrobora ou amplia as proposições originais de Gardner, sendo poucos os que propõem um olhar crítico, para além de uma semiologia sindrômica e indicial. Muitas dessas publicações, inclusive as de Gardner, identificam a mãe como mais propensa que o pai a atuar como genitor alienador nos conflitos conjugais que ocorrem após o divórcio. Nesta pesquisa propomos uma análise crítica da SAP a partir das contribuições dos estudos feministas. Levando em consideração a historicidade dos papéis e valores de gênero nas sociedades ocidentais, propomos que a SAP e as leis a ela relacionadas, criadas no Brasil e em outros países, são uma reafirmação da assimetria patriarcal, e tem como objetivo retomar o poder paterno, ora perdido para o Estado e para as mulheres.
    Palavras-chave: Síndrome de alienação parental; Relações de gênero; Violência de gênero.

19/09/2013 - Hall do CCS

  • Thiago de Oliveira Vieira (Universidade de Brasília)
    (Fe)menino: da possibilidade dos feminismos às (re)construções das masculinidades
  • Gabriela Fiúza de Almeida Santos (Universidade de Brasília)
    A (in)visibilidade das relações de gênero por trás do sofrimento psíquico: uma leitura do CAPS
  • Kárithas Shelly Luz Alves (Universidade Federal do Ceará),Ana Jéssika de Medeiros (Universidade Federal do Ceará)
    A homossexualidade e as relações familiares
  • Amanda Aparecida Chieregatti (Universidade Federal de São Carlos)
    A paratopia criadora de Jane Austin: uma autora feminista?
  • Amanda Francisco da Silva (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul),Adriana Horta de Faria (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)
    A percepção de gestoras em relação à atuação de professores homens como regentes na Educação Infantil
    O presente estudo tem por objetivo compreender a concepção de duas diretoras da Educação Infantil, uma da rede pública e outra privada, sobre a participação de homens como professores regentes em suas instituições, em uma cidade no interior do Mato Grosso do Sul. A abordagem teórica baseia-se nos estudos de Scott (1989), Hipólito (1997) e Louro (2007) e a pesquisa de campo de natureza qualitativa tem como instrumento uma entrevista semi-estruturada. Os resultados indicam que a gestora da instituição particular não aceitaria um homem como regente, por considerar que haveria estranheza por parte dos pais, mas aceitaria como professor de educação física ou informática. Na instituição pública, a diretora não tem o poder de escolher o gênero do profissional docente e expõe o receio quanto à pedofilia por existir um cuidado físico necessário com essa faixa de idade. Considera-se que na percepção das duas gestoras a sociedade tem uma melhor aceitação por mulheres atuando como professoras nesta etapa da Educação Básica.
    Palavras-chave: Gestoras; Educação Infantil; Professor homem.
  • Bruna Camillo Bonassi (Universidade Federal de Santa Catarina)
    A psicologia como uma profissão da mulher no Brasil e no mundo
    A última pesquisa do Conselho Federal de Psicologia, realizada em 2012, traz o dado que 89% dos/as profissionais em psicologia no Brasil hoje são mulheres. Através de dados estatísticos provenientes da pesquisa realizada pelo CFP e de uma breve revisão de literatura, neste trabalho é discutida a presença das mulheres na psicologia no Brasil e no mundo e a ocupação desproporcional à maioria feminina dos cargos de direção nas entidades ligadas à profissão. Conclui-se que na maior parte dos países pesquisados a maioria das/os profissionais são mulheres, quadro que se manteve constante na América do Sul e África nas últimas três décadas, mas é um fenômeno recente nos Estados Unidos e Canadá, onde até o ano 2000 a maioria das/os profissionais eram homens. Sobre os postos de direção nas organizações da psicologia nota-se uma grande predominância de homens, principalmente nos países em que a maioria feminina é recente.
    Palavras-chave: Mulher; Psicologia; Área de atuação.
  • Kaily Fernanda Gonçalves Krause (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul),Helena Cabistani Ramos (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul),Adolfo Pizzinato (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
    Análise das narrativas de imigrantes africanas em Porto Alegre
    É através da análise de narrativas de jovens africanas no Brasil, enfocando suas trajetórias educacionais e projetos vitais que se relacionam com as demais narrativas autobiográficas dos sujeitos na organização relacional/dialógica do eu e na construção da relação de poder entre gênero e etnicidade. o presente estudo analisou os discursos de estudantes mulheres, participantes do programa estudante-convênio de graduação(PEC-G) residentes em porto alegre. As entrevistas realizadas tiveram um caráter narrativo e foram analisadas com auxílio do software atlas/ti, valendo-se da análise crítica do discurso como operador teórico. Ao termino das análises das entrevistas, concluiu-se que o apoio da família, a cultura familiar de migração e os valores e expectativas da família em relação às estudantes foram aspectos relevantes na pesquisa, bem como suas trajetórias escolares, experiências comunitárias e contato com a cultura brasileira. Fez parte do processo de adaptação das estudantes lidarem com questões relacionadas ao preconceito, ao modo de se relacionar e o processo aculturativo. Uma das certezas de cada estudante é voltar para o país de origem, reencontrar seus familiares e seguir carreira profissional, não descartando possíveis futuras experiências de imigração.
    Palavras-chave: Imigração africana; Projetos vitais; PEC-PG.
  • Rosa Maria Costa Santos (Universidade Federal Maranhão)
    Batucando no couro reafirmando a identidade de gênero
    Esta pesquisa objetiva fazer uma análise das atividades das caixeiras frente a uma manifestação secular do Maranhão que é a festa do divino Espirito Santos e suas particularidades, sendo uma atividade religiosa realizada desde o século XVI vinda das terras de Portugal. No Maranhão essa festa tem uma singularidade em virtude de ser feita principalmente nos Terreiro de Mina (local onde se cultua a religião afro maranhense). É uma festa embalada pelo toque e canto das caixeiras, na maioria mulheres negras, participantes de Terreiros de Minas. Este fato por se só basta para que sofra grande preconceito da sociedade que embora tenha deixando de atacar frontalmente essa atividade, é comum se vê pessoas serem desrespeitada por serem reconhecida como caixeiras. Este trabalho analisa de que formar essas mulheres resistem apesar das diversidades como falta de apoio e de reconhecimento. Analisa ainda as estratégias de sobrevivência dessa tradição cultural. A riqueza e potencialidades deste segmento social pode ser avaliada a partir dos aspectos culturais, sociais, econômicos, além do musical, tendo em vista a integração da sociedade, para as festividades do Divino Espírito Santo que consegue mobilizar a sociedade e o turismo.
    Palavras-chave: Identidade; Caixeiras; Resistência.
  • Cátia Regina Vial Ribeiro (Universidade Federal da Fronteira Sul)
    Concepções sobre as relações de gênero presentes em escolas de Ensino Fundamental do município de Erechim: o que pensam e dizem professores/as e alunos/as
  • Gottardo Dezute Mikami (Universidade Federal de Goiás)
    Considerações iniciais sobre a reestruturação produtiva e a precarização do trabalho na educação
    Este trabalho é produto de um projeto de pesquisa de iniciação científica (PIVIC) em desenvolvimento na Universidade Federal de Goiás/Campus Catalão, intitulada “A precarização do trabalho e os contratos de terceirização em Goiás: o caso das trabalhadoras em escolas públicas estaduais de Catalão”. Esta pesquisa é parte de uma pesquisa financiada pelo CNPQ e UFG sobre a Feminização e a precarização do trabalho docente em Goiás realizada por membros do Grupo de Estudos e Pesquisas Dialogus/UFG/CNPQ – Estudos interdisciplinares em Gênero. Estas pesquisas têm como objetivo discutir o mundo do trabalho docente, a feminilidade e a precarização em escolas da rede pública de Goiás, interior do Brasil. Apresentamos neste pôster de apresentação alguns resultados de nossa pesquisa com o objetivo de discutir como a precarização alcança o espaço da escola através de contratos temporários e também em outros setores da mesma, como: a segurança, a merenda e a limpeza. Foi elaborado um questionário que buscou abordar a quantidade de homens e mulheres em função dos cargos ocupados e quais desses estão em situação de precarização por tal fenômeno da terceirização.
    Palavras-chave: Reestruturação Produtiva; Precarização e educação.
  • Paula Chiconini (Universidade Estadual de Campinas)
    Contrato, consenso e poder: relações entre violência, gênero e erotismo no BDSM
  • Francielle Lopes Rocha (Centro Universitário de Maringá),Luiz Geraldo do Carmo Gomes (Centro Universitário Cesumar),Valéria Silva Galdino Cardin (Universidade de Lisboa)
    Da construção da feminilidade e masculinidade: dominação e representação dos corpos
    A Constituição contemplou os princípios da igualdade e da dignidade da pessoa humana, entretanto, reduzidas à invisibilidade, as mulheres e as minorias sexuais buscam efetiva aplicação de tais princípios. O determinismo biológico distinguiu mulheres e homens por seu sexo legitimando as relações de poder. A heteronorma funda-se na divisão sexuada dos corpos, atribuindo-lhes papéis e proibindo práticas afetivas distintas da norma. O indivíduo existe se inscrito em dado discurso, aquele que transpõe as fronteiras da centralidade é marginalizado. O sujeito não pode ser reduzido à sua genitália, assim, ao contrário da restrição imposta pela teoria essencialista, as teorias de gênero afirmam que práticas atribuídas como inerentes aos sujeitos na verdade são histórica e culturalmente construídas. Não existe rigidez ou coerência entre sexo, gênero, identidade e expressões de gênero. A dominação ocorre quando reiteradamente subjetivados valores notados como naturais estabelecendo a subordinação da mulher e a aversão às práticas afetivas distintas da norma. Assim, através do método teórico, pretende-se observar que somente com a desconstrução dos modelos de dominação os princípios citados serão efetivados.
    Palavras-chave: Gênero; Heteronorma; Princípios constitucionais.
  • Ana Sara Spindola da Silva (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás),Kaithy das Chagas Oliveira (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás)
    Desigualdade de gênero: um estudo introdutório acerca da valoração social atribuída à diferença estabelecida entre o feminino e o masculino na cidade de Formosa, Goiás
    O presente trabalho refere-se à síntese da pesquisa desenvolvida junto às instituições de Ensino Superior da cidade de Formosa, Goiás, e teve como objeto fundamental a questão da desigualdade de gênero, compreendida a partir da reflexão sobre a valoração social atribuída pelos estudantes universitários às diferenças estabelecidas entre o feminino e o masculino. Buscou-se nesta oportunidade ampliar os conhecimentos da temática de gênero a partir de sua contextualização social e histórica, mediante análise das concepções dos estudantes no que tange às funções e atribuições sociais vistas a partir da diferenciação do gênero. A primeira etapa da investigação constituiu-se de estudos conceituais que orientaram o momento exploratório da pesquisa ao qual foram tomados os aspectos quantitativos e qualitativos na coleta e análise dos dados alcançados no ato da entrevista semiestruturada. Os resultados apurados demonstram que embora tenhamos alcançado um patamar histórico no qual existem menções formais, em âmbito legal, que remetem à construção da igualdade entre homens e mulheres, os aspectos sócio-histórico-culturais persistem como determinantes destas relações e operam ainda como definidores de desigualdades que não se dissolvem pelas vias dos decretos e leis.
    Palavras-chave: Desigualdade; Gênero; Masculino; Feminino; Concepções dos estudantes.
  • Daiana Roberta Silva Gomes (Universidade Federal do Maranhão)
    Diálogo de gênero na prática de extensão: a cena teatral feminista no “Laboratório de Pandora”
    O presente trabalho tem como proposta apresentar as reflexões de gênero realizadas no projeto de extensão II ocorridas em 2011 durante a disciplina de Extensão II, no curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Maranhão. O projeto teve como propósito abordar a cena teatral feminista e as relações político – sociais e culturais do cotidiano das mulheres e homens, com enfoque nas discussões das desigualdades de gênero e invisibilidade da mulher nos processos de decisão. A metodologia se deu por meio da teoria e prática teatral baseada na ressignificação dos objetos, durante os jogos teatrais e dramáticos. O trabalho colaborou empoderando-as (os) para as intervenções sociais no teatro. Obteve a criação de cenas e textos teatrais com enfoque no combate a violências contra as mulheres, casamento, sexualidade, saúde. O projeto de extensão possibilitou o diálogo sobre diversas temáticas, além da formação estética teatral das mulheres e homens de outras áreas de conhecimento que desejavam trabalhar o teatro como intervenção e prática poética na formação formal e não formal. Os temas discutidos durante as oficinas integraram a proposta do teatro político, que questiona a situação de opressão vivida pelas mulheres e homens.
    Palavras-chave: Teatro; Gênero; Mulheres.
  • Flavia Soares Ramos (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Estratégias agroecológicas para o empoderamento feminino
    Não podemos cair no simplismo de identificar a agroecologia apenas com a produção orgânica de alimentos. Ela é uma ciência complexa destinada a apoiar a transição dos atuais modelos de produção e de desenvolvimento, a fim de torná-los sustentáveis. É preciso considerar a sua fundamental importância para a construção da eqüidade de gênero, uma vez que visa o desenvolvimento integral da sociedade.O foco de estudo desse trabalho é a agroecologia e as possibilidades oferecidas por essa ciência às mulheres para o seu empoderamento, através da geração de renda. Como se sabe, o direito de tomar decisões depende diretamente de certa autonomia financeira e, no caso das mulheres, especialmente das mulheres rurais, são poucas aquelas com acesso à renda monetária. Grande parte delas é classificada como ‘membros não remunerados da família’, embora muitas vezes participem ativamente da produção. Como sabemos também, cabe principalmente às mulheres o cuidado com a alimentação, saúde, educação e o bem-estar da família de modo geral. Tudo isso envolve dinheiro que elas não têm, portanto, produzir alimentos saudáveis é também um grande ganho (e economia) e, por isso, muitas vezes as mulheres são as responsáveis pela transição agroecológica.
    Palavras-chave: Economia feminista; Agroecologia; Empoderamento; Gênero.
  • Carina Pereira Silva (Universidade Federal Fluminense),Rita de Cássia Santos Freitas (Universidade de Coimbra)
    Famílias e proteção social: o papel das mulheres no Programa Bolsa Família na cidade de Niterói
    Este artigo tem como objetivo refletir acerca da relação existente entre proteção social, famílias e políticas sociais, tendo como foco a análise da posição ocupada pela mulher no Programa Bolsa Família na cidade de Niterói- RJ. Pensada enquanto sujeito central de muitas de nossas políticas, torna-se importante o debate sobre a constituição das identidades femininas em sua relação com a inserção neste Programa. As mulheres, por conta de uma relação de gênero, aparecem como principais protagonistas dessa política, a qual tem como eixo central a matricialidade sociofamiliar. Trazemos assim alguns dados que apontam para essa questão, bem como dados relativos ao Programa na cidade de Niterói e sobre benefícios cujo alvo é a mulher. O papel ocupado pela mulher no programa, se por um lado, pode possibilitar certo empoderamento feminino, por outro, pode vir a reforçar o papel desta como única responsável pelos filhos e pela família. A discussão sobre essas temáticas se move dentro do projeto “Famílias e Proteção Social na cidade de Niterói” desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa Histórica sobre Proteção Social da UFF. O Projeto se encontra em fase inicial e se propõe a identificar os significados do programa e os rebatimentos deste na vida dessas mulheres e de suas famílias.
    Palavras-chave: Famílias; Proteção social; Políticas sociais; Mulheres.
  • Paola Garcia Ferreira (Universidade Federal de Viçosa),Paula Dias Bevilacqua (Universidade Federal de Viçosa)
    Formação acadêmica e extensão universitária: mobilização para o enfrentamento da violência contra a mulher
    Partimos da execução de um programa de extensão que visou a formação de estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas do município de Viçosa-MG, abordando temáticas sobre gênero e violência contra a mulher, utilizando metodologias participativas. Propomos refletir sobre a experiência dos acadêmicos/as envolvidos no programa e o potencial da atividade extensionista como espaço de formação e mobilização cidadã. Tratamos de questões voltadas para a constituição da equipe, seu caráter multidisciplinar, atentando para a formação da mesma em conceitos relacionados a gênero e violência. Tais aspectos sistematicamente transversalizaram e definiram as escolhas sobre as metodologias das oficinas e a articulação com as temáticas tratadas. Procuramos estimular a participação dos/as estudantes desde a construção das oficinas de formação, o desenvolvimento das mesmas nas escolas e a avaliação das atividades. O espaço de formação acadêmica foi bem sucedido enquanto facilitador da experiência interdisciplinar e pedagógica e da autorreflexão exemplificada pelos debates e questionamentos que caracterizaram as atividades, além, também, dos silenciamentos que eventualmente calavam os/as envolvidos/as, ou, ainda, pelas dúvidas na definição das técnicas utilizadas em algumas oficinas.
    Palavras-chave: Gênero; Cidadania; Experiência; Estudantes Universitários/as.
  • Sanamita Oliveira Bezerra (Universidade Federal Rural de Pernambuco),Camila da Hora Silva (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
    Formação da identidade de gênero: as histórias infantis e o padrão de beleza
    A apreciação do trabalho está voltada para as manifestações das identidades de gênero e da interpretação de beleza que as crianças fazem através da identificação com as/os personagens do conto de fada “A Branca de Neve” dos irmãos Grimm. Neste trabalho produzimos nossas análises focando exclusivamente nas falas das crianças, numa perspectiva cultural e sócio- histórica, na qual verificamos como esses patamares se articulam com a opinião das mesmas no que diz respeito à beleza e a identidade de gênero. A pesquisa foi de cunho qualitativo e realizou-se através de uma contaçao de historia seguida de um questionário semi-estruturado. Como suporte, utilizamos a analise de discurso conceituado por (Bardin 1979). Percebemos assim, de acordo com os objetivos traçados, que as justificativas dadas pelas crianças quanto a sua identificação frente aos personagens, estavam ligadas à categoria sexo majoritariamente. Elas se identificaram através, de algumas semelhanças em suas características físicas, comportamentais, sexuais e valores advindos do ambiente doméstico. Dessa forma, os argumentos das crianças eram um efeito da influência da escola, da família, dos contos e da sociedade como um todo em relação ao comportamento e ao padrão de beleza.
    Palavras-chave: Contos de fadas; Identidade de gênero; Padrão de beleza.
  • Nicolle Garcia Berti (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
    Gênero e ciência: um olhar subalterno
  • Rayanne Vieira de Lima (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
    Lembranças de mulheres sobre uma educação do corpo em escolas católicas de Pernambuco (1970)
  • Carolina Cordeiro Mazzariello (Universidade de São Paulo),Sonia Nussenzweig Hotimsky (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo)
    Maternidade soropositiva e padrões de gênero tradicionais entre mulheres das camadas populares
    Esta etnografia realizada na ONG Projeto Criança/Aids, em São Paulo, capital, objetivou compreender as transformações que a maternidade traz para a vida de mulheres pobres soropositivas, cuidadoras de crianças soropositivas. Os métodos utilizados na pesquisa foram: observação participante dos grupos de apoio psicossocial, 11 entrevistas semiestruturadas e análise documental dos arquivos da ONG. Verificou-se que o exercício da maternidade nestas condições envolve um tipo de parentalidade compartilhada, em que membros da rede social, essencialmente a parentela consanguínea feminina da cuidadora, intervêm nos cuidados das crianças. Reforçando assim a imagem de cuidadora atribuída à mulher em nossa sociedade. Ademais, observamos que a presença de padrões de gênero tradicionais entre essas mulheres também está associada à dificuldade enfrentada por elas na comunicação do diagnóstico de HIV/Aids à seus filhos. Ainda nesse contexto, verificou-se que o cuidado com a saúde, às vezes debilitada, dificulta o trabalho e leva à busca por apoio de ONGs, agências de serviço social e outros benefícios. Atualiza-se assim o papel de provedora, não mais exercido primordialmente por intermédio do trabalho remunerado, mas por meio da luta cotidiana pela aquisição de recursos escassos.
    Palavras-chave: Maternidade; HIV/Aids; Gênero; Transmissão de pais para filhos.
  • Leandro Lucato Moretti (Universidade Federal da Grande Dourados)
    Modos de resolução de conflitos, encarceramento de indígenas e o seu papel nas transformações socioculturais dos Guarani-Kaiowá
    O presente texto é resultado das minhas impressões preliminares enquanto pesquisador do projeto “NPAJ/FADIR/UFGD – Excelência em Direitos Humanos”, que tem como objetivo central realizar um levantamento qualitativo sobre os indígenas (homens e mulheres) encarcerados na região sul do estado de Mato Grosso do Sul. O foco aqui será a forma de resolução de conflitos que se dão no interior das terras indígenas dessa região e que eventualmente culminam em prisões. A comparação entre os materiais que até então tivemos contato, parece apontar para diferentes formas de resoluções de conflitos em momentos distintos do processo social e histórico dos Guarani-Kaiowá. Isso sugere algumas transformações socioculturais ocorridas a partir do processo de territorialização desses sujeitos indígenas que no início do século XX foram confinados em pequenas reservas de terra, pelo SPI, descontinuas e que desrespeitam a visão de mundo Guarani-Kaiowá.
    Palavras-chave: Indígenas encarcerados; Mato Grosso do Sul; Resolução de conflitos.
  • Emanuely Fontana (Universidade Reg. do Noroeste do Est. do Rio Grande do Sul),Debora Vanessa dos Santos Halabura (Universidade Reg. do Noroeste do Est. do Rio Grande do Sul),Jaíne dos Santos Martins (Universidade Reg. do Noroeste do Est. do Rio Grande do Sul)
    Mulheres do meio rural, cuidados de si e práticas de lazer
    Este projeto busca realizar um diagnóstico situacional das práticas de lazer (individuais e comunitárias), sobretudo de mulheres rurais, na região noroeste do Rio Grande do Sul, pertencente ao Território da Cidadania do Noroeste Colonial. Escolheu-se realizar o estudo em Jóia/RS. Conforme dados do IBGE (2010), a população rural do município é de 74,9%, e a população urbana é de 25,1%. É uma cidade que se destaca no estado por acolher oito assentamentos de reforma agrária, compreendendo em torno de 704 famílias assentadas. O objetivo central está inserido na discussão de práticas culturais de lazer e gênero, e mais especificamente nas relações de gênero na nova ruralidade. Das análises que resultaram desta investigação, focalizamos inicialmente a discussão sobre o estado da arte do conceito de lazer das mulheres. O lazer é um direito social constitucional desde 1988, uma necessidade humana básica a ser suprida. Mulheres assentadas geralmente usufruem parcialmente dessa prerrogativa, uma vez que mantêm uma tripla jornada de trabalho. Também se observa a cultura denominada “pobreza de lazer”, a qual se caracteriza por assistir a novelas, pela roda do chimarrão, por trabalhos manuais (o que é um paradoxo, pois é um lazer que se transforma em renda) e por encontros religiosos.
    Palavras-chave: Mulher; Ruralidade; Práticas de lazer.
  • Amanda Rodrigues Leal (Universidade Federal do Ceará),Karoline Teixeira da Silva (Universidade Federal do Ceará)
    Mulheres rurais: desmistificando a dicotomia produção/reprodução
  • Ana Carolina Silva Cordeiro (Universidade Federal de Pernambuco),Jorge Lyra (Universidade Federal de Pernambuco)
    Narrativas de mulheres participantes do curso feminista de formação de lideranças no Cabo de Santo Agostinho: experiências, direitos e processos de enfrentamento das desigualdades de gênero
    Esta pesquisa se relaciona com questões levantadas a partir da participação, como estagiária, no projeto “Mulheres e Educação para Cidadania” que faz parte do programa “Diálogos para o Desenvolvimento Social de Suape”. O projeto tem como enfoque o enfrentamento à violência contra a mulher, a partir de atividades que contribuam para o empoderamento das mulheres que residem no Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. As atividades são executadas pela ONG Centro das Mulheres do Cabo e a partir da parceria com o Núcleo de Pesquisas sobre Gênero e Masculinidades - GEMA-UFPE é realizado o monitoramento e avaliação deste projeto social. Esta pesquisa é sobre o impacto que a atividade “Curso feminista de formação de lideranças” teve na vida das 30 mulheres participantes, tenta compreender e analisar como ação pode influenciar na autonomia e incidência política das mulheres participantes. Ao adotar a perspectiva feminista, compreende-se a pesquisa como uma prática social, o conhecimento produzido como conhecimento situado e as relações entre academia e movimentos sociais, nesse caso o movimento de mulheres e feminista, a partir de uma perspectiva horizontal e as atividades do projeto como uma estratégia política de obtenção de equidade de gênero e de justiça social.
    Palavras-chave: Curso feminista; Experiências; Emponderamento; Violência contra a mulher.
  • Ariane Malta Pereira (Universidade Federal de Uberlândia),Laís Melo Rocha (Universidade Federal de Uberlândia),Flavia do Bonsucesso Teixeira (Universidade Federal de Uberlândia)
    O direito de não saber/cuidar: os dilemas dos profissionais de saúde entre o reconhecimento da autonomia e o descaso
    Sabemos que a relação médico-paciente é um elemento importante no estabelecimento do cuidado e na adesão do usuário a todo serviço de saúde. No entanto, em relação às travestis, o gênero é um marcador fundamental não somente para o acolhimento, mas principalmente no processo decisório de adesão ao tratamento para a aids. Como lidar com a recusa da usuária que entende ser essa uma luta perdida? Ou mesmo apenas como desfecho de um final anunciado, uma vez que “travesti morre de bala ou de aids?”. Quais os desafios dos profissionais de saúde para lidar com a autonomia da usuária sem no entanto configurar omissão ou descaso? Nossa proposta é apresentar a experiência do projeto de extensão desenvolvido na Universidade Federal de Uberlândia que tem como objetivo sensibilizar as travestis e transexuais para os cuidados em saúde e ao mesmo tempo trabalhar com a equipe que se propõe a cuidar dessa população.
    Palavras-chave: Adesão; HIV; Travestis.
  • Tássio da Silva Santos (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)
    O poder da mídia nos 60: um recorte sobre a importância de Marilyn Monroe no Movimento Feminista da época
    O papel midiático nas décadas de 50 e 60 não era meramente o de entreter uma burguesia conformista pertencente ao mundo social pós-guerra. A revolução eletrônica contemplou a mídia com um forte poder de formação cultural e subjetivo, como a influência que exercia nos padrões cotidianos das populações urbanas e a produção intensa de questionamentos sobre a feminilidade em função do doméstico. Portanto, o presente trabalho propõe resgatar a importância dos meios de comunicação preocupados em transmitir o comportamento dos jovens não-conformistas de diversas idades. Essa pesquisa é uma análise da contribuição do cinema no movimento feminista nos Estados Unidos, a partir do novo foco que a mulher ganha nas representações cinematográficas. Serão analisadas as personagens representadas pela atriz Marilyn Monroe, seu pioneirismo em comunicar a sensualidade feminina na mídia e sua inserção no mundo que antes era considerado dos homens. Foi possível perceber que o protagonismo de Marilyn Monroe, além de inspirar a sociedade em outros campos, reforçou a discussão sobre o “ser mulher” na época.
    Palavras-chave: Mídia; Cinema; Feminismo.
  • André Luiz Andreola (Universidade Estadual do Centro Oeste)
    Panorama das mulheres na engenharia no Rio Grande do Sul
    Esta pesquisa histórica de caráter quali-quantitativo procura analisar a inserção e a formação de mulheres nos cursos de engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), entre 2001 a 2011. Ao considerar que “gênero” e “ciência moderna” são construções históricas, nossos dados permitem observam as tensões de gênero dentro da ciência. Os dados utilizados tem sido oriundos da UFRGS. Podemos concluir que a inserção de mulheres nos cursos de engenharia na UFRGS vem aumentando nos últimos anos em algumas áreas da engenharia como a de alimentos, no qual a taxa de aprovação em 2001 foi de 83%. Porém, em outra área como a engenharia mecânica, a presença de mulheres aprovadas ainda é muito baixa e necessita de uma maior atenção.
    Palavras-chave: História; Gênero; Ciência.
  • Stella Couto Batista (Universidade Federal de Minas Gerais)
    Projeto Memória do Aglomerado da Serra: grupo de mulheres
    O Projeto Memória do Aglomerado da Serra surgiu de discussões a respeito da formação das favelas brasileira. Percebemos que as vozes dos moradores das comunidades não aparecem nas fontes oficiais nem na mídia, e que são desqualificados e invisibilizados pelo fato de serem moradores da favela. Diante disso trabalhamos com a memória do aglomerado da Serra, o maior conjunto de favelas de Belo Horizonte, a partir das vozes das mulheres que ali residem. O objetivo principal foi ouvir as experiências de um grupo de mulheres, invisibilizadas tanto pela questão social, quanto de gênero, e a partir disso (des)construir com elas uma nova memória sobre o lugar. Foram realizados três oficinas temáticas, com cerca de 8 mulheres numa escola do aglomerado. Dentre as principais reflexões destaca-se o discurso dicotômico da violência e do tráfico, uma vez que as experiências das mulheres são perpassadas por questões que vão além do medo. Além da desvalorização do papel da mulher enquanto sujeito público e a naturalização do privado, e a crescente urbanização das vilas que não leva em consideração a organização existente. Acreditamos que contar essa historia a partir dessas vozes possibilita a desconstrução de esteriótipos e de discursos preestabelecidos sobre a favela e seus(as) moradores(as).
    Palavras-chave: Favela; Gênero; Memória.
  • Andréia Zanchetti (Instituto Federal do Rio Grande do Sul)
    Relações de gênero e educação: um olhar sobre o Universo Feminino no PROEJA
    Desde os primórdios da evolução as atividades domésticas sempre estiveram relacionadas ao gênero feminino, desenvolvidas no campo domiciliar, com toques de delicadeza e fragilidade. Já o responsável pelo sustento familiar, aquele que exerce atividades que envolvam força e virilidade, sempre foi o homem. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Bento Gonçalves oferece o curso PROEJA Técnico em Comércio, tendo em vista que a maioria dos ministrantes das aulas deste curso são mulheres, essa pesquisa visa identificar se os conceitos de gênero são debatidos durante as aulas, e de que forma. Quanto às professoras que atuam no PROEJA, quais as práticas de sua formação são reforçadas durante as aulas que ministram? Como as professoras que atuam no PROEJA compreendem a relação entre gênero, educação e trabalho? Enfim, para estas professoras a educação no Instituto Federal é uma educação sexista? Tomando como referência as questões apresentadas, pretendemos com a investigação analisar as práticas cotidianas das professoras do PROEJA oferecido pelo IFRS – campus Bento Gonçalves relacionando tais ações com o conceito de uma educação sexista.
    Palavras-chave: Práticas docentes; Mulheres; Gênero.
  • Amanda de Souza Ribeiro (Universidade Estadual do Paraná),Cristina Satie de Oliveira Pataro (Universidade Estadual do Paraná)
    Representações da mulher veiculadas no jornal impresso Folha do Norte do Paraná no período de 1962 a 1963
    A presente pesquisa tem como objetivo identificar e analisar as representações da mulher veiculadas na mídia impressa católica na região de Maringá, no período de 1962 a 1963, por meio da análise do Jornal Folha do Norte do Paraná. Busca-se verificar os valores, os comportamentos, as relações e os papéis de gênero que emergem da maneira pela qual as mulheres são representadas. Parte-se do pressuposto de que as representações de gênero presentes na sociedade designam valores, visões de mundo e papéis sociais que influenciam os processos de educação e socialização voltados para os sujeitos. Os resultados demonstraram que as representações da mulher veiculadas estavam ligadas a estereótipos que reforçam um modelo definido de comportamento que era passado às mulheres e à sociedade. Grande parte das representações veiculadas estava ligada à imagem da mulher como dona de casa, responsável por cuidar do lar, de seu marido e filhos, além de representações relacionadas à normatização do corpo da mulher. Foi ainda possível verificar a influência da religião nas representações veiculadas, inclusive em matérias redigidas por membros representantes da Igreja Católica.
    Palavras-chave: Gênero; Religião; Imprensa; Mulher.
  • Dandara Maria Oniilari Ferreira da Silva (Universidade Federal de Pernambuco),Jaileila de Araujo Menezes (Universidade Federal de Pernambuco)
    Tensões de gênero e sexualidade feminina no Movimento Hip Hop de Recife
    Esta pesquisa vem sendo desenvolvida no âmbito do projeto guarda-chuva “Significados e práticas relacionadas à gravidez na adolescência em diferentes redes de convívio e apoio: um estudo comparativo entre as mesorregiões da região metropolitana do Recife e do Sertão (PE)”, e terá como foco os discursos sobre sexualidade feminina dentro do movimento hip hop, tendo como um de seus objetivos identificar as ordens morais de gênero e sexualidade que incidem sobre os corpos das jovens hip hoppers e as resistências forjadas a elas. Através de entrevistas, diálogos informais e observações etnográficas de eventos do hip hop percebemos que as jovens sofrem de diversas formas, tentativas de controle sobre a livre vivencia de sua sexualidade, onde as que de alguma maneira transgridem a linha do que seria permitido passam a ser vistas com maus olhos dentro do movimento. Essa censura ao que remete a sexualidade feminina vale ressaltar, está em conformidade com discursos e práticas socialmente hegemônicas. Em meio a táticas de controle dos seus corpos, de sua circulação em eventos e produção cultural as jovens por vezes aderem a discursos sexistas como forma de se manterem no movimento e por vezes forjam “resistências manifestas” denunciando a misoginia nas redes sociais e eventos de hip hop.
    Palavras-chave: Sexualidade; Gênero; Movimento hip hop.
  • Caroline Patrícia Paim (Universidade Estadual do Centro-Oeste)
    Um estudo sobre as relações de gênero na Educação Física escolar
    Tanto o gênero quanto a sexualidade são sempre construídas, não podendo delimitar um período ou momento onde a sexualidade é estabelecida, pois ela não é estável, estando sempre passível de transformação, através das práticas sociais vivenciadas pelo indivíduo. Nesse sentido, destaca-se o papel da escola como uma das instituições que subjetivam e reproduzem as normas e regras sociais, possuindo mecanismos sutis que constroem e mantêm as diferenças entre os sexos, fazendo com que, de maneira consciente ou não, crianças e jovens tentem se enquadrar nos padrões de comportamentos considerados corretos na cultura em que estão inseridos. Atuando desta forma os sistemas escolares atuais produzem uma cadeia de feminilidades e masculinidades heterossexuais, pois os corpos assumem as normas religiosas, culturais e a organização social vigente. Este projeto que está sendo desenvolvido tem por objetivo observar como as relações de gênero se manifestam durante as aulas práticas de educação física escolar, se ocorrem transgressões dos papeis naturalizados como adequados para meninos e meninas e como os educadores agem em relação à diversidade sexual, para tanto será feita observação e registro em diários de campo e posterior construção das categorias de análise.
    Palavras-chave: Escola; Brincadeiras; Sexualidade; Gênero.
  • Danilo Cleiton Lopes (Universidade Federal da Grande Dourados)
    Uma investigação sobre a possibilidade de escuta do discurso de mulheres e homens indígenas que “falam”
    Este trabalho centra-se na investigação das entrevistas realizadas pela FUNAI e obtidas a partir do projeto intitulado NPAJ/FADIR/UFGD- CENTRO DE EXCELÊNCIA EM DIREITOS HUMANOS, em andamento e ao qual nos vinculamos. O projeto tem como principal objetivo fazer levantamento qualitativo sobre quem são os indígenas encarcerados no sul do Mato Grosso do Sul (MS), quais são os crimes e a sua recorrência, dentre outros aspectos ligados aos Kaiowa, Guarani e Terena. No presente trabalho buscar-se-á investigar a questão da linguagem indígena e de sua tradução no sentido mais restrito e amplo do termo. Isto porque, em sendo uma temática cara à Antropologia, o que se buscará suscitar aqui sob o viés, da Psicologia Fenomenológica existencial que pressupõe a pesquisa como acontecimento na intersubjetividade pesquisador-participante, é a possibilidade ou não, bem como os limites em sendo possível, de escuta de mulheres e homens indígenas aprisionados no sul do MS. Assim, ao se falar em Direitos Humanos devemos considerar a discussão, mais livre de interferências quanto for possível, de quem efetivamente é sujeito de direitos humanos. Isto porque, para o nosso enfoque teórico, somente se torna sujeito não assujeitado, aquele que porta a fala.
    Palavras-chave: Gênero; Indígenas; Linguagem; Sistema prisional; Escuta.

19/09/2013 - Hall do CFH

  • Ana Rosa da Costa Zoby (Universidade de Brasília),Júlia Freire de Alencastro (Universidade de Brasília)
    "Claridade no breu": subjetividades, identidades e expressões de prostitutas no documentário "Praça da Luz"
  • Carolina Maria Nasser Cury (Universidade Federal de Minas Gerais),Melina Pereira Gonçalves (Universidade Federal de Minas Gerais)
    (Des)construíndo sexo e gênero: uma releitura arqueológica aplicada ao direito
    As tradicionais análises jurídicas de sexo e gênero afirmam que estes são polarizados e pré-definidos pela biologização da vida. Contudo, a naturalização das categorizações de sexo e gênero vem, devido a giros de entendimento, perdendo forças (BUTLER). Em democracias, manipulações corporais autônomas e contextos sociais plurais possibilitam novas formas de vivências pessoais e de ampliação dos entendimentos do corpo e da sexualidade. As dimensões sociais e culturais intervêm na biologia, criando uma amálgama e tornando identidades de sexo e gênero construções abertas à ressignificação, em processo constante e inacabado. Em sintonia com estas releituras de ideias naturalistas de sexo e gênero encontram-se os recentes estudos arqueológicos (JOYCE), que desconstroem a ideia da naturalidade da divisão binária entre homens e mulheres, mostrando que nas sociedades antigas as identidades não eram definidas exclusivamente por sexo ou gênero dicotômicos. Idade, habilidades e posição social eram tão ou mais relevantes como formas de identificação e status social. Entretanto, o Direito tradicional é engessado e se mostra incapaz de efetivar direitos e dar voz às diversas formas de ser pessoa, perpetuando moldes estanques de sexo e gênero a despeito das reivindicações do movimento LGBTTTQIA.
    Palavras-chave: Identidade; Arqueologia; Direitos humanos; Biotecnologia
  • Érica Poncheki (Universidade Estadual de Ponta Grossa)
    A capacitação na formação continuada em sexualidade e gênero
    O tema sexualidade é repleto de tabus, mitos e preconceitos, sendo um dos mais complexos de abordar no interior da escola. Esta temática cada vez mais presente no cotidiano escolar coloca aos docentes a grande responsabilidade de orientar para a vivência da sexualidade e gênero. Na formação inicial o profissional não recebe nenhuma formação específica a respeito da sexualidade, quando ocorre, enfatiza-se apenas o aspecto biológico. Assim, há necessidade de levar essa temática para a formação continuada. Nesta formação, o docente está constantemente renovando o seu conhecimento, através de um processo dinâmico voltado para o desenvolvimento de uma ação educativa capaz de preparar os alunos, visto as adversidades crescentes na sociedade. Este ensaio tem por objetivo analisar a contribuição da Capacitação dos Profissionais da Educação na Prevenção da Gravidez na Adolescência e do Projeto Caminhos para o Adolescer nas práticas pedagógicas significativas em sexualidade. A metodologia empregada utiliza uma pesquisa qualitativa, bibliográfica e de campo com os participantes do curso que abordaram a temática sexualidade, entre 2006 à 2010. Espera-se compreender como a capacitação em sexualidade influenciou a prática pedagógica do professor que levou o aluno a entender como ser sexuado.
    Palavras-chave: Orientação sexual; Prevenção; Gravidez na adolescência.
  • Rafaela Souza Maldonado (Universidade Estadual Paulista),Gabriela Kvacek Betella (Universidade Estadual Paulista)
    A escrita autobiográfica feminina durante os anos da Resistência Italiana: o diário de Ada Gobetti
    Ada Gobetti foi escritora, professora, tradutora, organizadora do Partito d'Azione e do grupo Giustizia e Libertà. A pesquisa parte da obra autobiográfica da autora para integralizar aspectos históricos como a Resistência e o papel feminino na luta contra a ocupação alemã na Itália dos anos de 1940. Analisamos aspectos do discurso memorialista na forma de diário, com o apoio de teorias como a de biografia coletiva, a de intelectual orgânico e a de micro-história. Nosso objeto de estudo é Diario Partigiano, o diário da militante publicado em 1956, composto com base nas anotações em inglês que a autora fez durante os anos da Resistência (de 1943 a 1945). O texto narra a participação de Ada Gobetti nas ações dos partigiani, com detalhes sobre o caráter clandestino, as prisões, as torturas e as mortes sofridas pelos civis do movimento que libertou várias regiões da Itália, sobretudo após os chamados "quarenta e cinco dias badoglianos" (período de 25 de julho de 1943, data da deposição e prisão de Mussolini até 3 de setembro, marco do chamado "armistício curto", divulgado somente no dia 8) e a consequente divisão no país, com o sul libertado pelos Aliados e o norte ocupado pelas forças alemãs.
    Palavras-chave: Memória; Escrita feminina; Fascismo; Resistência.
  • Adriana Guimarães Abreu (Universidade Federal do Pará),Edna Ferreira Alencar (Universidade Federal do Pará)
    A participação das mulheres da comunidade São Raimundo do Jarauá (RDS Mamirauá, AM) em atividades de gestão de recursos pesqueiros
    As comunidades que fazem parte da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá,Estado do Amazonas, são incentivadas a participarem de programas de manejo dos recursos naturais, tendo em vista a preocupação com o desenvolvimento sustentável do ecossistema da região aliado com a qualidade de vida das populações existentes, que tem sua economia organizada através da agricultura e da pesca. Vários estudos vêm demonstrando que a participação ativa das mulheres em projetos de desenvolvimento sustentável elevaria eficácia destes, pois as mulheres como fonte de conhecimento e difusão cultural seriam valorizadas e incorporadas no trabalho, aumentando os benefícios para as comunidades, além de mudarem as relações de gênero existentes, amenizando as desigualdades entre os gêneros e aliviando a subordinação da mulher em relação ao homem. Neste trabalho mostramos como as mulheres da comunidade de São Raimundo do Jarauá (RDSM, Am) participam do acordo de Acordo de Pesca do Setor Jarauá –APSJ, demonstrando as dificuldades que tem em participarem das atividades do acordo, o acesso aos órgãos de representatividade da categoria e o recebimento de auxílios via políticas públicas. A análise baseia-se em pesquisa de campo na comunidade e a analise dos relatórios do APSJ, elaborados pelo IDSM.
    Palavras-chave: Gênero; Meio ambiente; Recursos naturais; Amazônia; Participação.
  • Izabel Cristina Coelho Gomes (Universidade Federal de Uberlândia)
    A sobrecarga do trabalho feminino nos cuidados da própria saúde e de familiares
  • Ana Luiza Bazzo da Rosa (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Alison Bechdel e Fun Home: a transgressão do(s) gênero(s)
    Minha proposta está centrada na pesquisa que faço sobre leitura e sobre a marginalização de certas formas narrativas nos estudos acadêmicos, especialmente HQs e textos que problematizam questões de gênero e de identidades sexuais. Minha leitura está centrada em Fun Home: seu texto sensível, repleto de referências literárias, e suas significativas ilustrações. A obra de Alison Bechdel possibilita leituras diversificadas, o que não impede uma restrita fortuna crítica no Brasil, sobretudo em pesquisas acadêmicas, lugar onde as HQs vêm paulatinamente conquistando espaço. Centro minha análise inicialmente na assinatura: Alison Bechdel. Sintomaticamente, Alison é um nome ambíguo, atribuído na língua inglesa geralmente a ambos os sexos. A leitura e a pesquisa, contudo, nos revelam tratar-se de uma escritora, ilustradora e lésbica militante. Com uma explícita transgressão (auto)biográfica, Fun Home dá voz a personagens para reflexões contemporâneas sobre família, sexo e sexualidades, identidades de gênero, homossexualidade, desejos reprimidos e sujeitos oprimidos. Procurarei mostrar como em Fun Home são problematizadas pela linguagem a diferença entre sexo (biológico), gênero (social) e orientação sexual e as oposições essencialistas homem/mulher, feminino/masculino.
    Palavras-chave: Fun Home; Identidades de gênero; Sexualidade.
  • Carolina Nunes dos Santos (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
    Assessoria jurídica em gênero: trajetórias de vida e projetos profissionais de operadora(e)s do direito feministas
    A presente pesquisa, em fase inicial, investiga como a passagem por um grupo de assessoria jurídica popular em Porto Alegre, que trabalha sob uma perspectiva feminista aplicada ao direito, afeta as trajetórias de operadores do direito que dele participaram entre 2010 e 2012. Ao escolher a trajetória dxs advogadxs eméritos desse grupo, objeta-se problematizar a emergência de demandas feministas no campo jurídico, ao mesmo tempo em que se mapeiam os posicionamentos em jogo no que concerne a temática de gênero. Concomitantemente, intenta-se abranger o campo de possibilidades que circunscreve os projetos profissionais desses sujeitos (Velho, 1981), com vistas a situar suas trajetórias a partir dos marcadores sociais da desigualdade (gênero, raça, classe e geração) que incidem sobre elas, na direção de situar as disputas que engendram posicionamentos, simultaneamente, dentro do campo jurídico e do movimento feminista. Dessa forma, releva-se as linhagens políticas jurídico-feministas que essxs operadorxs do direito constroem e a heterogeneidades de origem e pertencimento que assinalam suas trajetórias de vidas. Para tanto, utiliza-se o método etnográfico em uma perspectiva feminista, em especial através de entrevistas semi-estruturadas.
    Palavras-chave: Antropologia do direito; Trajetória de vida; Projeto profissional; Feminismos.
  • Luísa Mouzinho Santos de Oliveira (Universidade Federal do Paraná)
    Como a discussão sobre gênero se marca nos discursos feministas independentes
    Dentro da luta feminista contemporânea, observa-se uma preocupação e um questionamento em torno da linguagem. Esse questionamento ora se mostra de forma explícita, através de textos teóricos sobre o assunto, ora de maneira implícita, através de usos e escolhas lexicais feitas durante um discurso que não tem como tema principal a linguagem. Essa pesquisa tem o intuito de olhar para esse segundo caso e observar como o questionamento sobre gênero (entendido aqui como construção social de um imaginário de feminilidade e masculinidade) se marca linguisticamente nesses discursos. Foi escolhido analisar textos contemporâneos escritos por feministas antiautoritárias difundidos através de material independente. Como aporte teórico utiliza-se os estudos de Análise do Discurso, bem como teóricas representativas do feminismo radical e da Teoria Queer – Kate Millet e Judith Butler, respectivamente.
    Palavras-chave: linguagem; Feminismo; Análise do discurso.
  • Bruna Amaral Dávalo (Universidade Federal da Grande Dourados)
    Considerações sobre mulheres indígenas internas no Estabelecimento Penal Feminino de Rio Brilhante/MS
    Este trabalho é fruto do Projeto de Extensão “NPAJ/FADIR/UFGD – Centro de Excelência em Direitos Humanos”. Trata-se de uma análise do Relatório de visita técnica ao Estabelecimento Penal Feminino de Rio Brilhante, realizada em 2011 pela FUNAI de Dourados/MS. Outro objeto da presente análise é o relatório produzido pelo Centro de Trabalho Indigenista (CTI) e a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) em 2008, sobre a situação dos indígenas (homens) detentos. Na construção deste trabalho buscou-se, por meio da análise discursiva, entender o contexto prisional no qual estas mulheres indígenas estão inseridas, tendo em vista as especificidades relacionadas à assistência dada às mesmas por parte do Estado. Em leitura atenta do relatório feito pela FUNAI, salta aos olhos a carência de oferta assistencial voltada para esta população, tendo em foco a mulher indígena. Tais carências vão desde a jurídica até as mais básicas como de higiene pessoal, contato com a família e a própria violência e preconceito no contato com as internas não indígenas e outros da Instituição Prisional. Nossas impressões se deparam com questões referentes aos Direitos Humanos e sugerem o quanto o somatório de vetores como sexo, gênero, etnia e classe potencializam as violências institucionais contra tais sujeitos.
    Palavras-chave: Mulheres; Indígenas; Internas/SPFRB; Direitos humanos.
  • Luna Borges Pereira Santos (Universidade de Brasília)
    Discursos feministas em diálogo com serviços de atendimento a mulheres em situação de violência doméstica: uma análise etnográfica da rede de enfretamento à violência do Paranoá/DF
    Diante do contexto político democrático brasileiro baseado também na ampliação de participação de movimentos feministas em processos decisórios – tais como a construção e implementação de políticas públicas – a conquista da Lei 11.340/06, ou Lei Maria da Penha (LMP), representa uma entre as várias atuações em que Estado, grupos feministas e indivíduos se vêm envolvidos na busca pela igualdade de gênero. Não obstante, os dados de violência doméstica e familiar contra as mulheres ainda são alarmantes – fato que nos leva a entender a perenidade, em nossa sociedade, de fatores institucionais, sociais e culturais que impedem o combate de todo e qualquer tipo de violência contra a mulher, inclusive permeando os diversos serviços implementados a partir da LMP. Assim, esta pesquisa etnográfica objetiva analisar a rede de serviços de atendimento às mulheres em situação de violência no Paranoá-DF, de modo a observar: em que medida as práticas encontradas (i) adotam uma perspectiva de gênero; (ii) dialogam com o discurso feminista sobre o tema; (ii) contribuem para que possibilidades de ação de mulheres sejam cada vez maiores, por meio da construção autônoma de suas subjetividades dentro de relações sociais livres de opressão.
    Palavras-chave: Feminismos; Políticas públicas; Violência doméstica; Lei Maria da Penha; Igualdade de gênero.
  • Leticia Quirino de Abreu (Universidade Federal do Ceará)
    Divisão sexual do trabalho: estudo sobre padrão de atividades e gênero
  • Jaqueline Souza Andrade (Universidade do Estado do Rio de Janeiro),Carla Cristina Lima de Almeida (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro),Maria Alice Cavalcante Barbosa (Universidade Estadual do Rio de Janeiro)
    Família e infância: no "contratempo" do cuidado de crianças
  • Cinthia de Cassia Catoia (Faculdade de Direito de Ribeirão Preto)
    Gênero e cidadania: uma análise acerca dos sentidos sobre a mulher e o feminismo na História Constitucional Brasileira
  • Beatriz Camilla Neves (Universidade Estadual Paulista),Alessandra Nunes Costa Lopes (Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho")
    Gênero na escola: saberes locais em pratica
  • Johny Assunção Tomé (Universidade Federal de Uberlândia)
    Grêmio estudantil e a organização do tempo na escola parque São Jorge
    Os grêmios estudantis são associações representativas de estudantes, que reapareceu após o fim da ditadura militar no contexto do neoliberalismo, a qual a educação básica, fora transmitida para Estados e Municípios. Nesse processo se incentivou a organização e certa autonomia das escolas, sem intervenção estatal. Nessa perspectiva ressurgem os grêmios estudantis, os quais se organizam dentro das escolas, com finalidade de discutir não a política e a economia do país, mas com olhar micro, propondo ações para atender as necessidades da escola e posteriormente a comunidade na qual está inserida. Sobre esse prisma, as discussões realizadas no grêmio da Escola Estadual do Parque São Jorge, no município de Uberlândia, envolvem assuntos escolares da comunidade. Todavia, os participantes das reuniões são em sua grande maioria, pessoas do sexo masculino. Portanto, problematizo o porquê de geralmente as mulheres, comparecerem em número menor às reuniões, quais dificuldades as mesmas deparam para participar dos encontros, além de pensar quem são aquelas pessoas que participam do grêmio (homens e mulheres), por que participam e como administram seu tempo para os encontros fora do horário escolar.
    Palavras-chave: Escola; Tempo; Gênero; Grêmio estudantil; Política estudantil.
  • Daniele da Silva Fébole (Universidade Estadual de Maringá)
    Homofobia, lesbofobia e transfobia: uma análise dos discursos nas redes sociais
    Esta pesquisa de iniciação científica buscou relacionar como as relações de saber e poder constroem discursos que revelam o preconceito, sobretudo a homofobia, a lesbofobia e a transfobia, por meio do relato de indivíduos que vivenciaram este preconceito. Os dados foram retirados de um questionário semi-estruturado aplicado no Facebook, com 50 informantes que já passaram por alguma situação de preconceito. Foi feita um revisão de bibliografia sobre o tema sexualidade e para análise dos dados usamos a perspectiva foucaultiana em que o discurso é considerado como produto e produtor de verdades, representando todo um acaso histórico onde as formas de relações com a sexualidade se assentam na atualidade. Encontrou-se a propagação do discurso antigo da medicina, onde a homossexualidade é considerada doença, perversão. O discurso religioso que a coloca como pecado, a presença da heternormatividade nas escolas, bem como a discriminação baseada em estereótipos de gênero estão presentes no cotidiano dessas pessoas que sofrem com o preconceito, visto que a sociedade nem sempre é tolerante com a diferença.
    Palavras-chave: Homofobia; Sexualidade; Heteronormatividade.
  • Letícia Mariano Zenevich (Universidade Federal do Rio Grande do Sul),Paula Sandrine Machado (Universidade Federal do Rio Grande do Sul),Janaína Freitas (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
    Intersexualidade e transexualidade no contexto jurídico brasileiro: aproximações e distanciamentos
    Neste trabalho, analisamos a jurisprudência brasileira disponível sobre transexualidade e intersexualidade, traçando o perfil das decisões envolvendo o pleito de transexuais e intersexuais e seus familiares, notadamente aquelas relacionadas às intervenções médicas e ao reconhecimento legal. Há cerca de uma centena de decisões envolvendo transexuais nas quais identifica-se um deslocamento das decisões jurídicas que passam da autorização para a cirurgia genital à mudança de documentos legais em conformidade com o gênero. Em contraste, são poucas as decisões relacionadas à intersexualidade, as quais giram em torno do sexo designado no nascimento e do acesso à cirurgia. Apesar da utilização dos termos intersex/intersexualidade no âmbito das ciências humanas e sociais, na militância política e mesmo na medicina, os resultados da busca jurisprudencial remetem ao termo hermafrodita/hermafroditismo. Nessa análise, foram encontradas especificidades nos processos e argumentos acionados em relação à transexualidade e à intersexualidade, sobretudo quanto às posições diferenciadas em que os sujeitos são colocados no processo de decisão sobre as intervenções corporais. Por outro lado, nos dois casos destaca-se a centralidade jurídica dada à cirurgia genital.
    Palavras-chave: Transexualidade; Intersexualidade; Direito.
  • Caroline Garcia de Souza (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
    Jane Eyre e a dupla face do amor
    O presente trabalho tem por objetivo analisar a obra “Jane Eyre”, escrita por Charlotte Brontë em 1847, localizando e diagnosticando as diferentes maneiras através das quais a ‘sexual hunger’ da protagonista emerge ao longo da narrativa. Apesar de ter vivido no contexto da sociedade inglesa vitoriana, fortemente marcada pelo puritanismo e pela repressão sexual, Charlotte Brontë constrói uma personagem complexa cujo desejo sexual reprimido alimenta um profundo conflito interno. Tal conflito origina-se, dentre outros fatores, da aparente ambiguidade encerrada no fenômeno do amor. O presente trabalho, portanto, utiliza-se de autores tais como George Bataille, Octávio Paz, Sandra Gilbert e Flávia Regina Marquetti para analisar o fenômeno da dupla face do amor, em Jane Eyre, sob a luz de elementos da mitologia grega, sobretudo o Hino a Afrodite.
    Palavras-chave: Jane Eyre; Dupla face do amor; Mitologia grega.
  • Renato Roberto Antunes da Silva (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
    Liderança de gênero na área tecnológica
    No Brasil, segundo estatísticas do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), em áreas como a Engenharia, as mulheres são minoria na pesquisa, docência e tem menos cargos de liderança. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN) não é diferente, há uma grande desigualdade de gênero nas ciências exatas. Diante dessa desigualdade, o projeto “Liderança de gênero na área tecnológica da UFRN” consiste em levantar parâmetros através de um questionário semiestruturado o qual contém questões sobre motivação para cursar engenharia, relações de gênero, questões sobre preconceito, formação acadêmica, vida pessoal, valores pessoais e o entendimento sobre ciência e tecnologia. Utilizamos referenciais teóricos metodológicos do campo dos estudos de gênero, ciências e tecnologia, ressaltando a aplicação do método biográfico para poder, posteriormente, analisar o perfil acadêmico e pessoal dessas professoras. Resultados parciais obtidos comprovam o fato de as mulheres da área tecnológica serem minoria e/ou sofrerem preconceito ou discriminação. Pesquisas como essas cumprem um papel de evidenciar discriminações, preconceitos, obstáculos enfrentados por mulheres nas ciências, direcionando, entre outras coisas, para a formulação e implementação de políticas públicas.
    Palavras-chave: Gênero; Mulheres; Engenharia; Discriminação; Liderança.
  • Fabiana Assis Fernandes (Universidade Federal da Grande Dourados)
    Luta e resistência das mulheres Guarani–kaiowa e Nhandeva de Mato Grosso do Sul
  • Ruan Gabriel de Almeida Vital (Universidade Federal de Mato Grosso)
    Mulheres de comércio: a representação do cotidiano feminino dentro e fora do lar como fonte de renda, ilustrado nos livros didáticos
  • Tatianne Ellen Cavalcante Silva (Universidade Federal de Campina Grande),Bruna Rafaela de Lima (Universidade Federal de Campina Grande)
    Mulheres em cena: representações da participação das figuras femininas durante a Ditadura Militar brasileira a partir do filme "O que é isso Companheiro?"
    Os enfoques desta pesquisa só se fazem possíveis dentro da historiografia graças às aberturas teórico-metodológicas, que se iniciaram nos anos de 1920 com a Escola dos Annales. A percepção de novas fontes e de novos campos temáticos deu abertura para que nos anos de 1970 três edições Gallimard, dirigidos por Jacques Le Goff e Pierre Nora, fossem publicadas, mostrando as novas tendências de pesquisa histórica. Adentrando pela linguagem cinematográfica e historiográfica, a partir da percepção destas, como uma relação cinema-história, o trabalho pretende contribuir com a utilização do cinema com fonte, a partir da analise do filme O que é isso companheiro? Esta escrita da História centrará as discussões dentro da perspectiva de Gênero, analisando como foi representada a participação das mulheres na Ditadura Militar Brasileira no referido filme. As personagens femininas do filme- Maria e Renée- não representam uma mulher em si, mas sobre elas recaem um conjunto de discursos que as formaram, portanto cada uma destas representam Marias e Renées que participaram da luta contra o Regime Militar. Trabalhos que compõem a historiografia e que trazem as temáticas de Gênero, participação das mulheres na Ditadura Militar e relação cinema-história ajudaram-nos na composição das analises.
    Palavras-chave: Cinema-História; Ditadura militar; Participação das mulheres.
  • Milene Chagas de Souza (Universidade do Estado de Santa Catarina)
    Mulheres em manchete: a presença feminina no periódico entre 1975 e 1985
    A proposta deste pôster é demonstrar os dados e análises da pesquisa (ainda em andamento) de reportagens veiculadas na Revista Manchete durante o ano de 1975 e 1985 a fim de identificar quais são os discursos empreendidos ao tratar de mulheres e feminismos. Percebendo a importância e a amplitude que a Revista de temporalidade semanal possui na criação de um imaginário a partir de suas publicações, é imprescindível analisar como este grande periódico de circulação nacional e internacional, com características diversas da maioria das revistas do período, representa assuntos ligados às relações de gênero e feminilidades. O recorte temporal aqui escolhido suscita discussões no âmbito político, cultural e social do país; e que de forma, os movimentos de mulheres contribuíram de alguma maneira para estas interrogações. Deste modo, a intenção desta pesquisa é analisar na Revista Manchete a representação da figura da mulher e dos acontecimentos entre os anos 1975 e 1985, ligado ao feminismo; além do estudo de modo que o discurso sobre esta categoria é colocado pelo impresso durante o período aqui mencionado no país, a fim contribuir com os estudos de gênero e da história das mulheres.
    Palavras-chave: Revista manchete; Feminismo; Mulheres.
  • Nara Romero Montenegro (Universidade Estadual de Campinas)
    O corpo travesti: transformações físicas e o gênero
    Esta pesquisa tem como objetivo analisar a relação que a travesti tem com o seu corpo e as repercussões dessa ligação no entendimento de gênero dentro desse grupo. O corpo assume um papel de grande importância para o entendimento da subjetividade travesti , pois sua trajetória é quase que inteiramente tangenciada pelas transformações físicas as quais se submete. Neste trabalho realiza-se, principalmente, uma revisão bibliográfica em que visões divergentes acerca do assunto são postas em confronto. No primeiro tópico, o corpo travesti é posto em evidência, não focado precisamente no processo de manipulação, mas sim nos significados e nas implicações dessas transformações, associando-as à condição social das travestis. No segundo momento, é discutido, principalmente, o gênero e sua relação com esse corpo. O travestismo reflete novas formas de vivenciar a sexualidade na atualidade, transgredindo certas possibilidades, por isso, tão importante estudar tal identidade.
    Palavras-chave: Travesti; Corpo; Gênero.
  • Júlia Godoi Rodrigues (Universidade Estadual Paulista)
    O direito como instrumento de emancipação: conquistas homoafetivaspor meio do ativismo judicial no Brasil
  • Anne Caroline Quiangala (Universidade de Brasília)
    O grotesco feminino como estratégia feminista na arte contemporânea
  • Karin Dau Bauken (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
    O papel social da mulher em representações da revista do Globo no início dos anos 30
    Este trabalho trata do lugar social que a mulher deveria ocupar na sociedade durante o início dos anos 30, segundo representações do feminino na Revista do Globo. Tomando como uma afirmativa a relevante importância da mídia na construção de modelos sociais, a revista do Globo teria servido como parâmetro de comportamento moral para famílias da burguesia gaúcha, incluindo nesta um lugar específico para a mulher. Para realização deste trabalho torna-se necessária uma contextualização histórico-cultural da Revista do Globo e da história da mulher, utilizando fonte primaria (revista em si) e obras de autores com a temática relacionada ao tema em questão. Posteriormente, apresentamos a análise da fonte para concluirmos qual era o papel ideal para uma mulher burguesa da sociedade gaúcha durante os anos 1930.
    Palavras-chave: Revista do Globo; Papel social; Mulher; Representações sociais.
  • Juliana Knach de Bittencourt (Universidade Federal do Rio Grande do Sul),Carolina Beidacki (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul),Marianna Rodrigues Vitório (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Poa)
    O sistema judiciário brasileiro e o reforço do binarismo de gênero no processo de retificação de registro civil
    O trabalho tem como objetivo apontar as demarcações jurídicas e psicológicas no processo de retificação de registro civil para transexuais e travestis, demonstrando como essas exigências do ordenamento podem assumir um caráter reforçador do binarismo de gênero. Utilizar-se-á como base a experiência de campo do grupo G8-Generalizando do SAJU/UFRGS. A observação permitiu concluir que a construção do processo judicial, desde a petição inicial até a apresentação de laudos psicológicos, tem como fim a afirmação de uma única identidade feminina, no caso das transexuais mulheres, padronizada, não condizente com a luta pelo reconhecimento das várias formas de ser mulher. Da mesma forma, essa ideia se aplica aos transexuais homens, que também precisam de uma afirmação única de gênero, que desrespeita as diversas formas de ser homem, a fim de terem uma resposta positiva para suas ações judiciais. Isso resulta no reforço da caracterização de comportamentos como estritamente "femininos" ou "masculinos", obedecendo à estrutura heteronormativa e cissexista que caracteriza o ordenamento jurídico. Propõe-se uma reflexão sobre os impactos causados por estes pontos, mostrando a dificuldade em lidar com questões queer dentro de um ambiente muitas vezes retrógrado como o sistema jurídico brasileiro.
    Palavras-chave: Gênero; Transexualidade; Direito; Cissexismo; Heteronormatividade.
  • Mayara Ferreira Biasi (Universidade Federal de Uberlândia),Flavia do Bonsucesso Teixeira (Universidade Federal de Uberlândia),Marcela Oliveira Franco Assunção (Universidade Federal de Uberlândia)
    Os (ab)usos da rua: relato da experiência de resolução não violenta de conflitos envolvendo travestis e policiais militares
    A rua se constituiu como espaço privilegiado para muitos pesquisadores que iniciaram seus trabalhos com/sobre as travestis acompanhando ações de enfrentamento da epidemia da Aids. Ainda hoje, muitas pesquisas mantém esse delineamento, talvez porque a visibilidade ou possibilidade de acesso ao grupo ainda se faça na rua. Acreditamos que, embora as travestis e transexuais tenham avançado em relação à luta por reconhecimento e cidadania, as calçadas e a noite ainda se configuram como a realidade para a maioria. Nesta perspectiva, os conflitos decorrentes do exercício da prostituição na rua envolvendo as relações de vizinhança, polícia, outros usuários da rua e interesses imobiliários traduzem desafios cotidianos para a permanência das travestis nesses espaços. Relatos de ações policiais violentas com o objetivo de “derrubar o ponto” são pautas informais dos diferentes encontros e também integram os relatos da literatura. Temos como objetivo discutir a experiência de mediação de conflitos realizada pelo projeto Vidas nas Calçadas que resultou na aproximação da ONG Triângulo Trans e Policia Militar de Minas Gerais permitindo o empoderamento das travestis e o estabelecimento de uma regulamentação ainda que sem textos formais de um modo de exercício da prostituição na área em questão.
    Palavras-chave: Travestis; Resolução de conflitos; Empoderamento.
  • Lucas Álvaro (Universidade Estadual Paulista)
    Pensando o poder fotográfico e anal: o Self-Portrait de Robert Mapplethorpe
    Dos estranhismos ao terrorismo fotográfico e anal, em Self-portrait (1978), Robert Mapplethorpe nos oferece breves discussões políticas sobre sexo ou sobre o mau sexo (Rubin, 2003). A partir da análise desta obra refletimos sobre o poder de discurso imagético e seus tabus, como uma arte politicamente subversiva. Nosso arsenal teórico para tal baseia-se em uma analítica Queer. Fundamentamos essa discussão no diálogo entre dois textos, “Pensando o Sexo: Notas para uma Teoria Radical das Políticas da Sexualidade” e “Terror Anal: Apuntes sobre los primeiros días de la revolución sexual” das estudiosas Gayle Rubin e Beatriz Preciado, respectivamente. Abarcaremos, portanto, um cenário turbulento norte-americano na década de 1970 e 80 quanto as práticas e praticantes do mau sexo, as quais, incitam breves e pertinentes questionamentos políticos para um contexto e pensamento contemporâneo, artístico, acadêmico, nacional em suas transdisciplinaridades onde situamos este estudo. Sendo este, parte de uma pesquisa de Iniciação Científica fomentada pela FAPESP (Fundação de Âmparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
    Palavras-chave: Terrorismo anal; Sexo; Arte; Saberes Queer; R. Mapplethorpe.
  • Milena Carlos de Lacerda (Universidade Federal do Tocantins),Bruna Andrade Irineu (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
    Políticas, direitos e homofobia na VII Parada do Orgulho LGBT de Palmas
  • Juliana Borges de Souza (Faculdade Três de Maio),Núbia Daniela de Oliveira Rolim (Faculdade Três de Maio),Carolina Duarte de Souza (Faculdade Três de Maio)
    Questões de gênero no Projeto das Ações de um CRAS
    O presente trabalho é um relato de experiência que descreve ações realizadas durante o Estágio Básico em Saúde Coletiva de um curso de Psicologia. As atividades foram desenvolvidas em um Centro de Referência de Assistência Social - CRAS numa cidade interiorana de aproximadamente 25 mil habitantes no noroeste de um estado do sul do Brasil. Os participantes pertenciam à turma matutina do Projeto das Ações, que era composta por 13 crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 18 anos, 6 meninas e 7 meninos. O estágio aconteceu em três momentos: observação, planejamento da intervenção e a intervenção propriamente dita. Durante a fase de observação percebeu-se questões relativas a expressão da afetividade, emoções, sentimentos, agressividade e sexualidade na turma. Por meio da categoria gênero e da Teoria Sistêmica foram planejadas intervenções que proporcionassem reflexões e novas possibilidades de interação entre as crianças e adolescentes, menos marcadas pelas diferenças estereotipadas relativas a papéis cristalizados de homens e mulheres, meninos e meninas. Pra tanto realizou-se diferentes atividades que alcançaram esse objetivo: "meu mestre mandou", enfocando a expressão de afetividade; mímicas das emoções e sentimentos; oficinas de sexualidade e curto-circuito da agressividade.
    Palavras-chave: Psicologia; CRAS; Gênero; Teoria Sistêmica; Intervenções psicoterapêuticas.
  • Carolina Ferreira de Figueiredo (Universidade do Estado de Santa Catarina)
    Substratos de uma artista: Manal Deeb e as linguagens identitárias para com a Palestina

19/09/2013 - Hall do CSE

  • Musa Santos (Universidade Federal de Santa Catarina),Eloisa Rosalen (Universidade Federal de Santa Catarina)
    A construção de si dentro das Memórias da Clandestinidade
    Durante a ditadura militar do Brasil (1964-1985), muitos militantes de organizações de esquerda entraram na clandestinidade, alguns com o objetivo de combater o regime e outros como forma de proteção. Esta prática da clandestinidade se tornou comum tendo em vista o momento de repressão que vivia o país. Após o termino deste período muitas memórias vieram à tona, nas mais variadas formas, como autobiografias, biografias, entrevistas, etc. Desta forma, este trabalho tenta entender de que maneira estas pessoas narram o que viveram na clandestinidade no que diz respeito às relações de gênero. Assim, a partir das subjetividades, buscamos perceber dentro destas memórias (escritas e contadas na pós-clandestinidade) como se dá a construção de si no que diz respeito ao processo narrado, enfim, como se constituem nestas relações. Para tanto serão utilizadas algumas entrevistas de história oral e autobiografias.
    Palavras-chave: Ditadura; Clandestinidade; Gênero.
  • Paula Cervelin Grassi (Universidade de Caxias do Sul)
    A incidência da educação nas escolhas profissionais de mulheres e homens
    O estudo propõe analisar a incidência da educação nas escolhas e possibilidades profissionais de jovens homens e mulheres, a partir da experiência dos cursos Técnico em Informática e Técnico em Administração, do Centro Tecnológico da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Para a metodologia, considerou-se o levantamento quantitativo de estudantes formados e corpo docente por sexo ao longo dos anos de 1999 a 2011. Nas turmas atuais foi aplicado um questionário com questões relativas ao mundo da educação e do trabalho. Os resultados indicam que a (re)construção do feminino e do masculino na educação perpassa a divisão do trabalho doméstico, contribuindo e avigorando para a manutenção da divisão sexual do trabalho profissional. Nos cursos analisados, diversos aspectos apresentam significativas diferenças entre os sexos, como a participação. A proporção masculina é maior na Informática enquanto na Administração a predominância é feminina. Embora as transformações no mundo do trabalho denotem uma crescente autonomia feminina, a distinção de lugares sexuados insiste na sua continuidade, gerando novas formas de segregação de gênero.
    Palavras-chave: Educação; Trabalho; Gênero; Juventude.
  • Mauricio Van der linden (Universidade Federal Fluminense),Karla Herdy Mackenzie (Universidade Federal Fluminense),Sérgio Aboud (Universidade Federal Fluminense)
    A pesquisa em gênero na atenção a saúde básica
    Este trabalho apresenta o Projeto PRO/PET-SAUDE Niterói (UFF-FMSN), financiado pelo MS, que articula pesquisa, ensino e assistência tendo como cenário os serviços de saúde. O principal objetivo é uma investigação qualitativa que analisa a construção de redes de atenção no município de Niterói. Realizando o acompanhamento de usuários pelos serviços de saúde, buscamos avaliar a necessidade de cuidados da população, através de temas pesquisados e desenvolvidos pelos bolsistas visando: à ampliação dos cenários de aprendizagem, intensificar na formação a promoção da saúde e ampliar as experiências de trabalho em equipe multidisciplinar na formação, já que cada grupo possui 1 tutor, professor/pesquisado e 12 alun@s bolsistas de 6 cursos da área de saúde. A nossa Rede definida é a de Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Resolvemos fazer a confluência com as questões de gênero, já que esta é principal linha de pesquisa do Professor responsável. Assim, cada dupla de bolsista direciona um microtema de pesquisa, conjugando atenção a saúde, DCNT e gênero. Acreditamos que interagindo nas redes de forma a atuar em todos os níveis de atenção, @s alun@s compreendam a integralidade e responsabilização na busca de uma sociedade mais equânime. Principais referenciais: Abrahão, Louro e Ferrari.
    Palavras-chave: Atenção a Saúde Básica; DCNT; Questões de gênero.
  • Natã Souza Lima (Universidade Federal do Amazonas)
    Abuso sexual para além do sexo: reflexões sobre o “Grupo de Autores” em Manaus
    Há aproximadamente quatro anos, o Creas - Manaus acolhe as reuniões do “Grupo de Autores”, uma assistência psicossocial para acusados de Abuso Sexual. O trabalho parte de uma pesquisa realizada através da participação sistemática às reuniões do “Grupo de Autores”, durante um ano e meio, analisando masculinidades a partir do diálogo com quatro homens que o frequentam. Também são percebidas no “Grupo” duas noções de “cuidado”, (1) como repressão do sexo com crianças ou adolescentes e (2) como afeto masculino nas relações familiares. O objetivo deste trabalho é mostrar – através da análise das masculinidades, apoiada pela observação as noções de “cuidado”, tendo como referência as falas e trajetórias dos interlocutores da pesquisa –, que as situações de Abuso Sexual não passam apenas pelo desejo sexual por meninos e/ou meninas, mas têm como base relações desiguais entre os gêneros, apoiadas em noções e “direitos” masculinos socialmente construídos e reforçados.
    Palavras-chave: Abuso sexual; Masculinidades; Gênero; Sexo.
  • Vanessa de Oliveira Freitas (Universidade Federal Fluminense)
    Artes marciais e mulheres, um encontro possível
    Como praticante e competidora da luta denominada Kickboxing e estudante do sétimo período em Educação física, interessei-me pelo tema após as discussões decorrentes na disciplina obrigatória, do meu curso, Gênero e Sexualidade na Escola, e também pelo fato de sofrer com as opressões por parte de familiares, amigos, namorado e outr@s. Percebendo a importância deste tema para que os paradigmas construídos socialmente possam ser resignificados, a partir de Bourdieu, Louro e Goellner, neste trabalho, resultado da minha pesquisa, apresento que muitas das posturas observadas nas relações de gêneros são moldadas e perpassadas através das instituições. Como futura professora e praticante de arte marcial, vejo a escola como um ponto de partida para novas construções, interagindo na disseminação destas práticas.
    Palavras-chave: Feminismo; Lutas; Práticas desportivas.
  • Isabel Cristina Alberti de Andrade (Universidade do Oeste Paulista),Jeferson Roberto Guedes (Universidade do Oeste Paulista),Zilda Rodrigues (Universidade do Oeste Paulista)
    Atendimento grupal com mulheres que sofreram violência doméstica na abordagem psicodramática
    A violência doméstica contra a mulher é um fenômeno comum nos dias de hoje. Muitas mulheres mantêm este fenômeno silenciado. O Psicodrama mobiliza para vivenciar a realidade a partir do reconhecimento das diferenças e dos conflitos e facilita a busca de alternativas para a resolução do que é revelado, expandindo os recursos disponíveis. Este trabalho tem como objetivo propiciar a estas mulheres que foram violentadas, o reconhecimento do Eu, fazendo com que, apropriando-se e tornando-se autoras de suas vidas, possam perceber-se enquanto pessoas sujeitos de direitos, e assim ter uma autonomia sobre seus atos.
    Palavras-chave: Psicodrama; Violência doméstica; Atendimento grupal; Mulher.
  • Ana Franciele de Oliveira Silva (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia)
    Binarismo sexual na escola: controle social dos corpos
    O presente trabalho é fruto das categorias analisadas no projeto de pesquisa Diversidade Sexual e Educação: desvelando a violência contra gays, lésbicas, travestis e transexuais. O ambiente escolar tende a reafirmar as teses hetoressexista. Todavia o faz de forma singela, quase que invisível, a divisão do sexo está na “ordem das coisas” (BOURDIEU, 2011), aparecendo nitidamente nos símbolos. O binarismo entre o feminino e o masculino determina a naturalização da sexualidade. Fazendo com que o indivíduo que apresenta um comportamento diverso a esta lógica seja compreendido como anormal e passível de violência. Os indivíduos aprendem, desde muito cedo, a ocupar e a reconhecer seus lugares sociais, através de estratégias sutis, refinadas e naturalizadas (LOURO, 2012). Dessa maneira, o processo de vigilância sobre o sexo é intenso, os corpos sociais são constantemente controlados pelas instituições sociais. Estas normas, que são historicamente construídas, estabelecem hierarquias e impõem um padrão de sexualidade perfeita, que só é preenchido pelo homem branco, heterossexual, de classe média urbana e cristão (LOURO, 2011), esta ideologia afirma a dominação da mulher pelo homem e a violência contra os gays, lésbicas, travestis, transexuais e transgêneros.
    Palavras-chave: Binarismo sexual; Heterossexismo; Violência simbólica.
  • Fabrícia Sarmento Sales (Instituto Federal de Brasília),André Gondim do Rego (Instituto Federal de Brasília)
    Cientistas mulheres em livros didáticos de Química: uma discussão sobre gênero e história da ciência no Ensino Médio
    Pesquisas mostram que nos livros didáticos de química no Brasil a descrição histórica dos processos que envolvem cientistas em geral e suas “descobertas” costuma ser bastante “simplista”. Tendo em vista a importância deste tipo de livro para o ensino médio, o efeito de tal descrição seria a difusão de uma percepção da ciência como algo descontextualizado e, portanto, socialmente “neutro” em relação à sua produção e aplicação. No que diz respeito às cientistas, dado as dinâmicas socioculturais que excluíram mulheres do mundo da ciência ou invisibilizaram sua contribuição para o desenvolvimento científico, não constitui surpresa que elas representem uma minoria dentro deste universo de descrição já “simplista”. Partindo destas considerações, a discussão aqui proposta tem por objetivo analisar a presença de mulheres nos livros didáticos de química indicados pelo "Guia de livros didáticos: PNLD 2012", tendo em vista as contribuições científicas destas mulheres e a (ausência de) relação destas contribuições com questões de gênero.
    Palavras-chave: Gênero; História da ciência; Livro didático de Química.
  • Suzana Alves Vale (Universidade Federal de Goiás)
    Considerações a respeito da feminização e precarização do trabalho docente em Goiás
    O presente trabalho é produto da participação no grupo de pesquisa Dialogus (Estudos Interdisciplinares em Gênero, Cultura e Trabalho) e no projeto: A feminização e precarização do trabalho docente em Goiás- com financiamento do CNPq- e como bolsista PIBIC. Neste projeto discutimos a feminização, que em Goiás segundo dados da Secretária Estadual de Educação de Goiás (Seduc) supera a 80%. Neste caminho associamos a feminização com a precarização do trabalho docente. Para tal buscamos subsídios em autoras/es como Chamon (2005), Santos (2009), Nogueira (2006), dentre outros. A pesquisa realizou levantamento de dados sobre o trabalho docente, especificamente o feminino, junto ao MEC, à Seduc e ao Sindicato dos trabalhadores da educação em Goiás (Sintego), bem como dados sobre esta realidade em outros estados do Brasil. O objetivo da pesquisa foi compreender como a precarização do trabalho docente alcança a vida cotidiana destas trabalhadoras, e como tal processo compromete a qualidade de vida e de trabalho das mesmas. Para tanto examinamos não só a cotidianidade de sua atuação profissional, mas também suas práticas no lar.
    Palavras-chave: Feminização; Precarização; Docência.
  • Halina Rauber Baio (Universidade Federal do Paraná)
    Corpo, tecnologia e controle: uma análise antropológica do filme "Gattaca"
    A pesquisa tem por objetivo tomar o corpo como fio condutor de uma análise antropológica.Para apresentar um número de práticas,discursos,representações e imaginários que situam o corpo na modernidade,pretende-se utilizar o filme de ficção científica Gattaca.A escolha deste filme se deve a abordagem que ele faz de temáticas como tecnologia,corporalidade e a transformação do corpo para a superação de limites físicos.Escolheu-se tomar o cinema como ferramenta de análise das representações corporais por conta da contínua produção de filmes que possuem em seu enredo indivíduos cujos corpos foram modificados de maneiras visíveis (com próteses) ou invisíveis (com o uso de medicamentos) para transcender uma linha “comum” de uso do corpo,em outras palavras, para “melhorá-lo”.Diante deste tema surgem questionamentos como:qual o limite entre máquina e ser humano?O que pode ser considerado natural?O que é artificialmente implantado no corpo humano?E para quê?A hipótese que se tem é de que o cinema produz(bem como é produzido por) certas perspectivas sobre um ideal de corpo humano a ser melhorado para desempenhar atividades que não poderiam ser realizadas por um corpo “comum”.
    Palavras-chave: Antropologia do corpo; Cinema; Gattaca; Tecnologia.
  • Sofia Gonçalves Repolês (Universidade Federal de Minas Gerais),Érica Renata de Souza (Universidade Federal de Minas Gerais)
    Dança e gênero: subversão da heteronormatividade na prática do Tango Queer
    O tango tradicional atuou como um agente impositor de normas tais como o binarismo de gênero e a heteronormatividade na Argentina, de acordo com Mercedes Liska (2009). Ao analisar a organização desta modalidade de dança, nota-se uma série de regras que refletem tais valores e que, através da mesma, reforçaram-se e se reafirmaram, também inscrevendo-se nos corpos dos bailarinos. Este trabalho pretende localizar e compreender algumas das práticas desenvolvidas na modalidade do Tango Queer que transgridem as normas de gênero, as quais, por sua vez, normatizam tanto a prática do tango como todo o contexto milongueiro. Os ambientes considerados foram aulas, práticas e milongas queer/gay durante trabalho de campo realizado na cidade de Buenos Aires (Argentina) durante o segundo semestre de 2012. A metodologia consistiu-se também de entrevistas semi-estruturadas com fundadores, professores, bailarinos e frequentadores destes espaços. Para tanto, utilizamo-nos de conceitos fundamentais como o binarismo de gênero, performatividade, paródia, heteronormatividade e o habitus bourdiesiano.
    Palavras-chave: Gênero; Dança; Tango-Queer; Heteronormatividade.
  • Rebeca Ferreira Lemos Vasconcelos (Universidade Federal Rural de Pernambuco),Amanda Cordeiro Cruz Silva Santos (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
    Doenças ocupacionais na pesca artesanal de mulheres: uma questão de reconhecimento
    Lutas são travadas dia após dia pelas pescadoras, uma delas é o interesse pela igualdade e melhoramento nos atendimentos na Saúde Pública e Previdência. Numa pesquisa realizada por Dr. Paulo Penna para Ilha de Maré/BA foi levantada uma lista de 60 doenças em relação com a pesca, entre elas 22 tipos de LER. Além de má postura, hipertensão arterial, diabetes, dermatites e problemas ginecológicos formam o quadro de problemas. Sabe-se que das 200 doenças consideradas ocupacionais, 60 podem ser registradas como resultantes das atividades na pesca. Contudo, os peritos do INSS não reconhecem deliberadamente essas doenças quando a perícia ocorre em relação a uma pescadora. Outra luta é um atendimento especifico para as negras, sabe-se que a população negra desenvolve doenças como: morte materna por toxemia gravídica e anemia falciforme. A saúde pública deve dispensar atenção para o uso de estratégias para reduzir a mortalidade dessas mulheres, criar programas específicos para prevenção e monitoramento, capacitar os profissionais de saúde para reconhecimento dessas e alertá-las sobre as doenças ocasionadas pela pesca e pelo quesito cor. Logo, podemos inferir que a saúde pública não está preparada para atender nossas pescadoras e com isso se faz necessário empenho na adequação da mesma.
    Palavras-chave: Aquisição de direitos; EPIs; Pescadoras artesanais.
  • João Paulo Leandro de Almeida (Universidade Estadual de Ponta Grossa)
    Espacialidade, Escola de Guardas Mirins e constituição de masculinidades na cidade de Ponta Grossa - Paraná
    A presente discussão tem por objetivo evidenciar a relação entre espacialidades e a constituição de masculinidades no cotidiano da Escola de Guardas Mirins Tenente Antônio João, em Ponta Grossa, Paraná. Nossa fonte de reflexão refere-se ao levantamento qualiquantitativo realizado com 10 alunos, entre 12 a 16 anos, entre o período de agosto de 2012 a março de 2013. As atividades desta instituição orientam-se pela necessidade de respeito das peculiaridades e minimização de dificuldades vivenciadas pelos alunos. Sendo que do total de aluno (220), 66% são meninos em idades entre 6 a 18 anos, a espera de comportamento orientada a estas pessoas demanda o exercício de responsabilidades relacionadas a idade adulta, conectada aos papeis sociais desempenhados pelo homem adulto, como o compromisso com o trabalho, a boa índole e respeito com a hierarquia. Devido ao fato desta espacialidade ser constituída por inter-relações, esfera da multiplicidade e sempre em construção, as masculinidades são performaticamente realizadas cotidianamente, construindo um 'ideal' a ser seguido no presente e futuro, nas mais variadas espacialidades que podem ser vivenciadas por estes meninos.
    Palavras-chave: Masculinidade; Espacialidade; Guarda Mirim.
  • Mylena Nahum Sousa Cardoso (Universidade Federal do Pará)
    Estudo de caso da concepção da maternidade e do papel de gênero
  • Juliana Delmonte da Silva (Universidade de São Paulo)
    Feminismos de cara nova: grupos de jovens e o desafio da renovação
    Este pôster apresenta um relato sobre grupos de estudos feministas, a partir de projetos que faziam parte da proposta pedagógica das escolas e da jornada de trabalho da professora. Os grupos se reuniram durante os anos de 2011 e 2012, na periferia de São Paulo, com cerca de 45 alunas entre 13 e 15 anos e suas atividades consistiam em reuniões semanais e passeios. Debatíamos temas suscitados pelas adolescentes, como violência e sexualidade. Neste percurso, buscamos compreender essas questões inseridas em nosso próprio contexto e buscamos soluções para as dificuldades encontradas, em especial a resistência das próprias escolas em aceitar o debate, na medida em que questões novas eram apontadas e tendiam a interferir nas relações de poder previamente estabelecidas. Por meio de observações e depoimentos, percebemos como se deram mudanças de concepção acerca da feminilidade e da masculinidade e como estes conhecimentos se refletiram nas relações com a escola, as famílias e a sociedade. Os projetos resultaram num documentário, a premiação no concurso “Construindo a Igualdade de Gênero” e no fortalecimento de nossa autonomia. Em 2013, buscamos a continuidade do projeto e como responder às renovações dos temas, ampliação da participação das meninas e consolidação de nossos estudos.
    Palavras-chave: Educação; Feminismo; Escola.
  • Niedja de Lima Silva (Universidade Federal de Pernambuco)
    Gênero e geração de renda: cooperativas de mulheres no agreste pernambucano – Conquistas e Desafios
  • Marcelo Alberto de Oliveira (Universidade Federal do Paraná)
    Gênero na perspectiva de um bolsista do PIBID de Educação Física
  • Joanna Ferrão dos Santos (Universidade Federal de Pernambuco),Mayara Lacerda de Mello (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira),Karla Galvão Adrião (Universidade Federal de Pernambuco)
    Gravidez na adolescência, pesquisa e intervenção: a experiência do Grupo Muda no Sertão de Pernambuco
    O Muda é um grupo extensionista composto por estudantes de graduação e pós-graduação, vinculadas/o ao Laboratório de Sexualidade Humana (LabESHu) Psicologia-UFPE. O Muda surgiu do interesse em construir ações que minimizem desigualdades junto a populações jovens que não exercitam seus direitos sexuais e direitos reprodutivos. Este trabalho objetiva apresentar a experiência do grupo extensionista Muda, numa ação realizada com o propósito de devolutiva de uma pesquisa realizada pelo coletivo “Gravid” da mesma instituição; na qual foram estudadas as práticas e significados relativos à gravidez na adolescência entre as mesorregiões da região metropolitana do Recife e do Sertão (PE). Durante dois dias, o Muda em parceria com o Gravid, realizou oficinas na cidade de Santa Cruz da Baixa Verde na escola em que estudavam as jovens envolvidas com a pesquisa, no Sítio Bernarda e com trabalhadoras rurais (idosas, jovens e adultas) do Sindicato de Trabalhadoras Rurais.
    Palavras-chave: Gravidez; Juventude; Sertão; Oficinas.
  • Jucilene Oliveira de Moura (Universidade Federal de Mato Grosso),Moisés Alessandro de Souza Lopes (Universidade Federal do Mato Grosso)
    Homofobia nas escolas de Cuiabá
    Este trabalho apresenta dados de uma pesquisa etnográfica realizada em uma escola municipal de Cuiabá, com o objetivo de identificar e analisar a construção da identidade de alunos LGBTs, com ênfase nos mecanismos de construção da diversidade, do preconceito, da discriminação e da violência neste ambiente. No decorrer da pesquisa foi realizado levantamento de bibliografia e pesquisas sobre sexualidade, gênero e homofobia no ambiente escolar para analisar e compreender as relações de gênero que permeiam nesse espaço, assim como as representações criadas para a construção das diferenças, a violência, a discriminação, o preconceito e a segregação. O trabalho busca também identificar ações ou projetos pedagógicos desenvolvidos pela escola que possibilitem a formação de um ambiente de respeito à diversidade.
    Palavras-chave: Educação; Gênero; Homofobia.
  • Clara Cazarini Trotta (Universidade Federal de Minas Gerais),Kênia Araújo Pires (Universidade Federal de Viçosa)
    Hugo/Muriel e relações de gênero: montando um debate sério através de adereços de humor
    Hugo/Muriel é uma personagem criada por Laerte, renomado cartunista brasileiro. No decorrer das tirinhas, presentes no jornal “Folha de São Paulo”, Hugo, um rapaz que trabalha com informática e namora uma psicóloga, passa a se utilizar de vestimentas tidas como pertencentes ao “universo feminino” e a se identificar como crossdresser. É possível perceber que muitas histórias vivenciadas por Hugo/Muriel tem relação direta com a realidade vivenciada por pessoas trans* e, mais especificamente, por crossdressers. Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo empreender uma análise acerca das abordagens de gênero presentes nas charges de Laerte, bem como uma reflexão sobre as potencialidades de tal instrumento midiático no sentido de levar para a esfera pública um debate que é constantemente invisibilizado. O trabalho de Laerte mostra-se de suma importância ao colocar, de maneira humorada e com linguagem acessível, o debate de gênero na esfera pública a fim de desnaturalizar determinadas noções, como a de linearidade entre sexo, gênero e orientação sexual.
    Palavras-chave: Identidade de gênero; Crossdresser; Montagem; Heteronormatividade.
  • Lucienne de Almeida Machado (Universidade Federal de Goiás)
    Jogos virtuais: constituindo a dualidade de gênero a partir de estereótipos femininos
    Este trabalho discute, por meio da análise de jogos virtuais disponíveis em um sítio da internet, a reprodução de estereótipos de gênero. A pesquisa realizou análise de conteúdo de 348 jogos online criados especialmente para o “sexo feminino”. Com o intuito de problematizar os estereótipos reproduzidos pelos jogos, o trabalho discute o conceito de gênero com a finalidade de criticar a naturalização de certas características como naturalmente femininas. Para tanto, utiliza-se de conceitos da psicologia que demonstram o caráter social do processo de individualização. Assim, os conceitos de estereótipo, socialização e brincar/jogar servem como instrumentos teóricos que desvelam como os papeis femininos ou masculinos são construídos em uma complexa relação entre indivíduo-sociedade. A análise dos jogos destaca como uma forma de lazer que se apresenta como neutra, acaba por contribuir na constituição de uma subjetividade que reproduz claramente estereótipos clássicos e naturalizantes de desigualdades sociais sobre o “ser menina” Desse modo, pode-se afirmar que os jogos virtuais representam a entrada de “novas tecnologias”, mas que repetem velhas divisões sexuais.
    Palavras-chave: Gênero; Estereótipo; Jogos virtuais; Feminino; Socialização.
  • Patricia Pereira da Silva (Universidade Federal da Grande Dourados)
    Mulheres indígenas encarceradas e organismos internacionais
  • Bruna Gonçalves Piazzi (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo),Maria Fernanda Cardoso de Oliveira (Pontifícia Universidade Católica),Mariah Silva Vieira (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)
    Mulheres, medida de segurança e a realidade nos manicômios judiciários
    A presente pesquisa analisa o tratamento jurídico-social destinado às mulheres condenadas à medida de segurança. O objeto principal do estudo, portanto, são mulheres que, ao cometerem crimes, passam pela classificação da loucura e, em decorrência de tal determinação científico-jurídica, sofrem a experiência de aprisionamento nos manicômios judiciários. O olhar direcionado às mulheres pressupõe uma análise histórica do papel da ciência, em especial da medicina e do direito, e das instituições de controle social na definição da loucura e do seu tratamento jurídico-social. Ainda, discute-se como a lógica patriarcal condiciona o duplo processo criminalizador da mulher sujeita às medidas de segurança: mais do que violar uma ordem sócio-penal, a louca-criminosa nega seu próprio seu papel social junto à família. Para uma compreensão aprofundada desta realidade buscamos as raízes desse tratamento penal, quais os fundamentos que os sustentam e, principalmente, quais os efeitos concretos dessa política institucional na vida dessas mulheres e seus reflexos na sociedade.
    Palavras-chave: Gênero; Loucura; Tratamento manicomial; Medidas de segurança; Criminologia.
  • Monica azenha (Universidade Estadual de Londrina),Alamir Aquino Corrêa (Universidade Estadual de Londrina)
    O luto e ausência na voz feminina presentes no ciberespaço literário brasileiro
  • Naila Ingrid Chaves Franklin (Universidade Estadual Paulista),Ana Gabriela Mendes Braga (Universidade do Estadual Paulista)
    O papel dos atores do sistema de justiça criminal na implementação dos direitos reprodutivos das mulheres encarceradas
  • Nicolau Natal dos Santos (Universidade Federal Fluminense),Apolo Alecrim Braz Santos (Universidade Federal Fluminense)
    Parkour: lazer e reafirmação de masculinidade de jovens
    Este trabalho apresenta uma pesquisa desenvolvida em um Projeto de Extensão da UFF coordenado pelo Prof Sérgio Aboud. Estaremos relatando um estudo sobre o Parkour, que tem sua prática aumentando consideravelmente nas áreas urbanas. Perceptível também é o impacto que esses esportes têm sobre a camada jovem principalmente masculina e na sua grande maioria, de classes populares. Esta atividade física e de lazer alternativa, que pressupõe risco, é bastante sedutora para este público. Partindo de um estudo com um grupo focal (só constituído por adolescentes e jovens homens), tematizamos as etapas das atividades do Parkour, da preparação física a prática em si, dando ênfase as questões de masculinidades e suas construções e reafirmações heteronormativas. Estes resultados serão apresentados neste trabalho. Como referenciais teóricos para as questões de Gênero usamos Bourdieu e Nolasco e para Lazer Mello e Bauman.
    Palavras-chave: Parkour; Juventude; Masculinidade.
  • Ana Cristina Cardoso (Universidade Federal de Minas Gerais)
    Perspectivas jurídicas do gênero na atualidade
  • José Mário Gomes de Souza Filho (Universidade Federal de Pernambuco),Karla Galvão Adrião (Universidade Federal de Pernambuco)
    Pesquisa-intervenção, gênero e mídias móveis como recurso de sensibilização de mulheres e homens jovens
    Este trabalho visa refletir sobre a pesquisa-intervenção e sua relação com o uso das mídias moveis na percepção e aprendizado sobre violência contra a mulher. Parte-se do “Curso de Mídias Móveis”, uma pesquisa-intervenção realizada pelo projeto Ação Juvenil - Programa Diálogos para o Desenvolvimento Social em Suape - desenvolvido pela UFPE com diversas parcerias, na sub-região de Suape-PE. O curso consistiu em um trabalho desenvolvido com mulheres e homens jovens, estudantes da rede pública estadual, no formato de oficinas, e utilizou as mídias móveis para sensibilizá-los acerca da violência contra mulher - não só a violência física, como suas formas mais diversas. Partimos do ponto de vista dos-as próprios-as jovens, para entender como eles compreendiam essa questão entre outros temas em suas comunidades. Em rodas de conversas íamos conhecendo, discutindo e montando um roteiro com noções técnicas de filmagens para que os/as jovens produzissem um vídeo, com o tema de violência discutido. Assistindo as filmagens puderam perceber criticamente o assunto trabalhado. A pesquisa-intervenção e o trabalho com as mídias ajudaram a desenvolver um senso critico, político sobre as desigualdades e violências de gênero.
    Palavras-chave: Pesquisa-intervenção; Jovens; Violência; Gênero.
  • Ana Paula Pereira de Araujo (Universidade Estadual de Campinas),Regina Facchini (Universidade Estadual de Campinas)
    Processos de mudança na pesquisa em gênero e sexualidade no Brasil: periódicos brasileiros especificamente voltados a esse campo
    Esse trabalho é fruto de pesquisa de iniciação científica e tem como objetivo colaborar para compreender o processo de desenvolvimento do campo de estudos de gênero e sexualidade no Brasil. Analisa, por metodologia que combina técnicas qualitativas e quantitativas, a produção veiculada nos principais periódicos nacionais desse campo desde o início dos anos 1990, são eles: Revista de Estudos Feministas (UFSC), Cadernos Pagu (Unicamp), Revista Gênero (UFF), Bagoas (UFRN) e Revista Sexualidad, Salud y Sociedad (UERJ). Para tanto, foi mapeada a totalidade dos artigos publicados em cada um desses periódicos. O recorte escolhido para a elaboração deste trabalho traça um perfil geral sobre a distribuição temática dos artigos, bem como a variação regional e disciplinar dos autores ligados a instituições brasileiras visando identificar mudanças ao longo dos anos em que esses diferentes periódicos foram publicados. Os resultados sugerem um processo de espraiamento regional desses estudos no Brasil, a importância das conexões internacionais nesse campo e a necessidade de analisar os limites para a expressão da interdisciplinaridade do campo e da plena expressão do crescimento regional desses estudos nas publicações específicas.
    Palavras-chave: Gênero; Sexualidade; Campo científico; Periódicos científicos.
  • Ana Paula de Souza Santos (Universidade Estadual de Maringá)
    Representações do feminino na publicidade: de consumidora a consumida
    Este trabalho se dispõe ao tateamento da construção do feminino na produção publicitária, aqui entendida sob a forma de imagens e palavras. Para o seu desenvolvimento, é inerente a constatação da existência e da necessidade de análise da subliminariedade da propaganda e o real assujeitamento da mulher à suas representações (NAVARRO-SWAIN apud LESSA, 2012). Tomamos como alicerce a lógica de que a publicidade não necessariamente cria novos padrões comportamentais e estéticos. O que ela faz realmente é apropriar-se de estruturas e papéis já existentes e alimentá-los, produzindo desejos a partir de ligeiras ressignificações (CARVALHO apud LESSA, 2005). Desse modo, diante da composição ideal da mulher moderna, a propaganda ora finca-se na promessa de libertação feminina de seus aprisionamentos cotidianos, tomando-a como consumidora, ora devolve-a ao patamar de objeto possuído e submetido. O conteúdo a ser analisado serão anúncios veiculados em programas “femininos” maringaenses, pertencentes a algumas afiliadas das maiores emissoras nacionais. Essa análise partirá de uma epistemologia que não sujeite-se das Metanarrativas tradicionais, e que preocupe-se com a superação da hierarquização sexual dentro da produção de conhecimento, uma epistemologia tida como feminista.
    Palavras-chave: Publicidade; Representações; Consumo; Sexismo; Objetivação.
  • Ana Carolina Schveitzer (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Trabalho feminino nas colônias alemãs da África: uma questão de gênero, classe e raça
    No final do século XIX, o imperialismo ampliou o domínio de alguns países europeus sobre o continente africano. Entre eles, a Alemanha logrou ter colônias entre 1884 e 1914. A Sociedade de Colonização Alemã foi uma das principais instituições que se empenhou para a construção de uma sociedade colonial branca e germânica em África. Também a sua Liga Feminina teve papel importante, notadamente ao se mobilizar para o envio de mulheres brancas para as colônias africanas. Nestas colônias, as mulheres alemãs trabalhavam, entre outras atividades, como professoras, governantas, secretárias, enfermeiras e domésticas em casas, no meio urbano, ou em fazendas, no meio rural. Os espaços do trabalho feminino eram compartilhados entre mulheres alemãs e africanas, além de eventuais mulheres bôeres. O convívio entre elas não as deixava necessariamente próximas uma das outras. Este trabalho apresenta uma análise do trabalho feminino nas colônias alemãs, relacionando gênero, raça e classe social.
    Palavras-chave: Trabalho; Colonialismo alemão; Gênero.
  • Jéssika Martins Ribeiro (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
    Uma análise de gênero dos trabalhadores mais bem remunerados no mercado de trabalho brasileiro
    A literatura sobre gênero e mercado de trabalho demonstra que as principais diferenciações encontradas entre homens e mulheres acontecem no topo da pirâmide salarial. No Brasil, apesar de apresentarmos altas taxas de presença feminina no mercado e termos nos últimos anos revertido uma desigualdade histórica no processo de escolarização, o acesso feminino aos cargos mais importantes do país ainda mantém-se distante de um patamar de igualdade em relação aos homens. Assim, através do levantamento da bibliografia sobre gênero e mercado de trabalho no Brasil, em particular a literatura sobre os segmentos mais elitizados da mão-de-obra e da análise das tabulações do Censo Demográfico 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tenho como foco analisar as dinâmicas mais amplas das desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho brasileiro. Além disso, propõem-se um olhar sobre o segmento mais elitizado de trabalhadores, que permite discutir as singularidades e diferenças deste grupo em relação à população como um todo. Deste modo, avançamos na compreensão de variáveis como a escolarização ou a renda no delineamento de identidades femininas tanto no campo laboral quanto familiar.
    Palavras-chave: Gênero; Mercado de trabalho; Diferenciações salariais.
  • Luciana Ferrari Gouvêa (Universidade Estadual Paulista)
    Universidade ao lado da escola pública em 2012: oficinas de sexualidades
  • Josué Ferreira de Souza (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
    “Agora sou Homem”: produção e significados da identidade masculina face à paternidade entre jovens de camadas populares na cidade do Rio de Janeiro
    Este estudo está sendo desenvolvido como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Ciências Sociais pela UERJ. O trabalho traz reflexões a partir de entrevistas em profundidade com seis (6) jovens pais, com idade entre 18 e 24 anos, pertencentes as camadas populares e residentes na cidade do Rio de Janeiro. O foco se detém nas narrativas dos rapazes sobre suas experiências com a paternidade, bem como a relação entre paternidade e a construção de masculinidades heterossexuais. O objetivo principal é compreender como tornar-se pai se constitui em elemento significativo na construção das identidades masculinas desses jovens. São abordadas três dimensões do processo de construção da masculinidade em articulação com a paternidade: a inserção do filho nas sociabilidades dos entrevistados; a expressão do afeto entre pai e criança; e a relação entre masculinidade e os cuidados infantis. A relativa proximidade geracional entre os informantes e seus filhos aparece como algo que positiva a experiência de paternidade juvenil. Os depoimentos revelam que analisar este processo implica considerar que os marcadores sociais de diferenças – cor/raça, classe, gênero e sexualidade – delineiam perfis sociais e percursos biográficos muito heterogêneos dentro de um mesmo estrato social.
    Palavras-chave: Juventude; Paternidade; Masculinidades; Heterossexualidades.

19/09/2013 - Hall do CTC

  • Sérgio Gomes Rodrigues (Universidade Estadual de Montes Claros)
    "A casa e a rua em Montes Claros"- vivências homossexuais em espaços privados e públicos
  • Ana Luiza Honma (Universidade Federal de Uberlândia),Raquel Discini de Campos (Universidade Federal de Uberlândia)
    A educação do corpo feminino via impressos: uma análise do Correio da Manhã (1901-1974)
    O trabalho proposto para este evento é parte integrante do projeto de iniciação científica intitulado “A educação do corpo feminino no Correio da Manhã: beleza, cultura física e envelhecimento”, desenvolvido com o apoio do CNPQ e da FAPEMIG junto à Universidade Federal de Uberlândia, MG. O objetivo do projeto é analisar como esse jornal de grande circulação nacional colaborou para a construção de determinadas representações sobre a beleza feminina no Brasil do século XX. Neste impresso procuramos observar as temáticas mais recorrentes referentes ao embelezamento, envelhecimento e emagrecimento do corpo feminino. Para isso analisamos artigos, publicidades, reportagens e conselhos que cotidianamente ensinavam as leitoras a se comportarem de determinada maneira. Embora os temas estejam interligados entre si, enfatizaremos a discussão sobre a temática do emagrecimento do corpo feminino, sem dúvida uma das tônicas prescritivas mais recorrentes em relação às mulheres, desde aqueles tempos e além.
    Palavras-chave: Emagrecimento; Corpo feminino; Beleza, Correio da Manhã.
  • Laura Bueno Pimentel (Universidade Federal de Santa Catarina)
    A Mulher e o Mal – Sujeitos Femininos em Filmes de Terror
    Historicamente a mulher está associada ao mal – foi Pandora quem abriu a caixa dos males do mundo, Eva teria sido responsável pelo pecado que resultou na expulsão do Paraíso. Durante o medievo era comum nos tribunais da Santa Inquisição a associação de belas mulheres a ritos de bruxaria e pactos sinistros com o demônio. Assim, o tripé sedução, maldição e beleza construiu no imaginário ocidental representações do horror no qual o sujeito feminino é colocado como um ser amaldiçoado. Em muitas produções cinematográficas podemos perceber que há uma noção de linhagem e maternidade da malignidade, pois o cerne do horror investe em filhas rejeitadas, em corpos femininos com capacidade de incubar outras vidas em mães martirizadas pela culpa. Levantamos a hipótese de que são os discursos masculinos patriarcais que associam a mulher à transgressão religiosa ou moral, tornando-a responsável por danos, males ou delitos e fazendo dela uma presença fantasmagórica que necessita de expiação. Este trabalho irá abordar os filmes: O Bebê de Rosemary (Rosemary’s Baby, Roman Polanski, 1968) Carrie, a Estranha (Carrie, Brian de Palma, 1976), Os Outros (The Others, Alexandro Amenábar, 2001) e Anticristo (Antichrist, Lars Von Trier, 2009) para problematizar a figura feminina como monstro.
    Palavras-chave: Terror; Maldade; Mulher e Cinema.
  • Thiago Panegace de Avila (Universidade Estadual Paulista)
    A ordem em xeque
  • Tatiane de Oliveira Barbosa (Universidade Estadual Paulista),Lucas dos Santos Lima (Universidade Estadual Paulista)
    A precarização no interior da divisão sexual do trabalho: a condição da mulher trabalhadora urbana do século XX
  • Aline Aparecida de Souza Ribeiro (Universidade Federal de Juiz de Fora),Luana das Graças Pinto Procópio (Universidade Federal de Juiz de Fora),Ayra Lovisi Oliveira (Universidade Federal de Juiz de Fora)
    A Relação da Imagem corporal, do Gênero, e do Esporte na participação das aulas de Educação Física
    O afastamento das aulas de Educação Física por parte dos adolescentes tem sido uma preocupação recorrente entre pesquisadores e professores de Educação Física. De acordo com alguns estudos (DURAN,1999; DUARTE,2003), gênero, habilidade e a predominância do conteúdo esporte nas aulas têm contribuído para esta situação. Acreditamos que a (in) satisfação com a imagem corporal dos adolescentes também esteja influenciando este cenário e que a esportivização das aulas seja realmente uma das maiores responsáveis pela atribuição de estereótipos corporais, que contribuem para a perpetuação de atividades/modalidades vinculadas a cada sexo, excluindo na maioria das vezes a menina das aulas. O objetivo do estudo é analisar a relação entre a (in) satisfação da imagem corporal e a participação de meninas e meninos nas aulas de educação física. A pesquisa será realizada com escolares de 6˚ a 9˚ ano do Colégio de Aplicação João XXIII, escola pública federal do Município de Juiz de Fora/MG. Os(as) alunos(as) irão responder ao Body Shape Questionnarie (BSQ) acrescido de uma questão que irá avaliar a participação nas aulas de educação física escolar.
    Palavras-chave: Adolescentes; Educação Física Escolar; Imagem corporal; Gênero e Esporte.
  • Flávia Leite Azambuja (Universidade Federal do Rio Grande)
    A visibilidade feminina na História da Arte
  • Sandra Helena Costa Lima (Universidade Federal Rural de Pernambuco),Cinthia Furtado Avelino (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
    A voz das meninas em conflito com a lei
    O objetivo do presente trabalho é apresentar os resultados da primeira fase do projeto de pesquisa e extensão “A voz das meninas em conflito com a Lei”, em andamento numa unidade de atendimento socioeducativo da Região Metropolitana de Recife, que consiste em realizar um diagnóstico com a participação das meninas em situação de semiliberdade objetivando a implementação de ações socioeducativas na perspectiva de gênero. O Cadastro Nacional de Adolescentes em conflito com a lei revela que até junho de 2011 o sistema registrou ocorrências de 91.321 adolescentes de ambos os sexos, dos quais 29.506 cumpriam medidas socioeducativas. Dados de 2006 registram que 96.32% dos adolescentes cumprindo medidas de internação eram meninos, e menos de 4% meninas. Tornando-se este dado numa instigante questão a ser conhecida tanto em termos de pesquisa como de ações socioeducativas com meninas em conflito com a lei.
    Palavras-chave: Adolescente; Gênero; Direitos humanos; Medida socioeducativa.
  • Laryssa Tonon Corrêa (Universidade Federal deVIçosa)
    As aulas de Educação Física no município de Viçosa: um espaço generificado
  • Crystian Eduard Kühl (Universidade Estadual de Ponta Grossa)
    As primeiras mulheres jornalistas de Ponta Grossa nos impressos "Diário dos Campos" e "Jornal da Manhã"
  • Arthur Henrique Silva Santana (Universidade Federal de Uberlândia),Manuela Oliveira Rocha e Sousa (Universidade Federal de Uberlândia),Flavia do Bonsucesso Teixeira (Universidade Federal de Uberlândia)
    Bree Osburne, o nome também é uma inclusão
    A Portaria Nº 1.820, de 13 de agosto de 2009 que assegura às pessoas transexuais e travestis o direito a ao uso do nome social no âmbito dos Serviços de Saúde, pode ser considerada um dos avanços em direção às demandas por reconhecimento das travestis e transexuais. No entanto, observamos que a reivindicação de autonomia sobre a identificação da identidade de gênero, desvinculada do diagnóstico psiquiátrico e possibilidade de modificação do registro civil independente da cirurgia de transgenitalização e consequente autorização judicial, ainda são pautas a serem conquistadas. O Projeto de Lei Nº 5.002/2013 n er considerado independente da cirurgia transexuaisvez que "s para os cuidados em saque “Dispõe sobre à identidade de gênero e altera o artigo 58 da Lei 6.015 de 1973”, pode ser considerado atualmente, o mais avançado em sua temática, porém parece recuperar a discussão da cirurgia (mesmo que para nega-la) no corpo de suas reivindicações. Vencer as armadilhas da heterormatividade é uma dificuldade a ser enfrentada até mesmo pelo Estado que, em 29 de janeiro de 2013, finalmente cumprindo o que está estabelecido na Carta dos Usuários da Saúde, lançou o Cartão Nacional de Saúde com o espaço para o nome social.
    Palavras-chave: Nome civil; Identidade de gênero; Transexualidade; Travestilidade.
  • Andréa Paula da Silva (Universidade Federal de Pernambuco),Michael Machado (Universidade Federal de Pernambuco),Benedito Medrado (Universidade Federal de Pernambuco)
    Diálogos com a literatura sobre homens no campo da saúde
    Este trabalho situa-se na interlocução da Psicologia Social com a Saúde Coletiva, discutindo a produção acadêmica nacional que articula homens e práticas de saúde. Partimos do pressuposto que a literatura científica configura-se como dispositivo de produção de regimes de verdade sobre masculinidades e sobre modos de ser homem. Assim, por meio de um levantamento bibliográfico, objetivou-se identificar a produção relativa aos estudos sobre homens, com enfoque de gênero, no campo da saúde, visando construir uma trajetória histórica desta literatura no Brasil. Buscou-se compreender como tais produções dialogam para/com a construção da Política Nacional de Saúde do Homem (Brasil, 2009), criando uma agenda específica para a saúde masculina no SUS. Realizou-se a pesquisa entre novembro e dezembro de 2012, na database Scielo, utilizando-se combinações dos descritores “homem”, “saúde” e “cuidado”, compreendendo todo o material disponível nessa base. Análises preliminares indicam um aumento nas produções acadêmicas no campo da saúde, a partir dos anos 2000, e uma progressiva compreensão da saúde dos homens através das perspectivas de gênero, porém ainda com pouco diálogo com as leituras feministas sobre saúde e direitos sexuais e reprodutivos.
    Palavras-chave: Homens; Gênero; Saúde.
  • Pedro Vinicius Martins Belarmino Junior (Universidade Federal do Tocantins),Bruna Andrade Irineu (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
    Diversidade sexual e sistema prisional: desafios para o enfrentamento ao sexismo e a homofobia
  • Eliane Godinho (Universidade Federal de Pelotas)
    Emancipação da mulher, um diálogo possível entre: políticas públicas, gênero e papel social da escola
    Este trabalho procura fazer referência e debater acerca de práticas emancipatórias da/para mulher, algumas políticas e incentivos à emancipação da mulher através do trabalho feminino nos espaços públicos e privados, e como se dá essa discussão no contexto escolar, para além das relações de gênero e trabalho. Trata-se de apresentar, portanto, dados referentes a algumas políticas, bem como alguns programas de governo voltados para ações que consolidam as políticas públicas e diretrizes governamentais de inclusão educacional, social e produtiva de mulheres em situação de vulnerabilidade. Viabilizando uma discussão, para além do tema em questão proporcionando, assim, um debate sobre a cultura social machista e o papel social da escola. Acreditamos que é necessário tornar visíveis as relações de gênero na escola, pois ela é um espaço onde as identidades sexuais e de gênero são criadas e recriadas, a escola entende e reproduz a diferença, as distinções, as desigualdades. Ela também delimita espaços, serve-se de símbolos e códigos, afirma o que cada um pode ou não fazer, informa os lugares... A escola tem um papel fundamental nas discussões acerca do assunto, pois é um local que também produz sociedade por isso julgamos ser de extrema relevância tais discussões nesses espaços.
    Palavras-chave: Emancipação da mulher; Trabalho; Gênero e educação.
  • Maria Luisa Souza e Silva (Universidade Federal de Pernambuco),Jaileila de Araujo Menezes (Universidade Federal de Pernambuco)
    Feminismo na produção musical das mulheres rappers do Recife
    Analisa a produção musical de jovens mulheres inseridas no movimento hip hop, mais especificamente no elemento rap, na cidade do Recife-Pernambuco. Problematiza seu nível de participação nos principais espaços de divulgação e reconhecimento e caracteriza suas performances dentro e fora dos palcos. Para estas jovens, o movimento hip hop representa um espaço de construção identitária que colabora para a construção da igualdade de gênero nas dimensões público-privadas de existência, a partir do acesso as pautas da esfera feminista. Trata-se ainda de uma pesquisa qualitativa de inspiração etnográfica que utiliza entrevistas, observações, relatos de campo e conversas informais como instrumentos de coleta de dados, além da própria análise das letras compostas pelas jovens. Conclui que apesar de uma produção e participação crescente das mulheres através do modo cancionado/gravado, é quase inexistente a inserção de jovens rappers em batalhas, que exigem o modo Freestyle, sendo desqualificadas e vistas como inaptas (fracas de conhecimento e agilidade) bem como frágeis/delicadas ao exercício do elemento, levantando discussões sobre os principais desafios que se apresentam a estas mulheres ao investirem na carreira musical, além do potencial vocalizador/denunciativo do próprio elemento rap
    Palavras-chave: Juventude; Gênero; Rap.
  • Isadora França Lima Barreto (Universidade Federal de Minas Gerais),Christianne Câmara Lopes Albuquerque Miranda (Universidade Federal de Minas Gerais),Aline Aparecida de Alvarenga (Universidade Federal de Minas Gerais)
    Grupos de mulheres na maternidade: reinventando as possibilidades de ser mãe
    O trabalho apresenta a análise realizada a partir de atendimentos em grupos com mulheres, na Maternidade do Hospital Risoleta Neves em Belo Horizonte. Os grupos aconteceram no 2º semestre de 2012, pela equipe do Estágio de Enfrentamento à Violência de Gênero, coordenado pela Prof. Sandra Azerêdo do Departamento de Psicologia da UFMG. O grupo tem por objetivo tensionar violências de gênero a partir da quebra de estereótipos. A metodologia é baseada na teoria de grupo operativo de Pichon-Rivière e ancorada nas teorizações feministas sobre as relações sociais. Apesar das muitas conquistas feministas, a predominância do discurso de que os corpos femininos destinam-se à reprodução ainda impõem a [nós] mulheres questões sobre a sexualidade, os direitos reprodutivos e o cuidado do corpo. O grupo nos permitiu reflexões sobre a materialização das normas discursivas do sistema sexo/gênero. Estabelecemos conversas provocativas com mulheres, nos aproximando de suas elaborações sobre a maternidade, verificando a complexidade desta e percebendo que o significado da gravidez e da maternagem perpassam as múltiplas relações que elas experimentam. O grupo foi um espaço de interação para que as narrativas das mulheres emergissem, possibilitando processos de mudanças psicossociais.
    Palavras-chave: Feminismo; Grupos operativos; Maternidade.
  • Marcos Rossiny Leandro (Universidade Federal de Goiás)
    Homossexualidade no âmbito escolar
  • Thalita da Silva Coelho (Universidade Federal de Santa Catarina)
    Matilde Garcia Rosa: aquém/além de um nome próprio
    Minha pesquisa é parte do projeto A Mala de Jorge Amado 1941-1942, um dos acervos do nuLIME, núcleo Literatura e Memória da UFSC, coordenado pela Profa. Tânia Regina Oliveira Ramos. Entre cartas, documentos pessoais, documentos oficiais, originais e inéditos, articula- se o espaço biográfico, segundo a concepção de Leonor Arfuch, do escritor baiano nos dois anos do autoexílio, no auge de sua militância no Partido Comunista. Parto do princípio de Marques Rebelo em sua trilogia O Espelho Partido onde diz: A memória de todo homem é um espelho de mulheres mortas. O que levou o apagamento e o esquecimento de parte da história pessoal de Jorge Amado, ao se omitir os nomes de sua primeira esposa e de sua filha adolescente pelos biógrafos e pelo próprio autor? Que papel ocupou essa mulher em 1941 - 1942 durante a permanência de Jorge Amado em Buenos Aires e Montevidéu? Envelopes, cartas, notícias, relações pessoais, fragmentos de obras, permitem dar visibilidade a uma dessas companheiras, camaradas, fadadas – por quem veio depois - ao anonimato nas biografias laudatórias, nas memórias e na historiografia oficial do escritor baiano.
    Palavras-chave: Matilde Garcia Rosa; Acervo; Mulheres; Militância; Jorge Amado.
  • Claudemir Izidorio da Silva Filho (Universidade Federal de Pernambuco),Michael Machado (Universidade Federal de Pernambuco),Benedito Medrado (Universidade Federal de Pernambuco)
    Metodologia feminista de monitoramento e avaliação de política social: uma experiência com homens, em contexto de desenvolvimento econômico
    Esse trabalho versa sobre a experiência do Núcleo de Pesquisas em Gênero e Masculinidades da UFPE no Monitoramento e Avaliação Contínuos (MAC) de um programa de intervenções em gênero e saúde, realizadas pela ONG Instituto Papai com trabalhadores envolvidos em construções de grande porte na Microrregião de Suape, litoral pernambucano. As ações interventivas focalizam temas relativos à saúde, diversidade sexual, violência de gênero, paternidade e cuidado, a partir de uma perspectiva feminista de gênero, no campo da psicologia social. A metodologia destas intervenções inclui oficinas e rodas de conversa, intervenções em momentos de Diálogos Diários de Segurança e campanhas de sensibilização e informação. Nossa proposta de MAC é norteada por um enfoque feminista de gênero, concebendo essa atividade como uma estratégia política de promoção de equidade de gênero e de justiça social. Compreendemos a avaliação como um processo de aprendizagem em que os diferentes atores envolvidos implicam-se mutuamente. Não nos interessa apenas conhecer ou descrever as ações desenvolvidas, mas discutir possibilidades de contribuir e potencializar as intervenções da ONG, visando um impacto na melhoria das condições de vida da população em questão e na ressignificação simbólica de práticas e valores.
    Palavras-chave: Monitoramento e avaliação; Feminismo; Homens e gênero.
  • Luiza Fernandes Lootens Machado (Universidade de Brasília)
    Meu destino é amar: mulheres e dispositivo amoroso
  • Ruan Costa Paiva (Universidade Federal de Pernambuco),Karla Galvão Adrião (Universidade Federal de Pernambuco)
    Mídias móveis e pesquisa-intervenção: ajudando a aguçar o olhar crítico dos jovens
    Esse trabalho visa entender como a mediação da Câmera Filmadora viabilizou a pesquisa-intervenção do 'Curso de Mídias Móveis' realizado pela Ação Juvenil, subprojeto do Programa Diálogos para o Desenvolvimento Social em Suape da UFPE, atuando juntos a-os jovens da sub-região Suape-PE. O objetivo do curso foi ajudar a construir, a partir da apropriação de técnicas de produção audiovisual somadas a oficinas dialógicas, facilitadas por jovens estudantes de graduação, um olhar crítico sobre a configuração social e espacial da região (relações sociais, de poder, de gênero, sexuais, econômicas, etárias). Além disso, incentivar a apropriação dos equipamentos sociais (CRAS, postos de saúde, conselhos tutelares, delegacias, etc), a desnaturalização dos espaços urbanos e a percepção das condições atuais da cidade, amplificando, dessa forma, o potencial ativo de mudança das-os jovens. Isto foi gradativamente percebido, à medida que os/as jovens travavam discussões no grupo, e produziam curtas, posicionando-se de modo mais comprometido, reflexivo e crítico diante das suas experiências no cotidiano.
    Palavras-chave: Pesquisa intervenção; Mídias moveis; Oficinas; Jovens.
  • Gerliani de Oliveira Mendes (Universidade Federal de Ouro Preto)
    Mulheres em situação de violência no jornalismo popular
    Apresentaremos resultados da pesquisa Violência de Gênero na Mídia Impressa, realizada no Jornal Popular Super Notícia (lider de vendas no Brasil), no período de janeiro, fevereiro e março de 2012. No total, catalogamos 88 edições de jornais com 209 notícias de violência de gênero, extraindo delas 149 casos noticiados - alguns destes com desdobramentos - e matérias com a temática de mulheres em situação de violência. Consideramos o contexto atual, em que se insere a Lei 11.340 (Maria da Penha), aparato jurídico que tem provocado formas novas de encarar a realidade de violência doméstica. Levantamos questões referentes à relevância das abordagens em estudos na Sociologia feminista e da Comunicação. Questionamo tanto o conteúdo quanto a forma discursiva veiculada pelo jornal Super acerca das representações de gênero e por consequência, na abordagem da violência contra a mulher. Discutimos também os conceitos de violência, patriarcado e heteronormatividade a partir dos exemplos extraídos das notícias. As principais pesquisadoras utilizadas foram a socióloga Heleieth Saffioti (2004), envolvida com a temática de violência de gênero, e Márcia Franz Amaral (2006), que investiga o segmento considerado Jornalismo Popular entre meios de comunicação.
    Palavras-chave: Mulheres em situação de violência; Mídia impressa; Patriarcado; Heteronormatividade; Jornalismo popular.
  • Ana Beatriz de Oliveira Souza (Universidade de São Paulo)
    O debate sobre o aborto no Brasil: avanços e retrocessos no campo político no período de 2010-2012
  • Poliana Gomes Goslar (Fundação Universidade do Contestado)
    O feminismo nosso de cada dia: a vivência das conquistas do movimento na visão transgeracional de mulheres entre a faixa etária de 20 a 70 anos
    Este estudo constitui-se de pré-projeto que está sendo construído com vistas ao desenvolvimento de Trabalho de Conclusão do Curso de Psicologia, e tem por objetivo compreender de que maneira as mulheres de diferentes faixas etárias estão vivenciando as conquistas do feminismo ao longo do seu ciclo de vida. A partir da transformação das práticas sociais decorrentes de tais conquistas, pretende-se ainda compreender de que modo a atribuição de papéis de gênero vem sendo transmitida transgeracionalmente. Tendo em vista que muitas mulheres mais jovens percebem o feminismo como um movimento encerrado, será também abordada a forma como compreendem as questões atuais de emancipação feminina, bem como se consideram a necessidade de dar continuidade a estas conquistas. Pretende-se viabilizar esta análise por meio de entrevista semi-estruturada com quatro mulheres que possuam idades distribuídas uniformemente entre vinte e setenta anos, e valendo-se da Psicologia Sistêmica como aporte teórico de análise, com o intuito de responder à pergunta de pesquisa: Como as mulheres de diferentes gerações estão vivenciando as conquistas do Feminismo ao longo de seu ciclo vital?
    Palavras-chave: Feminismo contemporâneo; Emancipação feminina; Transgeracionalidade; Psicologia sistêmica.
  • Thainá Soares Ribeiro (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia)
    O significado do casamento para as mulheres na contemporaneidade
  • Thayane Lopes Oliveira (Universidade Federal do Ceará)
    PCN’s, Ensino de História e a discussão de gênero
    As pesquisas historiográficas que utilizam o conceito de Gênero como categoria de análise crescem consideravelmente nos corredores da academia. As relações de gênero aparecem nos PCNs compondo, juntamente com Corpo: matriz da sexualidade e Prevenção das doenças sexualmente transmissíveis/AIDS, o bloco de Orientação Sexual dos temas transversais. De acordo com os PCNs, incluir os temas transversais dentro do ensino escolar permite aos estudantes entrar em contato com temas atuais que permeiam a vida social. Portanto, ao trabalhar esses temas na sala de aula, os professores estão convidando os estudantes a refletir criticamente sobre essas questões. Interessam-nos aqui, mais especificamente, as relações de gênero e as possibilidades de abordagem dentro das aulas de História. Como podemos trabalhar os conteúdos exigidos pela grade curricular e suscitar o olhar sobre as relações de poder presentes nas relações de gênero? Utilizar essa abordagem permite aos estudantes perceber como foram construídos socialmente os papéis sexuais ainda presentes na nossa sociedade e desconstruir estereótipos tão enraizados nas nossas práticas cotidianas. Este trabalho resultou na produção do trabalho de conclusão da licenciatura em História pela Universidade Federal do Ceará.
    Palavras-chave: Ensino de História; Gênero; PCNs.
  • Maíra Ívze Bezerra Alves (Universidade Federal da Paraíba)
    Políticas públicase empoderamento feminino no Estado da Paraíba
  • Priscilla dos Santos Vasconcelos (Universidade Estadual Paulista)
    Reconstrução da memória: a representação da mulher militante na mídia cinematográfica
  • Wagner Ciqueira Quadro (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul)
    Relação da sociedade com a adoção de crianças por casais homoafetivos
  • Françoise Michelle dos Santos (Universidade Federal de Pernambuco),Mariana Gomes dos Santos (Universidade Federal de Pernambuco)
    Situando conhecimentos: mulheres cientistas em Pernambuco
  • Maíra Kobayashi (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)
    Sociabilidades homossexuais nas periferias de São Paulo
    O presente trabalho é um estudo sobre as sociabilidades homossexuais que se constituem nas periferias da cidade de São Paulo. A partir de pesquisa etnográfica em três casas noturnas localizadas na zona leste da cidade, o trabalho tem como objetivo compreender as dinâmicas sociais de gays e lésbicas, procurando através dessas relações, identificar as subjetividades dos diferentes sujeitos, relacionando-os com marcadores sociais de diferença, como a classe social, raça, relações performativas de gênero, geração, sexualidade e corporalidade. Ao tentar manter relações tanto com a sociologia como com a antropologia, o presente trabalho aparece mais como um experimento, na tentativa de buscar um maior aprofundamento para se pensar a construção das identidades marginais através do urbano, da territorialidade e da orientação sexual. Ao procurar identificar a complexidade desses atores identitários, o estudo busca analisar, através da relação entre o urbano e a orientação sexual, como o homossexual das diferentes periferias da cidade de São Paulo vive, interpreta e representa sua própria cidade e sua identidade, procurando analisar, os processos que originam a construção de novos sujeitos, como também corroboram para a demarcação de fronteiras.
    Palavras-chave: Homossexualidade; Homossociabilidade; Identidade; Periferias.
  • Iara Cássia de Castro (Universidade Federal de Viçosa),Paula Dias Bevilacqua (Universidade Federal de Viçosa)
    Teatro como meio pedagógico no enfrentamento da violência contra as mulheres
    O teatro mais do que uma metodologia participativa pode ser utilizado como meio pedagógico ao trazer a representação do espaço doméstico, do privado e das relações de dominação masculina, que ficam invisíveis aos olhares desatentos, naturalizados. Em 2012, o grupo de Teatro Policultura iniciou suas atividades a partir de demandas das atividades do Programa Casa das Mulheres, que atua na rede não especializada de enfrentamento da violência contra a mulher no município de Viçosa-MG. O teatro surgiu como instrumento educativo e de mobilização popular nas atividades da Casa das Mulheres na Comarca de Viçosa. A peça encenada retrata, anonimamente, histórias de mulheres que passaram pelo atendimento na rede protetiva, buscando evidenciar os tipos de violência tratados na Lei Maria da Penha. As cenas seguem uma ordem cronológica onde, com o passar do tempo, a violência se repete e se acentua, contribuindo para a evidenciação do ciclo da violência. A percepção do ciclo auxilia a desconstrução de comportamentos e discursos que julgam a mulher como passiva ou conivente com a situação de violência, demonstrando que a violência é um fenômeno de imensa complexidade, requerendo análise a partir de diferentes perspectivas e que incorporem conceitos de gênero e patriarcado.
    Palavras-chave: Rede protetiva; Mobilização popular; Produção de sentidos.
  • Karla Herdy Mackenzie (Universidade Federal Fluminense)
    Um projeto investigativo: banco de dados na área de gênero da Universidade Federal Fluminense
    O presente trabalho apresenta o resultado de um Projeto de Extensão e Pesquisa do Instituto de Educação Física da UFF, coordenado pelo Profº Sérgio Aboud. O principal objetivo é expandir a divulgação de trabalhos acadêmicos da área de Relações de Gênero, através da construção de um banco de dados para uso do domínio público, os trabalhos de conclusão dos cursos de graduação e pós-graduação em Educação, Letras, Serviço Social, História, Psicologia, Educação Física, Ciências Sociais, Enfermagem e Direito, no período de 1968 a 2011, tendo como base os acervos de algumas das nossas bibliotecas. O recorte principal foi Gênero. A pesquisa se propôs a realizar a análise de significados antropológicos e sociais desta produção. A primeira fase do trabalho consistiu no levantamento da produção. Na segunda fase trabalhamos com a proposta de identificarmos as representações e distinções teóricas, por questões cronológicas e metodológicas. Acreditando que a sistematização desses trabalhos é de relevância acadêmica para pesquisadores e outros membros da sociedade que lutam pela equidade de gêneros.
    Palavras-chave: Banco de dados; Relações de gênero; Produção acadêmica.
  • Cinthia Furtado Avelino (Universidade Federal Rural de Pernambuco),Sandra Helena Costa Lima (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
    Vozes de meninas adolescentes

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