Fazendo Gênero 10 - Desafios atuais dos feminismos
Universidade Federal de Santa Catarina - 16 a 20 de Setembro de 2013
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Programação "Arte e Gênero"
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Programação "Arte e Gênero"

 

PERFORMANCES e teatro feminista

I EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL ARTE E GÊNERO

FLORIANÓPOLIS, 2013

 

17 de setembro
Museu Universitário 
18h

 

Tatiana Nascimento, Sabrina Lopes e Bruna Araujo

• banquete, uma PERFORMANZine

banquete, uma performanZINE: zine que se traduz em performance ou performance que usa a desculpa de apresentar um zine sobre ser gorda, lésbica, negra pra falar daquele silêncio que paira entre os manuais de autoestima feminista e o espelho. gorda, eu?!? é um fanzine feminista lançado em 2012 e que reúne fotos e textos sobre uma negra lésbica e seu corpo gordo. nos textos, em grande estilo “o pessoal é político”, a autora retoma memórias de retaliações sobre ser gorda e as relaciona a seus processos de des/constituição enquanto lésbica, pensando os limites e armadilhas das noções heterorracistas que estipulam que corpos podem ser lidos como o quê, e para que tipo de intercâmbio (afetivo, sexual, financeiro e outros) serviriam – ou NÃO servem, por serem gordos.

 

 Alice Monsell

• As sobras da casa da Alice II

As sobras da casa de Alice II é uma performance onde o artista veste uma roupa e cria uma situação performática que envolve também o público presente. A roupa é feita de papel (colagem) e tem bolsos onde estão colocados objetos velhos e obsoletos que achei na minha casa em Pelotas. As pessoas estão convidadas a participar na ação através da pergunta “Você gostaria de uma sobra da minha casa ?”. As pessoas podem levar os objetos que escolherem. 

 

 

18 de setembro 

Museu Universitário 
14h

 

Lia Jupter

 • Pronta para o baile

“...Se a onda anterior do feminismo disse para a mulher se livrar das pressões do machismo e libertar seu próprio corpo, mantém-na refém de um sistema que lhe prega o que e como ser. Agora que o corpo é seu (ao menos em teoria), a mulher ainda sofre ao decidir o que fazer dele e como enxergá-lo. Seu corpo é seu cartão de visitas, seu valor de compra/troca. O corpo, na contemporaneidade, é o próprio produto consumido pelo capitalismo pós-industrial: o corpo se consome, a si próprio, para ter maior valor...”.

 

Luciana Martins

  • A lama do mundo

A lama do mundo é uma performance que aborda a corrupção, prostituição de menores, preconceito, violência contra mulheres, fome, racismo, desastres ambientais, feminicídio, e tudo de ruim que nossa sociedade vivencia no dia a dia. É um trabalho de minha autoria, que surgiu dentro do Núcleo Artístico Feminista (NAFEM).

  

Nizael Almeida e Stélio Constantino

 • mULhEr

Nesse mundo de identidades transitórias e fragmentadas de sujeitos negados, propomos uma abordagem do “eu mulher”, para o ser sexual e social, através de áudios de pessoas que trazem na sua voz e em cada palavra seu símbolo, sua “bandeira” e seu amor. Evitando os estereótipos da sexualidade e propondo indagações às leituras destes, por meio do fazer artístico, figurino, áudios e signos, a cena se faz no “aqui e agora” da apresentação muito semelhante ao da performance art.

  

Patrícia Giseli

• Há uma flor no meu sapato

É uma apresentação performática, inédita, dos poemas de minha autoria, que fazem parte da plaquette (livreto) homônima, lançada em outubro de 2012, em Montes Claros - MG. Trata-se de um monólogo – uma bricolagem de poemas – cujo enredo conduzirá os espectadores às reflexões contemporâneas como: gênero, pós-gênero, de autoria feminina e das relações de poder que se estabelecem entre os gêneros. Os poemas são os resultados da minha experimentação com a linguagem, a poesia, e com a pesquisa acadêmica engajada. Minha narrativa procura refletir sobre as coisas do cotidiano, do amor, da metalinguagem, do feminino/feminismos.

 

Rosa Santos Aldenora Marcia Castro Perreira dos Santos, Daiana Roberta Gomes Da Silva, Ilana Dandara Vieira Nunes, Layza Costa Cutrim, Nardylla Cristine Ribeiro Correia e Rosemilde do Nascimento Arouche Durans

 • Mulher

“Mulher é uma  performance que aborda o preconceito  sofrido pelas mulheres, desde os tempos primórdios antes da existência de Cristo, fundamentada na obra de Carlos Moore, Racismo e Sociedade, que busca entender o racismo na sua verdadeira essência,  abordando polêmicas trazidas pelas religiões, mostrando a inexistência da mulher, através das fatos históricos descritos na nossa literatura, inclusive o livro sagrado do Hinduísmo segundo a tese de Gervasio Founier Gonzales. Tese esta que Carlos usa com referencias no seu livro para debater o racismo, chamando a atenção para a invisibilidade da mulher e ainda para a postura dúbia da mesma,  vista ainda na sociedade atual tal como mostra o artigo  Democracia Racial: o ideal, o pacto e o mito de Antônio Sergio Alfredo Guimarães, professor  da USP”. (Texto da autora).

 

Rosimeire Da Silva Andréia Paris, Cássia Miranda, Fabiana Lazzari, Priscila Mesquita, Vera Collaço e Vivian Coronato  - Grupo (Em) Companhia de Mulheres

 • Teatro Feminista: Uma mulher diferente

No texto Uma Mulher Diferente, Pedro Catallo organiza uma sequência que aborda os problemas da exploração sexual da mulher, a hipocrisia burguesa, o controle de natalidade e as vilanias do clero. Mostra também, uma mulher decidida e esclarecida sobre suas decisões e atitudes. Como afirma Lizbeth Goodman, em Contemporary Feminist Theatre(1993), obra  na qual dedica um capítulo às novas direções nos teatros feministas, a leitura dramática é uma opção para apresentar e discutir textos feministas e de realizar um ensaio aberto de peças a serem encenadas. A autora também considera a leitura dramática como “uma forma alternativa para trabalhar com pouca verba e em pouco tempo”, além de ser um meio de conhecer e divulgar textos de novas dramaturgas. Com a apresentação de leitura dramática, o grupo (Em) Companhia de Mulheres coloca o texto com temática feminista em contato com o público, provocando a reflexão sobre os temas abordados na peça. A recepção do texto e o debate que propomos em seguida, são indicativos que nos ajudam a pensar novas possibilidades estéticas e poéticas, para consequentemente criarmos trabalhos cênicos alternativos ao teatro comercial e que atenda às questões emergentes do feminismo.

 

Rosimeire Da Silva, Julia Oliveira e Priscila Mesquita - Grupo (Em) Companhia de Mulheres

• Toda Cama, Casa e Igreja / Tutta Casa, Letto e Chiesa (1977), texto de Franca Rame e Dario Fo, adaptado por Meire Silva.

O teatro feminista é um fenômeno decorrente da imbricação do teatro com o movimento feminista, o que faz dessa vertente uma forma teatral com posicionamento político específico. Este modo de fazer teatro discute questões referentes à mulher, tanto no aspecto pessoal como em relação à ordem social, pois ambos os casos são políticos e têm o intuito de provocar transformações no contexto social e teatral. Vale ressaltar que assim como há várias vertentes feministas há também diferentes modos de se fazer teatro feminista.

  

Tamires Schmitt. Atores convidados: Camille Balestieri e Luís André Lisque

• O corpo violado: ato peformático pelo fim da violência contra as mulheres

 Performance.A proposta do Ato Performático foi criada para o dia 8 de março de 2013, fazendo parte das atividades propostas pelo Coletivo Maria Lacerda, tendo como objetivo a realização de um protesto contra as várias formas de violência sofridas pelas mulheres brasileiras. Segundo pesquisa do CFEMEA sobre o tema: 51% das/os entrevistada/os declaram conhecer ao menos uma mulher que é ou foi agredida por seu companheiro; 33% apontam a violência contra a mulher dentro e fora de casa como o problema que mais preocupa a brasileira na atualidade; o ciúme é o segundo motivo para agressões contra mulheres; a violência conjugal atinge um terço das mulheres em áreas de SP e PE; aproximadamente uma em cada três mulheres pesquisadas em São Paulo e Pernambuco do Brasil diz já ter sofrido algum tipo de violência cometida pelo parceiro. O Instituto Patrícia Galvão complementa informando que os homens agridem as mulheres, principalmente, após o consumo de bebidas alcoólicas, os dados justificam a necessidade de intervenções práticas que mostrem para a população a gravidade da violência contra as mulheres no Brasil. Pensando nesses dados executamos no terminal rodoviário de Maringá-PR a performance que relata e tenta aproximar a/o/s espectadores dessa realidade cotidiana, articulando casos jornalísticos de violência sexista, os conceitos de performance feminista e arte-ativismo e tendo como norte os estudos feministas que questionam os paradigmas patriarcais e a visão de corpo como propriedade.

 

18 de setembro 

Auditório Biblioteca Universitária 
18h

 

Janaina M. Rossi e Lina Alves Arruda

• Projeto sobre:viventes - rompendo silêncio sobre violência entre lésbicas

Ação sobre violência, abuso, maltrato nas Relações Lésbicas:
visibilização, autocuidado, construção de relações saudáveis. Participação destinada a lésbicas. Não é permitida a entrada de homens cis. O objetivo é gerar um espaço de contenção para lésbicas onde a regra é a fala em primeira pessoa e um espaço de não julgamento, convocado para quem queira falar, escutar e compartilhar sobre nossas vivências em relações que hajamos consideradas não-positivas, não-saudáveis, que julgamos que tenham nos feito mal, ou identificado dinâmicas abusivas, depreciativas, de maltrato, controle, abandônicas, desiguais e de ultrapassamento de limites emocionais e sexuais. Está convocada para quem se tenha visto nessas dinâmicas seja do lado de haver sofrido maltrato, ou de haver maltratado, ou onde esses lugares não eram tão claros e fixos.

 

19 de setembro 

Museu Universitário 
12h

 

 Tati Bafo

• Corpo nosso de cada dia

“...Apresento por meio da escrita contínua e de longa duração, a real violência, aquela contada em meio a lágrimas de adolescentes,  jovens, senhoras, mulheres, evidenciando assim, outro corpo nosso de cada dia, um corpo que a mídia não mostra, repleto de marcas e cicatrizes, porém que traz consigo a força da luta diária por sobrevivência...”

 

18h

 

Guilherme Henderson

• Dos Meus Poros

Interpretação dos poemas escritos pelo próprio artista, como: Sílvio, In peste veritas, Antropofagia e Borboleta. Poemas inspirados em diversas realidades como a transfobia e a homofobia. Outros versos são alusivos à literatura, como Devassos no paraíso – A homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade, de João Silvério Trevisan.

 

20h
 Casa das Máquinas, Lagoa da Conceição 

• Show da banda lésbica feminista Visiona. Os ingressos serão vendidos a R$10 antecipado e R$15 na hora. Informações: Gabriela Miranda Marques (gabriela_mmarques@yahoo.com.br).

 

20 de setembro

Museu Universitário
12h30min

 

Giracoro

• Canto Coral

  O Giracoro surgiu de uma oficina de canto coral oferecida à comunidade do sul da ilha de Florianópolis pela TOCA PONTO DE CULTURA, que teve início em 2010 e acontece na Biblioteca Livre do Campeche (BILICA). O coro agrega um grupo heterogêneo e diversificado, regido pela cantora e compositora Ive Luna. O grupo realiza serenatas e apresentações em praças e eventos comunitários. Seu repertório se apropria de canções da tradição oral brasileira que ganham uma nova roupagem nas vozes do grupo e nos arranjos da maestrina.

 

18h
 

Ochy Curiel

• Corpos sensíveis – Luta e transformação possível

  A proposta musical da Ochy Curiel articula ritmos étnicos e contemporâneos, assim como do blues e jazz. Através de sobreposições musicais sensibiliza as ouvintes, construindo caminhos imaginários para acreditarmos em utopias, amores e justiças possíveis. Como ativista do movimento feminista e antirracista, denuncia as violências contra o gênero, assim como o racismo e a lesbofobia. Atualmente, Ochy Curiel é coordinadora de Pós-Graduação da Escuela de Estudios de Género de la Universidad Nacional de Colombia e também, é uma das fundadoras do Grupo Latinoamericano de Estudios e Investigación Feminista (GLEFAS) e integrante do  Grupo Interdisciplinario de Estudios de Género (GIEG) da Universidad Nacional de Colombia.


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